Apesar da iniciativa de setores da sociedade de politizar a vacinação em Natal e promover polêmicas com doses fartas de histerismo sindical, o prefeito Álvaro Dias (PSDB) está comemorando o sucesso da imunização na capital potiguar, onde 3.914natalenses da área de saúde foram vacinados nesse primeiro dia de vacinação contra a COVID 19. “Esses números revelam a eficiência do trabalho realizado pelas equipes da prefeitura”, disse Dias em contato com o BLOG DO FM. Depois de um dia árduo de trabalho, enfrentando inclusive o “fogo cruzado” de seus adversários políticos, Álvaro Dias, no início da noite desta quarta-feira, se dirigiu à Base Aérea, em Parnamirim, onde foi recepcionar os 18 pacientes infectados pelo coronavÍrus, que, procedentes de Manaus, vão ser tratados em Natal.
O esquema de vacinação montado pela prefeitura de Natal funcionou com a precisão de um relógio suíço, através de drives-thrus montados no Arena das Dunas, no Palácio dos Esportes, no Ginásio Nélio Dias e na área externa do Shopping Via Direta.
Os pontos de vacinação iniciaram suas atividades às 8h da manhã, e logo os profissionais de saúde aproveitaram para garantir a imunização. Como Renata Fernandes, que trabalha no Hospital de Campanha de Natal, e que elogiou a estrutura montada. “Gostei bastante, achei que foi bem articulado, bem organizado, e não demorou, muito bom mesmo”.
A China pretende agilizar o processo de entrega ao Brasil de
insumos para a produção de vacinas contra a covid-19, afirmou o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que reuniu-se mais cedo com
embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, nesta quarta-feira (20).
Em entrevista à Globonews, Maia disse que o embaixador “abriu a conversa relatando que de forma nenhuma haveria obstáculos políticos para a exportação dos insumos da China” e que há dificuldades técnicas na entrega dos insumos. Estes trâmites técnicos, segundo Maia, “estarão sendo superados rapidamente”.
Primeiro presidente da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto não se dá por
aliviado com o início do processo de vacinação, ocorrido no começo desta
semana, após o aval do órgão regulador às vacinas produzidas pelo Instituto
Butantan e pela Fiocruz. Para Gonzalo, o Brasil corre o risco de ter um 2021
ainda pior que 2020, quando mais de 200 mil brasileiros perderam a vida para a
covid-19, se não restringir o funcionamento das suas atividades e não levar
adiante uma campanha publicitária eficaz para imunizar a população.
Em entrevista ao Congresso em Foco, o professor da
Universidade de São Paulo (USP) defende que o país adote lockdown, permitindo o
funcionamento apenas de serviços essenciais, reforce a vigilância sobre medidas
sanitárias, como distanciamento social e uso de máscaras, e invista pesadamente
na conscientização das pessoas sobre a necessidade, a segurança e a eficácia
das vacinas. Segundo ele, os efeitos da vacinação só serão percebidos quando o
país imunizar cerca de 160 milhões de pessoas, alcançando a chamada imunização
de rebanho ou coletiva. Até lá, ressalta o médico, ninguém pode baixar a
guarda.
“Relaxou, vai ter aumento de casos. O aumento de casos de
covid é diretamente ligado ao relaxamento social. Não tem mágica. Se
governadores e prefeitos não fecharem mais as atividades que não sejam
essenciais, vamos ter desastre sanitário de novo. Em Manaus, o governador disse
que ia fechar isso e aquilo. Os comerciantes foram para a rua e fizeram
movimento social. O que o governador incompetente e genocida do Amazonas fez?
Liberou. Qual o resultado da liberação? Em Manaus não se fala em hospital de
campanha. Fala-se de necrotério de campanha, por não ter onde botar defunto”,
afirmou.
Gonzalo Vecina também atribui parte das mais de 211 mil
mortes por covid-19 registradas no Brasil até agora à insistência do governo
com o discurso negacionista e à tentativa do governo de “sabotar” a
vacina. Ele também condena a estratégia do presidente Jair Bolsonaro de
recomendar à população o uso de medicamentos que não têm qualquer eficácia
contra a covid-19, como a cloroquina e a hidroxicloroquina, e o “silêncio
vergonhoso” de entidades médicas em relação ao assunto.
