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Categoria: agosto 12, 2020

Hoje houve debandada, diz Guedes sobre saída de dois secretários da Economia

FOTO: EBC

Após reunião nessa terça-feira (11) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou duas demissões de secretários especiais do ministério: Salim Mattar, da Secretaria de Desestatização e Privatização, e Paulo Uebel, da Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Segundo Guedes, é possível afirmar que hoje houve debandada na pasta. “Nossa reação à debandada que aconteceu hoje é acelerar as reformas”, disse ele. Serão buscadas as reformas que auxiliem a destravar os investimentos.

“Salim Mattar pediu demissão hoje. Isso é um sinal de insatisfação dele com o ritmo de privatização”, disse o ministro Paulo Guedes. Segundo ele, Mattar afirmou que é muito difícil privatizar no Brasil. “Eu se pudesse privatiza todas as estatais”, afirmou Guedes. Ele afirmou que gostaria de privatizar quatro grandes estatais para sinalizar e citou nomes: Eletrobras, Pré-sal Petróleo S/A (PPSA), Correios e Docas de Santos.

Ele afirmou que o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, reclamou que a reforma administrativa parou e também pediu para deixar o governo. Conforme o Congresso em Foco Premium adiantou mais cedo, o governo adotou a estratégia de deixar a reforma administrativa para 2021, depois da definição dos próximos presidentes da Câmara e do Senado. As eleições das mesas diretoras das duas casas legislativas serão realizadas no começo de fevereiro de 2021. “Quem dá o timing das reformas é a política. Quem manda não é o ministro, não são os secretários”, justificou Guedes.

“A decisão é política e depende do presidente da República”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre a reforma administrativa. De acordo com Guedes, a saída de Uebel é uma sinalização para o presidente.

O Ministério da Economia soltou uma nota nesta terça-feira (11) informando que os secretários solicitaram exoneração. O comunicado diz ainda, que eles agradecem “a oportunidade e a confiança que receberam do Ministro Paulo Guedes ao longo de todo o período em que estiveram no comando da Secretarias. Ambos reiteram seu apoio ao Presidente Jair Bolsonaro, ao Ministro Paulo Guedes e ao Ministério da Economia na execução de políticas públicas tão relevantes ao país”.

Congresso em Foco

“Não há espaço para prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600”, diz Maia

FOTO: AGÊNCIA BRASIL

“Eu concordo com o governo que não há espaço para a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600. Nós temos que construir um caminho, mas esse debate nós vamos fazer em outro momento”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira (11) após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O principal assunto do encontro, segundo eles, foi o teto de gastos. Maia expressou preocupação com a possibilidade de furar o teto e defendeu que haja melhoria na qualidade do gasto público. “Não tem jeitinho, não tem esperteza”, disse ele. “Você explode o teto de gastos de um lado e a economia afunda do outro.”

“De forma nenhuma, a presidência da Câmara vai pautar, e eu espero que o governo não encaminhe nenhuma prorrogação do decreto de calamidade”, disse Maia. Segundo ele, isso não pode ser instrumento para furar o teto no ano de 2021 através do orçamento de guerra. Tanto o decreto de calamidade pública quanto a emenda constitucional que estabeleceu o orçamento segregado são válidos apenas até o final de 2020. Maia defendeu que sejam regulamentados os gatilhos do teto de gastos.

Mais tarde, Maia publicou no Twitter que teve uma “conversa franca” com Guedes e que “há consenso de que não haverá jeitinho nem esperteza para desrespeitar o teto de gastos”.

Congresso em Foco

Anvisa quer reforçar medidas contra covid-19 em aeroportos e aeronaves

FOTO: ILUSTRAÇÃO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai abrir uma consulta pública sobre o reforço nas estratégias de combate à covid-19 em aeroportos e aeronaves. O texto com a proposta de resolução será publicado em breve no Diário Oficial da União, estabelecendo prazo de 15 dias para o envio de contribuições.

“A medida visa dar plenas condições aos fiscais da vigilância sanitária de cumprirem a Portaria Interministerial 1/2020, que prevê a restrição excepcional e temporária da entrada e saída de estrangeiros no país, conforme recomendação técnica da Anvisa”, informou o órgão, por meio de nota.

De acordo com a agência, o objetivo é dar suporte regulatório aos fiscais que atuam em aeroportos para que possam determinar e exigir certas condutas de passageiros, instalações comerciais e responsáveis pelos meios de transporte, de forma a controlar a disseminação do novo coronavírus.

A proposta de regulamentação, segundo o comunicado, também busca reforçar medidas de combate à pandemia, incluindo o uso de máscaras, a adoção de distanciamento social e a higienização das mãos.

Panrotas

TCU vê falta de critério do governo Bolsonaro no rateio de verbas para TVs

FOTO: DIVULGAÇÃO

O TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu em auditoria que faltam critérios técnicos para a distribuição, pelo governo Jair Bolsonaro, de verbas publicitárias a TVs abertas.

