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Categoria: novembro 19, 2020

Operação da PF combate grupo que transporta droga camuflada em caminhões “boiadeiros” para o RN

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A Polícia Federal deflagrou, na data de hoje, 19/11, a Operação Carga Viva, com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados por uma organização criminosa que atua nas regiões Norte e Nordeste do país.

Estão sendo cumpridos 4 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Macaíba/RN, além de ordens judiciais de sequestro de bens e bloqueio de valores, na cidade de Manaus/AM.

As investigações tiveram início em junho de 2020 quando da prisão de dois cidadãos cearenses realizada pela Polícia Rodoviária Federal na cidade de Macaíba, Região Metropolitana de Natal. A partir daí, a PF iniciou as diligências e conseguiu detectar uma intensa movimentação financeira incompatível com as atividades dos investigados, inclusive, envolvendo parentes e pessoas próximas, tudo relacionado à atividade de tráfico de entorpecentes.

Baseado na capital do Amazonas, o grupo criminoso adquiriu fazendas, casas de alto padrão e haras, além de gado e cavalos, visando lavar o patrimônio adquirido com o dinheiro do tráfico.

Para transportar a droga camuflada em caminhões “boiadeiros”, especialmente para o Rio Grande do Norte e a Paraíba, utilizavam a história cobertura de atividade de compra e venda de animais.

Estima-se que o patrimônio obtido pela organização criminosa com o tráfico alcance aproximadamente R$ 4 milhões.

Entre os que concorreram, 66% dos prefeitos foram reeleitos no Rio Grande do Norte

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As renovações dos mandatos nas eleições municipais deste ano alcançaram 66% dos 115 prefeitos do Rio Grande do Norte que disputaram a reeleição. Apenas 34% ou 39 prefeitos que tentaram o segundo mandato Executivo não lograram vitórias no pleito eleitoral de domingo (15), quando 76 prefeitos terminaram sendo reeleitos.

Entre os 167 atuais prefeitos do Estado, só não disputaram a reeleição 52 chefes de Executivos municipais, a maioria porque já estava no segundo mandato e uma parte porque desistiu no meio do caminhou ou porque foram declarados inelegíveis ou tiveram registros de candidaturas indeferidos pela Justiça Eleitoral.

No rol dos prefeitos que perderam a reeleição, é emblemática a derrota da prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), que perdeu o pleito para o deputado estadual Allyson Bezerra. Também surpreendeu a derrota do prefeito Leonardo Rego (DEM), que tentava o terceiro mandado, filho do deputado estadual Getúlio Rego (DEM), foi derrotado por Marianna Almeida (PSD).

Já na Região Metropolitana de Natal (RMN), não houve surpresas, com as reeleições dos prefeitos da capital, Álvaro Dias (PSDB); Rosano Taveira (Republicanos), em Parnamirim; Júlio César Câmara (PSD), em Ceará Mirim e ainda Paulo Emídio de Medeiros (PROS), em São Gonçalo do Amarante. Entre os municípios mais próximos de Natal, só foi derrotado o prefeito Joaz Oliveira, em Extremoz (PATRIOTA), que foi o quarto colocado em seu município.

Em relação aos municípios menores, surpreendeu a derrota do prefeito de Lajes, José Marques Fernandes (Republicanos), base eleitoral do presidente do seu partido, o deputado federal Benes Leocádio.

Com a reeleição de 76 prefeitos, os 91 novos prefeitos eleitos dia 15 terão dez dias – até a sexta-feira (27), para apresentarem aos atuais gestores a relação das pessoas indicadas que vão compor a equipe de transição, inclusive com a indicação do coordenador da equipe, conforme resolução do Tribunal de Contas do Estado (TCE) datada da terça-feira (17).

De acordo com a resolução 018/2020 ao candidato eleito para o cargo de prefeito municipal é garantido o direito de indicar   o   pessoal   integrante   da   equipe até o décimo) dia  útil, contados a  partir  da  proclamação pela Justiça  Eleitoral do  resultado  oficial  das eleições municipais, o que ocorreu ao fim da totalização dos votos majoritários, ainda no domingo, dia da eleição.

