Um homem
morreu e outras três pessoas foram baleadas durante um churrasco às margens da
Lagoa do Bonfim, no município de Nísia Floresta, Região Metropolitana de Natal.
As quatro vítimas dos disparos faziam parte de um grupo que estava na
comemoração, que ocorreu na noite de sexta-feira (12).
O grupo
estava no local desde a quarta-feira (10). As pessoas comemoravam o aniversário
de um deles. Segundo a Polícia Militar, por volta das 20h da sexta, o grupo foi
cercado por homens fortemente armados, que saíram de uma mata e abriram fogo.
Duas mulheres e dois homens foram atingidos.
Wendell
Anderson, de 31 anos, trabalhava como autônomo do ramo de assistência de
celulares e morreu no local. As outras pessoas foram socorridas ao hospital. Os
atiradores usaram revólveres, pistolas e espingardas calibre 12. Eles ainda
metralharam um veículo que estava estacionado próximo à lagoa.
As outras vítimas foram encaminhadas com ferimentos nas pernas ao Hospital Deoclécio Marques em Parnamirim. Os atiradores fugiram do local em seguida. O caso será investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.
As Forças
Armadas não têm poder moderador e não é permitida intervenção do Exército sobre
os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Este é o entendimento do
ministro Luiz Fux (confira aqui na íntegra), do Supremo Tribunal Federal em
decisão judicial sobre a interpretação da Constituição da lei que disciplina o
Exército.
O
dispositivo tem sido aludido por governistas e manifestantes para defender uma
intervenção militar contra o Congresso e o STF. A decisão atende a uma ação
direta de inconstitucionalidade, assinada pelo PDT e líderes do partido no
Senado e na Câmara dos Deputados.
“A
missão institucional das Forças Armadas na defesa da Pátria, na garantia dos
poderes constitucionais e na garantia da lei e da ordem não acomoda o exercício
de poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”,
disse o ministro.
No texto, Fux também pontuou que a chefia das Forças Armadas é “poder limitado, excluindo-se qualquer interpretação que permita sua utilização para indevidas intromissões no independente funcionamento dos outros Poderes, relacionando-se a autoridade sobre as Forças Armadas às competências materiais atribuídas pela Constituição ao Presidente da República”.
A quantidade de 487 mortes causadas por Covid-19 no
Rio Grande do Norte computada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio
Grande do Norte (Sesap/RN) é cinco vezes maior do que a registrada no dia 10 de
maio, quando havia 87 vítimas. A média nos últimos 30 dias foi de 13 mortes por
dia causadas pela infeção do novo coronavírus. As cidades mais atingidas pela
pandemia são Natal e Parnamirim, na Região Metropolitana, e Mossoró e Areia
Branca, na região do Oeste, segundo Boletim Epidemiológico Nº 84, divulgado
pela Sesap/RN na quarta-feira passada.
Juntas, essas cidades somam 292 mortes, mais da metade do
total de óbitos. Há um mês, possuíam 45. Com exceção de Areia Branca, as
cidades com mais mortes também têm as maiores populações do Estado. Esse fator,
segundo os epidemiologistas, favorece a disseminação do vírus entre mais
pessoas devido à densidade populacional.
Até esta sexta-feira, 12, o total de mortos por covid-19 no
RN era de 509. Os dados, porém, não tinha sido divulgados em boletim da
Sesap/RN. O mais recente é o usado para compor esta reportagem, do dia 10 de
junho.
Um estudo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
(Sudene), divulgado no dia 7 de maio, já havia apontado Natal, Mossoró e
Parnamirim como as três cidades, respectivamente, mais vulneráveis ao
coronavírus no Rio Grande do Norte. Os pesquisadores analisaram quatro
critérios (grupos de risco, proximidade a focos de contágio, acesso a
equipamentos de saúde e fator social). Segundo a pesquisa, Natal, Mossoró e
Parnamirim possuem as maiores populações em grupo de risco (idosos e pessoas
com comorbidades) e fluxo de pessoas.
Focos de contágio estão relacionados ao tamanho da população
e a proximidade de uma cidade de outras grandes cidades, aponta a Sudene.
