O plano
gradual de reabertura da economia de São Paulo que deverá ser anunciado na
próxima quarta-feira (22) pelo governo do Estado começará a ser implementado só
a partir de 11 de maio. Até lá, esclarece o governador João Doria Jr., não muda
nada em relação ao que pode ou não funcionar no estado. “A quarentena será
mantida exatamente como está, até 10 de maio. Após 10 de maio, poderá ser
flexibilizada, se a medicina indicar e as pessoas respeitarem o índice de
isolamento médio de 50% em todo o estado”, disse o governador.
As medidas
devem começar em cidades grandes do interior, como Araçatuba, Presidente
Prudente, que não são próximas à capital.
Quando a
quarentena foi prorrogada, na semana passada, o comitê de gestão da crise da
covid-19 passou a se debruçar sobre um plano para estabelecer quais setores e
quais regiões do Estado de São Paulo poderão voltar a funcionar gradativamente
antes.
Isso vai
depender da utilização de leitos hospitalares, sobretudo de UTI, sua comparação
com a demanda da região e o grau de urgência e segurança para reabrir cada
setor. “Tudo será feito gradualmente e sempre respeitando a ciência”, ponderou
Doria, diante de certo frissom causado por manchetes que dão conta da
reabertura gradual da economia paulista.
Aliados do governador admitem que, caso o número de casos cresça muito nas próximas semanas, mesmo essa abertura gradual pode ser postergada. Nesta terça-feira, SP atingiu a marca de 1.093 vítimas letais da Covid-19.
Contra o
governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Tuca Andrada causou
polêmica com uma montagem feita no Instagram. O ator da Globo deu a entender
que o “capitão” terminaria na guilhotina por causa de suas declarações e
postura polêmicas no comando do país.
“A
Constituição sou eu!”, diz o personagem, cabeludo, com vestes da época
imperial, com o rosto de Bolsonaro. Logo abaixo, o médico Dráuzio Varella,
lembrando um meme criado pela web, supostamente fala: “Que falta faz uma
guilhotina, né minha filha?”, perguntou.
O famoso fez
referência ao discurso do Chefe do Executivo na última segunda-feira (20),
feito para os jornalistas na entrada do Palácio da Alvorada, um dia após ter
participado de manifestações que pediam intervenção militar, a volta do AI-5 e
o fechamento do Congresso Nacional e do STF.
Mesmo com a
declaração polêmica, internautas concordaram com a manifestação do ator de Amor
de Mãe. “Que falta mesmo”, declarou um. “O melhor me eque já vi até agora”,
admitiu outro.
Um terceiro debochou da situação. “Adorava as aulas a respeito de Revolução Francesa. Aguarde a linda guilhotina, Bozo!”, provocou. “Só falta dizer que é um deus. Letra minúscula mesmo porque maiúscula ele não ousaria”, alfinetou mais uma.
As colunas
sociais dizem que Bárbara Cunha, filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
(MDB), preso pela Lava Jato em Curitiba, se mantém discreta nas redes sociais.
Na quarentena, porém, a jovem, que costuma publicar poemas na internet, mudou
um pouco o perfil.
Em registro feito nesta terça-feira (21/04), Bárbara cobre o seio com uma mão e deixa como legenda uma frase em inglês cuja tradução é: “Nunca confie em uma mulher com esmalte lascado”.
Em outra postagem feita durante a quarentena, a filha do político fluminense publicou uma cena de quando era possível sair sem preocupação com o coronavírus.
Deputados e
senadores petistas estiveram reunidos nesta terça-feira (21) com o
ex-presidente Lula e com o candidato à presidência da República pelo partido em
2018, Fernando Haddad. Do encontro, saiu a definição de que a bancada do PT no
Congresso Nacional vai subir o tom e endossar os pedidos de “fora, Bolsonaro”.
Após a
reunião, os principais líderes do partido no Congresso fizeram uma transmissão
ao vivo comentando a estratégia da legenda.