As equipes de transição poderão solicitar aos atuais prefeitos, que estão em fim de segundo mandato e aqueles que não se reelegeram, informações, por exemplo, dos demonstrativos  dos  restos  a pagar  referentes  aos  exercícios  anteriores  e  ao exercício   de   encerramento   de   mandato,   distinguindo-se   os   processados   e   os   não-processados,   bem como cópias dos processos de despesa e demonstrativo  da  dívida  fundada  interna,  além da relação  dos  programas  (softwares)  utilizados  no  âmbito  das  unidades  que compõem a estrutura administrativa do órgão público municipal correspondente.

Também poderão solicitar informação acerca da existência de processo de recondução da despesa total com pessoal -DTP ao limite legal e o prazo já decorrido, dentre outros dados. Mediante solicitação do coordenador da equipe de transição ao TCE, por  meio  da  Central  de  Atendimento  ao  Jurisdicionado (CAJ), será concedido  acesso provisório ao Portal do Gestor, exclusivo para consultas a dados, documentos e informações. 

A Resolução n° 18/2020, aprovada na sessão do Pleno altera parte das normas relativas ao processo de transição. Com o adiamento das eleições municipais, devido à pandemia do coronavírus, o prazo para comunicar ao prefeito em exercício os nomes da equipe de transição, incluindo o coordenador, vai até o décimo dia útil após a proclamação do resultado pela Justiça Eleitoral.

Na hipótese da falta da apresentação dos demonstrativos que permitem o conhecimento da situação orçamentária, contábil, financeira e patrimonial e, mais ainda, indícios de irregularidades ou desvios de recursos públicos, financeira e patrimonial e, mais ainda, indícios de irregularidades ou desvios de recursos públicos, deve ser comunicado ao TCE para adoção das providências.

O prefeito municipal empossado no dia 1º de janeiro de 2021, também deverá encaminhar uma cópia dos documentos elaborados pela equipe de transição à Câmara Municipal. Ao Tribunal de Contas deverá ser encaminhado, via Portal do TCE, até 31 de janeiro do ano subsequente ao do encerramento do mandato, a cópia do Relatório Técnico conclusivo emitido pela equipe de transição, devendo ser distribuído ao Relator competente que, constatando existência de dano adotará as providências cabíveis ao seu ressarcimento ou, caso contrário, determinará sua juntada à prestação de contas anual de ordenador para subsidiar o seu julgamento.

Com informações da Tribuna do Norte

Proposta da Pfizer prevê ‘vacinar alguns milhões de brasileiros no 1º semestre’ contra a Covid

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O governo brasileiro recebeu uma proposta da farmacêutica Pfizer e do laboratório BioNTech para a compra da vacina contra a Covid-19 produzida por ambos. Em nota, a Pfizer afirma que a oferta está em linha com os acordos fechados em outros países, inclusive na América Latina. Segundo a empresa, seria possível “vacinar alguns milhões de brasileiros no primeiro semestre, sujeita à aprovação regulatória”. A farmacêutica diz que vai trabalhar com a Anvisa para fornecer todos os dados necessários para avaliação. As empresas anunciaram que a vacina possui 95% de eficácia após os testes da fase três, sem efeitos colaterais graves.

Em entrevista à Jovem Pan, a microbiologista Natália Pasternak comemorou o resultado. O governo federal autorizou a doação de R$ 8,5 milhões à Aliança Global para Vacinas e Imunização. A iniciativa busca facilitar o acesso de países em desenvolvimento à vacina. Já a aliança Covax, liderada pela Organização Mundial de Saúde, anunciou que deve disponibilizar pelo menos 2 bilhões de doses do imunizante até o fim do ano que vem. Para o Brasil, são previstas 42 milhões de doses por meio da parceria. A microbiologista Natália Pasternak aponta que pelo contexto, é normal a rapidez com que as vacinas podem ficar prontas.

