A AÇÃO FOI INICIADA APÓS O RECEBIMENTO DE DENÚNCIA ANÔNIMA INFORMANDO QUE O SUSPEITO ESTARIA TRAFICANDO DROGA. FOTO: DIVULGAÇÃO
Policiais civis da Delegacia Especializada de Narcóticos
(DENARC) de Natal prenderam em flagrante, nessa quarta-feira (23), Leandro
Barros da Silva, conhecido como “Zé do Ferro”, de 35 anos. Ele foi detido no
bairro de Dix-Sept Rosado, localizado na zona oeste de Natal, pela suspeita da
prática de crime de tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo.
A ação foi iniciada após o recebimento de denúncia anônima
informando que o suspeito estaria traficando droga e mantendo uma refinaria de
drogas no interior do imóvel em que reside, onde funciona uma pequena oficina
metalúrgica de fachada.
Durante as diligências, os policiais abordaram Leandro
Barros e constataram a veracidade da denúncia. Em sua residência, foram
encontrados porções de maconha e cocaína, insumos para a mistura de cocaína,
balança de precisão, munição calibre .38, dentre outros objetos.
No imóvel, foi encontrada ainda uma prensa hidráulica,
utilizada para compactar cocaína em tabletes. A prensa continha chapas de ferro
com formato de uma sigla de uma marca de roupas, que era utilizada para gravar
o símbolo nos tabletes de cocaína, com o objetivo de indicar aos compradores a
origem e qualidade da droga.
Leandro Barros foi conduzido à delegacia e encaminhado ao
sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. A Polícia Civil
solicita que a população continue enviando informações de forma anônima através
do Disque Denúncia 181 ou do WhatsApp da DENARC, por meio do número: (84)
98135-6050.
RIO GRANDE DO NORTE FICA COM A TERCEIRA MENOR MÉDIA DO BRASIL, EM NOVEMBRO, AO LADO DE PERNAMBUCO E BAHIA. FOTO: ILUSTRAÇÃO
A média de auxílios emergenciais relacionados ao novo coronavírus
caiu 18,7% em novembro no Rio Grande do Norte. Em outubro, a média de
rendimento recebida pelos domicílios era de R$ 602. Em novembro, caiu para R$
491. Essa é a segunda queda seguida, um movimento que ocorre em todo Brasil.
Com isso, o Rio Grande do Norte fica com a terceira menor
média do Brasil, em novembro, ao lado de Pernambuco (R$ 491) e Bahia (R$ 491).
Apenas Mato Grosso (R$ 488) e Paraíba (R$ 487) apresentam resultados inferiores
no mês.
A PNAD COVID19 capta o rendimento de todos auxílios
emergenciais governamentais relacionados ao coronavírus. Um exemplo é o Auxílio
Emergencial do governo Federal, pago por meio da Caixa Econômica Federal, mas
também o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda pago a
trabalhadores com contratos suspensos, jornada reduzida ou com contratos
intermitentes. Auxílios pagos por municípios e estados também entram nessa
conta.
Trabalho
Os principais indicadores de trabalho permaneceram estáveis
em comparação a outubro. A taxa de desocupação foi de 16,8% em novembro, o que
representa 243 mil pessoas em busca de um trabalho formal ou informal. A taxa
de informalidade está 38,2% no mês. Os subutilizados (desocupados e pessoas que
não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na
localidade, mas que gostariam de trabalhar) são 566 mil no Rio Grande do Norte.
O número de potiguares rigorosamente isolados chegou a 405
mil em novembro. Em julho, quando a pesquisa iniciou essa investigação, eram
cerca de 1.078.000 de pessoas. Em cinco meses, houve uma queda de 62,4% na adesão
deste tipo de isolamento.
Esse é um dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) COVID19 para novembro de 2020, o último deste levantamento. No período analisado, em todos os meses houve reduções seguidas no número de cidadãos rigorosamente isolados.
Por outro lado, o número de pessoas que “reduziram contato
pessoal, mas continuam saindo de casa e/ou recebendo visitas” cresceu 80% entre
julho e novembro. Em julho, eram 915 mil. Em novembro, cerca de 1.655.000 de
potiguares adotaram esse comportamento. As “saídas” de casa incluem trabalho ou
atividades não essenciais.
A quantidade de pessoas do grupo que “não fez restrições” de
contatos pessoais e os que “ficaram em casa e só saíram por necessidade básica”
permaneceu estável na comparação com o outubro. A tendência é semelhante no
Brasil.
