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Categoria: maio 12, 2020

TCE vai analisar relatório da nova auditoria sobre a Arena das Dunas

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) vai avaliar o relatório da auditoria feita pela Controladoria Geral do Estado (Control), que foi apresentado na última segunda-feira (11), sobre os contratos firmados entre o governo estadual e a Arena das Dunas. Após a análise da documentação, a Corte de Contas vai definir se inclui a auditoria nos processos relacionados com a construção do estádio potiguar utilizado para a Copa de 2014.

Atualmente, segundo informações do TCE, há dois processos ligados à Arena das Dunas em tramitação. As investigações foram iniciadas em 2011. O primeiro procedimento (2813/2011) analisa a contratação da Parceria Público-Privada (PPP) para a Arena das Dunas. A relatoria é da conselheira Maria Adélia Sales. O segundo processo (11.750) é sobre as contratações de empresa de consultoria para assessoria, estruturação, modelagem e desenvolvimento do projeto (PPP). Neste caso, o relator é o conselheiro Paulo Roberto Chaves.

Quando o resultado da auditoria da Control for apresentado ao TCE, a documentação será analisada pela Secretaria de Controle Externo do órgão. Após isso, relatório será enviado para uma das jurisdições responsáveis pelo caso da Arena das Dunas.

Já com relação aos dois procedimentos da Corte de Contas, apenas o segundo já apresentou uma decisão. Em 19 de março de 2019, o conselheiro Paulo Roberto Chaves determinou o ressarcimento de R$ 3,4 milhões aos cofres públicos estaduais. O pagamento deve ser feito por gestores responsáveis pela contratação de uma empresa de consultoria que fez assessoria, estruturação, modelagem e desenvolvimento da PPP. O processo analisou dois contratos feitos pela Secretaria Estadual de Turismo (Setur) com a empresa Valora Participações LTDA.

Segundo a movimentação do processo, após embargos de declaração apresentados pelos acusados, o caso aguarda parecer técnico do Ministério Público de Contas Junto ao TCE (MPCjTCE). Após isso, uma nova sentença será definida pela Corte de Contas. Não há prazo regimental para que o Ministério de Contras entregue o parecer.

O processo que está com a conselheira Maria Adélia Sales também aguarda parecer técnico do MPCjTCE para definir a sentença. O que sabe até o momento, de acordo com auditoria feita pelo próprio TCE, é de que a contratação de parceria público-privada da Arena das Dunas foi feita sem a realização dos estudos de viabilidade econômica e social.

Além disso, a auditoria do TCE encontrou sobrepreço no valor contratado para o investimento na obra da Arena das Dunas no percentual de 43,65%, da ordem de R$ 121,5 milhões. Outro fato descoberto é que o superfaturamento totalizou – com valores calculados até abril de 2016 –, apenas com as parcelas fixas das contraprestações mensais, um dano no valor de R$ 67 milhões.

Em relatório da Inspetoria de Controle Externo do TCE, órgão responsável pela auditoria da PPP da Arena das Dunas, os técnicos recomendam a condenação da construtora OAS e da Arena das Dunas S.A por conta das irregularidades no processo e pelo sobrepreço constante no contrato de PPP. O documento também recomenda condenação para a ex-governadora Rosalba Ciarlini e para o ex-secretário extraordinário da Copa Demétrio Torres.

A auditoria também sugere redução do valor repassado à Arena das Dunas. A sugestão é de que o porcentual seja de 75% sobre o total da contraprestação mensal então contratada, que deverá perdurar até março de 2023 quando o superfaturamento. Após isso, a parcela passaria para 77,96%, a fim de compensar o sobrepreço existente.

A auditoria

O resultado da auditoria realizada pela Control foi divulgado nesta segunda-feira (11). Só no que diz respeito aos eventos não esportivos, a conclusão da Control é que o governo deixou de receber R$ 16,3 milhões da OAS. Como a própria concessionária contraiu empréstimos e realizou a obra de construção do estádio, o Governo do Rio Grande do Norte paga, por mês, R$ 8,7 milhões fixos, além de uma parcela variável que costuma ser de R$ 2,1 milhões pelo serviço de administração e manutenção.

