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Categoria: junho 5, 2020

IMPROVÁVEL: Retomada do comércio potiguar no próximo dia 17 dependerá de percentual inferior a 70% nos leitos de UTI

FOTO: ILUSTRAÇÃO/PIXABAY

Para que a retomada da economia aconteça a partir do próximo dia 17, como o Governo do RN prevê em novo decreto, há uma circunstância básica: “É condição essencial para a implementação inicial do plano de retomada gradual responsável das atividades econômicas no Rio Grande do Norte que exista desaceleração da taxa de transmissibilidade da Covid-19 de maneira sustentada e a ocupação dos leitos públicos de UTI seja inferior a 70%”. Sem isso, os comércios e indústrias terão de continuar submetidos às condições atuais.

O cronograma de reabertura das atividades será dividido em quatro fases subsequentes, cada uma com 14 dias. Caso a reabertura comece mesmo dia 17 de junho, a liberação total levará 56 dias. Ou seja, a retomada total da economia só será concluída dia 11 de agosto, caso o RN consiga as metas estabelecidas. O decreto detalha que “para cada fase de abertura está previsto um bloco de atividades a serem progressivamente liberadas em frações de tempo distintas”.

Se o índice de 70% for alcançado e o processo de reabertura for deflagrado, o decreto prevê uma série de medidas para a liberação. Primeiro serão retomadas “as atividades que tenham maior capacidade de controle de protocolos, que gerem pouca aglomeração e que se encontram economicamente em situação mais crítica.”

Já a “liberação do funcionamento de lojas, estabelecimentos comerciais e espaços de prestação de serviços está condicionada ao cumprimento de protocolos específicos de segurança sanitária”. Ficará a cargo dos responsáveis pelos estabelecimentos que serão reabertos a orientação e cobrança quanto ao cumprimento dos protocolos específicos de segurança sanitária. O decreto determina o fechamento das orlas urbanas e proíbe festejos juninos e acendimento de fogueiras.

“As atividades liberadas serão gerenciadas por um comitê de monitoramento específico a ser designado pela Governadora do Estado”. O decreto, entretanto, não traz quando esse comitê será montado ou quem serão seus integrantes.  Além disso, o novo texto também prevê, em seu Artigo 28, que “o cronograma de abertura gradual das atividades econômicas será instituído por ato conjunto do Secretário-Chefe do Gabinete Civil da Governadora do Estado, do Secretário de Estado da Saúde Pública e do Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico.”

A possibilidade de reabertura das atividades econômicas seguiu as considerações feitas pelo Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica no Estado do Rio Grande do Norte, apresentado ao Governo do Estado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (Fecomercio RN), Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern) e pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor).

De acordo com o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, o objetivo do novo decreto é fazer com que o índice de isolamento social atinja patamares pressupostos pelo Governo do Estado como “ideais”, que seria entre 60 e 70% de distanciamento.

“Mediante esse quadro que estamos acompanhando diariamente, do crescimento do número de infectados, de óbitos e pacientes internados em leitos de tratamento intensivo, o Governo do Estado, ouvindo Comitê científico e Secretaria de Saúde, decidiu publicar o decreto que traz uma necessidade de fazermos com que cresça a taxa de isolamento social. Nossa grande dificuldade no momento é fazer com que o índice venha para os patamares que iniciamos a pandemia”, comentou.

Sem prejuízo

Independente dessas novas medidas estabelecidas no mais recente decreto, permanecem sendo necessárias as regras já determinadas para comércio e indústrias durante a pandemia. Os estabelecimentos continuam obrigados a seguir uma série de diretrizes sanitárias para poderem funcionar. Entre elas, a manutenção do distanciamento interno de pelo menos 1,5 metro; a proibição de entrada nos comércios para pessoas de grupo de risco e infectados; e a proibição de acesso também para pessoas sem máscaras.

Além disso, os comerciantes que estão podendo funcionar têm de planejar horários de abertura e fechamento para evitar aglomerações, seja de clientes ou de colaboradores. E – sempre que possível – estabelecer esquema de teletrabalho; implantar medidas de prevenção e realizar campanha de comunicação social junto a fornecedores, clientes e colaboradores sobre a importância de combater a Covid-19.   

