Morreu nas primeiras horas deste sábado (25), o industrial e
colecionador de artes e armas brancas Ricardo Brennand, aos 92 anos, devido a
complicações da covid-19, doença infecciosa causada pelo novo coronavírus. Ele
estava internado, há uma semana, na UTI do Real Hospital Português, onde
faleceu, e deixa a esposa, Gracita, com quem foi casado por 70 anos e teve oito
filhos: Ricardo Filho, Antônio Luís, falecido em 1998; Catarina, os gêmeos
Jaime e Lourdes, Renata, Patrícia e Paula. Brennand teve 20 netos e mais de 30
bisnetos.
Nascido em 27 de maio de 1927, na Usina Santo Inácio, no
Cabo de Santo Agostinho, Ricardo Coimbra de Almeida Brennand se mudou com a
família, aos 4 anos de idade, para o Engenho São João, hoje bairro da Várzea,
Zona Oeste do Recife. É em terras do antigo engenho que, desde 2002, funciona o
Instituto Ricardo Brennand (IRB), maior sonho da vida dele.
Formado em engenharia civil e mecânica, pela UFPE, em 1949, Ricardo Brennand atuou na indústria de cana-de-açúcar, e depois nas de cerâmica, cimento, porcelana e vidro. Mais recentemente, o Grupo Ricardo Brennand tem investido, sobretudo, no setor de energia.
O desembarque do ministro da Justiça, Sérgio Moro, do
governo do presidente Jair Bolsonaro nesta sexa-feira (24) gerou impacto direto
no empresariado bolsonarista.
Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200, afirmou
que o grupo, formado por empresários que apoiavam o presidente estão bastante
decepcionados com a interferência do ex-capitão.
“Eu me sinto absolutamente traído como eleitor. Acho que todos que acreditaram no discurso do combate à corrupção se sentem traídos”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.
Entre os integrantes do bloco estão o dono das lojas Havan,
Luciano Hang, e o Flávio Rocha, dono da Ricachuelo. Hang, conhecido pelo terno
verde-e-amarelo e pela defesa insana de Bolsonaro, que disse nas redes que está
ao lado de Moro.
“Obrigado por tudo que você fez pelo nosso país. Gerações e gerações lembrarão do seu legado. O povo brasileiro estará sempre ao seu lado. Estamos juntos”, escreveu o empresário.
Flávio Bolsonaro financiou e lucrou com a construção ilegal
de prédios erguidos pelas milícias usando dinheiro público. É o que mostram
documentos sigilosos e dados levantados pelo Ministério Público do Rio de
Janeiro aos quais o Intercept teve acesso. A investigação preocupa a família
Bolsonaro – os advogados do senador já pediram por nove vezes que o
procedimento seja suspenso.
O investimento para as edificações levantadas por três
construtoras foi feito com dinheiro de “rachadinha”, coletado no antigo
gabinete de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, como afirmam
promotores e investigadores sob a condição de anonimato. O andamento das
investigações que fecham o cerco contra o filho de Jair Bolsonaro é um dos
motivos para que o presidente tenha pressionado o ex-ministro Sergio Moro pela
troca do comando da Polícia Federal no Rio, que também investiga o caso, e em
Brasília.
O inquérito do Ministério Público do Rio, que apura fatos de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) pelo filho de Bolsonaro segue em sigilo. O Intercept teve acesso à íntegra da investigação. Os investigadores dizem que chegaram à conclusão com o cruzamento de informações bancárias de 86 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema ilegal, que serviu para irrigar o ramo imobiliário da milícia. Os dados mostrariam que o hoje senador receberia o lucro do investimento dos prédios, de acordo com os investigadores, através de repasses feitos pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega – executado em fevereiro – e pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.
O Governo do Estado irá abrir mão do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidido na conta de energia
elétrica da população de baixa renda. A renúncia fiscal custará em torno de R$
10,5 milhões ao cofre estadual nos três meses vigentes, entre 1º de abril e 30
de junho.
O ICMS corresponde a 18% da taxa de energia elétrica. Esse é
o percentual que cabe ao Estado na Tarifa Social do Governo Federal. Essa
Tarifa concede descontos escalonados conforme o consumo de energia, mas durante
a pandemia, isentou em 100% esse pagamento para toda uma faixa de renda
populacional, abarcando também o percentual de arrecadação dos Estados da
Federação.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte
anunciou que a previsão de chuvas para o trimestre de maio a julho é de até
559.7 milímetros para a região Leste do estado, onde fica Natal. Nas outras
regiões a previsão é de 226.4 mm para o Agreste, 175.2 mm para o Oeste e 133.1
mm para a Central.
A análise foi feita durante a II Reunião de Análise e
Previsão Climática para o Setor Leste do Nordeste de 2020, realizada pela
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas. O
chefe da Unidade de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn),
Gilmar Bristot, participou por videoconferência.
Conforme as análises dos meteorologistas, a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) deverá se afastar do RN no mês de maio, porém
com o aquecimento das águas do Oceano Atlântico próximo ao litoral poderão
ocorrer chuvas mais intensas nesta região.
