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Categoria: dezembro 23, 2020

Confira horário das missas de Natal nas paróquias na capital e interior

CONFIRA ABAIXO O HORÁRIOS DAS MISSAS EM ALGUMAS PRINCIPAIS PARÓQUIAS DA CIDADE. FOTO: PASCOM

A Arquidiocese de Natal divulgou o calendário com os horários das missas de Natal e Ano Novo nas paróquias da capital e interior do Estado. As celebrações iniciam nesta quinta-feira (24). Na Catedral Metropolitana, em Natal, as missas de Natal e Ano Novo serão realizadas em três horários: 16h,18h e 20h.

O teólogo e arcebispo Dom Bruno Forte, que atua no Vaticano, oferece sua reflexão sobre o nascimento de Jesus. Em meio a uma emergência sanitária, ele explica, olhar para o Menino Jesus significa lembrar que Deus nunca cansa de amar.

“O Natal para a fé cristã não é simplesmente a memória da Encarnação do Filho de Deus, mas é a certeza de fé de que este novo início é sempre novo. Deus não está cansado de amar os homens, Ele nos destina ao amor e inicia, com renovado impulso de doação, Sua proximidade com todos nós. Se isto sempre foi válido para o Natal, é mais importante ainda lembrá-lo para este Natal, marcado pela tristeza da pandemia, com toda a bagagem de sofrimento e dor e infelizmente também de morte que traz consigo. Este Natal vem nos dizer que Deus não nos esqueceu mesmo na pandemia e que, portanto, podemos continuar a ter esperança, a confiar n’Ele na certeza de que Ele não nos deixará sozinhos”, afirma Dom Bruno Forte, ao explicar o que é o Natal.

Confira abaixo o horários das missas em algumas principais paróquias da cidade.

  • Catedral Metropolitana              

24/12: 16h / 18h / 20h

25/12: 19h

31/12: 16h / 18h / 20h

01/01: 19h

  • Nossa Senhora Aparecida – Neópolis

24/12: 18h30

25/12: 19h30

31/12: 18h30

01/01: 19h30

  • Nossa Senhora da Apresentação  – Cidade Alta

24/12: 18h30

25/12: 16h30

  • Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Quintas

24/12: 20h

25/12: 18h

31/12: 20h

01/01: 18h

Justiça indefere pedido do Estado para desbloquear valor de débito com fornecedora de refeições para o sistema prisional no RN

A FORNECEDORA É A REFINE – REFEIÇÕES INDUSTRIAIS ESPECIAIS LTDA – ME. FOTO: ILUSTRAÇÃO

Durante o plantão do recesso forense, o desembargador Cornélio Alves deferiu parcialmente pedido feito pelo Estado do Rio Grande do Norte, em agravo de instrumento. O magistrado de 2º grau decidiu pela suspensão de decisão de primeira instância que ordenou o bloqueio, via SISBAJUD, da quantia de R$ 5.810.558,92, com a finalidade de quitar o referido valor, devido pelo Estado, referente ao serviço de fornecimento de alimentação para o sistema prisional estadual, prestado de junho a maio de 2020. Com sua decisão, o magistrado negou o desbloqueio do valor, pretendido pelo Estado no agravo apresentado.

“Defiro parcialmente o pedido de suspensividade, para suspender o cumprimento da decisão recorrida, devendo a quantia permanecer bloqueada em conta judicial a disposição do juízo a fim de assegurar o resultado útil do presente feito, até ulterior deliberação”, ressalta a decisão do desembargador, de 21 de dezembro. Em suas razões, o Estado reconhece a prestação de serviço ofertado pela empresa agravada e alegou que vem adotando as providencias necessárias no sentido dequitar o saldo eventualmente em atraso.

Alegando perigo da demora e a calamidade financeira vivenciada pelo ente público, além da impossibilidade material de suportar o bloqueio do valor, o Estado pedia que fosse determinada, imediatamente, a suspensão das medidas decorrentes da decisão agravada. Requeria o imediato desbloqueio e a devolução do montante bloqueado às contas estatais. Esta segunda parte do pedido foi rejeitada, nesta decisão.