Dados da fiscalização, apresentados nessa terça (11) numa transmissão pela internet, confirmam a mudança de padrão na destinação do dinheiro para as emissoras, conforme noticiado em série de reportagens pela Folha.

Embora seja líder de audiência, a Globo, tida como inimiga por Bolsonaro, passou a ter fatia menor dos recursos na gestão do presidente.

Record e SBT aumentaram expressivamente sua participação. Os donos das emissoras —Edir Macedo e Silvio Santos, respectivamente— manifestaram apoio ao governo em diferentes ocasiões.

Folha de S. Paulo

Mega-Sena acumula e próximo sorteio deve pagar R$ 12,5 milhões

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.288 da Mega-Sena, realizado nesta terça-feira (11), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo, no Terminal Rodoviário do Tietê.

As dezenas sorteadas foram: 02 – 26 – 35 – 39 – 40 – 56.

A quina teve 16 acertadores e cada um vai receber R$ 81.484,20. Os 1.545 ganhadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.205,49.

O próximo concurso será quinta-feira (13) e deverá pagar o prêmio de R$ 12,5 milhões a quem acertar as seis dezenas.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$4,50.

Agência Brasil

Mais de 2 mil respiradores consertados foram entregues a hospitais pelo SENAI

FOTO: DIVULGAÇÃO

A solidariedade de mais de 700 voluntários de rede coordenada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) fez a diferença na vida de milhares pessoas em todo o Brasil. Desde que a pandemia do novo coronavírus atingiu o país, 2.007 mil ventiladores pulmonares foram consertados gratuitamente e devolvidos a instituições de saúde em 24 estados e no Distrito Federal. No Rio Grande do Norte, já foram devolvidos 13 aparelhos recuperados de Natal e Caicó. A estimativa é cada equipamento possa salvar até dez vidas durante seu prazo de utilização.

O SENAI-RN realizou a manutenção de 131 respiradores e equipamentos hospitalares para 14 instituições de saúde. “Fizemos a manutenção de respiradores e diversos outros equipamentos hospitalares, que em momento crítico acabavam por deixar leitos indisponíveis. E quanto à população carente, na produção com recursos próprios de máscaras de tecido e face Shields para distribuição na capital e no interior”, afirma o diretor regional do SENAI-RN, Emerson Batista.

Emerson explicou que ao longo do período o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RN) realizou 22.514 matrículas; produziu diretamente 67 mil máscaras de tecido e 4 mil protetor facial face shield que foram produzidos e distribuídos para 40 instituições beneficiadas. “Durante todo o período de pandemia o SENAI tem dedicado esforços seja para otimizar nosso tempo, mesmo os laboratórios das unidades operacionais escolares estando fechadas, mas deixando todo o ciclo de ensino dentro daquilo que poderia ser realizado, sem as práticas, de forma contínua, com acompanhamento, tutoria e monitoria dos nossos professores, instrutores e gestores de unidades”, afirma.

Ele acrescenta que no aspecto dos serviços tecnológicos nos mantivemos constantemente ativos, e dentro de algumas impossibilidades de atuação junto às indústrias, partimos para a atuação mútua de ajuda à comunidade em geral, especialmente à comunidade hospitalar e população carente. “Isso nos fortalece humanitariamente e mostra que o SENAI está à disposição de todos para o crescimento do Rio Grande do Norte. Todas as ações somaram-se às do SENAI em todo o Brasil”, destaca o diretor.

Respiradores 

Os aparelhos, importantes no tratamento de doentes graves da Covid-19, estavam sem uso e foram restaurados graças à união de 28 instituições e empresas. Desde 30 de março, quando a Iniciativa + Manutenção de Respiradores passou a trabalhar, foram recebidos em todo o país 3.989 respiradores em todo o país, dos quais 951 estão em manutenção e 173 passam por calibração, última etapa antes da devolução ao serviço de saúde. A maioria dos equipamentos restaurados precisava de novas peças para voltar a operar.

“A iniciativa de consertar esse equipamento hospitalar fundamental para salvar as vidas de quem tem as formas mais graves da doença contribui de forma expressiva para o árduo trabalho que está sendo realizado pelos profissionais da saúde e para reduzir a necessidade de importação do equipamento”, avalia o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

“Nojentos e, francamente, muito burros”, diz Trump sobre atletas da NBA

FOTO: AFP

O clima entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e alguns jogadores da NBA está cada vez mais tenso. Insatisfeito com os protestos dos atletas a cada nova partida da liga norte-americana, Trump disparou ofensas.

Na visão do presidente norte-americano, os atos antirracistas dos atletas têm afetado a audiência dos jogos. “O ato de se ajoelhar tem sido horrível para o basquete. As pessoas estão bravas com isso”, afirmou Trump, em entrevista à Fox Sports.

Ele subiu ainda mais o tom ao ser perguntado se tinha conhecimento das críticas dos jogadores direcionadas a ele. “Não, eu não percebi que eles me criticaram. Mas eu não ficaria surpreso. Existem alguns jogadores muito, muito nojentos e francamente muito burros”, disparou Trump.