Mossoró, por exemplo, é considerado um ponto de apoio entre as capitais Natal e
Fortaleza. Parnamirim possui uma população de 261 mil pessoas, de acordo com a
estimativa de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
mas está próxima de Natal, de 889 mil habitantes. “Essa é a dimensão de
vulnerabilidade que mais rapidamente varia em função do tempo e das medidas de
isolamento adotadas”, destaca o estudo, assinado pelo engenheiro Rodolfo
Benevenuto e por Robson Brandão, coordenador-geral de Estudos, Pesquisas,
Tecnologia e Inovação da Sudene.
Exceção
Entretanto, a exceção é Areia Branca. Localizada na região
do Oeste, próxima a Mossoró, a cidade possui uma população de 27,7 mil pessoas,
segundo o IBGE. O número de habitantes é praticamente dez vezes menor do que
Parnamirim, mas ambas cidades possuem o mesmo número de mortes investigadas por
coronavírus: 26 (até o dia 10 de junho). No último boletim epidemiológico
divulgado pela Sesap/RN até a publicação desta reportagem, Areia Branca ainda
possuía oito mortes em investigação, uma a mais do que Parnamirim, e tem menos
mortes descartadas pela doença: duas, contra seis do município da Grande Natal.
Por causa da quantidade de mortes semelhante a uma cidade
que possui uma população dez vezes maior, Areia Branca tem a maior taxa de mortalidade
causada por Covid-19 (mortes por 100 mil habitantes) no Rio Grande do Norte. A
taxa de mortalidade é medida para identificar proporcionalmente quais cidades
têm mais chances dos infectados irem à óbito. Em Areia Branca, essa taxa é de
93,6 habitantes a cada 100 mil. Natal, que tinha 163 mortes confirmadas por
Covid-19 até a data de divulgação do boletim em referência, tinha uma
mortalidade de 18,4 por 100 mil.
Semelhante à Areia Branca, as cidades Senador Georgino
Avelino e Alto do Rodrigues também possuíam uma mortalidade maior do que
Mossoró, Natal e Parnamirim. A primeira computavam duas mortes por coronavírus,
mas uma mortalidade de 45 mortes a cada 100 mil habitantes. O que explica a
taxa é a população pequena, de 4,4 mil pessoas. Alto do Rodrigues, na região
Oeste, possuía seis mortes e 14,3 mil habitantes – uma mortalidade de 41,3 para
cada 100 mil.
No dia 17 de maio, a subcoordenadora de Saúde/RN, Alessandra
Lucchesi, explicou que a situação de cidades localizadas na região Oeste do
Estado, como Mossoró, Areia Branca e Alto do Rodrigues, reflete a
interiorização do vírus e a influência do Ceará, já que essas cidades ficam
próximas à divisa.
Areia Branca, por exemplo, está a 281 quilômetros de
distância de Fortaleza e a 282 km de Natal. A cidade também possui um fluxo
diário de pessoas com Mossoró, com quem faz divisa, e tem uma forte atividade
econômica no setor salineiro. “As cidades da região Oeste tem uma tráfego
interestadual grande e também refletem um comportamento de interiorização dos
casos, causada pelo fato de muitas pessoas saírem dos maiores focos de contágio
e irem para o interior na tentativa de ficarem mais seguros”, afirmou Lucchesi.
A adesão ao isolamento social em Areia Branca não é
divulgado pela empresa de tecnologia InLoco. Na quinta-feira, 11, anunciou o
lockdown no município até o dia 21 de junho. A medida foi adotada em São Paulo
do Potengi, Itaú, Ipanguaçu, Macau e Pendências.
Justiça determina fornecimento de gás medicinal
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Defensoria Pública do Rio Grande do Norte (DPE/RN) obtiveram, durante o plantão institucional, decisão judicial em tutela de urgência que garantiu o fornecimento de gases medicinais ao Hospital de Campanha de Natal. A unidade, aberta em 4 de maio de 2020, para atender pacientes acometidos pela Covid-19 ficou sem o abastecimento regular no último dia 10, após recusa de fornecimento pela empresa prestadora do serviço.
Nessa sexta-feira (12) foi dado mais um passo para a concretização de uma usina solar no Rio Grande do Norte, com tecnologia 100% Europeia e investidores estrangeiros. Na reunião em Natal estiveram presentes empresas consumidoras, que firmaram sua posição na importância da solução de qualidade da Tecfasa Brasil no setor energético, indo ao encontro de suas necessidades, economizando mais a partir do primeiro ano, tornando suas empresas mais competitivas neste mercado globalizado.