O acordo prevê que as fontes de renda adicionais, como realização de eventos e locação, devem ser repartidas igualmente (após o desconto de taxas e tributos). A parte que cabe ao Estado é abatida do pagamento mensal. De outubro de 2014 a julho de 2019, R$ 1,5 milhão foi repassado aos cofres públicos.

O problema é que, neste período, a arrecadação líquida com este tipo de receita foi de R$ 35,6 milhões. Logo, se cada um tem direito a 50% deste valor, o Estado deveria ter recebido R$ 17,8 milhões. No relatório, a Controladoria-Geral do Estado recomenda que os R$ 16,3 milhões restantes sejam abatidos dos próximos pagamentos mensais.

Ainda de acordo com o relatório, a concessionária que administra a Arena das Dunas tem recebido do Estado bem mais do que paga pelos empréstimos contraídos para a construção do estádio. Considerando apenas as parcelas fixas, o Estado repassou R$ 626,6 milhões até outubro de 2019. No mesmo período, a OAS pagou às instituições financeiras (BNDES e VINCI) R$ 517,5 milhões.

Agora RN

ALRN já tem assinaturas suficientes para abrir CPI da Arena das Dunas

FOTO: EDUARDO MAIA

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte deverá abrir nos próximos dias uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato do Governo do Estado com a administração da Arena das Dunas, estádio construído em Natal para a Copa do Mundo de 2014.

O Agora RN apurou nesta terça-feira (12) que pelo menos oito deputados estaduais apoiam a abertura da investigação. De acordo com o regimento interno da Assembleia, este é o número mínimo de assinaturas necessárias para instalar a CPI na Casa. Com as assinaturas, não é necessário sequer submeter o tema ao plenário – a investigação é aberta imediatamente.

O requerimento para abrir a CPI será protocolado no fim da tarde desta terça pelo deputado Sandro Pimentel (PSOL). Mais cedo, ao anunciar a proposta durante a sessão plenária virtual, o parlamentar pediu o apoio dos colegas para instalação da comissão.

“Temos dados que mostram que houve diversas irregularidades na execução dos contratos de construção e gestão da Arena das Dunas. Mas é importante lembrar que essas inconsistências não acontecem sozinhas, elas foram operadas por pessoas. Agora também é preciso dar prosseguimento a uma investigação para encontrar os responsáveis e nos debruçarmos mais detalhadamente nos aspectos contábeis que não puderam ser analisados na auditoria”, afirmou Sandro.

Além de Sandro Pimentel, confirmaram apoio à abertura da CPI os deputados Allyson Bezerra (Solidariedade), Cristiane Dantas (Solidariedade), Eudiane Macedo (Republicanos), Francisco do PT, Isolda Dantas (PT), Kelps Lima (Solidariedade) e Ubaldo Fernandes (PL). À exceção de Allyson, Cristiane, Kelps e Sandro, todos os demais compõem a bancada que dá apoio à governadora Fátima Bezerra na Assembleia.

Quatro deputados não descartaram assinar o pedido para abrir a CPI, mas afirmaram ao Agora RN que vão estudar melhor o assunto antes de tomarem a decisão. São eles os deputados Dr. Bernardo Amorim (Avante), Nélter Queiroz (MDB), Raimundo Fernandes (PSDB) e Tomba Farias (PSDB).

Outros três parlamentares, por outro lado, manifestaram que não vão apoiar a CPI: Gustavo Carvalho (PSDB), Hermano Morais (PSB) e José Dias (PSDB). O restante dos deputados não foi localizado pela reportagem ou não respondeu aos questionamentos até a publicação deste texto.

A INVESTIGAÇÃO

O pedido para abertura de CPI será protocolado por Sandro Pimentel um dia depois de a Controladoria-Geral do Estado (Control) publicar um relatório que aponta diversas irregularidades no contrato do governo com a Arena das Dunas. O trabalho tem 97 páginas e está disponível no site do Governo do Estado.