“As águas superficiais do Oceano Atlântico próximo do
Litoral Leste do RN estão mais quentes do que o normal, com 29°C, em torno de
1,5ºC acima do normal, e com isso existe a possibilidade também de ocorrência
de chuvas intensas durante os próximos 3 meses”, comentou Bristot.
Outro ponto levantado na reunião é sobre a tendência de resfriamento no Oceano Pacífico Equatorial. “Esse resfriamento mostra uma condição de neutralidade para os próximos meses e com tendência de formação do Fenômeno La Niña a partir do mês de agosto de 2020”, explicou.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
observou haver um componente político no pedido de demissão de Sergio Moro do
comando do Ministério da Justiça. O ex-juiz, que condenou Lula na operação Lava
Jato, anunciou sua saída após o presidente Jair Bolsonaro retirar o delegado
Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal.
“No comunicado feito à ONU em 2016 afirmamos que Moro
estava construindo uma carreira política como juiz. Isso se confirmou com a ida
dele ao Ministério da Justiça. O cálculo político me parece que continua presente
nas suas ações”, afirmou o advogado Cristiano Zanin Martins, que
representa o ex-presidente na Justiça — desde que deixou a magistratura, Moro é
cotado para disputar as eleições de 2022.
Zanin também criticou a atuação do ex-juiz à frente da Lava Jato, a quem acusa de agir com parcialidade. “Moro sai do governo Bolsonaro mas não consegue apagar o histórico de perseguições que o levou até lá, como está descrito no processo que levamos ao Comitê de Direitos Humanos da ONU e na suspeição que tramita no STF.”
Enquanto cumpre os últimos dias de reclusão para o
tratamento da covid-19, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC),
não deixa de fazer política. Ontem, pouco depois dos pronunciamentos do
ex-ministro da Justiça Sergio Moro e do presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), Witzel afirmou em entrevista ao UOL que formalizará, ainda hoje, o
convite para que Moro assuma a nova Secretaria Estadual de Justiça.
Para contar com a presença do novo desafeto do presidente da República no estado berço do bolsonarismo, o governador não vê problema em criar uma pasta, mesmo em meio à já declarada dificuldade financeira pela qual os cofres do estado passam. “Ele faria a integração entre os órgãos estaduais e federais, que hoje cabe a mim, e teria o seu espaço político para seguir atuando”, justifica.
A inclusão do Hospital da Polícia Militar em Natal, pelo Ministério da Saúde, para receber dez novos leitos de UTI é resultado de uma ampla articulação desenvolvida pelo Governo do RN desde 2019. O anúncio foi feito nessa sexta-feira, 24, pelo ministro Nelson Teich, ao informar a disponibilização de 1.134 novos leitos de UTI para casos de Covid-19 em todo o país.
A governadora Fátima Bezerra destacou que o ganho “é
resultado de uma luta nossa que vem para beneficiar a população. Agradeço ao
ministro e a toda nossa equipe de Governo que vem se empenhando com dedicação e
zelo para oferecer melhor serviço de saúde à população”.
A chefe do Executivo estadual lembra que o Hospital da PM
estava em obras de reforma e ampliação há 14 anos e que no atual governo foram
tomadas medidas para que entrasse efetivamente em funcionamento com toda a sua
capacidade. “Vínhamos mantendo contato com o Ministério da Saúde desde o
início da nossa administração. O então ministro Mandetta veio ao nosso estado,
entregamos vários pleitos, incluindo o do Hospital da PM. No último dia 21 de
abril participei de vídeoconferência com o novo ministro da Saúde, Nelson
Teich, quando, mais uma vez, reforcei a necessidade da inclusão do Hospital
Pedro Germano ao SUS, até por que aquela unidade é fundamental para ampliar a
oferta de leitos para atender os casos da pandemia da covid-19”, afirmou a
governadora. A inclusão dos leitos de UTI do Hospital da PM também foi
encaminhada ao ministro por meio de ofício.
O Governo do Estado assinou em 20 novembro de 2019, Termo de
Cooperação com a Polícia Militar com aporte de R$ 7,8 milhões/ano (de acordo
com portaria 2.182 do Ministério da Saúde) para o funcionamento pleno do
Hospital com serviços de saúde ambulatorial e hospitalar, assistência médica
especializada, internação em leitos de enfermaria clínica e cirúrgica, UTI
adulta e neonatal.
Na ocasião, o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia,
disse que a ampliação da oferta de serviços vai melhorar a assistência da saúde
pública no RN e integrar o serviço com linhas de cuidado como a ortopédica e a
vascular.
A publicação do Ministério da Saúde trata da primeira
portaria de habilitação que inclui os leitos do RN, o que significa que o leito
ao ser ocupado vai receber recursos federais para custeio no valor de R$ 1.600
dia/leito ocupado. A média do custo de um leito de UTI é R$ 3 mil/dia. Essa
habilitação do leito para receber recurso de custeio corresponde somente cerca
de 50% do seu custo efetivo. Significa que todos os estados e municípios com
leitos em funcionamento vão ter que arcar com o restante dos recursos.
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