Os navios de
cruzeiros estão banidos de navegar na costa dos Estados Unidos até 1° de
outubro ou a até a pandemia de coronavírus terminar, informou o Centers for
Disease Control and Prevention (CDC).
A data
anterior era dia 24 de julho, logo a agência de saúde estendeu a proibição pela
segunda vez.
A extensão
da proibição ocorre em um momento que os números das infecções por COVID-19 no
país estão aumentando. A nota do CDC explica que é impossível inspecionar todos
os navios e que eles “potencializam o contágio. O escopo da pandemia é global e
os veículos não passam por controle suficiente de inspeção sanitária em todos
os lugares que atracam”, informa a nota do CDC.
Mas esse revés para o setor não foi exatamente uma surpresa. Dezenas de Estados registram alta de casos positivos, incluindo a Flórida, local do porto de cruzeiros turísticos mais movimentado do mundo e sede de todas as maiores empresas do setor. O departamento de saúde anunciou que foram confirmados 13.945 novos casos de COVID-19 na quinta, dia 16 de julho, o segundo maior número de casos em um dia desde o início da pandemia, em março.
O primeiro semestre deste ano encerrou com um número
negativo no mercado empresarial do Rio Grande do Norte. O volume de abertura de
empresas na Junta Comercial do Estado (JUCERN) apresentou queda de 25% em
relação ao mesmo período do ano passado. As solicitações de baixa de empresas
(fechamentos) sofreu aumento de 0,5% no mesmo intervalo de tempo ante os seis
primeiros meses de 2019. A estimativa é que os efeitos da pandemia do novo
coronavírus sejam sentidos ao longo do segundo semestre, com ampliação nas
baixas. Conforme estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), pelo menos 12 mil negócios
podem encerrar definitivamente as atividades no Estado por causa da crise
provocada pelo isolamento social e fechamento dos empreendimentos comerciais
por aproximadamente quatro meses.
Em números consolidados pela JUCERN, de janeiro a junho
deste ano foram feitas 2.866 solicitações de novos negócios. No mesmo período
do ano passado, esse número era de 3.811. O quantitativo de empresas que
encerraram suas atividades se manteve estável no referido intervalo de tempo.
São 2.345 baixas em 2020, e 2.334 nos mesmos meses de 2019.
“Como era esperado a pandemia afetou o setor econômico significativamente,
ainda mais se lembrarmos que o Rio Grande do Norte vinha em uma crescente.
Segundo dados da JUCERN, no ano passado foi registrado o maior aumento em dez
anos no número de empresas abertas, um incremento de 15%. E agora, o setor
produtivo está sendo afetado pelo momento atípico. A Junta Comercial está se
adaptando ao momento de isolamento social, priorizando os serviços digitais e a
desburocratização de procedimentos, para apoiar o nosso empreendedor”,
destaca o presidente da JUCERN, Carlos Augusto Maia.
Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, a queda
na abertura de novos empreendimentos no Estado reflete um efeito primário da
pandemia do novo coronavírus. Esse efeito, conforme previsão da entidade,
poderá se agudizar ao longo dos próximos meses.
“Este é mais um indicador da desaceleração brutal que a
economia vem sofrendo, como efeito primário da pandemia. Os números negativos
vêm se avolumando e são preocupantes. Felizmente, com o início efetivo da
retomada gradual da atividade econômica em nosso Estado, esperamos que este
movimento comece em breve a se reverter, reduzindo os impactos nocivos, que são
os mais variados, de curto, médio e longo prazos, que já esperamos para a
economia como um todo. Infelizmente, ainda deveremos levar um tempo para que
possamos falar em volta do crescimento econômico no Rio Grande do Norte e no
Brasil de uma maneira geral. Nossa expectativa é que isso ocorra, de fato, lá
pelo final do primeiro trimestre de 2021”, avalia Queiroz.
O presidente da Confederação das Câmaras de Dirigentes
Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL RN), José Maria da Silva, compartilha de
pensamento similar ao do colega Marcelo Queiroz ao avaliar os dados da JUCERN.
“Esses números negativos são um reflexo da crise econômica
que estamos passando provocada pela pandemia da covid-19. O ano de 2020 começou
com perspectivas positivas e um cenário otimista para a economia. De uma hora
para outra tudo parou. As incertezas do momento levaram muitos empreendedores a
recuar. Quem estava pronto para iniciar um novo negócio, investir ou ampliar
área de atuação optou por segurar um pouco, esperar por uma estabilidade da
economia, ou ao menos um cenário favorável para empreender. Esses números são
ruins para economia, para o emprego e para o desenvolvimento do Estado. Mas
precisamos ser otimistas e acreditar que esse recuo foi necessário para o
momento, mas que será revertido. O
brasileiro é empreender, criativo e aguerrido. Tenho certeza de que vamos virar
esse jogo”, afirma.