A fornecedora é a Refine – Refeições Industriais Especiais Ltda – ME.

O desembargador Cornélio Alves salienta na decisão que não pode ser acolhida, nesta jurisdição extraordinária (Juízo Plantonista), o pedido de desbloqueio da verba, por expressa vedação legal, constante na Portaria nº 22/2012-TJ, de 22 de agosto de 2012, que regulamenta o plantão judiciário no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.

Mesmo com pandemia, MPRN aumenta número de operações em relação ao ano passado

EM 2019, FORAM REALIZADAS 35 OPERAÇÕES PELO MPRN. NESTE ANO, FORAM DEFLAGRADAS 36 AÇÕES QUE RESULTARAM EM 34 PRISÕES E NO CUMPRIMENTO DE 247 BUSCAS E APREENSÕES. FOTO: DIVULGAÇÃO

Mesmo com 2020 tendo sido um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) aumentou o número de operações em relação ao ano passado. Em 2019, foram deflagradas 35 operações pelo MPRN. Neste ano, foram deflagradas 36 ações que resultaram em 34 prisões e no cumprimento de 247 buscas e apreensões, além de outras medidas cautelares.

“Nesses últimos anos, o MPRN vem investindo fortemente em tecnologia, na capacitação profissional e em planejamento. E foi por causa disso que, mesmo em um ano em que fomos obrigados a manter o distanciamento social e a readequar nossas rotinas de trabalho, conseguimos esse incremento no número de operações. Essa é a prova de que continuamos firmes no nosso propósito de bem servir à sociedade potiguar, de forma resolutiva e eficaz. Os colegas membros e servidores do Gaeco e os membros que atuaram nessas operações estão de parabéns, de forma efusiva”, avaliou o procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite.

Em 2019, foram realizadas 35 operações pelo MPRN. Essas ações resultaram no cumprimento de 71 mandados de prisões e outros 234, de busca e apreensão, além da confecção de 2.523 relatórios de investigações.

Neste ano, foram 36 operações deflagradas, que resultaram em 34 prisões e 247 mandados de busca e apreensão cumpridos, com 2.634 relatórios confeccionados pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN. “Todos os índices registraram aumento. Nós, que fazemos o Gaeco, estamos orgulhosos pelo trabalho desenvolvido neste ano atípico. E nossa meta é fazer com que a cada ano esses índices sejam melhorados”, falou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Fausto França.

Um dos fatores que possibilitaram o incremento de ações do MPRN foi a participação do Gaeco em ações eleitorais, quando foi deflagrada a operação Sufrágio. “Nós disponibilizamos nossa estrutura de equipamentos e pessoal para que os promotores  com atribuição eleitoral pudessem ampliar as investigações sobre o cometimento de crimes eleitorais. Demos todo o suporte para a deflagrações e operações, que resultaram em 54 buscas em alvos diferentes”, falou Fausto França.

Entre as todas as 36 operações deflagradas pelo MPRN neste ano, uma ganhou destaque justamente por ter sido deflagrada no momento em que a população brasileira estava se adaptando à rotina de distanciamento social. Em 2 de abril passado, o MPRN, com o apoio do CyberGaeco do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil de São Paulo, realizou a operação Ganância, que teve por objetivo combater a prática de aumento abusivo no preço de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) utilizados por profissionais de saúde no combate à Covid-19. O reajuste no valor de uma máscara descartável chegava a 14.733,33%.

A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades potiguares de Natal, Parelhas e Ouro Branco, e ainda no Estado de São Paulo, na cidade de São Caetano do Sul. A Polícia Civil paulista, através da 2ª Delegacia de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), auxiliou no cumprimento das ordens judiciais. Foram apreendidos EPIs e álcool em gel, notas fiscais, computadores e aparelhos de telefone celular.

“A operação Ganância é a demonstração que o MPRN está atento aos anseios da população potiguar. Diante da cobrança abusiva, servidores da Prefeitura procuraram o MPRN e denunciaram o crime. As investigações confirmaram que o empresário continuou aumentando arbitrariamente o lucro e impondo preços absurdos e excessivos, além de segurar os equipamentos em estoque. Para o MPRN, essa prática causou danos e prejuízos irreparáveis a toda a sociedade, seja pela iminência da paralisação dos serviços médicos, e, consequentemente do atendimento ao público, seja pela impossibilidade de uso das máscaras por aqueles infectados que delas realmente necessitam, possibilitando a propagação da doença”, concluiu o coordenador do Gaeco.