De acordo com a auditoria, feita após um pedido do deputado do PSOL, o prejuízo para o Estado no acordo poderia chegar a R$ 421 milhões, entre cifras que podem ser recuperadas, as que teriam deixado de ser pagas e reflexo de ajustes feitos no contrato.

Segundo a conclusão da Control, o prejuízo se dá principalmente em duas frentes.

Na primeira, o cálculo aponta que a Arena das Dunas deixou de repassar ao governo, entre outubro de 2014 e julho de 2019, cerca de R$ 16,3 milhões. Este valor corresponde, segundo a auditoria, à diferença entre o que o governo repassou para o estádio e o que deveria ter recebido de participação nos lucros de eventos não-esportivos realizados no local.

Pelo contrato firmado entre as partes, o Governo do Rio Grande do Norte paga para a Arena, por mês, R$ 8,7 milhões fixos, além de uma parcela variável que costuma ser de R$ 2,1 milhões pelo serviço de administração e manutenção. Isso acontece porque a própria concessionária contraiu empréstimos e realizou a obra de construção do estádio. O repasse é uma forma de indenização paga pelo Estado pelo investimento feito pelo consórcio no equipamento público.

Ainda segundo o contrato, a Arena deve transferir para o Estado – na interpretação da auditoria – metade da receita bruta. Só que, entre 2014 e 2019, o estádio repassou metade da arrecadação líquida, o que gerou apenas R$ 1,5 milhão de dividendos para o Estado, quando na verdade o correto seriam R$ 17,8 milhões. Daí, afirma a Control, caberia ao Estado receber mais R$ 16,3 milhões.

Para resolver este problema, a Control sugere que os repasses mensais para a Arena das Dunas sejam suspensos até que a diferença seja quitada. Para o futuro, considerando a média de arrecadação do estádio, o Estado poderá receber até R$ 40 milhões a mais, até o fim do contrato de concessão (previsto para 2034).

Na segunda frente, a auditoria constatou que a concessionária da Arena das Dunas tem recebido do Estado bem mais do que paga pelos empréstimos contraídos para a construção do estádio.

Considerando apenas as parcelas fixas, o estado repassou R$ 626,6 milhões até outubro de 2019. No mesmo período, a concessionária pagou às instituições financeiras (BNDES e VINCI) R$ 517,5 milhões.

Quando terminarem os repasses (em 2026), o governo terá depositado um montante de R$ 1,2 bilhão (só de parcela fixa, sem considerar o valor de manutenção). No entanto, a dívida total da Arena das Dunas com empréstimos é inferior: R$ 837,8 milhões. A diferença de R$ 361,2 milhões é chamada de “enriquecimento sem causa” no relatório. A possibilidade é vedada, segundo o relatório da auditoria, pelos artigos 884 e 885 do Código Civil.

Os auditores recomendam ao governo que reveja os termos do contrato de modo que o pagamento das parcelas fixas seja dado por encerrado após atingir R$ 837,8 milhões.

Em nota publicada nesta segunda-feira (11), a Arena das Dunas informou que não recebeu oficialmente o trabalho de auditoria e disse estranhar que o resultado do estudo tenha sido divulgado em uma entrevista coletiva. A administração do estádio afirmou que vai se posicionar oficialmente só depois que tiver acesso ao relatório.

Reservas hídricas superficiais totais do RN acumulam mais de 50% da sua capacidade total

FOTO: EDUARDO ARAÚJO

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora os 47 reservatórios, com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos, responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares. Segundo o Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, atualizado nesta terça-feira (12), as reservas hídricas superficiais totais do RN somam 2.215.247.855 m³, que correspondem a 50,61% da capacidade total do RN. Neste mesmo período de maio de 2019, o volume de água acumulado nos reservatórios monitorados pelo Igarn era de 1.427.149.397 m³, correspondentes a 32,60%da capacidade de reservação dos principais mananciais potiguares.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório estadual, com capacidade para 2,37 bilhões de metros cúbicos, acumula atualmente 1.353.845.818 m³, percentualmente, 57,05% do seu volume máximo. Em meados de maio do ano passado o manancial represava 804.392.000 m³, correspondentes a 33,52% da sua capacidade total.