Pandemia
Os meses com os menores registros de abertura de empresas no
Rio Grande do Norte em 2020 são justamente aqueles nos quais os casos de
covid-19 explodiram. Em abril deste ano, o primeiro mês completo de isolamento
social e fechamento das atividades econômicas no Estado, a JUCERN registrou 291
novas empresas. No mesmo mês do ano passado foram 643. Em maio, nova queda. De
747 em 2019 para 363 em 2020. Em junho, situação um pouco melhor, mas ainda de
queda: 578 em 2019 para 482 este ano.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas
de Natal (CDL Natal), José Lucena, o mercado como um todo atravessa um ciclo de
incertezas.
“Estamos vivendo um ciclo bem difícil aqui no Estado, com
fechamento de empresas, aumento do desemprego, queda na arrecadação, ameaça de
atraso salarial do governo, e falta de prestação de serviço pela ausência de
recursos públicos. Isso é fato, mas precisamos reverter esse quadro, e acredito
ser possível. Necessitamos reaquecer a economia, e só será possível voltar a
crescer se planejarmos a longo prazo, criarmos e incentivarmos por exemplo, uma
cultura empreendedora desde a educação nas escolas. O emprego como conhecemos
hoje está cada vez mais difícil, as pessoas precisam se sustentar e a
alternativa possível é o empreendedorismo, e o momento pede isso”, frisa
Lucena.
CNC defende estímulo ao comércio
O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, reafirmou que o setor terciário,
que engloba comércio e serviços, foi o mais atingido pela pandemia da covid-19.
Em entrevista semana passada ao programa Agenda Econômica, da TV Senado, ele
afirmou que as micro, pequenas e médias empresas não estão suportando o longo
período de portas fechadas. “Vivemos hoje clima de guerra, e é preciso
encontrar fórmulas que deem suporte ao reerguimento da atividade do comércio.
Maior empregador do Brasil e responsável por 65% do Produto Interno Bruto
(PIB), sofremos mais porque, ao contrário da indústria e da agricultura, não
exportamos, o que seria um alívio importante num momento delicado como esse”,
disse.
A paralisação das atividades provocada pela crise do novo
coronavírus revelou números negativamente expressivos para a economia do País,
segundo o dirigente: R$ 240 bilhões de perdas em vendas, cerca de 15 mil lojas
que encerraram suas atividades e desemprego em massa. Só o setor de turismo
demitiu quase 1 milhão de pessoas.
“O Turismo, dos segmentos ligados à CNC, é o que mais
sofreu, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. É uma realidade tão dura
que, na minha opinião, turismo e hotelaria são setores que merecem do governo o
mesmo tratamento que as companhias aéreas receberam. São negócios que estão
interligados, um não vive sem o outro”, ressaltou na entrevista.
Atividade
Para ele, o comércio vive hoje um círculo danoso de
atividade econômica. “Temos um vírus como inimigo oculto. A solução só virá
quando nossos cientistas descobrirem a vacina. Até lá, temos que trabalhar para
atenuar os danos, reabrindo os estabelecimentos aos poucos, de acordo com os segmentos,
seguindo rigidamente as normas das autoridades sanitárias e da Organização
Mundial de Saúde”, frisou.
Tadros disse que é preciso pensar positivo. “Somente com essa reabertura gradual do varejo, o comércio já reduziu sensivelmente suas perdas. Em junho, o faturamento do setor foi em torno de R$ 9,5 bilhões maior do que no mês anterior. Pela nossa perspectiva, com a economia voltando, mesmo lentamente, a um círculo virtuoso, a demanda reprimida por cerca de 90 dias começará a deslanchar e os negócios se recuperarão”, concluiu.
Garoto-propaganda da cloroquina como tratamento para a
Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contou neste sábado (18/7)
que está usando outro remédio sem eficácia comprovada contra a doença, o
vermífugo nitazoxanida, cujo nome comercial é Annita.
“Comecei essa semana a tomar Annita; alguém vai me condenar
por isso?”, disse ele a apoiadores, no jardim do Palácio da Alvorada.
O presidente reclamou da “briga ideológica” em torno do
tratamento para o coronavírus, sobretudo em relação à cloroquina, que tem sido
desacreditada como opção contra o coronavírus por estudos recentes, mas segue
sendo defendida e usada por Bolsonaro.
“Vou pedir para levantar a mão: se a mão ou o avô de vocês pegar coronavírus, vai tomar cloroquina sim ou não?”, questionou a algumas dezenas de apoiadores que se aglomeravam do outro lado de um espelho d’água. Todos responderam em coro que “siiiim”.
Ao mesmo tempo em que a pandemia da Covid-19, doença causada
pelo novo coronavírus, começava a se espalhar e os números de casos e mortes
cresciam exponencialmente, de março a maio de 2020, registros de trabalho
infantil também aumentavam no país. As ações que constataram trabalho entre
crianças e adolescentes subiram 271% se comparadas ao mesmo período do ano
passado.