Vacina da Oxford começa a ser entregue em fevereiro no Brasil

A PRESIDENTE DA FIOCRUZ DISSE QUE “NÃO É TÃO SIMPLES” RECEBER DOSES JÁ PRONTAS PARA O USO. FOTO: AFP

A 1ª leva de vacinas contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, deve ser entregue ao Ministério da Saúde a partir de 8 de fevereiro. A informação foi divulgada nessa 3ª feira (22.dez.2020) pela presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Nísia Trindade.

O PNI (Programa Nacional de Imunização) receberá 1 milhão de doses de 8 a 12 de fevereiro e mais 1 milhão na semana seguinte.

A previsão do Ministério da Saúde era receber 15 milhões de doses do imunizante ainda em janeiro. O governo federal tem acordo para a aquisição de insumos e a transferência de tecnologia para a produção local da vacina pela Fiocruz.

A meta da fundação é produzir 700 mil doses diárias a partir da 3ª semana de fevereiro. A presidente da Fiocruz afirmou que a produção começará em janeiro.

“A grande angústia da nossa sociedade é com relação ao início da vacinação. Então, vou só informar a todos que, no caso da Fiocruz, nós estaremos recebendo ingrediente farmacêutico ativo para o início da produção no mês de janeiro”, declarou Nísia.

O Brasil receberá o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para processamento e envase das doses na fábrica de Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Nísia lembrou que a produção deve ser certificada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“Essa produção também, a nível da Fiocruz, terá de ser certificada pela Anvisa, além do próprio registro [de aprovação da vacina], que a AstraZeneca entrará com o pedido. Nós estaremos então, a partir desse processo, entregando ao Programa Nacional de Imunização [as doses do imunizante]”, afirmou.

A presidente da Fiocruz disse que “não é tão simples” receber doses já prontas para o uso.

“Não é simples. São 11 fábricas contratadas em todo o mundo, mas, por exemplo, nos EUA tem uma determinação para que o que é produzido lá para covid não pode ser exportado. Mas estamos nessa busca junto com todos os produtores e teremos uma reunião com o CEO da AstraZeneca Global na semana que vem para ver essas possibilidades”, detalhou.

A vacina da AstraZeneca/Oxford tem eficácia que varia de 62% a 90%, dependendo da dosagem aplicada. O estudo preliminar que indicou eficácia de 90% enfrenta críticas da comunidade acadêmica.

O percentual foi atingido em voluntários que receberam meia dose da substância em uma das aplicações –o que não era a intenção inicial dos pesquisadores. O presidente-executivo da farmacêutica, Pascal Soriot, declarou que a vacina deve passar por novo teste global.

Poder360

Operação ‘Gato Gelado’ desativa ligações clandestinas de energia em fábricas e depósitos de gelo no RN

INSPEÇÕES FORAM REALIZADAS NESTA TERÇA (22) EM 33 MUNICÍPIO POTIGUARES E IDENTIFICARAM 20 CASOS DE FRAUDE E CINCO DE FURTO DE ENERGIA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Uma operação deflagrada pela Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) em parceria com a polícia desativou 25 ligações clandestinas em fábricas e depósitos de gelo em várias regiões do estado, nesta terça-feira (22). De acordo com a empresa, a ação foi denominada “Operação Gato Gelado”. Quatro pessoas foram presas em flagrante.

Ao longo de todo o dia, 38 equipes técnicas fizeram 97 inspeções em alvos previamente mapeados em 33 municípios potiguares. No total, foram identificadas e desativadas 25 irregularidades (20 fraudes e cinco furtos). A Cosern abriu 8 boletins de ocorrências e ainda está calculando o volume de energia recuperado com a ação.