“O Estado está sendo o grande sabotador da vacina. Quando o
presidente fala as bobagens que fala, quando o ministro fala a favor de drogas
não eficazes, quando ele negou inicialmente a Coronavac e depois voltou atrás
porque não tinha alternativa, isso é desastroso. Quando um sujeito que é
especialista em logística não consegue fazer um avião levantar na hora para
levar uma vacina de São Paulo para o Rio de Janeiro… A vacina chegou com seis
horas de atraso! Acho que acabou. Precisamos tomar posição frente ao governo
que tem patrocinado o que historicamente só tem um nome: genocídio. É algo que
temos de descobrir quem, por que e punir. Está na hora de fazer isso”, condena
o médico.
Na avaliação de Gonzalo, Bolsonaro age como um “anti-líder”
ao se posicionar contra a vacinação e precisa ser confrontado, em campanha de
conscientização, por especialistas com credibilidade no assunto. “O exemplo de
líder para um liderado é o exemplo mais importante. Nosso líder se chama
Bolsonaro. Esse líder está dizendo para você que não tomará vacina. Numa
campanha de vacinação, os Dráuzios Varelas anularão os Bolsonaros”, defende, em
alusão ao seu colega médico.
Para o sanitarista, o país precisa se preparar para enfrentar a nova versão do vírus disseminada em Manaus. Ele considera pequenas as chances de o restante do Brasil sofrer com a falta de oxigênio, a exemplo do que tem ocorrido no Amazonas, mas alerta para a sobrecarga de leitos hospitalares. “Se não tomarmos providência do ponto de vista de tentar manter nível de controle de governabilidade dessa crise, não tenho dúvida de que teremos um problema grave pior ainda do que tivemos até agora.”
O escritor Olavo de Carvalho anunciou na segunda-feira, 18,
que vai sair do Twitter após a rede social apagar publicações em que ele
divulgava “informações enganosas e potencialmente prejudiciais em relação
à covid-19”. No Facebook, ele escreveu que estava “caindo fora”
da plataforma, que definiu como a “Cracolândia da internet”. A conta
de Olavo no Twitter continua no ar, mas nada foi publicado desde a tarde da
segunda-feira.
Em outra postagem no Facebook, o escritor mostrou que tinha
recebido uma notificação de que o Twitter tinha limitado temporariamente
algumas funções de sua conta no site.
De acordo com o aviso da plataforma, Olavo violou “a
política de disseminação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais
relacionadas à covid-19”.
Desde maio do ano passado, o Twitter passou a adicionar alertas a tuítes que disseminavam dados enganosos ou questionáveis sobre o novo coronavírus, especificamente “conteúdos que vão diretamente contra orientações para covid-19 advindas de fontes oficiais em saúde pública de todo o mundo”. A plataforma deleta as publicações que entende que podem causar danos mais graves.
O Ministério da Saúde lançou um aplicativo que recomenda o
que chama de “tratamento precoce” a pacientes que têm sintomas que
podem ou não ser da Covid-19. O “tratamento” indicado inclui
medicamentos que, segundo demonstraram diferentes estudos, não funcionam contra
a doença, como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a azitromicina. Não existe
um “tratamento precoce” que se mostrou eficaz contra a Covid-19. A
recomendação do aplicativo do ministério para tratamentos de Covid-19 com esses
medicamentos foi revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
O aplicativo, chamado “TrateCOV”, é uma página na qual médicos e enfermeiros podem inserir dados do paciente – como peso, altura, e comorbidades – e sintomas. Também há campos em que o profissional responde se o paciente saiu ou não de casa nos últimos dias e para onde foi.
Em plena pandemia, com todo mundo contando os dias para o início da vacinação, ainda aparece quem queira aproveitar o momento para aplicar golpe nas pessoas.
O alerta sobre essa tentativa de golpe foi feito pelo próprio Ministério da Saúde, por meio de nota publicada em seu site.
O golpe estaria funcionando assim: alguém liga para o celular da vítima e pede dados pessoais para agendar a vacinação. Para isso, claro, pede para a pessoa confirmar os dados.