“O produto europeu Open Renewables traz
experiência de 25 anos com tecnologia de ponta dos maiores laboratórios do
setor. A confiabilidade, segurança e eficiência é forte aliado ao produto
construído sobre rígidas normas europeias de qualidade e produção, sendo um
grande diferencial do que se encontra no nosso mercado Brasileiro”, frisou
o tecnólogo Fernando Araújo, Diretor da Tecfasa Brasil, distribuidor de linha
fotovoltaica produzida 100% Européia.
Com aumento do Dólar e custo da energia elétrica no
Brasil, torna importante soluções para a geração energia. A Tecfasa Brasil, que
apresenta soluções residências, comerciais, industrias e agronegócios na
geração de energia fotovoltaica, mostrou interesse na região Seridó, onde fará
neste sábado (13) uma visita técnica nos municípios de Parelhas, Caicó e Ouro
Branco. O sistema que promete uma economia de até 95% na conta de luz está
ganhando cada vez mais espaço no Brasil.
E no Brasil, o recurso solar é bem mais difuso e
capitalizado do que o vento. O mapa de potencial solar do RN aponta regiões
como o Seridó e o Alto Oeste Potiguar como áreas de insolação máxima. “Por meio
de fontes limpas e renováveis, os sistemas fotovoltaicos equilibrarão os custos
de energia, o que proporcionará um maior retorno do investimento”, explicou
Fernando Araújo. A empresa oferece garantia de 25 anos e garante que o custo
dos equipamentos é compensado em 5 anos.
As empresas que mostraram interesse na usina solar
e participaram do encontro são: Leite
Clan; Pescados da Cruz; Indústrias Free Gelo; Indústrias Gelo Real; Braso;
Brasil Naútica; Cervejaria Oktus; Hotel Imirá Plaza; Fox frios; MV imóveis e
Cash Assist.
Nos últimos dias, a cidade de Fortaleza, capital
líder em taxa de mortalidade por covid-19 no Brasil, registrou queda no número
de internações, infectados e mortos pela doença e já começa a descer do platô —
situação de pico contínuo. No último domingo (7), a capital cearense comemorou
algo que não ocorria desde o início de março: um período de 24 horas sem a
internação de pacientes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Até ontem (12), Fortaleza registrava mais de 30 mil diagnósticos da doença e 2.848 óbitos. São números altos, porém a impressão de que hospitais tiveram redução no ritmo da pandemia foi confirmada por estudos e cientistas, que veem na queda das curvas um sinal de que o pior já passou. Entretanto, alertam que o problema causado pelo novo coronavírus está muito longe de ter sido totalmente resolvido.
Os boletins epidemiológicos da Secretaria Municipal
de Saúde mostram a diminuição no número de doentes. No dia 10 de maio, as
unidades de saúde de Fortaleza chegaram ao ápice de atender 2.139 pacientes em
apenas 24 horas. Um mês de depois, em 9 de junho esse número foi de 569.
Segundo o infectologista e pesquisador Antônio Silva Lima Neto, membro do comitê científico do Consórcio Nordeste e da Secretaria de Saúde de Fortaleza, não há dúvida de que a pior fase já passou.
Numa carta endereçada a comerciantes e moradores do bairro Laranjal, em São Gonçalo (RJ), traficantes anunciaram o início da cobrança de uma “taxa de segurança” na região. A ordem, impressa em folhas de papel e colocadas em caixas de correio pelo bairro, é assinado pela facção criminosa que domina a localidade. Segundo o aviso, a partir do próximo dia 20, cada morador do bairro será obrigado a pagar R$ 50 mensais. O valor cobrado de comerciantes é maior: R$ 300 por semana.
“Por anos, vocês vêm desfrutando do ritmo de tranquilidade
que coloquei de não permitir roubos e agora chegou a hora de vocês
retribuírem”, diz o comunicado. Os valores deverão ser entregues a um mototaxista,
cuja identidade será informada aos moradores somente no dia do pagamento “para
não haver fofoca”. Os traficantes também ameaçam quem “vazar” o conteúdo da
carta: “haverá punição, que vai de madeiradas até mesmo a morte”.
No Laranjal, o tráfico já controla as vendas de gás e a instalação de pontos de internet nas casas. Mais de dez empresas que ofereciam serviços de internet a cabo na região já deixaram o local. Uma delas fez uma denúncia, por ofício, ao Ministério Público: “Criminosos obrigam os moradores a aderirem a planos de internet de uma operadora indicada, e impedem que empresas devidamente regularizadas atuem nessas regiões. Sabotam as redes de telecomunicações cortando cabos de fibra ótica, roubando caixas de emenda e ameaçam diretamente os funcionários das empresas”, alegou a firma de internet a cabo.