A Pfizer vai pedir à FDA, a agência reguladora dos Estados Unidos, a autorização de uso emergencial da vacina contra a Covid-19. O presidente americano Donald Trump acusou a empresa de atrasar a divulgação dos resultados de imunização para depois da eleição no país. O CEO da farmacêutica, Albert Bourla, disse que o anúncio se deu “na velocidade da ciência”. No Brasil, caso as negociações com o governo federal sejam bem sucedidas, a previsão é que a vacina da Pfizer chegue no 1º trimestre de 2021.

Jovem Pan

Caminhão estacionado na contramão da BR-101 pega fogo e é multado em Natal

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Um caminhão reboque pegou fogo por volta das 8h15 desta quinta-feira (19) na BR-101, em Neópolis, Zona Sul de Natal. O veículo estava estacionado na contramão da marginal da rodovia, no sentido Parnamirim-Natal.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista estacionou o caminhão para rebocar um carro de passeio que estava dentro de um caminhão baú. Esse último não estava na contramão, mas também ficou estacionado em local proibido, em plena pista de rolamento.

Durante o processo de transferência do carro, a cabine do reboque começou a pegar fogo. As chamas foram controladas cerca de meia hora depois com a chegada do Corpo de Bombeiros Militar.

De acordo com a PRF, os dois motoristas serão multados pelo estacionamento em local proibido. O incêndio deixou o trânsito congestionado no local.

G1RN

Assu: MPRN obtém condenação de homem que confessou assassinato a programa na TV Globo

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) conseguiu no Tribunal do Júri da Comarca de Assu, em sessão ocorrida nesta terça-feira (17), a condenação de Damião Firmino da Silva, conhecido como Damião do Baralho, e de seu filho, Éder Flankle da Silva. Os dois são os autores do homicídio duplamente qualificado de Francisco das Chagas Bezerra, ocorrido no dia 04 de julho de 2008, no bairro Frutilândia, em Assú.

A vítima foi assassinada por motivo fútil, sem chances para defesa, através de disparos de arma de fogo, além de chutes e socos. O crime ocorreu após uma discussão em que a vítima se negou a assinar um guardanapo como testemunha de uma transação comercial.

Em 2016, ao ser questionado pela equipe de reportagem do Fantástico, que produzia uma matéria sobre pistolagem na região do município de Assu, Damião do Baralho revelou ter cometido um homicídio anos antes. Na matéria, Damião do Baralho justifica que o homicídio teria acontecido em legítima defesa, alegando ter sido para defender o filho, tese essa não acatada pelos jurados.

Até a veiculação da reportagem em rede nacional, as investigações do assassinato de Francisco das Chagas Bezerra estavam paradas.

Agora, os condenados cumprirão pena em regime fechado por 16 anos.

Família de Lula processa Regina Duarte e pede mais de R$ 100 mil da atriz

FOTO: PODER360

A atriz Regina Duarte está sendo processada pela família do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Em abril deste ano, quando era Secretária de Cultura do Governo Bolsonaro , ela publicou um post em suas redes sociais no qual afirmava que Marisa Letícia Lula da Silva tinha R$ 256 milhões em um banco. Marisa, que foi casada durante 42 anos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e morreu em 2017, e por conta do post sua família entrou com um processo contra a atriz exigindo uma indenização de R$ 131,4 mil por danos morais.

Os advogados de Lula alegam que Regina Duarte “maculou publicamente a memória da senhora Marisa Letícia Lula da Silva” e anexaram no processo o comprovante de um saldo bancário no valor R$ 26.281,74 em uma aplicação em CDBs (Certificado de Depósito Bancário). A ação ainda não foi julgada, segundo uma matéria no UOL .

A defesa de Regina Duarte diz que o post não era de sua autoria e que ela apenas o reproduziu. A atriz contou que o apagou assim que ficou esclarecido que Marisa não tinha R$ 256 milhões no banco e não cometeu nenhum abuso. O seu objetivo era cobrar esclarecimentos sobre a questão patrimonial. No processo, ela explica que “uma vez que, ao ingressar no governo, verificou que, diferentemente da vida privada, seria impossível na vida pública amealhar um patrimônio de R$ 256,6 milhões. Nesse cenário, tratou-se de uma crítica e um pedido de esclarecimento de cunho político”.