Fecomércio RN defendia a retomada imediata

O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, avaliou que já agora haveria espaço para dar início ao Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica. “Até porque se trata de um conjunto de ações transversais e regras de convívio que permitiria fazermos isso com toda a segurança e responsabilidade que o momento exige”, afirmou, por meio de nota. 

Independente disso, a Federação disse respeitar a decisão da governadora Fátima Bezerra de prever a retomada para 17 de junho, caso as condições estabelecidas sejam alcançadas. “Até porque é o Governo do Estado que dispõe da visão macro do que está acontecendo, de todos os números e, inclusive, conhece a fundo o seu próprio planejamento de enfrentamento da doença”, disse Queiroz, por meio de nota.

E acrescentou: “É (o governo) quem sabe com certeza, por exemplo, quantos novos leitos será possível abrir nos próximos dias ou quantos testes poderão ser aplicados para, com estratégia, ajudar a manter sob controle o avanço da doença”. Agora, diante da opção do governo, ele disse que a expectativa é alcançar os objetivos colocados pelo decreto. “O que esperamos é exatamente uma assertividade nessas ações e nesse planejamento para que possamos, até o dia 16 de junho, alcançar de fato os números que embasem a aplicação efetiva do Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica”.

A Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), por meio do vice-presidente Matheus Feitosa, disse que aceita “esses termos, porque não temos outra saída, porque se não aceitarmos eles quem vão ditar uma data de reabertura, e com essa data do dia 17, acreditamos que é o mais viável e o possível”.

Feitosa ressaltou que não entende “porque prorrogar ainda mais. O problema não é o comércio, é a população, que sai pra rua sem necessidade, que vem para o Alecrim só passear, conversar com um amigo, sai de casa sem necessidade. O trabalho que vamos buscar fazer é trabalhar em conjunto para baixar o número de pessoas nos hospitais, aumentar o uso de máscaras e EPIs e buscar, junto aos nossos clientes, provocá-los para sair o mínimo de casa”.

O presidente da Associação Viva o Centro, que reúne empresários da Cidade Alta, Delcindo Mascena, disse que, sobre o decreto, “não apoia a ideia, mas temos que aceitar” e disse ainda que a medida é vista “como uma falta de os governantes fazerem o dever de casa, de preparar a saúde para receber as pessoas que vão adoecer e começam a jogar decreto sobre o outro. Quem está pagando essa conta somos nós comerciantes que não conseguimos abrir nossas lojas. O Centro está há 80 dias fechado e vai continuar fechado porque os governantes não estão fazendo a parte deles”, disse.

Sobre a intensificação das fiscalizações, Delcindo também comentou. “Eu vejo que isso era para ter acontecido desde o dia 20 de março. Se tivesse usado esse sistema no dia 20, não estávamos assim. Pediram para parar, paramos. O Alecrim, zona Norte, Parnamirim, Ceará-Mirim e Macaíba não fecharam nada, continuaram a aglomeração. Na hora que a gente deveria estar reabrindo, não podemos abrir, porque houve negligência na fiscalização por parte do Governo”, ressaltou o empresário.

Fechamento de lojas causa tumulto no Alecrim

As medidas efetuadas para cumprimento do isolamento social em Natal causaram tumulto no bairro do Alecrim nesta quinta-feira, 4. Entre o fim da manhã e início da tarde, policiais militares ordenaram o fechamento de estabelecimentos que prestam serviços não essenciais, mas encontraram resistência. Houve correria, mas não foram realizadas prisões.

De acordo com o presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), Pedro Campos, a ação policial enfrentou resistência por parte de alguns comerciantes que não tinham autorização para manter os estabelecimentos funcionando durante a vigência do atual decreto. Por isso, além da recomendação de que esses comerciantes fechassem as portas, a AEBA também sugeriu que os demais suspendessem as atividades temporariamente.

“Numa situação como essa de hoje (ontem), a orientação que estamos dando é que as pessoas fechem tudo. Mesmo as que têm permissão para abrir, que são de serviços essenciais, é bom que fechem para reabrir quando acabar o tumulto. Há muitas atividades que não são permitidas que estão funcionando, mas estamos orientando o fechamento. Os que têm atividades essenciais e cumprem as normas sanitárias, elas poderão funcionar, mas é preciso que não haja o clima de confronto”, disse Pedro Campos.

