Prestes a completar quatro meses em 18 de maio, a vacinação
no país preocupa pelo ritmo lento e picado. Até quarta-feira (5/5), 18,5% da
população adulta – aproximadamente 30,469 milhões de pessoas – havia recebido
pelo menos a primeira dose de algum dos imunizantes contra a Covid-19
disponíveis no país. A população adulta brasileira corresponde a 163,9 milhões
de indivíduos, segundo dados do IBGE.
Entre os que estão devidamente imunizados, isto é, que
tomaram as duas doses, o total é ainda menor. São 14,5 milhões de brasileiros,
cerca de 8,8%. Os dados foram levantados pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de
dados, e se baseiam na plataforma de acompanhamento da vacinação do Ministério
da Saúde.
O número avançou em relação ao levantamento feito pelo
Metrópoles em abril, quando as informações indicavam que 12% da população havia
recebido a primeira dose, e 3,4%, a segunda. Isso quer dizer que, em quase um
mês, o país registrou aumento de 6,5 pontos percentuais entre aqueles que
tomaram uma dose, e de 5,4 entre os que receberam as duas.
Dados mostram que o ritmo da vacinação não aumentou no último mês. Apesar de ter batido o recorde de doses aplicadas em abril (16,1 milhões), o país viu crescimento de apenas 1% em relação aos 30 dias anteriores.
O senador Styvenson Valentim lamentou o fato de não haver
mortes de detentos por covid-19 no sistema penitenciário do Rio Grande do
Norte. A declaração foi dada em entrevista à 96 FM Natal nesta quarta-feira
(06).
“Pois é, é lamentável, né? É pra morrer tudinho. Eu não gosto de vagabundo não. Eu não gosto de ladrão, não gosto de vagabundo. Eu vou dizer que gosto? Vou mentir aqui pra agradar família de vagabundo?”, disse o senador.
Lá se vão 14 meses de pandemia no Brasil com muitas. Tragédias
na saúde pública e nos números de mortos, e efeito avassalador na economia do
país. Setores como os de turismo, comércio, serviços e eventos, estão entro os
mais atingidos. Para os pequenos comércios então o impacto foi implacável, e em
alguns casos irreversível. No Rio Grande do Norte especificamente, o combo
falta de apoio do poder público, redução drástica na presença de clientes e
longa duração dos decretos restritivos, o resultado dessa conta é dramático:
prejuízos acumulados, demissões e falências.
Marcos Nofre, pequeno empresário de Natal, é um dos
personagens direta e negativamente atingido pelo cenário atual. Até o ano
passado era proprietário de três lojas no hoje chamado Shopping Maré, antigo
Shopping do Artesanato Potiguar, em Ponta Negra. Mas a sequência de fatos
citada acima provocou um efeito dominó danoso. Das três lojas que mantinha há
seis anos, apenas uma sobrevive nos dias atuais.
“Ninguém de nós tem mais reservas e nem de onde tirar. Os
empréstimos que fizemos ano passado pra subsistir já nos atormentam com as
faturas chegando. O momento é crítico e precisamos voltar a trabalhar como era
antes ao menos para empatar as contas. Estamos há mais de 1 ano só negativando.
Não queremos incentivos fiscais, pra nós isso não resolve. Falando por mim e
por meus colegas pequenos lojistas, o que mais nos preocupa é a falta de
parcerias, divulgação e facilitações pra o turista vir pra Natal, ao invés de
preferir João Pessoa por exemplo. O turismo está jogado e a gente não vê
perspectiva de luz no fim do túnel”, relata Marcos.
A única loja de artesanato que Marcos mantem atualmente,
está localizada no Shopping Vilarte, na Avenida Engenheiro Roberto Freire. Ele
relata que como vende souvenirs, não tinha como migrar pra o on-line, já que
precisa do cliente na loja. Precisa do turista que vem a Natal, lembra de
alguém especial e leva uma lembrança com o sentimento da cidade.
O comerciante fala com a autoridade de quem sente o problema
na pele, de quem viu e vê diariamente centenas de outros colegas não resistirem
e fecharem suas portas. Só pra se ter uma ideia da gravidade da situação,
segundo Marcos, antes da pandemia o antigo Shopping do Artesanato Potiguar
tinha cerca de 140 lojas abertas. Hoje restam aproximadamente 50.
