Nos dias 4, 5 e 6 de junho, o IBOPE realizará a segunda
etapa da pesquisa sorológica da covid-19 em residências de Natal, Caicó e
Mossoró. O estudo está sendo realizado em todo o Brasil, sob coordenação da
Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com apoio do Ministério da Saúde.
Os domicílios visitados serão escolhidos por sorteio. E os
pesquisadores, devidamente identificados e paramentados, convidarão os
moradores a responder um questionário. Entre os moradores, um será sorteado
para realizar o teste rápido (sorologia), por amostra de sangue retirada por
uma pequena punção no dedo, para
detectar se já foram ou não infectados pelo coronavírus.
O Sistema Fecomércio RN, por meio do Senac, inicia, na próxima segunda-feira (8), as matrículas para profissionais do segmento de turismo que desejarem participar dos cursos gratuitos focados no Plano Básico de Segurança Sanitária para Retomada do Turismo. As inscrições serão realizadas por meio do site www.rn.senac.br.
O Plano integra a iniciativa liderada pela Secretaria
Estadual do Turismo (Setur), em parceira com o Sistema Fecomércio RN, por meio
do Senac, a Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur), Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH-RN), Sindicato das Empresas de
Turismo do Rio Grande do Norte (Sindetur RN) e a Subcoordenadoria de Vigilância
Sanitária do RN (SUVISA-RN).
As capacitações têm 20 horas aulas cada e pretendem
habilitar os envolvidos na cadeia produtiva do turismo para implementação das
normas de biossegurança exigidas no documento, para o pleno funcionamento das
atividades no contexto pós-Covid 19. Inicialmente, estão sendo disponibilizadas
500 vagas. A seleção dos alunos ocorrerá de acordo com a ordem de inscrição no
site.
Podem participar profissionais que atuam nos segmentos
relacionados à atividade turística, notadamente Meios de Hospedagem; Alimentos
e Bebidas; Serviços Receptivos, Espaços e Equipamentos de Lazer e Visitação.
Para se inscrever, é preciso possuir renda familiar mensal
per capita de até dois salários mínimos federais, comprovados por meio de auto
declaração, e apresentação de documentos pessoais, como RG, CPF, comprovante de
residência e escolaridade. O candidato também deve dispor de computador com
acesso à internet, visto que as aulas ocorrerão a distância.
O presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz,
destacou que os cursos serão ofertados sem custos aos alunos, por meio do
Programa Senac de Gratuidade (PSG), que é mantido por recursos da contribuição
compulsória das empresas de médio e grande portes para o Senac.
“O Senac RN é pioneiro no Nordeste na construção de um
programa de treinamento totalmente focado nas demandas dos protocolos
sanitários de retomada da economia. Este é um grande diferencial para os
empresários e profissionais, que poderão se preparar para implementação das
normas. Também contribui com os negócios uma vez que os turistas e clientes
sentirão maior segurança nos estabelecimentos do estado”, ressaltou.
Sobre o PRT
O Plano de Retomada do Turismo do Rio Grande do Norte é uma
ação liderada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, com o
objetivo de promover ações integradas dos empreendimentos turísticos para
garantir a saúde pública e organizar a retomada gradativa das atividades,
preservando os empregos e auxiliando na segurança econômica e sanitária. O
Plano prevê ações de grande porte, a serem desenvolvidas ao longo dos próximos
18 meses.
Morreu nesta quarta, dia 3, a atriz Maria Alice Vergueiro,
aos 85 anos. A atriz estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do
Hospital das Clínicas, em São Paulo, em estado grave desde a última sexta, dia
29, para tratar de uma pneumonia broncoaspirativa. A informação foi confirmada
ao EXTRA por amigos da atriz.
— É triste porque é muita gente importante na história do
teatro indo embora ao mesmo tempo. Maria Alice era uma luz muito forte para nós
artistas que não somos “mainstream”, que não seguimos carreira na
televisão, e, sim, por uma área de pesquisa teatral. Ela mostrava para nós que
era possível seguir essa trajetória de maneira digna — destaca Ivam Cabral,
dramaturgo e integrante do grupo Satyros.
Maria Alice nasceu em São Paulo em janeiro de 1935,
formou-se em pedagogia e chegou a ser professora universitária, mas foi nos palcos,
no cinema e na televisão que construiu uma extensa carreira.
Estreou no teatro em 1962 em “A mandrágora”, de
Augusto Boal. Em seus mais de 50 anos de profissão, integrou grandes grupos de
teatro brasileiro, como o Teatro de Arena, o Teatro Oficina e o Teatro do
Ornitorrinco, de que foi uma das fundadoras ao lado de Cacá Rosset e Luiz
Roberto Galízia. Atuou em alguns dos mais importantes e instigantes espetáculos
da cena paulistana nos últimos 40 anos. Entre eles: “O rei da vela”,
sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, que veio a se transformar em
filme; “Mahagony Songspiel (Cacá Rosset)”, e “Electra Com Creta,
Katastrophé” (Rubens Rusche). Ficou conhecida no teatro paulistano como
“dama do underground” ou “velha dama indigna”.
