A maioria dos estados brasileiros deve atingir neste mês a
ocupação máxima dos leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) por causa da
epidemia do novo coronavírus.
No sistema privado, um número menor chegará ao limite de
suas Unidades de Tratamento Intensivo em maio. Até o fim de junho, porém, a
maioria dos estados deverá ter os leitos particulares e públicos lotados.
Durante o período de ocupação máxima, a falta de UTIs no
sistema público pode atingir cerca de 20 estados e durar, em muitos casos,
aproximadamente dois meses.
No sistema particular, com mais leitos proporcionalmente, a
carência de vagas será de cerca de um mês.
Em ambos os sistemas, o tempo de internação em UTI de
pacientes com a Covid-19 pode chegar a variar de 21 a 35 dias –o que torna a
falta de leitos prolongada.
Mantida a tendência atual de ascendência da curva, o Brasil poderá registrar mais de 40 mil infecções diárias após a primeira semana de junho e um déficit de leitos de UTI acima de 20 mil ao final do próximo mês.
O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter, neste domingo
(3) para endossar um vídeo do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM),
Mauro Ribeiro, com duras críticas aos governadores do Nordeste. O grupo pede “a
adoção de medidas por este Ministério [da Saúde] para a integração dos médicos
formados no exterior, mesmo sob supervisão, adotando-se processo de validação
dos diplomas, por meio de programa de complementação curricular e de avaliação
na modalidade ensino-serviço, a ser realizado pelas universidades públicas,
inclusive as estaduais”.
Na prática os governadores querem autorização para que cerca
de 15 mil médicos brasileiros formados no exterior, mesmo sem diplomas
revalidados no país, atuem no combate à Covid-19. Eles atuariam sob supervisão
de outros profissionais em brigadas de prevenção e combate à Covid-19,
principalmente no interior, onde faltam equipes para atender a população.
Na mensagem Mauro Ribeiro defende que esses profissionais
façam o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida) e diz que a prova
de suficiência é a única exigência do Conselho Federal de Medicina para que
esses médicos mostrem o mínimo de conhecimento para atender a população
brasileira.“ Fica aqui o nosso repúdio a essa atitude covarde dos governadores
do Nordeste. Se aproveitando de um momento trágico para a nossa sociedade,
através de argumentos mentirosos para simplesmente criarem um casuísmo no
sentido de legitimarem esses supostos médicos, que nós nem sabemos se são
médicos, de atender a população brasileira sem fazer o Revalida”, criticou o
presidente do CFM.
No mesmo vídeo o médico ressalta que há excelentes faculdades
de medicina no Paraguai, na Bolívia e na Argentina, mas que a medida poderia
beneficiar brasileiros que saem do país para fazer faculdade nas cidades
paraguaias de Pedro Juan Caballero, na fronteira de Ponta Porã (MS) e Ciudad
del Este, fronteira com Foz do Iguaçu (PR). “São faculdades de péssima
qualidade, onde não existe menor condição de ensino e aprendizagem na
complexidade que exige a medicina”, diz o Mauro Ribeiro.
O ex-ministro Sergio Moro escreveu neste domingo (3) em rede
social, um dia após ser chamado de “Judas” pelo presidente Jair
Bolsonaro e depor na Polícia Federal.
“Há lealdades maiores do que as pessoais”, escreveu Moro, que prestou depoimento no sábado (2) à Polícia Federal em Curitiba devido às suas acusações contra Bolsonaro ao pedir demissão do governo.
Na manhã de sábado, Bolsonaro publicou um vídeo sobre as
suspeitas em relação ao mandante da facada que levou na campanha de 2018.
“Os mandantes estão em Brasília?”, escreveu.
“O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se
investigasse?”, disse Bolsonaro, citando o depoimento que Moro prestaria à
Polícia Federal sobre as acusações que fez contra o presidente ao sair do
Executivo.
Segundo pessoas próximas de Moro, o objetivo dele com a frase publicada neste domingo é dizer que sua lealdade às instituições do país é mais importante do que uma possível lealdade ao próprio presidente.
Um jovem de 19 anos foi morto a tiros e pedradas na noite de
sábado (2), em Mossoró. O crime aconteceu por volta das 21h30, no bairro Santo
Antônio em Mossoró. A vítima foi identificada como Breno Ítalo da Silva Roque.
Segundo informações de familiares, Breno estava em casa
quando uma pessoa chamou por ele no início da noite. Ele saiu e pouco tempo
depois a família foi avisada que ele foi encontrado morto.
De acordo com a perícia criminal, o corpo tinha duas
perfurações de bala, no pescoço e na cabeça, além de fraturas provocadas por
material contundente. A perícia acredita que ele levou pancadas na cabeça
provocadas por uma pedra, que foi encontrada suja de sangue ao lado do corpo.
Ninguém foi preso. Familiares informaram à polícia que o jovem era usuário de drogas e não tinha passagem por delegacias. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Após 14 anos de poder, o PT saiu da Presidência da
República, que foi ocupada por Jair Bolsonaro (sem partido), alinhado à ala
mais extrema da direita brasileira. Entretanto, o partido da esquerda não
deixou completamente o Executivo. Levantamento do Metrópoles mostra que, entre
os comissionados do Estado e os servidores, a sigla petista predomina entre os
filiados políticos em serviço do governo federal.
A legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal
antagonista de Bolsonaro, reúne ao menos 528 comissionados na Esplanada dos
Ministérios, o que equivale a 12,37% do total de funcionários da mesma
categoria. Os números podem ser ainda maiores.
