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Categoria: agosto 18, 2020

Direito de escolha: médicas defendem o retorno às aulas com as famílias podendo optar por ensino presencial ou on-line

PROFISSIONAIS DA SAÚDE E MÃES ENDOSSAM MOVIMENTO QUE DEFENDE O DIREITO DE OS PAIS ESCOLHEREM SE QUEREM OS FILHOS NA ESCOLA PRESENCIAL OU EM CASA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Com o anúncio de mais um adiamento do retorno às aulas no Rio Grande do Norte, por pelo menos 30 dias, começou a ganhar corpo um movimento de pais, respaldados por médicos, que defendem o direito de escolha em manter os filhos em casa, estudando de forma on-line, ou a volta às atividades presenciais, com todas as medidas de segurança necessárias para garantir um ambiente saudável, livre de riscos para a contaminação pelo novo coronavírus. É o chamado ensino híbrido. No estado, as aulas estão suspensas desde o mês de março. Alguns especialistas argumentam que já há um ambiente favorável para o retorno das escolas nesse novo modelo.

Dados divulgados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, neste último domingo, apontam que o Rio Grande do Norte teve a segunda maior redução de mortes por Covid-19 do Brasil, com queda de 55%. Diante de números como esse, a pediatra Giovanna Paiva acredita que os pais podem decidir qual a melhor opção para manter os estudos dos filhos, respeitando todos os protocolos e cuidados preconizados. “Sou a favor do retorno das aulas de forma híbrida, sempre avaliando as condições e cada contexto familiar. Sempre lembrando que se a criança faz parte de algum grupo de risco ou na sua residência tem alguém que se enquadre no risco ou, ainda, se tem contato frequente com idosos, essa criança precisa permanecer em casa”, avalia. 

Essa também é a opinião da médica reumatologista Danyele Dias, que é mãe e casada com o médico intensivista Sérvulo Dias Júnior, que dirige a UTI de um grande hospital em Natal e lida com pacientes com a Covid-19. Ela argumenta que o estado vive hoje a fase 3 da reabertura da economia, que tomou como base a baixa taxa de contágio, o número de leitos de UTI e hospitalares vagos, a estruturação da rede de saúde, a queda progressiva do número de casos novos, a redução no número de óbitos e a melhora da capacidade de liberar resultados de testes com mais rapidez.

“Eu acho fundamental garantir o direito da criança à educação, dando a opção ao pai, seu tutor, de escolher o modelo que lhe atende. Então, se o pai ou a criança não se sentirem seguros, ou se forem portadores ou tiverem contato com uma pessoa que tenha alguma doença que seja fator de risco, deverá ser garantida a opção de permanecer no modo de aula virtual. Já para os outros, o modo híbrido parece uma boa opção e tem sido utilizado já há alguns meses no Amazonas, bem como será o novo modo de educação no resto do mundo. Alguns países da América do Norte, Europa e Ásia já anunciaram que adotarão este modelo”, argumentou.

Cinco meses em casa

As médicas também concordam que as crianças já começam a sofrer as consequências de um longo período em casa, longe do convívio escolar, tão necessário para a sua formação, e que isso também deve ser levado em conta para o retorno das aulas.

“O que tenho visto na minha prática clínica são crianças ansiosas, adquirindo peso excessivo, alterações de comportamento, como agressividade e depressão, além de alterações no sono e apetite. As crianças e adolescentes precisam da rotina, da socialização, para um melhor desenvolvimento cognitivo e emocional. Portanto, precisamos levar em consideração tanto a saúde física como mental dos mesmos”, expôs a pediatra.

“Muitos pais se prendem mais ao conteúdo, mas esquecem dos benefícios psicossociais do convívio escolar. A habilidade de mediar conflitos, socialização, empatia, cooperativismo, psicomotricidade, são elementos que são construídos na escola. O convívio familiar restrito deixa a criança mais apegada ao lar, acomodada com as facilidades. As crianças são pequenas “esponjas” e absorvem tudo de bom ou mal rapidamente. A escola tem o dom de filtrar tudo e nos dar o melhor”, exemplificou Danyele, que é mãe de duas meninas, estudantes do ensino infantil e fundamental da escola Maple Bear Natal.