No Teatro Ornitorrico também foi assistente de direção na
peça Cacá Rosset em “Sonho de uma noite de verão”. Em 1992, atuou e
dirigiu o espetáculo “O amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu
jardim” (Federico Garcia Lorca). Em 1995, dirigiu a peça “Quíntuplos”.
Em 2002, já afastada do grupo, adaptou “Mãe coragem”, no qual atuou
sob a direção de Sérgio Ferrara ao lado de Rubens Caribé, José Rubens Chachá e
outros.
Em 1987, quando interpretou a Lucrécia na novela
“Sassaricando”, contracenou com um núcleo de atores e atrizes de
trajetória teatral, entre os quais Ileana Kwasinski, Jandira Martini e Paulo
Autran.
Em 2006, ficou mais conhecida pelo curta-metragem de ficção “Tapa na pantera”, dirigido por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes. No filme, um dos primeiros vídeos virais do Brasil, interpreta uma senhora que fuma maconha há trinta anos e fala sobre suas experiências com a droga. O personagem foi criado pela própria atriz. O curta fez sucesso na internet em menos de uma semana após ter sido posto no site YouTube.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos uma lei que
poderia liberar R$ 8,6 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios
comprarem equipamentos e materiais de combate à covid-19. A informação está na
edição desta quarta-feira (3) do Diário Oficial da União (íntegra).
O projeto original aprovado pelo Congresso Nacional previa a extinção do Fundo de Reserva Monetária, mantido Banco Central, e a destinação dos recursos para o enfrentamento da pandemia. Mas Bolsonaro vetou todos os dispositivos que vinculavam o uso do dinheiro à batalha contra o coronavírus.
O deputado Luís Miranda (DF), vice líder do DEM e que relatou o texto na Câmara, criticou o veto feito pelo presidente. “Por que esse presidente é tão do contra? Por que o presidente veta recursos da saúde que iriam aos municípios e estados? Por que ele prefere pagar bancos antecipados, a destinar recursos aos mais necessitados? Que inferno ser parlamentar com um presidente tão egoísta…. Ele te obriga a ser do contra, a ser oposição, onde para ajudar o país, você tem que ser contra o presidente, isso é um absurdo!”, disse.
Como um projeto que nasceu para ocupar espaços públicos e
levar espetáculos culturais a cidades do interior do RN pode existir num mundo
em que o distanciamento social é a nova regra? Esse é o desafio que o Conexão
Elefante Cultural, que em 2020 chega a sua quinta edição, tem pela frente.
Diante do agravamento da pandemia do novo coronavírus, o Conexão está se
reestruturando e vai embarcar na onda do digital. Para falar sobre as novidades
que estão em desenvolvimento, uma série de lives acontece no mês de junho no
Instagram do projeto.
A primeira transmissão está marcada para quinta-feira, dia 4,
às 18h. O bate-papo será com a idealizadora da ação, Diana Fontes; e com a
produtora executiva Joana Patiño. A ideia é apresentar aos inscritos para
formação do espetáculo e também ao público em geral como será feita a adaptação
para este novo momento.
“Em plena época de pandemia, mas com muita responsabilidade,
aderir ao mundo virtual é a forma de fazer nossa arte chegar à todas as cidades
propostas e até ir mais além, com o auxílio das ferramentas digitais”, explica
Diana Fontes.
O projeto é patrocinado pela COSERN, Instituto Neoenergia,
através da Lei Câmara Cascudo e Governo do Estado, com realização de Diana
Fontes Direção e Produção Cultural.
A necessidade do isolamento social fez o estudo em casa
essencial para a continuidade da aprendizagem. E, mais do que nunca, as
crianças e adolescentes precisaram assumir mais responsabilidades pelo seu
aprendizado. Apesar dos desafios e adaptações das aulas virtuais, professores e
pais já identificam que os estudantes podem sair com uma lição a mais de tudo
isso: autonomia no aprendizado. Mas, para isso, é preciso incentivo, disciplina
e vontade por parte do aluno.
Para a fotógrafa Ana Galvão, mãe de Ana Luíza Galvão, 14
anos, estudante do 9° do Instituto Educacional Casa Escola, as dificuldades
fizeram com que sua filha se empenhasse ainda mais para dar tudo certo nos
estudos. “Ana Luíza é uma adolescente com um pouco de aversão à tecnologia e
isso, em um primeiro momento, me preocupou, pois poderia ser um problema. Mas
me surpreendi, pois ela ficou ainda mais focada do que antes, com as aulas
presenciais”, relata.
A mãe conta que a própria filha escolheu o ambiente de estudo
em casa, definiu os horários para realizar as atividades, e também quando seria
o tempo livre. E, realmente, a ideia de independência e compreensão da
responsabilidade pessoal está bem clara para Ana Luíza. “Eu organizo minha
rotina, acho que já tenho idade para isso e minha mãe já tem as
responsabilidades dela. Então, não tem por que eu dar mais esse trabalho a
ela”, comenta. Para a jovem, a temporada de quarentena está sendo muito proveitosa,
pois “como estou mais em casa, tenho mais tempo para estudar”. Sobre a dinâmica
de sua rotina de estudos, ela explica que quando recebe uma atividade já
executa na hora, ou programa na agenda do celular o dia e horário para a
realização.