“Está tudo bem difícil. Ano passado ficamos 5 meses inteiros
sem faturamento nenhum e em 2021, esse mesmo cenário. Nós temos um turismo em
que os visitantes saem para os passeios logo cedo e voltam aos hotéis no início
da noite. Depois normalmente querem sair pra jantar, tomar uma cerveja, mas
nosso decreto não permite. Não podem vender bebidas alcoólicas e os shoppings
precisam fechar às 20h. Ou seja, estão matando nosso melhor horário de vendas
que é justamente das 19 às 22h. O que já estava fraco, tornou-se desolador”,
frisa o comerciante.
Valdenora Genuíno, conhecida como Sol, é outra pequena
empresária que vive um drama semelhante. Ela tem uma história de 16 anos no
Antigo Shopping do Artesanato Potiguar, era proprietária de cinco lojas e
comercializa entre outros produtos, rendas renascença, richelieu bilro e filé,
bordados, enxovais em rendas para adultos e crianças. Devido aos efeitos da
pandemia, teve que fechar quatro lojas e demitir 12 funcionários.
“Vivemos um momento crítico e não quero jogar aqui culpa em
A ou B, mas não basta apenas olhar pra os donos de restaurantes, bares, pra os
guias e bugueiros. É preciso olhar também pra o artesão, pra bordadeira. Eu
tenho uma história de nunca ter atrasado meus alugueis, meus pagamentos e pra
permanecer tive que me desfazer das minhas lojas. Mesmo assim, atualmente até
pra cumprir o básico não está dando. O comércio está em passo de tartaruga e
nós estamos esmagados”, destaca Sol.
Após fechar as quatro lojas, nos últimos meses ela conseguiu
reabrir uma graças a uma parceria com as bordadeiras, mas as vendas não dão
vazão às mercadorias. Ela conta que tá com estoque lotado nas lojas e em casa,
e finaliza com uma sugestão aos gestores locais. “Precisamos de recursos e de
uma política de atração de turistas de forma urgente. Convido a governadora e o
prefeito a nos visitar e ver de perto nosso drama. Por que não pensar um
shopping público do artesanato? Aqui nós pagamos caro e por que não pagarmos
metade desse valor pra o Estado?”, finaliza.
A rede de laboratórios públicos do Rio Grande do Norte, coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), ultrapassou nessa quarta-feira (5) a marca da realização e liberação de 300 mil exames para Covid-19. Apenas o Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen-RN), que é a referência estadual no diagnóstico laboratorial de Covid-19, atingiu a liberação de 200.343 exames pela metodologia de RT-PCR, dos quais 108.541 foram realizados apenas em 2021. Além disto, 100.783 sorologias foram realizadas no Lacen-RN e nos Laboratórios Regionais de Caicó (Larec), Mossoró (Larem) e Pau dos Ferros (Larepf).
“Os números mostram que superamos em 2021 a quantidade de
exames realizados em todo o ano de 2020. Isso comprova que vivenciamos um
primeiro quadrimestre com aumento da necessidade da população em ser testada,
causado por um cenário epidemiológico mais crítico em 2021”, disse a diretora
geral do Lacen, Magaly Câmara.
De acordo com Magaly, que é bioquímica, mesmo diante do
acréscimo significativo em poucos meses, o Lacen permanece recebendo e realizando
exames sem interrupções por falta de insumos, além de continuar com a
vigilância laboratorial. “Com planejamento, investimento no parque tecnológico
e compromisso dos profissionais envolvidos a população norte-rio-grandense
possui acesso constante aos testes diagnósticos para Covid-19”, completou ela.
A liberação do resultado de RT-PCR, que é o exame de
padrão-ouro para comprovação da doença, ocorre em média com até 24 horas, o que
permite condutas clínicas e epidemiológicas.
“Números tão expressivos demonstram que as ações da
Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (Cglab), do Governo do Rio
Grande do Norte e da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) foram
fundamentais para chegarmos nesse patamar de testagem. Destaco ainda a dedicação,
qualidade, compromisso e conhecimento técnico dos profissionais do Lacen,
Larec, Larem e Larepf, pois o mérito em atingirmos até o momento 300 mil exames
de Covid-19 realizados passa essencialmente pelo esforço diário deles”,
ressaltou o diretor administrativo do Lacen-RN, Derley Galvão.