Segundo a
deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, “o governo que está
aí não tem condições de coordenação política, não tem propostas para proteger o
povo e a vida e não tem proposta para a economia quando a pandemia passar”.
“A bancada,
diante da avaliação do quadro, está tirando como sugestão ao diretório nacional
e à direção que a gente tem que elevar o tom e dizer que com esse governo não
dá e, portanto, é fora. Bolsonaro”, afirmou Gleisi.
Nos mais de
30 minutos de conversa, entretanto, os petistas não citaram a palavra
impeachment e não detalharam como pretendem defender a saída de Bolsonaro do
cargo, se cobrando a renúncia, pedindo impeachment ou por meio de ações
judiciais.
Ênio Verri,
líder do partido na Câmara, fez coro à fala de Gleisi e disse que “a bancada
entende que é hora de dar o basta e dar o grito de fora, Bolsonaro”.
Carlos
Zaratini, líder da minoria no Congresso, afirmou que “Bolsonaro quer um golpe
de direita, quer fechar o Congresso, o STF e quer impedir a democracia no nosso
país”. Segundo ele, diante disso, o PT decidiu empunhar a palavra de ordem
“fora, Bolsonaro”.
Ao não definir uma estratégia além da palavra de ordem, o PT ainda deixa aberta a discussão sobre pedir ou não o impeachment de Bolsonaro. Mesmo na oposição, há quem discorde dessa estratégia por avaliar que a abertura de um processo de impedimento poderia levar à reorganização da base bolsonarista, o que traria muito desgaste e o eventual fortalecimento político do presidente.
O ex-deputado e ex-vice governador do Pará Gerson Peres morreu aos 88 anos em decorrência de infecção da Covid-19 na manhã desta terça-feira (21) em Belém (PA). As informações são do Diário Online. Gerson estava internado há uma semana em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Adventista de Belém. O político além de ter a idade avançada era hipertenso, o que pode ter contribuído para o agravamento da doença.
A Secretaria
Municipal de Saúde de Natal informou, nesta terça-feira (21), que os novos
exames realizados na mãe do bebê falecido em decorrência da Covid-19 em Natal
deram negativo para doença. Esse procedimento, realizado por meio da sorologia,
pretendia detectar os anticorpos para a doença. O recém-nascido tinha apenas 4
dias de vida quando veio a óbito no hospital Santa Catarina, na capital
potiguar, no dia 7 de abril. Ele nasceu prematuro e com insuficiência
respiratória.
Em
entrevista coletiva nesta terça-feira (21), o secretário adjunto de saúde do
Rio Grande do Norte, Petrônio Spinelli, comentou o caso. “Quando a gente tem
todos esses exames negativos, então significa que, de fato, é quase impossível
a mãe ter coronavírus”, disse. Diante do novo resultado, levanta-se novamente a
hipótese da contaminação de algum profissional de saúde ou, ainda, a
possibilidade da contaminação de lâminas na realização do exame que atestou a
Covid-19 na criança.
“As linhas
de raciocínio de investigação mantiveram, desde o início, as várias
possibilidades. Essa hipótese de contaminação durante o exame é muito remota.
Falhas humanas podem acontecer, mas neste caso é improvável que isso tenha
ocorrido, porque existe toda uma metodologia e uma equipe de profissionais
especializados que trabalham com esses exames. É importante também dizer que
boa parte das pessoas que contaminam não têm sintomas”, disse Spinelli. “Esse é
um caso muito importante para esclarecimento. E não é só pelo caso em si, mas
pelo impacto que isso tem na lógica do estudo e na percepção da contaminação da
doença”, reforçou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que “a Vigilância Epidemiológica de Natal seguirá junto com o hospital onde a paciente foi atendida com novos procedimentos de investigação”.