Volta segura

Um retorno às aulas no modelo híbrido vai exigir dos pais e das escolas a adoção de regras sanitárias para que o ambiente escolar se torne um local ainda mais seguro e saudável. As escolas vão precisar se adequar aos protocolos estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e vai caber aos pais o trabalho de orientação sobre o uso correto da máscara, a importância do distanciamento, a lavagem das mãos e o uso adequado do álcool gel.

“A escola também deve Informar aos pais que, se surgir qualquer sintoma suspeito na criança ou algum membro da família, deve afastar essa criança da escola por 2 semanas ou até todos os familiares se encontrarem bem”, alertou a pediatra Giovanna Paiva.

“O grande papel da escola vai ser a educação na elaboração de rotinas e regras de convivência, baseadas no novo normal. Os pais devem ser engajados nisso também e convidados a participar dando exemplo de cidadania. Esse ensinamento é rapidamente repassado pelas crianças aos pais, que previsam encorajá-las a praticarem essas novas medidas de segurança”, finalizou a médica Danyele Dias.

Guedes: “Existe muita confiança no presidente em mim e minha no presidente”

FOTO: DIVULGAÇÃO

Em meio à debandada de auxiliares e a rumores de que poderia deixar o cargo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na noite de segunda-feira (17) ter confiança no presidente Jair Bolsonaro, e ele em Guedes.

Depois de se reunir com Bolsonaro, Guedes foi questionado se estaria firme no governo.

“Tivemos uma excelente conversa com presidente Bolsonaro. Existe muita confiança no presidente em mim e minha no presidente. Não tive nenhum ato que me sugerisse que não devesse confiar no presidente e não faltei em nenhum momento com a confiança que o presidente depositou em mim”, declarou Guedes.

O ministro alegou que, “em momentos decisivos”, Bolsonaro sempre o apoiou. Ele afirmou ter passado por “dois ou três” momentos desse e citou o veto de Bolsonaro à possibilidade de aumento de salário de servidores nos próximos anos.

Guedes ressaltou que a popularidade do presidente subiu e acrescentou que Bolsonaro “sente que está firme” para continuar sua agenda.

“O presidente é muito transparente e sincero, minha obrigação é ter mesma transparência e sinceridade”, completou.

Infomoney

Bruno Covas: PSDB perdeu espaço para Bolsonaro por falta de punição a corruptos

FOTO: DIVULGAÇÃO

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), considera que dois fatores ajudam a explicar a perda de protagonismo de seu partido desde as eleições de 2018: a falta de determinação da legenda em defender suas posições e de punição aos quadros que se envolveram em corrupção.

Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Bruno Covas, que já defendeu a expulsão de Aécio Neves do partido, ex-presidente da sigla e investigado por receber propina da empresa JBS, afirma que o partido não fez a “lição de casa”. Para ele, “não adianta apontar o dedo para o PT, dizer que é um absurdo os petistas irem para a rua defender Lula Livre, que é um condenado pela Justiça, enquanto isso acontece dentro do próprio PSDB. Fingir que nada está acontecendo”.

Ele também defende a investigação dos ex-governadores tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, levadas adiante pela Lava Jato. Segundo o prefeito, todas as administrações devem ser investigadas.

“Que se investigue, que se verifique quem são os culpados. Tenho total confiança na Justiça, como também não tenho nada que conheça que possa macular a imagem seja do ex-governador José Serra seja do ex-governador Geraldo Alckmin. Confio na inocência deles, acho que eles vão provar isso e vamos aguardar o julgamento”, declarou.

Outro ponto abordado pelo prefeito de São Paulo foi a falta de coordenação do governo federal no combate ao coronavírus, que prejudicou o sistema de vigilância sanitária. Bruno Covas foi confirmado com covid-19 em junho e diagnosticado com câncer em outubro de 2019.

“Claro que a partir do momento que o governo federal deixa de participar do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e lava as mãos para que apenas prefeitos e governadores participem desse sistema, você tem um sistema que é capenga. Ele é baseado em três pilares, um dos três pilares não entrou”, afirmou. Entretanto, aponta, o Poder Executivo Federal não tem se furtado a ajudar a cidade que administra. “Todas as solicitações feitas pela Prefeitura de São Paulo ao Ministério da Saúde foram atendidas”, diz.