Metropoles

Governo adia para 2021 envio de reforma administrativa, que muda regras de servidores

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Depois de adiar várias vezes o envio da reforma administrativa ao Congresso, o governo decidiu só encaminhar a proposta no ano que vem. Segundo técnicos da equipe econômica, a estratégia agora é esperar o resultado das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado para avançar com o projeto. A estratégia de pautar as mudanças no funcionalismo público depois de tratar do sistema de impostos — alvo da reforma tributária — é criticada por especialistas.

De acordo com fontes, o governo teme gastar capital político em ano de eleições municipais, que tendem a influenciar o humor no Legislativo nos próximos meses. Historicamente, entidades que representam servidores públicos exercem pressão sobre parlamentares, dificultando a aprovação de propostas sobre o tema.

O texto do projeto ainda não foi divulgado pelo governo, mas trechos da reforma já foram ventilados pela equipe econômica nos últimos meses. Técnicos têm frisado que as mudanças não afetariam servidores atuais, apenas os contratados após a aprovação da medida.

“Trainee do funcionalismo”

Um dos principais pontos da proposta elaborada pelo Ministério da Economia é a mudança nas regras de estabilidade para os futuros aprovados em concursos públicos. A ideia é aumentar o período do chamado estágio probatório para até dez anos.

Hoje, servidores recém-contratados passam por três anos de avaliação, período no qual podem ser demitidos por mau desempenho. No ano passado, reportagem do GLOBO mostrou que, entre 2016 e agosto do ano passado, 99,7% dos concursados haviam sido aprovados nesse processo. Ou seja, na prática, todos os servidores obtêm a estabilidade, mesmo após a fase de testes.

Ao ampliar esse prazo, o governo também pretende rever os métodos de avaliação para criar o que chegou a ser apelidado de “trainee do funcionalismo”. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também já levantou a possibilidade de que as regras de estabilidade variem de acordo com carreira. Assim, nem todos os servidores fariam jus ao benefício.

Fim da progressão automática

Em outra frente, a equipe econômica quer acabar com a progressão automática no funcionalismo. Hoje, 33% dos servidores alcançam o cargo máximo em 20 anos, em média. Também está nos planos rever a estrutura dos cargos de nível auxiliar e intermediário, como assistente administrativo.

Atualmente, existem 223 mil servidores nessas categorias. A ideia é reduzir esse número à metade em 15 anos. Para isso, as aposentadorias de posições como datilógrafos e ascensoristas não serão repostas.

Embora o governo afirme que o principal objetivo da reforma administrativa é ganhar eficiência, há uma expectativa sobre o impacto fiscal da medida. Por isso, tributaristas criticam a estratégia do governo de tratar primeiro do sistema de impostos. Isso indicaria uma intenção de fazer o ajuste das contas públicas pelo lado das receitas e não pelas despesas.

— Você só pode planejar um aumento de arrecadação, quando já ciente de que a despesa é a menor disponível. Se você aumenta a receita primeiro e reduz despesas depois, o que vai fazer com o que sobrou? Vai reduzir impostos em seguida? — indagou o tributarista Ilan Gorin.

Na semana passada, em entrevista ao GLOBO, o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel também criticou a ordem das reformas proposta por Guedes, por acreditar que a reforma tributária resultará em aumento da carga de impostos sobre determinados segmentos da economia, como o setor de serviços.

O planejamento para encaminhar a proposta de reforma administrativa tem sido marcada por idas e vindas há meses. No ano passado, após a aprovação da reforma da Previdência, o governo começou a sinalizar que enviaria a proposta em sequência.

Guedes afirma que, em novembro, o governo estava pronto para apresentar a medida, mas recuou por um pedido do presidente Jair Bolsonaro, preocupado com a turbulência política na América Latina. A orientação de Bolsonaro, segundo Guedes, foi para que o assunto só voltasse a ser abordado após as festas de fim de ano.

Em fevereiro, o presidente fez nova previsão de encaminhar o texto ainda naquele mês — desde que não houvesse nenhuma “marola”. Na ocasião, ele afirmou que a reforma estava “muito tranquila” e que servidores atuais seriam preservados. A proposta, mais uma vez, não se concretizou.

Reforma em fases

Por trás da sequência de adiamentos, há uma resistência de Bolsonaro à medida. Em reunião fechada no fim de julho, a qual O GLOBO teve acesso ao áudio, o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse estar tranquilo com relação à reforma administrativa, pois Bolsonaro é “completamente contra”.

Além disso, Rosário comentou que Bolsonaro deseja conceder aumento salarial aos funcionários públicos antes do fim de seu mandato em dezembro de 2022.

Mesmo após o envio de uma primeira proposta, a mudança de regras deve demorar a ter efeito prático. Em janeiro, o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, disse que a medida seria encaminhada em fases e incluiria uma proposta de emenda à Constituição (PEC), projetos de lei e decretos. No cronograma apresentado na ocasião, esse processo duraria até 2022.

O Globo