A Polícia Militar apoiou a operação e realizou quatro prisões em flagrante em Natal, Caicó, Pau dos Ferros e Tibau e conduziu os responsáveis pelas irregularidades para prestar depoimento nas respectivas delegacias. A fraude é quando o consumidor já é cliente da Cosern e manipula o medidor de energia com o objetivo de reduzir o consumo faturado. Já o furto consiste em desviar energia diretamente da rede elétrica da Cosern sem a medição do consumo e o conhecimento da distribuidora.

Segundo o gerente de Recuperação de Receita da companhia, Gilmar Mikeias, essa foi a maior operação simultânea de combate a fraudes já realizada em um único dia no estado.

“O gato de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e a pena para o responsável pela fraude pode chegar a oito anos de reclusão”, afirma. “Além de crime, o ‘gato’ representa risco de morte a quem faz e a quem está próximo. A ligação clandestina também provoca perturbações no fornecimento de energia da região e pode causar a queima de eletrodomésticos dos vizinhos”, disse.

Doze presos em 2020

De janeiro até esta terça, a Cosern realizou 61.941 inspeções em unidades consumidoras e desativou ou regularizou 7.120 ligações irregulares em todo estado. 12 pessoas foram presas pela polícia em todo estado. O volume de energia recuperado nas diversas ações seria suficiente para abastecer, por exemplo, os municípios de Parnamirim e de São Gonçalo do Amarante, juntos, por 30 dias.

Rogério Marinho anuncia, na véspera de Natal, licitação da obra de transposição do Rio São Francisco que beneficiará o RN, CE e PB

PARA ROGÉRIO MARINHO, GOVERNO TEM QUE CONCLUIR OBRAS INDEPENDENTEMENTE DE QUEM TENHA COMEÇADO. SEGUNDO ELE, ESTE É UM PRESENTE DE NATAL PARA OS NORDESTINOS. FOTO: EBC

O governo federal pretende lançar a licitação do último eixo da Transposição do Rio São Francisco no próximo dia 24. A obra deve custar cerca de R$ 1,7 bilhão. Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho explicou que o governo tem que concluir obras importantes “independente de quem tenha começado”. Segundo ele, será um “presente de Natal” para os nordestinos.

“Em 24 de dezembro, nós vamos abrir a licitação do final da Transposição do Rio São Francisco. […] É um presente de Natal que é oferecido para a população nordestina em função da decisão do governo de permitir obras estruturantes que vão dar segurança hídrica a toda a região do semiárido nordestino”, anunciou Marinho nesta terça-feira (22/12), durante a apresentação do balanço anual do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Segundo o ministro, a licitação vai viabilizar a construção do Ramal do Apodi — obra hídrica que vai levar as águas do Rio São Francisco para mais de 60 municípios da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. A construção deve levar até três anos. Mas, com a licitação programada para este fim de ano, a ideia é que essas obras comecem até abril e permitam que as águas cheguem ao Rio Grande do Norte ainda em 2021.

Marinho é natural do Rio Grande do Norte e destacou que este será o último estado do Nordeste a receber as águas da Transposição do Rio São Francisco. Ele destacou que todo o projeto do Ramal do Apodi visa dar segurança hídrica às famílias que hoje nem sempre têm água tratada na torneira. A medida ainda pode ampliar em 700 hectares a área agricultável da região. “O presidente Jair Bolsonaro nos recomendou que não poupássemos esforços para que isso acontecesse”, acrescentou.

Em coletiva de imprensa, o ministro lembrou que as obras da Transposição do Rio São Francisco já duram 15 anos e hoje contam com um orçamento total de R$ 15 bilhões, bem acima dos R$ 4 bilhões imaginados inicialmente. O projeto foi lançado no governo do PT. Marinho destacou que “as obras precisam ser terminadas independente de quem tenha começado”. Ele explicou que a conclusão de obras como essa é uma questão de respeito aos brasileiros que pagam imposto e também às famílias que precisam desses projetos para poder conseguir gerar o próprio sustento.

Nesse sentido, o Ministério do Desenvolvimento Regional mapeou 6 mil obras paralisadas ao redor do Brasil neste ano, fora a construção de 100 mil unidades habitacionais que também estavam suspensas. A pasta já retomou a execução de 1,5 mil dessas obras, entre obras de mobilidade, saneamento, urbanização, desenvolvimento regional e urbano, além de 30 mil unidades habitacionais. E continua trabalhando para reativar os demais canteiros de obras.