Congresso em Foco

Caso Romero Britto: restaurante bomba nas redes sociais após dona espatifar obra do brasileiro

FOTO: REPRODUÇÃO

O restaurante Olé Olé And Tapelia, em Miami, teve um salto imenso nas redes sociais depois que um vídeo da empresária Madelyne Sanchez quebrando uma das obras de Romero Britto (lá em 2017) foi publicado no TikTok por uma ex-funcionária do artista plástico.

Segundo o portal Uol, somente no último final de semana, a página Olé Olé And Tapelia, no Instagram, ganhou mais de 140 mil seguidores. Antes, o perfil contava com 14 mil seguidores. Agora, já são 160 mil.

Dados estatísticos indicam que o aumento ocorreu majoritariamente no sábado, 15, quando a história de fato viralizou na Internet.

Nos comentários das fotos, usuários brasileiros parabenizaram Madelyne pela atitude, pedindo, até, para que ela abrisse uma filial no Brasil.

 

 
 
 
 
 
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Revista Rolling Stones

Eduardo Bolsonaro retoma projeto do pai que prevê castração química de estupradores

FOTO: DIVULGAÇÃO

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) apresentou nesta segunda-feira (17) um projeto de lei para prever a castração química voluntária de estupradores como condição para a concessão de progressão de pena. O projeto tem igual teor a um texto de autoria do hoje presidente Jair Bolsonaro, apresentado quando ocupava uma cadeira na Câmara e que foi arquivado pela Mesa com a troca de legislatura.

A iniciativa é uma resposta do grupo bolsonarista ao episódio de estupro de uma menina de 10 anos de idade que foi violentada por um tio durante quatro anos e se submeteu a um aborto legal na noite de domingo (16). Parlamentares evangélicos e um grupo de fundamentalistas religiosos tentaram impedir a realização do procedimento em um hospital no Recife, mas a interrupção da gestação já ocorreu.

“Nos países mais desenvolvidos, como deve ser, o tratamento legal concedido a estupradores é dos mais rigorosos, principalmente no que concerne à dimensão da pena que, em alguns casos, aplica-se a de morte ou de prisão perpétua, conforme permitam suas legislações”, justifica Eduardo no projeto.

Como experiência internacional, o deputado cita o exemplo de alguns estados americanos e da Polônia. Nos Estados Unidos, alguns estados adotam, além do tratamento químico voluntário para inibição do desejo sexual, a castração cirúrgica voluntária dos criminosos sexuais. O deputado também afirma que estão sendo reunidas assinaturas para votação da matéria em regime de urgência, o que acelera seus trâmites dentro da Câmara.

Congresso em Foco

Novo imposto de Bolsonaro pode aumentar mensalidades de escolas e universidades em até 10,5%

FOTO: DIVULGAÇÃO/EBC

O governo Jair Bolsonaro levou ao Congresso um projeto de lei que prevê a criação de um novo imposto direcionado à educação brasileira, podendo provocar um aumento de 6% a 10,5% nas mensalidades do sistema educacional privado no País, impactando cerca de 10 milhões de estudantes dos ensinos básico e superior.

O ministro da economia, Paulo Guedes, entretanto, argumentou que a nova taxação não traria impactos para estudantes mais pobres, pois os mesmos não estariam aptos à arcar com os custos da educação privada no Brasil. Todavia, a postura elitista do Ministério não condiz com os levantamentos feitos pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular.

“O ministro [Paulo Guedes] argumentou que o imposto não terá impacto para os mais pobres porque a escola particular é só para os filhos dos mais abastados. Isso não é verdade, e as famílias com menor renda podem não suportar esse aumento de 10% nas mensalidades”, declarou o secretário executivo do Fórum, Celso Niskier.

As pesquisas feitas pelo Fórum do Ensino Superior Particular apontam que dos 10 milhões de estudantes impactados pelo novo imposto bolsonarista, um total de 81% provém de famílias com renda per capta de até 3 salários mínimos. Já 41% dos alunos atingidos teriam a renda em até 1 salário mínimo. O estudo foi promovido com apoio do banco de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), ligado ao IBGE.