Andréa Pernambuco, mãe da Luíza Pernambuco, 14, também
estudante do 9o ano da Casa Escola, vê na pedagogia da instituição um
diferencial para os estudantes, já que incentiva a autonomia. “Tenho a
impressão de que essa sistemática da Casa Escola com as planilhas de estudos
deixa a criança mais independente, pois não é algo programado vindo do
professor para o aluno, mas os estudantes têm a autonomia para definir como e
quando vão realizar as atividades. Isso vai dando jogo de cintura para a
criança, o que é importante para um momento como agora, pois ajuda na segurança
e facilidade para se adaptar às situações, como esta do isolamento e aulas
virtuais”, opina.
A diretora da Casa Escola, Priscila Griner, frisa que ajudar
a desenvolver a autonomia dos estudantes é uma das propostas da escola. “A
autonomia se aprende com os outros e se efetiva através das distintas práticas
diárias.Ela se desenvolve a partir da forma como a criança interage consigo
mesma, com os outros e com tudo que a cerca. Se não for dada a oportunidade à
criança de realizar tarefas tangíveis sozinha, ela terá maiores dificuldades em
sua circulação social, como ser adulto na hora de buscar soluções para seus
problemas”, explica.
Segundo a diretora, o ambiente escolar tem papel essencial
nessa construção. “Sendo a escola a primeira experiência social fora do seio
familiar, ela tem um papel fundamental no desenvolvimento da autonomia da
criança. É um processo planejado e articulado com uma parceria da família e a
escola. O resultado em ser uma criança autônoma é ser uma criança com
maturidade, e por isso, uma criança mais feliz”, sustenta.
A Prefeitura do Natal disponibilizou documento com protocolo
para tratamento da covid-19, desde a fase inicial da doença, em se constatada.
Seguindo recomendações do Ministério da Saúde, Secretaria de
Saúde e entidades médicas, destaca ainda procedimentos para a fase inicial de
tratamento, em coquetel receitado, conforme o quadro do paciente. Cloroquina,
hidroxicloroquina e ivermectina fazem parte do protocolo.
“O tratamento a ser instituído para os pacientes com clínica compatível com a covid-19 deve ser iniciado precocemente com medicamentos de ação antiviral – preferencialmente – nas primeiras 48 horas”, diz trecho.
O Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do Nordeste recomendou que o Governo do Rio Grande do Norte e as prefeituras de Natal e de Mossoró adotem o lockdown, a forma mais restrita de isolamento social, devido à elevação do número mortes e de internações hospitalares.
Esta é a
segunda vez que Comitê sinaliza a adoção das medidas pelas cidades potiguares.
A recomendação da entidade, que é presidida pelo neurocientista Miguel
Nicolelis, também defende o isolamento mais restrito nas cidades de Campina
Grande, na Paraíba, e de Arapiraca e São Miguel dos Campos, em Alagoas.
Segundo o
Comitê, a recomendação é para a implementação “em caráter de urgência” do
regime de isolamento social rígido para as cidades de Natal e Mossoró.
“Considerando-se a situação grave de falta de leitos na região metropolitana de
Natal, este Comitê também passa a monitorar esta região com mais ênfase, a
partir desta data”, pontuou o relatório sobre a situação potiguar, que foi
publicado no dia 1º.
De acordo
com o Comitê, os números de casos e óbitos continuam aumentando por todo o
Nordeste, e em nenhum Estado o pico da doença foi atingido até hoje. Esse fato
confirma a projeção de que em nenhum Estado o pico seria atingido antes do mês
de junho. A entidade aponta que a evolução dos casos da Covid-19 no Nordeste
segue dobrando a cada período entre 5 a 9 dias.
A
preocupação dos cientistas é sobre as discussões relacionadas com a
flexibilização das medidas de isolamento nas cidades do Nordeste. “Este Comitê
continua mantendo a posição de que ainda não é o momento propício de
flexibilizar as medidas de isolamento social, uma vez que o pico da epidemia da
Covid-19 não foi atingido em nenhum Estado da Região Nordeste”, trouxe o
documento.
A
recomendação do Comitê, publicada na última segunda-feira (1º), também aponta
para o isolamento social mais rígido nas cidades de Imperatriz, no Maranhão, e
Aracaju, em Sergipe.
Além do lockdown, o Comitê defende o banimento do uso da cloroquina no tratamento de casos de Covid-19. A entidade recomenda que todas as secretarias estaduais e municipais do Nordeste removam de seus protocolos de profilaxia ou tratamento para o SARS-CoV-2 o uso da cloroquina ou hidroxicloroquina, sozinha ou acompanhada de outras drogas, em qualquer fase do acometimento da doença.
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