FESTAS DE FIM DE ANO E VIAGENS LEVAM PESSOAS A REALIZAREM TESTAGEM. INFECTOLOGISTAS ALERTAM QUE EXAMES NÃO SÃO GARANTIA PARA REALIZAÇÃO DE ENCONTROS COM FAMILIARES E AMIGOS. FOTO: ILUSTRAÇÃO/GETTY
O número de casos confirmados de Covid-19 aumentou significativamente
em novembro e dezembro no Rio Grande do Norte. O momento da pandemia ainda
requer atenção por parte da população e mantém os órgãos do governo vigilantes
para a manutenção da rede de assistência – recentemente, houve a garantia da
reabertura de 104 leitos clínicos e críticos para o tratamento da doença. Para
as festas de fim de ano, a recomendação é que aglomerações sejam evitadas,
mesmo em família, para que não haja o contágio do novo coronavírus. Para poder
comemorar o Natal e o Ano Novo com mais segurança, muitas pessoas têm procurado
realizar os testes de Covid-19 em laboratórios particulares da capital
potiguar.
“A procura do exame RT-PCR, realizado com Swab nasal,
registrou um crescimento de 70% em dezembro, comparado com o mês de
novembro”, contou Fábia Medeiros, gestora de qualidade do Hemolab, de
Natal. “Entre os exames mais procurados para as festas de fim ano está o
RT-PCR, que entregamos o resultado com um dia útil. A pesquisa do antígeno leva
duas horas de entrega”, completou.
“Percebemos um aumento em relação ao mês passado, em
torno de 70% a 75%, e da semana passada para hoje, houve um aumento de 20% a 30%
em função das festividades do Natal”, revelou Andrea Fernandes, diretora
técnica do DNA Center.
O resultado do exame RT-PCR, considerado o mais preciso para
a detecção do vírus, é disponibilizado em até 24 horas. A exigência do teste
por parte das operadoras aéreas para viagens também é um dos fatores para esse
aumento na procura. “A grande recomendação é que as pessoas não relaxem,
utilizem a máscara, mantenham o distanciamento, utilizem álcool, lavem as mãos.
O ideal era a pessoa fazer (o Swab) e ficar isolada até a viagem ou a visita ao
ente querido, mas isso nem sempre é possível”, lembrou Adriana.
O infectologista Igor Queiroz afirma que “nenhum teste vai mostrar se realmente você tem um salvo-conduto para visitar seus familiares e amigos”.
“Se você faz uma sorologia, ela vai mostrar se você
teve ou não uma infecção passada, de 10 ou mais dias para trás. Se você faz o
PCR, que é o Swab nasal, ele mostra que naquele momento você não tem o vírus
detectável, mas você pode estar com a carga viral ainda em incubação, ou que a
carga tenha sido menor, e no dia seguinte ou dois dias depois você vai se
tornar mais sintomático e vai estar transmitindo para seus familiares e
amigos”, emendou Igor.
O médico reforça que “se você quer ter garantia de que
não está doente e que não vai transmitir o vírus para as pessoas próximas, o
ideal seria evitar as aglomerações, evitar encontrar pessoas fora do seu convívio
do dia a dia, evitar o contato próximo com pessoas de outras famílias, amigos
que você não vê com grande frequência, porque aí você vai diminuir, sim, a
chance de estar próximo de uma pessoa possivelmente doente, que vai ter o risco
de transmissão do novo coronavírus”.
A infectologista Manuella Alves tem a mesma opinião e
destaca que as comemorações de Natal e Ano Novo precisam ser diferentes e
postergadas para 2021, com a vacinação.
“Infelizmente, esse exame dando negativo não exclui que você não possa estar com Covid naquele momento. Uma das perguntas mais frequentes para os infectologistas é se vale a pena coletar o Swab e fazer a sorologia e ir visitar uma pessoa do grupo de risco. A resposta não é a que a pessoa quer ouvir. Na verdade, a gente ainda deve manter o isolamento, deve proteger, principalmente, o grupo de risco, ainda não fazendo esse contato, caso você esteja circulando. Infelizmente, a maneira mais segura de celebrar o Natal e o Ano Novo é com as pessoas que convivem com você dentro de casa”.
NÃO VIVA O SEU ÚLTIMO NATAL Há um consenso médico que haverá um novo pique em cima do que está havendo nas comemorações de fim-de-ano. As previsões de mortes e internações da Covid 19 em janeiro são mais do que sombrias – são aterrorizantes. E isso deverá ocorrer nas capitais e principais cidades brasileiras. A tragédia coletiva será maior ou menor dependendo do comportamento da população.
NÃO É SOMENTE NO BRASIL A tragédia anunciada das mortes e internações decorrentes das confraternizações do final de ano se repetira em escala mundial – com exceção da China e nos países em que não há o culto do Natal. O surto do vírus também se multiplicará através do turismo internacional. O governador da Califórnia, Gavin Newson, já disse que não dispõe de meios para atender a demanda prevista para janeiro. Está solicitando médicos, enfermeiras, técnicos hospitalares as Forças Armadas.
