RN tem 2º pior índice de isolamento social entre os estados do NE
O índice de isolamento social para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Norte caiu para 40,7 % na quarta-feira (6). O levantamento é feito pela empresa de tecnologia In Loco, que tem feito um acompanhamento nacional sobre o assunto, com base em dados de 60 milhões de brasileiros, usuários de vários aplicativos de smartphones.
O RN tem o 2º pior índice de isolamento entre os estados do Nordeste, a frente apenas do Sergipe (40,5%), e a 8ª menor taxa do Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), restringir a circulação de pessoas é a alternativa mais eficaz contra a propagação do vírus e é também a única forma que os governos têm para conter o avanço da pandemia.
A taxa de distanciamento divulgada nesta quinta-feira (7) é uma das menores registradas desde a chegada da Covid-19 no RN. O índice de 40,7% está bem abaixo do que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) considera ideal para frear o coronavírus – cerca de 60% de isolamento.
Em entrevista coletiva na quarta-feira (6), o secretário adjunto da Sesap Petrônio Spinelli reforçou que o estado está mais próximo do lockdown, do que de uma reabertura. “Criou-se uma ilusão de que era possível flexibilizar, as pessoas começaram a se sentir livres porque ‘nós estamos de máscara agora, então podemos ir para a rua’ e nós não podemos ir para a rua. A queda no isolamento é prenúncio de medidas mais rígidas”, acrescentou.
O bloqueio total, conhecido como lockdown foi instituído nesta semana em cidades do Maranhão e do Pará, e já é estudado em outras áreas do país, como Recife e Rio de Janeiro. Nele, a população só pode sair de casa para realização de atividades essenciais, como ir ao supermercado ou a uma consulta médica.
Até a manhã desta quinta-feira (7), o RN tem 72 mortes por coronavírus e 1.644 casos confirmados da doença.
Coleta de dados
A tecnologia da In Loco é embarcada em aplicativos de parceiros e clientes (bancos e grandes varejistas, por exemplo). Os usuários que voluntariamente instalam esses softwares podem ou não permitir a coleta de dados pela In Loco, que informa claramente as finalidades previstas na sua política de privacidade.
A única informação coletada é a localização dos celulares, que é utilizada para fins de autenticação e verificação de segurança e anti-fraude, além de contagem de visitas em determinados estabelecimentos.
“Toda essa captação é feita sem identificar as pessoas. A tecnologia da In Loco foi desenvolvida de forma a não coletar dados de identificação civil, como nome, RG, CPF e e-mail”, explicaram representantes da empresa. Os dados anônimos de localização coletados são agregados e transformados em estatísticas que são compartilhadas com órgãos públicos.
G1RN
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