Segundo maior reservatório do Estado, Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 599.712.000 m³, acumula atualmente 216.650.940 m³, correspondentes a 36,13% do seu volume máximo. No dia 12 de maio de 2019 o manancial estava com 151.561.303 m³, percentualmente, 25,27% do máximo que consegue represar.

Já a barragem de Umari, localizada em Upanema, com capacidade para 292.813.650 m³, acumula atualmente 238.210.032 m³, percentualmente, 81,35% do seu volume máximo. No mesmo período de maio de 2019 o reservatório estava com 122.716.928 m³ correspondentes a 41,91% da sua capacidade total.

Os açudes que continuam com 100% das suas capacidades são: Riacho da Cruz II, localizado em Riacho da Cruz; Apanha Peixe, localizado em Caraúbas; Encanto, localizado em Encanto; Medubim, em Assu; Beldroega, em Paraú e Dourado em Currais Novos.

Outros mananciais que já sangraram nessa quadra chuvosa do interior e continuam com volumes próximos da sua capacidade máxima são: Passagem, em Rodolfo Fernandes, com 99,44% do seu volume total; Santana, em Rafael Fernandes, com 99,83%; Morcego, em Campo Grande, com 99,37%; Santo Antônio de Caraúbas, com 98,5% e Pataxó, em Ipanguaçu, com 99,39% do seu volume máximo.

Os reservatórios com volumes acima dos 70% das suas capacidades são: Marcelino Vieira, localizado em Marcelino Vieira, com 72,95% da sua capacidade total e Rodeador, em Umarizal, com 80,7% do seu volume máximo de acumulação.

O açude Bonito II, localizado em São Miguel está acumulando 2.695.875 m³, equivalentes a 24,81% do seu volume máximo que é de 10.865.000 m³. A última vez que o reservatório conseguiu represar esse nível de água foi no ano de 2012.

Localizado em São João do Sabugi, o açude Carnaúba, com capacidade para 25.710.900 m³, acumula atualmente 13.216.445 m³ do seu volume máximo. Também localizado na mesma cidade, o reservatório Sabugi, com capacidade para 61.828.970 m³, está represando 28.861.312 m³, equivalentes a 46,68% da sua capacidade total.

O açude Boqueirão de Angicos, localizado em Afonso Bezerra, represa atualmente 8.093.333 m³, correspondentes a 50,53% da sua capacidade total que é de 16.018.308 m³.

A barragem de Pau dos Ferros acumula atualmente 18.527.756 m³, correspondentes a 33,78% da sua capacidade total que é de 54.846.000 m³. Em meados de maio do ano passado o reservatório represava 840.413 m³, equivalentes a 1,53% da sua capacidade total.

O reservatório Marechal Dutra, também conhecido como Gargalheiras, em Acari, acumula atualmente 13.876.482 m³, equivalentes a 31,24% da sua capacidade total que é de 44.421.480 m³. No mesmo período do ano passado o manancial estava com 263.653 m³, percentualmente, 0,59% do seu volume total.

Dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn, apenas 2 estão com níveis inferiores a 10% da sua capacidade, sendo, portanto, considerados em nível de alerta. São eles: Passagem das Traíras, que está em reforma e não pode acumular grande volume hídrico, com 1,46% do seu volume máximo e Esguicho, em Ouro Branco, com 1,82% da sua capacidade. Percentualmente o número representa 4,25% dos reservatórios monitorados.

Já os mananciais completamente secos também são 2, Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará. Em termos percentuais o número representa 4,25% dos reservatórios monitorados.

Situação das lagoas

A Lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital está atualmente com 100% da sua capacidade que é de 11.019.525 m³.

A Lagoa do Bonfim, localizada em Nísia Floresta, está com 42.643.686 m³, correspondentes a 50,6% da sua capacidade total de acumulação que é de 84.268.200 m³.

A Lagoa do Boqueirão, localizada em Touros, também está com o seu volume máximo que é de 11.074.800 m³.

