O Rio Grande do Norte tem, “talvez, o pior dia” desde que o primeiro registro da infecção pelo novo coronavírus foi divulgado no estado, de acordo com Petrônio Spinelli, secretário-adjunto da Saúde Pública do Estado (Sesap).
Segundo a
Sesap, o RN tem 72 óbitos em decorrência da infecção, além de 1.644 casos
confirmados da doença, 108 a mais que os registrados nesta terça (5), quando o
estado tinha 1.536 confirmações da doença. Suspeitos são 5.503, e descartados,
4.943. Ainda há 25 mortes em investigação. Pacientes recuperados somam 662.
Os óbitos
recentes foram registrados em Taboleiro Grande, Ipanguaçu, Areia Branca e Serra
Negra do Norte. Este último óbito já havia sido confirmado ao portal Agora RN
nesta terça-feira (5).
A taxa de ocupação de leitos varia entre 42 e 45%. Há 52 pacientes internados em estado grave.
A prefeitura de Tibau do Sul decretou obrigatório o uso de
máscaras de proteção individual como medida de prevenção e enfrentamento ao
novo coronavírus. O texto foi publicado no Diário Oficial dos Municípios desta
quarta-feira (6) e já está em vigor. A multa para quem descumprir o decreto
varia de R$ 100 a R$ 1 mil por dia.
O uso é obrigatório em locais públicos, estabelecimentos
comerciais, espaços destinados à exploração de atividade econômica e nos
serviços de transporte de passageiros.
Além da obrigatoriedade do uso de máscaras, o decreto determina regras de acesso a praias, rios e lagoas. Está proibida a aglomerações de pessoas e os usuários que forem a esses locais devem respeitar uma distância mínima de 1,5m.
Em Natal, os três bairros com maior taxa de infecção por Covid-19 estão localizados na Zona Norte da capital, segundo dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), disponíveis nesta quarta-feira (6). Potengi, Nossa Senhora da Apresentação e Pajuçara, nesta ordem, lideram a lista dos bairros com maior incidência na cidade.
Os dados apontam que o bairro Potengi contabiliza 11,69 % dos casos, enquanto Nossa Senhora da Apresentação tem 8,57%. Pajuçara vem em seguida, com uma incidência de 7,27%. Até o momento, 16 óbitos foram registrados na capital em decorrência do novo coronavírus.
O Diário Oficial do Rio Grande do Norte trouxe, na edição
desta quarta-feira, 6, a publicação do projeto de reestruturação dos Policiais
Civis. A matéria, que estava em tramitação na Assembleia Legislativa desde o
ano passado, tinha sido aprovada pelos deputados estaduais na quarta-feira
passada, 29 de abril. O SINPOL-RN ressalta a importância desse projeto para a
categoria, principalmente, neste momento de crise, em que os Policiais Civis estão
na linha de frente mesmo diante do alto risco para a saúde deles e de
familiares.
Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN, comenta que o
projeto foi fruto de uma grande luta da categoria no ano passado e foi
construído após entendimento com o Governo do Estado. A matéria chegou à AL em
dezembro de 2019.
“Desde o início deste ano de 2020 nós vínhamos articulando
junto aos deputados para o andamento do projeto. Ele tramitou, foi aprovado por
todas as comissões e estava pronto para ser votado quando, infelizmente,
tivemos a crise do coronavírus que suspendeu as atividades presenciais na
Assembleia”, explica Nilton Arruda.
De acordo com ele, como a matéria já estava pronta e
aprovada em todas as comissões, os deputados entenderam ser justo colocar na
pauta semana passada e aprovaram por unanimidade. Em seguida, o projeto voltou
pra o Governo do Estado para ser sancionado pela governadora Fátima Bezerra, o
que aconteceu nesta terça-feira, 5, e a lei foi publicada no Diário Oficial
desta quarta-feira.
“O projeto é um reconhecimento importante para essa
categoria que vem diariamente enfrentando o crime, batendo recordes de prisões
e apreensão de drogas e, agora, segue atuando incansavelmente neste momento de
pandemia. De todas as categorias da segurança, faltava apenas nosso projeto ser
efetivado, então, agradecemos aos deputados por terem aprovado e ao Governo do
Estado por ter sancionado”, completa.
O presidente do SINPOL-RN parabeniza os Policiais Civis por
terem acreditado na luta desde o início da atual gestão do sindicato e, mesmo
diante de tantas adversidades, terem dado apoio para que a diretoria seguisse
firme buscando a concretização dessa reestruturação.
O número de pacientes internados por Covid-19 ou com
suspeita da doença mais do que dobrou no Rio Grande do Norte ao longo de duas
semanas, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde
(Sesap) através dos boletins epidemiológicos sobre o novo coronavírus. O
crescimento foi de 129% na comparação dos dados publicados nesta terça-feira
(5) e a terça 21 de abril. O salto foi de 92 para 211 internações.
Nesse mesmo período, a quantidade de casos confirmados
aumentou 152%, passando de 608 para 1.536, e o de óbitos subiu 142%, variando
de 28 para 68. O aumento percentual das internações não é maior porque, ao
contrário desses outro números, há os casos dos pacientes que recebem alta.