Segundo o balanço apresentado nesta terça-feira, a pasta também entregou 6,2 mil obras em mais de quatro mil municípios brasileiros ao longo do ano, “desde pequenas obras de asfalto e arranjo produtivo local, até obras de grande vulto, de mobilidade urbana, saneamento e infraestrutura hídrica”. “Nossa avaliação é que mais de 4 milhões de empregos foram mantidos ou gerados pelas ações do Ministério”, ressaltou Marinho.

Saneamento e habitação

O ministro do Desenvolvimento Regional também prometeu publicar ainda neste fim de ano um dos decretos de regulamentação do novo marco legal do saneamento. Também há uma expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro sancione a lei de criação do Casa Verde e Amarela — programa habitacional que vai substituir o Minha Casa, Minha Vida, e lançado em agosto por meio de uma medida provisória.

Aprovado neste ano pelo Congresso, o novo marco legal do saneamento pode atrair R$ 700 bilhões de investimentos para o setor nos próximos dez anos. E, segundo o governo, é fundamental para garantir a universalização do tratamento de égua e esgoto do país. “O governo federal, os estados e municípios têm capacidade de investir de R$ 5 a R$ 7 bilhões por ano, bem distante do tamanho do esforço necessário”, explicou Marinho.

O projeto, contudo, ainda precisa ser regulamentado. A ideia é que o decreto que regulamenta o apoio técnico e financeiro que será oferecido pela União aos entes federativos seja publicado ainda nesta semana, visto que o Ministério do Desenvolvimento Regional já tem cerca de R$ 5 bilhões de recursos não onerosos para isso. Já o restante da regulamentação deve ficar para o início do próximo ano, já que o Congresso Nacional ainda não avaliou o veto do presidente Bolsonaro à proposta.

O Casa Verde e Amarela também vai precisar ser regulamentado após a sanção do presidente Bolsonaro, mas Marinho disse que a sanção do projeto que foi aprovado recentemente pelo Congresso deve ocorrer ainda neste ano. O ministro destacou que, mesmo assim, o programa já está em funcionando. Segundo ele, 100 mil casas já foram contratadas e a expectativa é que esse número chegue a 150 mil ainda neste ano. Para 2021, a projeção é contratar de 430 mil a 450 mil casas. O ministro lembrou, por sua vez, que os números podem ser ampliados caso, na votação do Orçamento de 2021, o Congresso decida destinar mais recursos que os projetados atualmente para o programa.

Correio Braziliense

Último continente a ser atingido pela covid-19, Antártica registra 36 casos

GRANDE PARTE DA ÁREA, ATINGIDA POR VENTOS, MONTANHAS E GELEIRAS, ESTÁ SOB RESTRIÇÕES DE QUARENTENA HÁ MESES. FOTO: AFP

A Antártica, último continente a ser atingido pela covid-19, registrou 36 casos da doença. Militares e engenheiros civis foram infectados na base das forças armadas do Chile, General Bernardo O’Higgins, em meados de dezembro.

A estação de pesquisa operada pelo exército chileno fica em uma península no norte do continente. Autoridades informaram que os trabalhadores “já estão devidamente isolados e constantemente monitorados”.

“Graças à ação preventiva oportuna, foi possível dispensar o pessoal depois do controle médico e da administração de testes RT-PCR”.

A Marinha do Chile informou que também detectou 3 casos de covid-19 em tripulantes de uma embarcação navegou na região antártica de 27 de novembro a 10 de dezembro.

Embora o continente não tenha residentes permanentes, cerca de 1.000 pesquisadores e outros visitantes permanecem na ilha durante o inverno.

As estações de pesquisa e militares do continente se esforçaram nos últimos meses para evitar a entrada do vírus. O turismo foi cancelado, instalações bloqueadas e pesquisas de cientistas do mundo inteiro foram interrompidas.

O British Antarctic Survey, centro de pesquisa do Reino Unido, estima que cerca de 1.000 pessoas tenham navegado com segurança no inverno, mas um crescimento nas viagens pela região aumentou o risco de infecção.