Vivaldo pede que Governo do RN viabilize internação de pacientes infectados em hospitais privados

FOTO: REPRODUÇÃO

O deputado Vivaldo Costa (PSD) protocolou dois importantes requerimentos que tratam de medidas urgentes para o enfrentamento da Covid-19. Na primeira solicitação, o parlamentar pede a obrigatoriedade de monitoramento de temperatura corporal nos estabelecimentos essenciais, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Já na segunda proposição, solicita a viabilização de internação de pacientes infectados pela Covid-19 na rede privada de saúde, quando requerida por médico credenciado ao Sistema Único de Saúde, em caso de inexistência da vaga na rede pública, no Rio Grande do Norte.

Os pedidos foram encaminhados para a governadora Fátima Bezerra (PT) e ao secretário da Saúde Pública, Cipriano Maia. “A detecção instantânea de pessoas com febre em ambientes públicos fechados com grande fluxo é uma ferramenta de extrema utilidade para proteger o público e os funcionários”, disse Vivaldo Costa.

Quanto ao pedido que trata da internação de pacientes infectados pela Covid-19, na rede privada de saúde, sem custos para o paciente, quando requerida por médico credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS), em caso de inexistência da vaga na rede pública de saúde, Vivaldo disse que é uma forma de assegurar à população norte-rio-grandense, notadamente a mais carente, o direito constitucional à saúde e à vida.

Em reunião, Weintraub disse que ministros do STF têm que ir para cadeia

FOTO: SERGIO LIMA/PODER 360

No vídeo da reunião citada por Sergio Moro e exibido nesta terça-feira aos investigadores, o chefe da pasta da Educação, Abraham Weintraub, defendeu a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo relatos de quatro pessoas que assistiram a gravação da reunião ministerial de 22 de abril, Weintraub afirmou que “tem que mandar todo mundo para a cadeia, começando pelo STF”.

Os presentes relataram que a frase foi dita enquanto o Weintraub criticava as pessoas que atuam nos Poderes em Brasília.

Como “O GLOBO” informou, na mesma reunião o presidente Jair Bolsonaro disse que a troca do comando da Polícia Federal no Rio teria o objetivo de proteger seus familiares e aliados.

O vídeo do encontro também traz falas da ministra da Mulher, da Família, e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendendo a prisão de prefeitos e governadores.

Palavrões, briga entre ministros, troca na PF e China: o que aconteceu na reunião citada por Moro

A gravação, com mais de duas horas de duração, foi assistida nesta terça-feira por Sergio Moro, que estava acompanhado de seus advogados. Também estavam presentes policiais federais, procuradores da equipe da Procuradoria-Geral da República e integrantes da Advocacia-Geral da União (AGU), responsáveis pela defesa de Bolsonaro. Todos tiveram que deixar os telefones celulares do lado de fora da sala.

O Globo

Deputado Tomba Farias alerta sobre aumento da criminalidade durante o isolamento social e pede índices oficiais ao governo

FOTO: REPRODUÇÃO

O deputado estadual Tomba Farias (PSDB) está solicitando a governadora Fátima Bezerra (PT) informações oficiais sobre quais são os índices de mortes violentas registradas nos primeiros meses do ano de 2020, especialmente durante o período em que foi decretado o isolamento social em virtude da pandemia do COVID-19.

Destacando que a imprensa vem noticiando com intensidade notícias sobre a elevação de crimes violentos em todo o Estado, Tomba pede que o governo explique que medidas estão sendo adotadas para enfrentar a criminalidade. “É  preciso que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social diga quais são as estratégias e ações efetivas que o Estado está desenvolvendo para combater a violência e a criminalidade, especialmente os latrocínios, homic­ídios e a violência doméstica”, explica o parlamentar. 

Na opinião do deputado municipalista, nota-se através da imprensa que  há um significativo aumento dos índices de criminalidade, nos primeiros meses de 2020. “Entretanto, o que chama a atenção é o fato de estarmos vivenciando um per­íodo atípico, ou seja, de isolamento social. O que se esperava – e nao ocorreu – era a diminuição da criminalidade, diante da redução expressiva de movimentação nas ruas e em locais que, normalmente, concentrava grande quantidade de pessoas como, bares, restaurantes, shows, casas noturnas, entre outros”, enfatizou. 