O porta-voz da PM, Eduardo Franco, disse que a ação foi de conscientização pela necessidade do isolamento social.

Mudança na lista de atividades essenciais

Outra mudança que o novo decreto trouxe foi uma pequena alteração na lista de atividades essenciais que estavam autorizadas a funcionar. Pelo novo texto, lojas de aviamentos e armarinho, bem como serviços de higiene pessoal, incluindo barbearias, cabeleireiros e manicures estão fora da lista de atividades que poderiam funcionar. Elas haviam sido incluídas no decreto do dia 22 de abril, que ampliou a quantidade de atividades autorizadas. No primeiro decreto eram apenas 15. Até ontem era 46. Outra alteração incluída é que está proibida a entrada de pessoas acompanhadas nos estabelecimentos comerciais autorizados a funcionar. Antes essa proibição se referia apenas a familiares. Agora, independe disso.

Com informações da Tribuna do Norte

Blogueira brasileira tenta justificar racismo: “negros cometem mais crimes”

FOTO: DIVULGAÇÃO

Luísa Nunes Brasil, blogueira brasileira, provocou revolta nas redes sociais após destilar ódio, preconceito e ignorância para seus cerca de 50 mil seguidores.

No Instagram, a “influenciadora” branca decidiu criticar os movimentos antirracistas que ganharam força no mundo após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos.

Primeiro, Luísa criticou a hashtag #BlackLivesMatter (vidas pretas importam, em tradução livre). Compartilhando uma imagem que dizia All Lives Matter (todas as vidas importam, também em tradução livre), a blogueira tentou convencer os seus seguidores de que o racismo precisa ser encarado com naturalidade.

“Racismo vai existir enquanto a maior quantidade de crimes for causada pela população negra. Vai existir, gente, isso é uma coisa natural. É um instinto de defesa da gente. Vai ser sempre natural, normal e instintivo do ser humano ter um pouco do que a gente chama de racismo: julgar a pessoa pela raça”, afirmou.

A moça chegou ao ponto de reforçar estereótipos sobre a aparência de pessoas brancas e pretas. “Se você está num parque à noite, escuro, e você vê uma pessoa andando e essa pessoa é negra e ela tem os trejeitos de uma pessoa que parece ser um criminoso você vai ficar com mais medo do que se você visse uma pessoa branca de terno e gravata. Isso é natural do ser humano”.

Com a repercussão, a influenciadora restringiu os comentários nas suas publicações. Antes, ela foi inundada de críticas por seu preconceito explícito.

“Depois vai fazer vídeo pedindo desculpas, mas só porque vai perder patrocinadores”, escreveu uma jovem. “Apagando os comentários? Limitando só pra quem te segue? Toma vergonha na cara e pelo menos se desculpa por falar toda a bizarrice que falou. Não apaga já ter falado, mas é o mínimo. E não ficar se escondendo. Fala a besteira e depois quer esconder repercussão, quer se fechar numa bolha. Não vai aprender nunca”, apontou outro.

Algumas figuras públicas, como a chef Paola Carosella, compartilharam o choque de ouvir o que Luísa tinha dito. “Puta que o pariu caralho”, escreveu a jurada do MasterChef no Twitter.

Pragmatismo Político

Coronavírus vazou de laboratório chinês, diz ex-chefe de serviço secreto britânico

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A pandemia do coronavírus surgiu na China, mas até o momento ninguém sabe como ele se desenvolveu. No entanto, um ex-chefe do Serviço de Inteligência Secreta da Inglaterra, mais conhecido como “MI6”, disse acreditar que a Covid-19 “começou como um acidente”, quando o vírus escapou de um laboratório na China. Em uma entrevista ao podcast “Planet Normal”, do jornal britânico “The Telegraph”, Sir Richard Dearlove disse que viu um novo relatório científico “importante” sugerindo que o vírus não surgiu naturalmente, mas foi produzido por cientistas chineses.

A aparente descoberta aumentará a perspectiva de a China pagar “reparações” pela morte e pela catástrofe econômica que causou ao mundo, disse o ex-chefe de inteligência. Isso ocorre quando Pequim enfrenta crescente pressão para explicar com precisão como o coronavírus começou a se espalhar no final do ano passado.