É o que apontam números da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, órgão vinculado ao Ministério da Economia, com base no
banco de dados da Inspeção do Trabalho. As informações foram obtidas pelo
Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
De março a maio deste ano, foram feitas 653 fiscalizações
que constataram trabalho infantil. No mesmo período de 2019, tinham sido 176
constatações.
Além disso, o número de estabelecimentos fiscalizados também aumentou: foram 636 empresas alvo de inspeção de março a maio deste ano e 128 no mesmo período do ano passado.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do
Norte (Sesap/RN) divulgou na noite deste sábado (18), os números consolidados
da pandemia do novo coronavírus no Estado no Boletim Epidemiológico nº 116. Os
dados apontam o registro de 46 mortes provocadas pela covid-19, das quais 13
ocorreram na passagem do dia 17 para o dia 18. As demais estavam em
investigação e foram confirmadas no mesmo intervalo de tempo, mas ocorreram em
dias anteriores. O Rio Grande do Norte soma 1.572 vidas perdidas para a
covid-19 até este sábado (18).
O total de casos confirmados também teve um salto
considerável. De 41.303 registrados no dia 17 para 43.451 contabilizados neste
sábado. O aumento foi de 2.148 casos confirmados da infecção em um dia. Desse
total, 549 foram confirmados nas últimas 24 horas. Esse é o maior volume de
casos confirmados de covid-19 no Rio Grande do Norte até hoje desde o registro
do primeiro caso, no dia 12 de março.
A Sesap/RN explicou o avanço nos números da pandemia no
Estado porque “foram diminuídas as instabilidades com os sistemas de
notificação do Ministério da Saúde, permitindo assim a exportação e a inserção
de dados do dia 14 a 17 de julho”.
A Secretaria investiga outros 214 óbitos pela doença. O Boletim Epidemiológico nº 116 detalha, ainda, que 329 óbitos suspeitos foram descartados/ 68.806 casos suspeitos da doença foram descartados; existem outros 58.298 casos suspeitos à espera de laudo e 3.441 pacientes recuperados.
O juiz Sérgio Luis Ruivo Marques, da 1ª Vara da Justiça
Federal de Foz do Iguaçu, condenou o agente Newton Hinedori Ishii, conhecido
como o “japonês da federal”, à perda do cargo e pagamento de multa de
R$ 200 mil por facilitação de contrabando.
Ishii foi condenado por envolvimento em uma quadrilha
composta por 22 agentes da PF, quatro servidores da Receita Federal e dois
policiais rodoviários federais. Eles atuariam em um esquema de facilitação de
contrabando pela fronteira entre Brasil e Paraguai.
“Há que se ressaltar que o réu Newton Hinedori Ishii é determinado, quando o assunto é cobrar propina para facilitar o contrabando/descaminho. No caso, Newton Japonês escolheu o tipo de mercadoria que aceitaria facilitar e, ainda, fixou o preço da propina a ser cobrada pela omissão na atribuição de combater o crime que lhe foi conferida pelo Estado”, disse o juiz.
Desde o dia 15 de julho, uma nova campanha da Globo tem sido
veiculada no intervalo do Jornal Nacional, o horário publicitário mais caro da
televisão brasileira. A emissora que completou 55 anos em abril promove
autoelogio a seu padrão de qualidade. Na
interpretação do canal, oferecer uma programação de alto nível é um ato de
respeito ao telespectador.
A Globo tem tanto sucesso porque tem responsabilidade em
tudo o que faz”, diz um trecho do texto lido por várias celebridades da
teledramaturgia e âncoras do jornalismo.
Estão no vídeo Poliana Abritta, Tadeu Schmidt, Renata
Vasconcellos, William Bonner, Débora Bloch, entre outros.
“Quem aparece na Globo aparece bem na vida, na sala e
na mão de milhões de uns”, afirma Maju Coutinho ao final da peça
publicitária que destaca os tais ‘100 milhões’ de brasileiros que a Globo diz
atingir com a TV e as plataformas digitais.
Cada participante da campanha gravou seu vídeo em casa, a
partir de um kit de filmagem enviado pela equipe de produção. Depois o material
foi editado e finalizado com os mesmos efeitos de iluminação, grafismo e áudio. Simples e eficiente.
Não há problema algum em a Globo propagar suas inegáveis
qualidades. Contudo, essa campanha suscita uma análise comparativa. Na teledramaturgia,
a emissora carioca já viveu momentos mais criativos. Nos últimos anos, a
maioria de suas novelas e séries foi criticada pela repetição dramatúrgica.
Falta ousar, surpreender.
No momento, o jornalismo colhe bons índices de audiência, com relevante repercussão na mídia e na sociedade, por conta dos factuais da política, da economia e da crise de saúde provocada pela pandemia de covid-19. Mas tantas ‘hard news’ (notícias quentes) empurram para o segundo plano o imprescindível jornalismo investigativo e outras temáticas igualmente importantes.
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