A implementação do novo imposto ainda traria uma intensificação nas migrações de alunos da rede particular para a rede pública e, assim, levaria ao fechamento de muitas instituições de ensino.

O novo imposto impacta com maior incidência nas mensalidades do Ensino Superior, que teria um acréscimo de 10,5% nas suas parcelas. Quanto à Educação Básica (ensino infantil ao médio), a reforma tributária proposta um acréscimo de 6% nas taxas pagas mês a mês.

A aprovação desse novo imposto vai contra todas as reivindicações feitas há anos pelo setor educacional ao Governo Federal, que solicita incansavelmente a desoneração da área.

“A aprovação desse novo tributo coloca o ensino particular em risco, porque há muito tempo já estamos lidando com crises. Primeiro, veio a crise econômica que o país enfrenta nos últimos cinco anos. Depois a pandemia, que fez muitas famílias tirarem seus filhos da escola particular. E, agora, esse novo tributo que vai elevar as mensalidades”, afirmou o secretário executivo do Fórum Representativo.

Com informações da Folha de S.Paulo

CODESHARE: Latam e Azul passam a operar voos compartilhados para Natal

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Teve início hoje (17) a operação das aéreas Latam e Azul que passam a vender assentos para o mesmo voo. Os clientes podem comprar uma passagem em uma empresa, mas embarcar no avião da outra. No acordo estão incluídas duas rotas da empresa Latam com destino a Natal, uma partindo de São Paulo e outra de Brasília.

A prática, conhecida como codeshare, é comum no setor e não afeta a autonomia das empresas. O codeshare diminui as chances de um avião levantar voo com muitos assentos desocupados, além de aumentar a oferta de rotas para os clientes das empresas envolvidas.

No caso da Latam e da Azul, o acordo de codeshare envolve 64 rotas domésticas. Voos para Fernando de Noronha (PE), Petrolina (PE) e Juazeiro do Norte (CE), por exemplo, serão vendidos pelas duas empresas.

“Estamos ampliando as opções de viagem aos nossos clientes e chegando a importantes capitais regionais do Brasil”, disse o CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier. O acordo foi fechado em julho.

“Esses acordos trarão benefícios incomparáveis para os clientes. Com a malha aérea altamente conectada da Azul que atende a muitos destinos no Brasil e com os hubs da Latam, nossa complementaridade de frota e de voos oferecerão aos clientes a mais ampla variedade de opções de viagem”, disse John Rodgerson, CEO da Azul, na época do fechamento do acordo.

Entram no acordo 35 rotas operadas pela Azul, e a Latam incluiu 29 rotas, incluindo Brasília – Porto Velho e São Paulo – Manaus.

Veja a lista completa dos 64 voos.

Programas de fidelidade

Segundo as empresas, os programas de pontos e fidelidade não serão afetados. Se o voo for comprado em uma aérea e o voo operado por outra, o cliente poderá escolher em qual programa de fidelidade pontuar. Mas quando o voo for vendido e operado pela mesma companhia aérea, o cliente não poderá pontuar na companhia aérea parceira.

Com informações da Agência Brasil e portal Grande Ponto

Cocaína apreendida no Porto de Natal em menos de 2 anos está avaliada em R$ 7,4 bilhões

FOTO: DIVULGAÇÃO

Em menos de dois anos, ações da Polícia Federal, em cooperação com as Polícias de países europeus, apreenderam 16,5 toneladas de cocaína relacionadas à rota do tráfico internacional de drogas através do Porto de Natal. Uma vez às ruas, essa quantia tem valor equivalente a US$ 1,3 bilhão (dólares americanos), que chegam a R$ 7,4 bilhões na cotação atual do real (R$ 5,4959). Essa cifra revela, somente pelo quantitativo que foi apreendido, a dimensão do fluxo do tráfico internacional no Brasil que colocou Natal entre suas três principais vias de escoamento para os países da Europa. O valor da cocaína retirada de circulação pelos policiais no RN é baseado no levantamento mais atual da United Nations Office On Drugs and Crime (UNODOC), que estima o custo médio da grama da cocaína em US$ 82.