Cientistas internacionais chegaram a um consenso quase unânime, no entanto, de que o vírus surgiu em animais – provavelmente morcegos ou pangolins – antes de chegar na população humana. A aparente descoberta aumentará a perspectiva de a China pagar “reparações” pela morte e pela catástrofe econômica que causou ao mundo, disse o ex-chefe de inteligência. Isso ocorre quando Pequim enfrenta crescente pressão para explicar com precisão como o coronavírus começou a se espalhar no final do ano passado.

Mas Sir Richard, que tem75 anos, apontou para um artigo científico publicado esta semana por uma equipe de pesquisa norueguesa-britânica que afirma ter descoberto pistas na sequência genética do Covid-19. O estudo sugere que os principais elementos foram “inseridos” e podem não ter evoluído naturalmente. Desde o início, o governo chinês se esforçou para “travar” qualquer debate sobre as origens do vírus e o tratamento da crise por Pequim, afirmou.

“Acho que isso começou como um acidente. Isso levanta a questão, se a China admitir a responsabilidade, vai pagar por indenizações? Acho que fará com que todos os países do mundo repensem como trata seu relacionamento com a China e como a comunidade internacional se comporta em relação à liderança chinesa”, afirmou o ex-agente.

Extra

Multa para quem descumprir novo decreto do Governo do RN pode chegar a até R$ 25 mil

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O descumprimento do novo decreto do Governo do RN publicado nesta quinta-feira (04), com as novas regras de isolamento social por conta do novo coronavírus, poderá gerar o pagamento de multas que variam de R$ 50 até R$ 25 mil para pessoas físicas e jurídicas em todo o Rio Grande do Norte.

As infrações classificam-se em leves, moderadas, graves e gravíssimas, as quais serão aplicadas cumulativamente, por cada ato e dia de descumprimento.

Veja o trecho do decreto que trata sobre o assunto:

Art. 17. A multa será aplicada mediante os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, e, quando cometidas por pessoas naturais, poderá variar entre:

I – R$ 50,00 (cinquenta reais) e R$ 1.000,00 (mil reais) para as consideradas leves;

II – R$ 1.001,00 (mil e um reais) e R$ 4.999,99 (quatro mil, novecentos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) para as consideradas moderadas.

Parágrafo único. Permanecem vigentes, para as multas consideradas graves e gravíssimas, os valores previstos no Decreto Estadual nº 29.583, de 1º de abril de 2020, e na Portaria nº 001/2020- SESAP/SESED, de 4 de abril de 2020, ou as que vierem a sucedê-la.

Art. 18. A multa será aplicada mediante os princípios da proporcionalidade e razoabilidade e, quando cometidas por pessoas jurídicas, poderá variar entre:

I – R$ 1.000,00 (mil reais) e R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para as consideradas leves cometidas;

II – R$ 5.001,00 (cinco mil e um reais) e 24.999,99 (vinte e quatro mil, novecentos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) para as consideradas moderadas.

Parágrafo único. Permanecem vigentes, para as multas consideradas graves e gravíssimas, os valores previstos no Decreto Estadual nº 29.583, de 1º de abril de 2020, e na Portaria nº 001/2020- SESAP/SESED, de 4 de abril de 2020, ou as que vierem a sucedê-la.

Grande Ponto

Bolsonaro quer uso de Força Nacional em manifestações contra o governo

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro quer o uso da Força Nacional de Segurança nas manifestações contra o governo previstas para este domingo (7).  A intenção é evitar o depredamento de patrimônio público. O Correio apurou que a adoção da medida será decidida nesta sexta em reuniões que ocorrerão na Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

A pasta avalia um esquema de segurança para as manifestações deste fim de semana. Duas reuniões estão marcadas pela manhã e à tarde, a fim de definir a estratégia. “Isso ainda está sendo alinhado aqui. Haverá duas reuniões amanhã. Aí sim, deve ser fechado um plano para o fim de semana”, afirmou ao Correio uma fonte da secretaria.

Bolsonaro já demonstrou temer que as cenas vistas em manifestações como as de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba voltem a acontecer em Brasília. A recente onda de protestos antifascismo tem recebido fortes críticas do Palácio do Planalto. Além do chefe do Executivo, que classificou os manifestantes de “terroristas e marginais”, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, taxou os integrantes dos movimentos de “delinquentes e baderneiros”.