A região de Magallanes, uma das áreas mais próximas da Antártica e ponto de decolagem para muitos barcos e aviões que se dirigem ao continente, é a mais atingida pela covid-19 no Chile.

Poder360

Paciente do João Machado retorna ao convívio familiar após 7 anos de tratamento

NO RIO GRANDE DO NORTE, A REFERÊNCIA DE UNIDADE PARA INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA É O HOSPITAL DR. JOÃO MACHADO. FOTO: DIVULGAÇÃO

Iniciada em 2001, por meio da sanção da Lei Federal n° 10.216, a ressocialização de pacientes com transtornos mentais é uma realidade que está se tornando cada vez mais comum na vida de milhares de pessoas. A lei surgiu como desdobramento da Reforma Psiquiátrica e instituiu a humanização do tratamento, os direitos desses pacientes e o desenvolvimento de políticas de saúde mental, assistência e a promoção de ações de saúde com a participação da sociedade e da família.

A ressocialização é uma luta histórica e fundamental para a humanização, desinstitucionalização dos pacientes e o desenvolvimento e ampliação de tratamentos eficazes, afastando a visão hospitalocêntrica e farmacológica como únicas formas de tratamento.

No Rio Grande do Norte, a referência de unidade para internação psiquiátrica é o Hospital Dr. João Machado, que além de cumprir seu papel social de atendimento à pandemia provocada pela covid-19, vem contribuindo para a isenção de pacientes de volta ao convívio da família e da sociedade.

Um desses pacientes foi o senhor Marcos (nome fictício para preservar a identidade) que iniciou sua história no Hospital em 2013, quando foi encaminhado pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Currais Novos. Marcos foi encontrado perambulando pela cidade em estado de desorientação e em precárias condições de higiene.

Desde a sua entrada, o paciente já indicava o desejo de retornar para a sua família, sendo esse desejo a prioridade da equipe de referência do Hospital que conseguiu localizar a família no município de Rondonópolis, no estado do Mato Grosso.

A equipe entrou em contato com os familiares, mas o retorno não foi possível na época. Contudo, o trabalho de humanização e cuidados com seu Marcos continuou com a viabilização de documentos de identificação e a busca de serviços assistenciais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), obtido em 2014.

Como parte do trabalho de resgate da autonomia e independência do paciente, a equipe técnica, utilizando o método “Clinica de Céu Aberto”, possibilitou o retorno do senhor Marcos ao convívio social, alinhado aos cuidados em liberdade.

Em abril deste ano, Marcos foi transferido para “Casa de Apoio Esperança”, implantada pela direção do Hospital, com o objetivo de proteger da Covid-19 os pacientes de longa permanência e contribuir com a desospitalização. Na época, as atividades externas foram suspensas devido a necessidade de implantação do isolamento social, medida de prevenção da covid-19.

Após todos esses anos, o desejo do senhor Marcos continuava o mesmo: “Me mande para o Mato Grosso” dizia ele para a equipe. Com a determinação de toda a equipe e o apoio do Centro de Referência em Assistência Social (CREAS) de Rondonópolis a família foi novamente contatada e se dispôs a acolhê-lo.

Com a intermediação do Hospital, e os recursos financeiros acumulados pelo paciente, no dia 22 de novembro de 2020, a família chegou em Natal para reencontrar e levar seu Marcos de volta ao seio familiar após sete anos acolhido no Hospital.

“Mais uma vitória da desinstitucionalização da loucura que ficará gravada em nossos corações e mentes como parte do alicerce da construção de uma sociedade livre de manicômios físicos e mentais”, desabafa a assistente social do Hospital, Fátima Couto.

A história de seu Marcos é um exemplo da importância da humanização do tratamento de transtornos mentais e enfatiza que a ressocialização desses pacientes é possível e necessária para que eles tenham tratamentos de qualidade e com apoio do núcleo familiar. É também um exemplo do trabalho desenvolvido pelos profissionais do Hospital e a dedicação em garantir um tratamento digno, eficiente e de qualidade para todos os pacientes.