A prefeitura de Natal inicia nesta quinta-feira (6) a
vacinação com o imunizante da Pfizer para pessoas com idades de 55 a 59 anos do
seguinte grupo de comorbidades: pessoas com deficiências permanentes
cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e com doenças
cardiovasculares e hipertensão arterial sistêmica.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o único local de
vacinação para o imunizante Pfizer será o ginásio do Sesi, localizado na
Avenida Capitão-Mor Gouveia, das 8h às 16h.
De acordo com o Plano Nacional de Imunização, são
consideradas doenças cardiovasculares: Insuficiência cardíaca, Cor-pulmonale e
Hipertensão pulmonar, Cardiopatia hipertensiva, Síndromes coronarianas,
Valvopatias, Miocardiopatias e Pericardiopatias, Doenças da Aorta, dos Grandes
Vasos e Fístulas arteriovenosas, Arritmias cardíacas, Cardiopatias congênitas
no adulto, Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados; hipertensão
arterial sistêmica (Hipertensão Arterial Resistente – HAR, Hipertensão arterial
estágio 3, Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão alvo e ou
comorbidade).
A SMS vai disponibilizar na sala de vacinação um intérprete
de libras. As pessoas com deficiências permanentes que não possuem cadastro no
BPC serão contemplados de acordo com a comorbidade, obedecendo o critério da
idade.
A vacinação para esse público de 55 a 59 anos segue até o dia 12. “Os deficientes permanentes que não estão inseridos no BPC devem aguardar a faixa etária de sua comorbidade para receber a vacinação”, conta o secretário de Saúde de Natal, George Antunes.
O Sistema Fecomércio RN, por meio do Senac abre, nesta quinta-feira (6), a partir das 14h, as inscrições para profissionais que desejarem participar dos cursos gratuitos focados no Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica do RN. Nesta etapa, serão ofertadas mais 250 vagas para os cursos de Boas Práticas de Prevenção à Covid em Meios de Hospedagem, Alimentos e Bebidas, Serviços Receptivos, e Creches e Escolas. As inscrições deverão ser realizadas no site rn.senac.br.
Os cursos serão on-line, com duração de 20 horas-aula, e
terão como foco habilitar os profissionais para se adequarem às normas de
biossegurança exigidas para o retorno das atividades no contexto da pandemia da
Covid-19. A seleção dos candidatos será feita de acordo com a ordem de
inscrição no site.
“Ao todo, o Sistema Fecomércio RN já ofereceu mais de 10 mil
vagas em cursos para capacitar profissionais e adequar empresas às normas
sanitárias exigidas neste contexto de retomada da atividade econômica. Mais de
2.500 destas vagas foram gratuitas. Trata-se de uma ação que colabora
diretamente para a economia do nosso Estado, pois ela qualifica os
profissionais e, consequentemente, oferece a garantia de que clientes,
consumidores e turistas irão usufruir de um serviço seguro”, afirma o
presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
Os cursos serão ofertados através do Programa Senac de
Gratuidade (PSG), que é mantido por recursos da contribuição compulsória das
empresas de médio e grande portes para o Senac. As capacitações abordam de
maneira multidisciplinar as diretrizes gerais de saúde conforme orientações da
Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como a utilização dos equipamentos de
proteção individual e a humanização do atendimento. Ferramentas para adequação
dos pequenos negócios para a nova realidade de mercado também são temas
contemplados nas capacitações. As aulas iniciam no próximo dia 17 de maio.
O primeiro dia da Conferência de Revisão do Plano Diretor de
Natal (PDN) começou na manhã desta quarta-feira (5), com plenária para
aprovação do Regimento Interno e cronograma de atividades. Dos 119 delegados
eleitos, 97 participaram do evento, que ocorreu de maneira virtual e foi
transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do PDN. O documento proposto pelo
Conselho da Cidade (Concidade) foi posto em votação e aprovado com alguns
ajustes pelos delegados. As discussões já começam a partir desta quinta (6),
com reuniões internas de cada segmento e seguem até o dia 16 de junho.
Com o regimento aprovado, o cronograma de atividade seguirá
três etapas: a primeira de 6 a 12 de maio, onde os segmentos envolvidos irão
realizar reuniões internas e discutir a minuta. Já a segunda, de 17 a 21 de
maio, onde serão realizadas intervenções e apresentações das propostas de
alteração da minuta de lei; e também de 24 a 26 de maio com o envio das
propostas de cada segmento pelos relatores. E por fim, a terceira etapa, de 14
a 16 de junho, quando acontece a votação.