Correio Braziliense

Jovem de 19 anos é encontrada decapitada em morro no bairro de Felipe Camarão

FOTO: DIVULGAÇÃO/INTERTV CABUGI

Uma mulher de 19 anos foi encontrada morta decapitada nesta quinta-feira (4) na Zona Oeste de Natal. O corpo de Jayne Radija Silva do Nascimento estava em uma região de dunas entre os bairros do Planalto e Felipe Camarão.

De acordo com a polícia, a jovem saiu de manhã da casa da mãe e não havia sido mais vista desde então. A PM foi acionada por moradores da região, que encontraram o cadáver. Os familiares fizeram o reconhecimento do corpo.

Ainda não se tem informações do que teria motivado o assassinato, bem como sobre quem o cometeu.

G1RN

Ricardo Coutinho é denunciado pela 5ª vez, agora por desvios de R$ 20 milhões

FOTO: PORTAL CORREIO

O Grupo de Operações Especiais de Combate à Corrupção (Gaeco) denunciou, pela quinta vez, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) por supostos desvios de R$ 20 milhões de recursos públicos através de contrato firmado com a Cruz Vermelha Brasileira para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.  A denúncia ocorre no âmbito da Operação Calvário e cita ainda pagamento de propina e fraude em processo de dispensa de licitação.

Ricardo Coutinho, que chegou a ser preso por determinação do desembargador Ricardo Vidal, em outra denúncia dentro da Operação Calvário que investiga desvios de mais R$ 134 milhões, através de pagamentos de propina com recursos públicos, cumpre medidas cautelares com o uso de tornozeleira eletrônica.

Além de Ricardo, outras 12 pessoas são acusadas de participação no esquema: Daniel Gomes da Silva (operador da Cruz Vermelha), Livânia Farias, Gilberto Carneiro, Waldson de Souza, Jovino Machado da Nóbrega, Ney Suassuna, Aracilba Rocha, Fabrício Suassuna, Otto Hinrichsen Júnior, Edmon Gomes da Silva, Saulo de Avelar Esteves e Sidney da Silva Shmid.

Um dos trechos da denúncia diz que “segundo constatado, o inédito modelo de gestão pública no Estado da Paraíba somente foi concretizado após prévio pagamento de propina e fraude ao processo de dispensa de licitação n° 27/2011, atos necessariamente precedentes ao CONTRATO DE GESTÃO N° 01/2011, que marcaria o início de um modelo de governança regado à corrupção, tingido pelo desvio de recursos públicos em prol de agentes políticos”.

Nesta ação, o socialista é denunciado por crime de corrupção passiva, crimes de licitação e de peculato. O Ministério Público da Paraíba pede a condenação dos 13 denunciados, além da perda da função pública. Pede ainda o ressarcimento de R$ 6,6 milhões ao erário público, correspondentes aos recursos desviados do Tesouro Estadual.

A Cruz Vermelha administrou o Hospital de Trauma de 2011 a 2019. O contrato foi encerrado pelo governador João Azevedo, em março de 2019, após a série de escândalos apurados pelo MP por meio da Operação Calvário.

Correio PB

Conselho da OAB vai votar pedido de impeachment de Bolsonaro

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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conduz internamente um processo para decidir, em agosto, se apresenta ou não um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Para embasar a decisão, a entidade abriu espaço para a manifestação do presidente e do ex-ministro Sergio Moro. Em resposta, Moro reafirmou as acusações contra Bolsonaro de interferência política na Polícia Federal. O presidente, por sua vez, ainda não retornou o ofício enviado pela OAB, mas também terá direito à defesa.

Ao lado da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Ordem foi coautora do pedido que resultou na cassação do mandato do então presidente Fernando Collor, em 1992.

“Sinto que a posição majoritária da ordem hoje é que, diante desse isolamento social, o combate à pandemia deve ser a prioridade. Não significa que o processo esteja parado. Estamos avaliando se há crime de responsabilidade e provavelmente vamos votar a posição da ordem logo que voltarem as sessões presenciais, creio que na primeira sessão em agosto”, afirmou o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, ao Congresso em Foco.

Congresso em Foco