Na última segunda-feira (4), o secretário adjunto de Saúde,
Petrônio Spinelli, exemplificou essa variação com o caso do Hospital Giselda
Trigueiro, em Natal. “Ontem (domingo) deram entrada cinco pacientes, mas
quatro tiveram alta. Os pacientes que estão internados há 8, ou 10 dias, estão
tendo alta”, afirmou.
Ele ainda argumentou, entretanto, que as pessoas não devem
“relaxar” as medidas de isolamento contra contaminação da doença.
“Se as pessoas não levarem a sério isso, não tem como não entrar em
colapso, talvez mais rápido do que a gente estava pensando”, declarou.
Uma das situações mais preocupantes é em Mossoró, no Oeste
potiguar. No dia 1º de maio, foram abertos 10 leitos no Hospital São Luiz, mas
no início desta semana 8 deles já estavam ocupados.
Nesta terça (5), a taxa de ocupação dos leitos da rede
pública voltados para Covid-19 estavam em 50%, segundo informou o secretário
titular da pasta, Cipriano Maia. Sendo que há áreas do estado com mais
“pressão” que as outras, ou seja, onde a taxa de ocupação é maior,
como Mossoró e Natal. De acordo com o boletim, 117 pessoas estavam nos leitos
do SUS – cerca de 55% do total dos internados.
O secretário de Saúde também afirmou que o estado ainda trabalha para receber 30 respiradores comprados pelo Consórcio Nordeste, mas que ainda não foram entregues, e outros 14 que ainda não foram entregues pelos fornecedores. Além disso, declarou que está cobrando, junto com outros secretários estaduais um apoio do Ministério da Saúde no envio de equipamentos.
O deputado estadual republicano Nino Vitale, de Ohio (EUA),
afirmou em longo texto no Facebook que não vai usar máscara protetora contra o
coronavírus, contrariando determinação do governador Mike DeWine, que também é
republicano.
Vitale alegou princípios religiosos.
“Nossa grande nação foi fundada por princípios
judaico-cristãos. Um desses princípios é que todos nós fomos criados a imagem e
semelhança de Deus. Esta imagem é vista nos nossos rostos. Não usarei máscara”,
escreveu.
O congressista, que garante levar a pandemia a sério,
continuou:
“Fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Quando
pensamos nessa imagem, pensamos no peito, nas pernas, nos braços? Pensamos no
rosto. Não quero cobrir o rosto das pessoas.”
Já foram confirmados mais de 1,2 milhão de casos de Covid-19
nos EUA, com quase 70 mil mortes.
Em despacho expedido às 22h30 desta terça-feira, o ministro
Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou um prazo de 72
horas para a apresentação de uma cópia dos “registros audiovisuais”
de uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, ministros e presidentes de
bancos públicos no Palácio do Planalto, realizada no último dia 22 de abril.
Ele ordenou que o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge
Oliveira, o secretário especial de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o
assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente da República, Célio Faria
Júnior, sejam oficiados com urgência.
“As autoridades destinatárias de tais ofícios deverão
preservar a integridade do conteúdo de referida gravação ambiental (com sinais
de áudio e de vídeo), em ordem a impedir que os elementos nela contidos possam
ser alterados, modificados ou, até mesmo, suprimidos, eis que mencionada
gravação constitui material probatório destinado a instruir, a pedido do Senhor
Procurador-Geral da República, procedimento de natureza criminal”,
determinou o magistrado, em complementação à decisão proferida por ele mais
cedo.
A intenção é confirmar a afirmação do ex-ministro Sergio
Moro de que Bolsonaro teria cobrado, nesse encontro, a substituição do
diretor-geral da PF e do superintendente da corporação no Rio de Janeiro, além
de relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal.
O ministro do STF já havia autorizado que a Polícia Federal interrogue dez pessoas no inquérito que investiga as acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ao presidente Bolsonaro. Entre os depoimentos a serem prestados, três são de ministros do governo: Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional; e Braga Netto, da Casa Civil. Moro acusa Bolsonaro de ter tentado interferir indevidamente nas atividades da PF.
Os oficiais de justiça da 6ª Vara da JFRN, especializada em
execução fiscal, realizaram em teletrabalho, durante o período de isolamento
social, atividades de triagem nos relatórios gerenciais do Bacenjud. Esse
trabalho resultou na análise de 2700 processos nos quais havia valores
bloqueados no Bancenjud que haviam sido esquecidos pelas partes, totalizando
cerca de R$ 14 milhões.
Esses recursos estão sendo usados para a regularização da
situação fiscal de pessoas físicas e empresas em alguns casos e, outros, serão
liberados aos contribuintes.
Esses valores se encontravam bloqueados pela 6ª Vara da
JFRN, sem que partes e seus advogados tivessem tomado providências para
reinvidicá-los.
Segundo o Juiz Federal Marco Bruno Miranda Clementino,
titular da 6ª Vara, “o esforço foi motivado pela preocupação com a crise
econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus e a oportunidade de fazer
circular esses valores no mercado potiguar”.
A iniciativa foi também objeto de nota técnica do Centro
Local de Inteligência da Justiça Federal do Rio Grande do Norte, subscrita
pelos Juízes Federais Marco Bruno Miranda Clementino e Hallison Rêgo Bezerra,
com a recomendação de que idêntico trabalho fosse realizado nas demais varas.
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