A estimativa da UNODOC foi citada pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) no Inquérito Civil nº 1.28.000.000211/2019-24, ajuizada na Justiça Federal no Rio Grande do Norte em março deste ano, que requereu a instalação imediata de um escâner de cargas no Porto de Natal, administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). A ação foi anterior à apreensão do último sábado, 15, de aproximadamente 700 toneladas de cocaína pela Polícia Federal, e o valor da droga apreendida até a formatação do Inquérito Civil citado chegaria a R$ 6,04 bilhões. “Se considerarmos que para cada carga apreendida, outras conseguem passar, o valor da movimentação financeira dessas organizações criminosas é ainda maior, podendo chegar na cifra de dezenas de bilhões de reais”, destacou o procurador da República, Renan Paes Felix, que assina o documento.

A ação do MPF destaca a preocupação com a segurança do Porto de Natal pela inexistência de um escâner de cargas. O equipamento é necessário para ver o interior dos contêineres que chegam ao porto lacrados – e que só podem ser abertos no destino. É dentro deles que a maioria da cocaína foi apreendida ao longo desses últimos dois anos, em solo brasileiro ou nos portos internacionais, mais destacadamente, de Roterdã, na Holanda. Elas são camufladas dentro das caixas de frutas que são exportadas pelo terminal portuário potiguar para a Holanda e Bélgica, países europeus. Entretanto, já houve apreensões de drogas na Espanha de cargas saídas também de Natal.

O documento pede que a Justiça conceda ao MPF a tutela para impor à União e à Codern medidas para adquirir o escâner. Desde que as primeiras apreensões revelaram as falhas no sistema de segurança do Porto de Natal por falta de um equipamento como esse, a administração afirma que não tem recursos financeiros para comprá-lo, que seriam de responsabilidade da União. A Codern não possui o escâner até o momento, mas anunciou depois da apreensão do sábado passado que vai instalar o equipamento no fim de setembro, alugado após um acordo entre ela e a empresa operadora do Porto de Natal, a CMA/CGM. No ano passado, a Codern chegou a dizer no mesmo período, em agosto, que iria instalar o escâner em setembro daquele ano, mas o plano não se concretizou.

Operações

Segundo levantamento da TRIBUNA DO NORTE, pelo menos dez operações de cocaína feitas pela Polícia Federal, Receita Federal e órgãos internacionais de segurança. Todas relacionadas à rota do tráfico através do Porto de Natal. Apenas em uma das operações ocorreu a prisão de suspeitos de participarem do esquema. Ao todo, 16,5 toneladas de cocaína foram apreendidas e cinco pessoas foram presas nessas ações. Em fevereiro de 2019, o delegado da Polícia Federal, Agostinho Cascardo, porta-voz do órgão nas primeiras apreensões, chegou a afirmar que a rota revelada estava entre as três maiores do Brasil, junto com o Porto de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

O documento do MPF/RN destaca a relevância do porto no tráfico internacional realizado no Brasil. Apesar de ser uma das três maiores rotas, o Porto de Natal não está entre os dez maiores do Brasil. “O que chama atenção é que o Porto de Natal, apesar de não estar nem entre os dez maiores portos do Brasil, foi o terceiro em apreensão de drogas o que destaca mais ainda sua relevância na traficância internacional”, ressalta o procurador da República, Renan Paes Felix.

Na apreensão do último sábado, a droga foi encontrada embalada em tabletes dentro de contêineres de frutas. Os pacotes possuíam imagens que a Polícia Federal acredita serem logomarcas de organizações criminosas que fornecem a droga. A existência das imagens era presente nas apreensões anteriores, mas com outros símbolos. Os pacotes das primeiras apreensões estavam ligadas a símbolos de futebol, como logomarca de times e siglas como “CR7”. Desta vez, os pacotes mostravam animais, como a coruja e o elefante. “São logomarcas diferentes, mas apesar de serem diferentes não fica descartado ser o mesmo fornecedor”, afirmou a Polícia Federal.

TN