Polícia Federal deflagra 4 operações contra fraudes no auxílio emergencial neste mês

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A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (18), duas operações contra fraudadores do auxílio emergencial, o valor de R$ 600 mensais pago pelo governo federal em razão da crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus.

Com as duas ações desta quarta, uma no Distrito Federal e outra na Bahia, a PF contabiliza nas últimas três semanas quatro operações contra grupos que conseguiram sacar o benefício mediante fraude. No período, houve ações também em São Paulo, Rio de Janeiro e Tocantins. Em outubro, foram pelo menos outras cinco. A polícia ainda não consolidou o valor desviado em todos esses casos.

De acordo com as investigações, conduzidas nas superintendências regionais da corporação, o crime tem semelhanças nos diferentes casos: golpistas usavam o nome de terceiros para abrir contas bancárias e solicitar o auxílio emergencial.

Assim atuavam os alvos da Operação Resiliência, deflagrada nesta quarta no Distrito Federal. Foram expedidos 14 mandados de busca e apreensão, cumpridos por policiais federais e civis em duas cidades distantes cerca de 20 quilômetros do centro de Brasília.

Os agentes recolheram cartões bancários, listas com CPFs, chips de celular, telefones e notebooks, material encaminhado para a perícia. Os suspeitos são investigados também por outras fraudes bancárias, como desvios do FGTS e do INSS.

Cinco pessoas foram presas em flagrante, duas por tráfico de drogas e três por posse ilegal de arma de fogo. Na casa de um dos investigados, a PF apreendeu carros de luxo.

Na Bahia, o alvo foi um soldado do Exército, suspeito de utilizar informações de pessoas com direito a receber o auxílio emergencial e, sem o seu conhecimento, realizar o cadastro para recebimento da renda mínima paga pelo governo.

Em seguida, o investigado transferia os valores para sua própria conta, por meio de boletos bancários. Nos dados analisados, referentes a apenas uma semana, verificou-se que o militar cadastrou pelo menos 13 contas de forma fraudulenta, resultando num desvio de mais de R$ 10 mil.

Os investigadores estimam que a fraude seja muito maior, na medida em que os dados se referem a um curto período analisado, e também apenas aos casos em que as vítimas formalizaram a contestação junto à Caixa Econômica Federal.

O mandado de busca visava a apreensão de documentos, computadores, celulares e quaisquer outras provas que reforcem as suspeitas. Além da busca, segundo a PF, foram determinadas também a quebra do sigilo bancário do investigado e o bloqueio de valores depositados em sua conta.

Os investigadores estimam que a fraude seja muito maior, na medida em que os dados se referem a um curto período analisado, e também apenas aos casos em que as vítimas formalizaram a contestação junto à Caixa Econômica Federal.

Comprovadas as fraudes, os golpistas podem responder a crimes como estelionato, furto e, a depender do caso, organização criminosa, resultando em penas que podem chegar a oito anos de prisão.

No mês de julho, em razão do grande número de comunicações de irregularidades, a Caixa e o Ministério da Cidadania definiram uma estratégia para a identificação e responsabilização penal de fraudadores do auxílio emergencial.

A Caixa ficou encarregada de remeter informações à PF sobre situações suspeitas para integrar a Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial, criada pela polícia para auxiliar nas investigações de grupos criminosos.

FolhaPress

Senado aprova compensações aos estados por perdas com Lei Kandir

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Os senadores aprovaram em sessão remota nesta quarta-feira (18) o projeto que regulamenta a transferência de recursos da União a estados e municípios para compensar perdas de arrecadação provocadas pela Lei Kandir. Por se tratar de projeto de lei complementar, eram necessários 41 votos para aprovação. A matéria acabou aprovada por unanimidade, com 70 votos a favor e nenhum contrário. O projeto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

De autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), o texto regula acordo firmado no Supremo Tribunal Federal (STF) entre a União e o Fórum Nacional de Governadores, em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), na qual os estados pediam compensação pelas perdas com a desoneração de ICMS (imposto estadual) nas exportações.