Isso porque o (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, mapeou todos os membros de partidos políticos do país e o quadro de servidores. Foram excluídos, contudo, casos de homônimos. Por isso, o cruzamento indica o número mínimo de filiados no Executivo.
Ruas vazias, cidades com medo e pessoas isoladas em casa
para combater um inimigo invisível. Esses são alguns efeitos colaterais da
pandemia do novo coronavírus. O que fazer nesse caso? “Fugir para as colinas”?
Ou, quem sabe, para um hotel? Opção um tanto quanto improvável, já que a
maioria dos hotéis, hotéis-fazenda, resorts e pousadas está fechada ou enfrenta
uma grande crise por conta da Covid-19.
“Veio o tsunami e estávamos na praia”, compara o presidente
do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Orlando de Souza, a
respeito do impacto econômico causado pela pandemia. Ele também alerta: o setor
hoteleiro será um dos últimos a “sair do tsunami”.
De fato, a pandemia atingiu em cheio o setor, que, segundo a Asociação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), oferece mais de 1,3 milhão de empregos diretos e 675 mil indiretos, gerando cerca R$ 31,8 bilhões para economia nacional. Afinal, a forma mais eficaz de se combater o coronavírus, segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é o isolamento social, exatamente o oposto do que se encontra em hotéis, pousadas, resorts etc, onde a meta é confraternizar.
Nenhum apostador acertou os seis números da Mega-Sena
sorteados nesse primeiro sábado de maio (02) no Espaço Loterias Caixa, no
terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo.
Os números sorteados no concurso 2.257 foram: 18 – 21 – 30 – 31 – 34 – 51.
Na quina, 32 apostadores ganharam R$ 83.236,06. Os 2.791
ganhadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.363,33.
A estimativa de prêmio do próximo concurso, na próxima
quarta-feira (5) é de R$ 50 milhões para quem acertar as seis dezenas da
Mega-Sena.
As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário
de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet.
O depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro na
Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, durou 8h30. De acordo com uma
fonte na corporação, ele detalhou as acusações — que fez no pronunciamento ao
entregar o cargo — de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir
politicamente na PF. O ex-juiz levou novas conversas de aplicativo e outros
arquivos digitais que serão periciados pela PF. São mensagens de WhatsApp,
áudios e e-mails, inclusive trocados com outros integrantes do governo, além do
presidente.
Moro respondeu a perguntas de dois delegados da Diretoria de
Investigação e Combate ao Crime Organizado e de três procuradores que saíram de
Brasília e foram até o Paraná para participar da oitiva. O ex-juiz chegou ao
prédio da PF em uma viatura da instituição e teve acesso ao edifício por meio
de uma entrada privativa, nos fundos. O depoimento se estendeu tanto que um intervalo
precisou ser realizado no fim da tarde. À noite, ocorreu mais uma pausa para o
lanche.
Na sala, Moro e os demais integrantes estavam afastados por
uma distância de um metro cada, e todos de máscara, para evitar a disseminação
do novo coronavírus. O procurador-geral da República, Augusto Aras, destacou
para o depoimento os procuradores João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio
Morimoto e Hebert Reis Mesquita, que atuam no gabinete dele na capital federal.
Apoiadores de Moro e de Bolsonaro se enfrentaram em frente
ao prédio da corporação. Nos momentos mais hostis, a Polícia Militar precisou
intervir. Um manifestante, que estava do lado favorável ao presidente, chegou a
tentar agredir jornalistas, sendo contido pela polícia. Os atos a favor de
Bolsonaro foram convocados pela internet, e o de apoio ao ex-juiz partiu de
integrantes de um acampamento pró-Lava-Jato que já se concentrava no local.
O depoimento vai ser encaminhado ao ministro Celso de Mello,
do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura as denúncias
feitas por Moro contra Bolsonaro. O conteúdo pode ser mantido sob sigilo, se a
PF entender necessário para preservar a investigação. Nos próximos dias, Mello
deve determinar o cumprimento de diligências para recolher provas e
informações, com o objetivo de averiguar as denúncias.
Clima de apreensão
No governo, o clima foi de apreensão ao longo de todo o dia.
Bolsonaro tentou demonstrar que não estava preocupado com assunto. No entanto,
conversou com aliados e com os filhos para avaliar eventuais impactos das
revelações. Interlocutores do Planalto informaram que o maior temor é de que,
ao longo dos últimos meses, Moro tenha registrado diversas conversas com o
presidente, não só por mensagens de texto, mas também em áudios e vídeos.
A deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou que entrou em contato
com o chefe do Executivo à noite e recebeu dele a informação de que estava
enfrentando a situação com tranquilidade. “Acabei de falar com o presidente
Jair Bolsonaro. Ele está tranquilo. Sabe que nem em 15 meses de conversa
gravada, nem que fossem 15 anos, Sergio Moro teria alguma coisa contra ele.
Talvez uns palavrões, quem sabe, mas acho que isso não é crime, a não ser que o
STF resolva criar um”, ironizou.
Advogado
Para atuar em sua defesa, Moro contratou Rodrigo Sánchez
Rios e outros três advogados. Conhecido criminalista de Curitiba, Sánchez é
secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná. Ele atuou em
casos da Lava-Jato em que o próprio ex-ministro da Justiça era o juiz da causa.
Entre o rol de clientes do defensor no âmbito da operação está o ex-deputado
Eduardo Cunha, que foi presidente da Câmara.
Sánchez também esteve à frente da defesa do empresário Marcelo Odebrecht, uma das figuras mais marcantes do caso Lava-Jato. O ex-presidente da empreiteira que leva seu sobrenome esteve profundamente envolvido no esquema de desvio de recursos da Petrobras.
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