RECORDISTAS DAS MORTES NO BRASIL Covid 19, divulgados em milhares de óbitos pelo Ministério da Saúde, até 23 de dezembro. São Paulo: 45.400. Rio de Janeiro: 24.600. Minas Gerais: 11.300
PREVISÃO REALISTA E SOMBRIA O presidente eleito Joe Biden não escondeu dos americanos o que está para vir em 2021: “A verdade é esta. Os nossos piores dias na batalha contra a Covid 19 estão à nossa frente. Não estão atrás de nós”. Palmas para a franqueza do novo Presidente dos EUA.
Photo/Carolyn Kaster)
O ISOLAMENTO HOSPITALAR “(…) E caiu no peito, feito pedra, a notícia da solidão: Rejane e as meninas foram para casa. Fiquei no Pavilhão Santa Terezinha como um pestilento. Só médicos e enfermeiras poderiam entrar”. (Vicente Serejo, Cena Urbana, 22.12.20).
NA CARONA DO CORONAVÍRUS Depois ter permanecido meses escondida do povo, enquanto o vírus chinês se espalhava pelo Estado, agora Fátima Bezerra está empenhada em ocupar o espaço que havia sido ocupado na capital por Álvaro Dias. Aproveitando a ausência do prefeito após a reeleição, está acumulando perante as câmeras da TV as funções de governadora e de Secretaria de Saúde.
Foto: Twitte
AS MENTIRAS DOS POLÍTICOS Promessa feita em 2013 por Renan Calheiros quando era presidente do Senado: “Minha intenção é reduzir o gigantismo, os custos administrativos e o número de funcionários”.
ASSIM TAMBÉM É DEMAIS O Supremo Tribunal Federal comunicou ao Ministério da Saúde que quer receber – prioritariamente – 7 mil doses da vacina. Se essa exigência absurda, imperial, antidemocrática, for concedida, a prioridade da vacinação será jogado na lata do lixo da ministra Carmen Lúcia & Cia. Faltará vacinas para os profissionais da Saúde e os idosos dos asilos.
A COVID E OS ESTUDANTES O novo coronavírus desorganizou em 2020 a vida do mundo capitalista dos pés à cabeça. A Organização das Nações Unidas, numa primeira e incompleta avaliação, estima que 37 milhões de estudantes da rede pública ficaram sem merenda por causa do fechamento das escolas.
QUEM GANHA COM AS DOENÇAS Em 2019 o faturamento da indústria farmacêutica no Brasil foi algo em torno de R$ 69 bilhões! As compras do Ministério da Saúde em 2018 totalizaram R$ 19,4 bilhões. Cerca de 556 milhões de unidades de medicamentos foram comercializadas nas farmácias brasileiras em 2019. Ainda não se conhece os números e os lucros proporcionados pela pandemia – mas sabe-se que o salto do faturamento foi gigantesco.
TENTAÇÃO E PERDIÇÃO Não basta andar com uma Bíblia debaixo do braço ou ir à igreja aos domingos para se livrar das tentações do Diabo. O Bispo Marcelo Crivella, que aparecia orando diante das câmeras da televisão, não resistiu à tentação do dinheiro. Preso nove dias antes de terminar o ano, o prefeito do Rio perdeu o cargo e a liberdade. Vai passar o Natal algemado pela tornozeleira eletrônica. Foto : Último Segundo-IG Crivella rezando
Foto : Último Segundo-IG
20 ANOS DEPOIS Lançada em junho de 2000, Laços de Família pertence a um tipo de novela que a Globo deixou de fazer ou não sabe mais fazer. É um dos bons trabalhos de Manoel Carlos, escudado no folhetim emoldurando pelo realismo dos grandes melodramas hollywoodianos. Com os novos tempos, Manoel Carlos passou a ser subestimado e foi afastado do núcleo das novelas. Um tipo de injustiça rotinizado pela Globo. Uma novela não alcançará a plenitude sem a presença de um elenco de desempenhos marcantes e personagens adequados a imagem cênica dos interpretes. Sob esse aspecto, o acerto de Laços de Família foi predominante, independente do tamanho do papel e até da pouca duração em cena dos artistas. Um desses atores foi Fernando Torres, em atuação antológica, como o velho e razinza fazendeiro Aléssio, preso à cama de enfermo e que saiu de cena através de uma morte excepcionalmente discreta e comovente. Ficamos sabendo que se despediu da vida ao abrir lentamente a mão, deixando a bengala cair no chão.
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