O secretário de governo (SMG), Joham Xavier, participou do
evento representando o prefeito Álvaro Dias e abriu a reunião parabenizando os
delegados eleitos e a retomada das discussões do Plano. Ressaltando que a nossa
capital possui mais de 70 áreas de interesse social, que incluem bolsões de
pobreza e um percentual de 60% dos imóveis sem registro imobiliário.
“Sendo assim, precisamos repensar o ordenamento urbano
de com proposições mais modernas, quanto à ocupação do seu solo, do potencial
construtivo, das áreas de proteção ambiental e interesses turísticos”,
comentou Joham Xavier. E emendou, “então a partir de hoje (5) até 16 de
junho teremos várias discussões e formulações de propostas para enriquecer mais
ainda o processo de revisão que é participativo”.
A primeira etapa começa com as plenárias internas para os
segmentos das entidades profissionais, acadêmicas, de pesquisa e conselhos
profissionais, e também dos movimentos populares, que se reúnem nesta
quinta-feira (6), das 9h às 12h e das 14h às 17h. Já na sexta-feira (7), é a vez dos trabalhadores por suas instituições
sindicais.
No dia 10 de maio,
são os representantes do poder público que fazem suas plenárias. No dia
11, os empresários relacionados à produção e ao financiamento do
desenvolvimento urbano. E, por fim, no dia 12 de maio, as organizações não
governamentais com atuação na área do desenvolvimento urbano e ambiental
encerrando essa primeira etapa. Confira o cronograma detalhado aqui.
Alterações no regimento
Os ajustes ao regimento proposto pelo Concidade foram o
acréscimo de um parágrafo único ao art. 5º, que trata da primeira etapa da
Conferência. Nele foi acrescentado, que a agenda das reuniões por segmento pode
ser estendida em até mais um dia, caso necessário e aprovado por 50% + 1 dos
delegados do respectivo segmento. E a criação do art. 16º, que trata da
disponibilização de um plantão para tirar dúvidas dos delegados do PDN, durante
todas as fases da conferência, que poderá ser por e-mail e whatsapp.
Os delegados são os responsáveis por deliberar e apreciar a
versão final do Projeto de Lei de Revisão da Lei Complementar nº 082 de 21
junho de 2007 (Plano Diretor de Natal), que será enviada à Câmara Municipal.
Para o vice-presidente do Concidade, Albert Josuá Neto, a reunião de hoje foi
muito tranquila e participativa.
“A metodologia aplicada hoje foi espetacular. Discutimos com
os 97 delegados e aprovamos o regimento interno, que foi muito bem elaborado
pelo Concidade, então não houve tantas modificações. A expectativa é que as
discussões se iniciem amanhã que será por segmento e, a partir do dia 17 de
maio ocorra a apresentação das propostas elaboradas pelos respectivos
segmentos”, comentou Neto.
Para mais informações do processo de revisão, acompanhe o
site do PDN no endereço planodiretor.natal.rn.gov.br, ou ainda, pelo Instagram
@planodiretornatal.
O Rio Grande do Norte vai receber mais 64.500 doses de
vacinas contra a covid-19. O anúncio foi feito pela governadora Fátima Bezerra
em seus perfis nas redes sociais. No entanto, o lote não terá doses da
CoronaVac, que está em falta no estado, principalmente em Natal.
Segundo a governadora, os imunizantes serão destinados para
a continuidade à vacinação de gestantes/puérperas e pessoas com deficiência.
“Olá, pessoal! Um novo lote de vacina chegará ao estado nesta
quinta-feira, no voo previsto para as 17h10. São 64.500 doses da AstraZeneca
que vão ser destinadas para dar continuidade à vacinação de gestantes/puérperas
e pessoas com deficiência”, escreveu.
Nessa quarta-feira (5), a aplicação da segunda dose da
CoronaVac foi suspensa mais uma vez em Natal por falta de vacinas. O município
havia ampliado a vacinação para pessoas que tinham tomado a primeira dose até o
dia 28 de março. Nesta quinta-feira (6), a capital iniciou a imunização com a
vacina da Pfizer, em pessoas com 55 a 59 anos e com comorbidades.
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