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) apresentou balanço dos números dos casos com a Covid-19 até às 14h desta terça-feira (21). Dos 312 casos confirmados, 18 estão internados, 68 em quarenta domiciliar, 7 vieram a óbito e 219 estão curados, ou seja, liberados da quarentena domiciliar.
“De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, um paciente sintomático deve permanecer em quarentena por 14 dias. Após esse período, o isolamento pode ser interrompido se não apresentar mais nenhum sintoma. Se o paciente permanecer sintomático, deve manter o isolamento até 72h após os sintomas desaparecerem”, esclarece Juliana Araújo, diretora do Departamento de Vigilância da SMS.
Após reunião virtual com a governadora Fátima Bezerra, nesta terça-feira, lideranças do setor empresarial potiguar anunciaram, em Nota, que não querem a prorrogação do atual decreto estadual, que impõe o isolamento social e determina o fechamento de lojas até a próxima quinta-feira.
A proposta dos presidentes da Fecomércio-RN e FCDL-RN, Marcelo Queiroz e Afrânio Miranda, respectivamente, é que o governo flexibilize as medidas, tomando como ponto de partida a retomada da possibilidade de que os estabelecimentos comerciais possam voltar a funcionar, desde que não utilizem sistema de ar condicionado central, conforme já era possível nos dezenove primeiros dias de quarentena.
Em Nota, a
Fecomércio-RN e FCDL-RN justificam tal posicionamento, diante do cenário de
extrema dificuldade que o mundo inteiro atravessa, onde defendem o bom senso,
equilíbrio e responsabilidade durante a análise dos assuntos envolvidos na
crise (que é de saúde e econômica) e, principalmente, das eventuais tomadas de
decisões.
Ainda em
Nota, o segmento observa que tal entendimento toma por base a análise de
números e indicadores variados levantados por suas equipes técnicas:
– Desde o dia 12 de março, quando foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no RN, e o dia 19 de abril, tivemos no Estado um total de 561 pessoas infectadas, com 27 óbitos. Estes números nos permitem dizer, entre outras coisas, que tivemos uma média de 14 novos casos por dia; que estamos com uma taxa de infecção de nossa população de 0,0164%; e que temos uma taxa de mortalidade de 4,81% dos infectados. Todos estes indicadores estão bastante abaixo das médias nacional e, sobretudo, daquelas registradas nos países onde o vírus foi mais devastador.
– Tínhamos no estado, em 19 de abril de 2020, cerca de 22% dos leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19 ocupados. Isto quer dizer que há 78% de vacância destes leitos. Há, ainda temos outras 75 novas vagas sendo implantadas nos próximos dias, o que fará com este nível de ocupação fique na casa dos 12,7%. Tal nível de ocupação nos dá uma situação bastante positiva, sobretudo se considerarmos que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cenário de tranquilidade em relação à disponibilidade de UTIs pode ser assim definido quando países, estados ou municípios têm, disponível, mais de 50% de sua capacidade de leitos de tratamento intensivo.
– O setor de Comércio e Serviços (responsável por cerca de 65% do ICMS recolhido no estado), vem sofrendo fortemente com a obrigatoriedade de fechamento daqueles segmentos considerados não essenciais e com a queda de vendas provocada pela imposição às pessoas de que permaneçam em casa. Para se ter uma ideia do problema, temos registro de quedas de até 92% no faturamento de segmentos que estão fechados (caso do segmento de turismo e transportes) e de até 49% mesmo entre os que estão abertos (situação dos postos de gasolina).
– Além disso, estão hoje fechados, em virtude do novo Decreto Estadual, publicado no dia 8 de abril de 2020, algo em torno de 46 mil estabelecimentos comerciais (considerando apenas e tão somente o comércio varejista) que estão entre os segmentos que não se enquadram como essenciais. Juntos, estes estabelecimentos empregam mais de 54 mil potiguares, direta e formalmente, e pagam cerca de R$ 67 milhões em salários. Números portentosos que têm um peso considerável no equilíbrio econômico de nosso estado, em vários aspectos.
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