A partir desta sexta-feira, 12, o Hospital Manoel
Lucas de Miranda, no município de Guamaré, passou a integrar a rede estadual de
hospitais de referência no tratamento de pacientes de Covid, com a implantação
de cinco leitos de UTI, através de uma parceria da prefeitura com o Governo do
Estado-Sesap.
A estrutura recebeu hoje pela manhã a visita do
prefeito Adriano Diógenes e do secretário municipal de saúde, Fabrício Morais.
O investimento foi possível através de uma parceria da Prefeitura de Guamaré e
o Governo do Estado e passa a fazer parte da regulação para atender além de
Guamaré, os municípios de Macau, Galinhos, Pedro Avelino e Afonso Bezerra.
Os cinco leitos com assistência completa de uma UTI
vão receber pacientes da regulação da Secretaria Estadual de Saúde.
Profissionais de saúde da rede do município estão sendo capacitados no hospital
de campanha de Natal para atuar nos novos leitos. Médicos intensivistas farão
parte do quadro funcional.
Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Fabrício
Morais, os leitos de UTI são exclusivamente para o tratamento de pacientes de
Covid da 3ª região de saúde do estado e são resultados de uma luta do prefeito
Adriano Diógenes junto a Sesap. A Prefeitura de Guamaré fez investimentos na
estrutura física do hospital e containers também foram contratados para dar
suporte a estrutura.
O Prefeito Adriano Diógenes informou que os leitos
de UTI estão no Plano de Contingência Municipal e Regional no combate ao novo coronavírus.
“Além dos leitos de UTI, ainda teremos 12 leitos clínicos, exclusivos ao
tratamento de pacientes acometidos pelo Covid-19”, destacou o prefeito.
Adriano aproveitou a oportunidade para agradecer,
em nome da Secretaria de Saúde, a dedicação e o esforço de todas as secretarias
envolvidas e ao apoio da Governadora Fátima Bezerra. “Sem o apoio do Estado não
seria possível Guamaré oferecer esse serviço. Tudo isso é fruto também de um
trabalho árduo de uma equipe multiprofissional que se dedicou a entregar o
melhor à população. Obrigado a todos”, concluiu.
O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente,
general Hamilton Mourão, assinaram uma nota divulgada pela Secom e pelo chefe
do Executivo, em que afirmam que as Força Armadas não aceitam “ordens
absurdas”, como “tomada de Poder”. O documento também foi
assinado pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo.
A declaração veio em meio a nova tensão criada por
um membro do governo, na última sexta (12), o ministro da Secretaria de
Governo, general Luiz Eduardo Ramos, disse que é “ultrajante e
ofensivo” falar em “golpe” com apoio das Forças Armadas, porém,
ele fez a ressalva de que isso nunca acontecerá se a oposição “não esticar
a corda”.
A declaração de Ramos gerou diversas reações no Congresso. O
líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), encarou a fala do general como
um “cala a boca” para a oposição. Segundo o líder, o ministro
“faz uma ameaça caso Bolsonaro não tenha carta branca para continuar
rasgando a Constituição. Por aqui, seguiremos, firmes e responsáveis, contra
abusos e pela vida!”.
O líder da oposição, André Figueiredo (PDT-CE), disse que o
governo pode ter certeza de que a corda será esticada. “Pode ter certeza
que esticaremos o quanto for necessário pra barrar todas as atrocidades deste
desgoverno incompetente e genocida . E a melhor corda pra isso se chama
IMPEACHMENT !”, declarou.
As Forças Armadas não têm poder moderador e não é permitida
intervenção do Exército sobre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
Este é o entendimento do ministro Luiz Fux (confira aqui na íntegra), do
Supremo Tribunal Federal em decisão judicial sobre a interpretação da
Constituição da lei que disciplina o Exército.
“A missão institucional das Forças Armadas na defesa da
Pátria, na garantia dos poderes constitucionais e na garantia da lei e da ordem
não acomoda o exercício de poder moderador entre os poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário”, disse o ministro.
Diante da repercussão, Bolsonaro e Mourão assinaram uma nota, onde afirmam que as Forças Armadas não serão usadas para nenhuma tentativa de golpe. “As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos”, afirma a nota.
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