Relatado pelo senador Antonio Anastasia (PSD-MG), o texto transfere R$ 65,5 bilhões da União aos entes federados. Deste total, R$ 58 bilhões serão transferidos no período de 2020 a 2037 e estão previstos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 188/2019, que trata do novo Pacto Federativo e ainda está em discussão no Senado. A primeira parcela do acordo, de cerca de R$ 4 bilhões, deve ser paga ainda este ano.

Fundo Social

O relatório para compensar as perdas da Lei Kandir foi apresentado em agosto, mas não houve acordo entre os senadores naquela ocasião para votação do texto. As bancadas do MDB, PT, PSDB, PDT, Rede e Cidadania pediram manutenção do Fundo Social, chamado por Anastasia de o “pomo da discórdia”.

Criado em 2010, o Fundo Social é um fundo soberano, destinado a receber a parcela dos recursos do pré-sal que cabem ao governo federal, como royalties e participações especiais. Parte considerável desses recursos é aplicada nas áreas de saúde e educação.

Anastasia havia considerado que a manutenção desse fundo daria margem para a União entender que o acordo não foi cumprido e, com isso, não fazer as transferências previstas no projeto. Após conversas com o governo, a extinção do fundo foi retirada do relatório.

“O Fundo Social continua normalmente como está hoje, existindo. A solução final – e agradeço ao governo por isso – foi a mais satisfatória porque acalma o tema e permite aos estados, ainda no ano de 2020, receber o valor de cerca de R$ 4 bilhões, que é um valor expressivo num momento de dificuldades que estados e municípios vivem”, disse o relator.

Dos R$ 65,6 bilhões que deverão ser transferidos pela União, 75% irão para os estados e o Distrito Federal, e os 25% restantes, para os municípios.

O líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), lembrou que já existe dotação orçamentária dessa despesa que a União terá ao ressarcir estados e municípios. Bezerra também frisou que o acordo foi feito no sentido de agilizar o pagamento dessas receitas para o ano de 2020, mas chamou atenção para a discussão do espaço orçamentário.

Para tanto, ele defendeu a redução de alguns fundos, sobretudo os infraconstitucionais. Segundo ele, “isso iria no sentido de termos as dotações orçamentárias para viabilizar esse importante acordo entre a União e os Estados brasileiros”.

Lei Kandir

Instituída em 1996, a Lei Kandir isenta do recolhimento de ICMS produtos primários e semielaborados, como a soja, milho, algodão, carnes, madeira e minérios. Essa isenção visava incentivar as exportações nacionais e conceder mais competitividade internacional ao país. Ao longo do tempo, no entanto, estados e municípios alegaram que a compensação não estava ocorrendo de forma justa.

Para amenizar as perdas de estados e municípios com a desoneração, o governo criou o Auxílio Financeiro de Fomento as Exportações (FEX). Esse auxílio financeiro não era obrigatório e, portanto transferências deixaram de ser repassadas. A falta de um instrumento eficiente para compensação levou a questão a ser discutida no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), que indicou que o Congresso Nacional deveria regulamentar as transferências.

Após um processo de mediação entre os níveis da federação promovido pelo ministro do STF Gilmar Mendes, chegou-se a um acordo já referendado pelo Plenário da Suprema Corte.

O acordo, homologado pelo STF em 20 de maio, prevê regras para a União compensar os entes federados pelas perdas com a desoneração de ICMS nas exportações. Estados, Distrito Federal e municípios devem receber R$ 58 bilhões, divididos em parcelas, até 2037.

Estão previstos ainda dois repasses extras da União. Um, de R$ 3,6 bilhões, está condicionado à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição do Pacto Federativo (PEC 188/2019). O outro, de R$ 4 bilhões, depende do futuro leilão de petróleo dos blocos de Atapu e Sépia, previsto para o primeiro trimestre de 2021.

Congresso em Foco