É a oportunidade de os criminosos clonarem seus dados e o número do seu aplicativo de mensagens. Por isso, fique atento e não caia nessa!
A vacinação contra a covid vai ser igual às outras, como a da gripe ou da febre amarela, por exemplo. A pessoa vai aos postos de saúde, ou pontos utilizados em campanhas de imunização, e lá será identificada e cadastrada na hora.
Não precisa cadastro prévio no posto de saúde, nem no aplicativo Conecte SUS Cidadão. O aplicativo só facilita a identificação no momento de tomar a vacina.
Então, se você receber ligações ou mensagens pelo celular, com promessa de agendamento de vacinação, e solicitando dados pessoais ou outras informações, não forneça qualquer dado e denuncie a autoridades competentes.
Acompanhando o primeiro dia de vacinação em Natal, o
vereador Herberth Sena (PL) solicitou ao prefeito Álvaro Dias (PSDB), nesta
manhã (20), a inclusão de pessoas com autismo nos grupos prioritários para a
vacinação contra a COVID-19.
Somando-se ao pleito do vereador Tércio Tinôco (PP), que
solicitou a inclusão de pessoas com deficiência, Herberth ressaltou que
autistas também estão neste grupo, embora ainda existam muitas barreiras
sociais para o reconhecimento.
“As pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo foram
enquadradas como pessoas com deficiência em 2012, com a Lei Berenice
Piana”, lembra Herberth. “Isto garante a elas todos os direitos já
conquistados”.
Embora possam ter a mesma chance que outras de desenvolverem
a forma grave ou morrerem em decorrência da COVID-19, as pessoas autistas e com
deficiência em geral podem ter mais risco de contaminação, por não conseguirem
seguir todos os protocolos de biossegurança, por exemplo.
“Nosso mandato dedicará atenção especial às pessoas com
TEA, que ainda são muito invisibilizadas e precisam conquistar mais espaços
para efetivarem a sua cidadania”, diz o vereador.
Joe Biden assumiu nesta quarta-feira (20) como o 46º
presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia com limitações provocadas pela
pandemia de covid-19 e com forte esquema de segurança, após o ataque ao
Capitólio no início do mês. A chapa democrata composta por ele a
vice-presidente, Kamala Harris, obteve os votos de 306 delegados contra 232 de
Donald Trump.
Com a mão em uma Bíblia de 12,7 centímetros de espessura que
está em sua família há 128 anos, Biden recitou as 35 palavras do juramento de
“preservar, proteger e defender a Constituição” em uma cerimônia
conduzida pelo juiz-chefe da Suprema Corte, John G. Roberts Jr., concluindo o
processo às 11h49 (horário de Washington), 11 minutos antes de a presidência
formalmente mudar de mãos.
Biden chega à presidência com a missão de unificar os
Estados Unidos. Em tom conciliador, repetiu em vários momentos de seu discurso
de posse que será o presidente de “todos os americanos”, “tanto para os que
votaram em mim quanto para os que não votaram”.
“Hoje é o dia da democracia”, disse Biden ao
iniciar seu discurso. “A política não precisa ser fogo que queima e
destrói tudo em seu caminho”, afirmou. “Nós precisamos ser diferentes
disso. Nós precisamos ser melhores que isso”, completou.
Em seu discurso, ressaltou os efeitos do novo coronavírus,
que provocou morte de centenas de milhares de americanos e afetou a economia, e
as mudanças climáticas como desafios da sua administração. Biden ressaltou
ainda que é momento de união para enfrentar inimigos como raiva, ódio,
extremismo, violência, doença, desemprego e desesperança.
“Superar esses desafios, restaurar a alma e garantir o
futuro da América exige muito mais do que palavras e requer o mais elusivo de
todas as coisas em uma democracia: a unidade”, argumentou Biden.
O presidente afirmou ainda que “a política não precisa ser
um fogo violento, destruindo tudo em seu caminho”. “Cada desacordo não tem que
ser uma causa para uma guerra total. E devemos rejeitar a cultura em que os
próprios fatos são manipulados e até fabricados”, disse.
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