Tomba Farias destaca ainda que uma reportagem do portal  G1 RN, veiculada no último mês de março, informou que o Rio Grande do Norte registrou um aumento de 333% no número de latroc­nios (morte de ví­timas durante assaltos) em fevereiro de 2020, quando comparado com o mesmo mês em 2019. A mesma reportagem alertou, lembra o deputado,  a ocorrência de um crescimento de 40% no número de mortes violentas em geral no mesmo período.

Tomba destaca que os relatos sobre aumento da criminalidade são rotineiros na imprensa potiguar. ” O jornal “Tribuna do Norte”, na edição de 30 de abril de 2020,  trouxe uma reportagem que enfatizava o aumento do número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), em 28%, com relação ao mesmo per­odo do ano passado”, disse. 

Segundo ele, a mesma matéria mostrava também que no início da quarentena e do isolamento social, chamou a atenção da opinião pública o crescimento da morte de mulheres, além da elevação nos registros de denúncias de violência doméstica. 

“Tais reportagens relatam o aumento alarmante da criminalidade no Estado do Rio Grande do Norte, especialmente neste período de isolamento social em virtude da pandemia do COVID- 19”, finaliza.  

Sobreviventes da Covid-19 podem ter de insuficiência renal a perdas cognitivas

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Comparada inicialmente a uma pneumonia, a Covid-19 tem efeitos que vão muito além da infecção no pulmão e que podem deixar sequelas depois da fase aguda da doença por tempo indeterminado.

Médicos hoje consideram a Covid-19 uma doença complexa, que exige tratamentos para diversas partes do corpo ao mesmo tempo a fim de evitar a morte nos pacientes em estado mais grave.

“É uma doença multissistêmica. Nenhum órgão vai escapar”, diz Rosana Richtmann, infectologista do instituto Emílio Ribas. “Há a ação direta e indireta do vírus, e ainda há os efeitos dos medicamentos, necessários para salvar o paciente.”

O vírus se conecta a um receptor específico, o ECA2, que está presente em células do sistema respiratório, intestino, rins e vasos sanguíneos. Nessas áreas, o efeito do invasor para destruir as células é direto e localizado.

A presença do vírus desencadeia a tempestade de citocinas, proteínas que regulam a resposta imunológica, e que surgem para ajudar o corpo a se defender do invasor. Mas em alguns casos essa resposta pode ficar descontrolada e atrair mais células inflamatórias para a região, o que prejudica ainda mais os órgãos afetados pelo vírus.

Segundo Richtmann, a Covid-19 pode ser comparada mais adequadamente à sepse, doença sistêmica que ocorre quando a resposta imunológica para combater uma infecção localizada fica descontrolada e acaba por espalhar a infecção pelo corpo.

Folha de S. Paulo

Em reunião, Bolsonaro vinculou mudança na PF do Rio a proteção de família

FOTO: ANTONIO MILENA

O presidente Jair Bolsonaro vinculou a mudança do superintendente da Polícia Federal do Rio Janeiro a uma proteção de sua família, em reunião ministerial gravada pelo Planalto no dia 22 de abril, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação.

Bolsonaro teria afirmado que seus familiares estariam sendo perseguidos. O presidente, segundo esses relatos, disse que não poderia ser surpreendido com informações da PF e que então trocaria, se fosse necessário, o comando da PF e até o ministro da Justiça, na ocasião, Sergio Moro.

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira (12) na PF em Brasília. Moro acompanhou presencialmente a exibição ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal e da PF.

Segundo pessoas que assistiram à gravação, Bolsonaro usou, na reunião ministerial, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares. Ele então disse que, antes disso, trocaria todo mundo da área de segurança, o chefe da PF e até o ministro da Justiça.

De acordo com investigadores da PF, o vídeo complica a situação de Bolsonaro e dificulta eventual arquivamento do inquérito por parte do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Folha de S. Paulo