A enfermeira Daniela Trezzi, 34, cometeu suicídio na Itália
após receber diagnóstico do novo coronavírus.
Ela temia contaminar outros pacientes e trabalhava sob forte
estresse, segundo a Fnopi (Federação Nacional de Enfermeiros da Itália).
Daniela atuava no setor de cuidados intensivos no hospital
San Gerardo, em Monza, próximo a Milão, em uma das regiões mais afetadas pela
pandemia na Itália.
Ela estava afastada, em casa, desde o dia 10 de março, após
receber o diagnóstico de Covid-19, segundo a federação, que comunicou a morte
de Daniela na terça (24).
Em uma nota em seu site, a entidade ressaltou que os
enfermeiros italianos estão sob pressão, por medo de infectar outras pessoas ao
lidar diariamente com pacientes contaminados e pelo excesso de trabalho.
“Esse terrível episódio, infelizmente, não é o primeiro
desde o início da emergência com a Covid-19. Um caso semelhante ocorreu há uma
semana em Veneza”, aponta a Fnopi.
A Itália é o país que registra mais mortes por coronavírus
no mundo. Foram ao menos 7.503, segundo os dados mais recentes. O país soma
quase 75 mil casos confirmados.
Apenas a China teve mais ocorrências, com 81,7 mil.
O mundo
produz comida suficiente para alimentar seus quase 7 bilhões de habitantes, mas
a cada dia um bilhão de homens, mulheres e crianças vão dormir com fome,
informa a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).
A FICV apresentou seu relatório sobre desastres mundiais, que analisa as causas da fome e localiza este problema principalmente em áreas rurais da África Subsaaariana e na região da Ásia Pacífico, embora o número de famintos nas cidades esteja crescendo.
O documento, publicado em 2011, adverte que os países ricos também não escapam à fome e que é improvável que se alcance o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estipulados pela onU, que seria reduzir pela metade o número de pessoas que passam fome e vivem na extrema pobreza.
A Cruz
Vermelha destaca o desequilíbrio que existe no mundo, onde um bilhão de
pessoas em situação de desnutrição crônica convivem com 1,5 bilhão de pessoas
sobrealimentadas.
As crianças
são os principais afetados pela distribuição deficiente dos recursos, com 9
milhões de mortes anuais antes de alcançar os cinco anos de idade.
Atualmente,
178 milhões de crianças na faixa de idade entre zero e cinco anos sofrem
problemas de crescimento por uma deficiência na alimentação, um problema que
começa no seio materno causando a metade das mortes de crianças menores de dois
anos.
O relatório
afirma que as causas da fome e desnutrição são complexas e incluem desde a fala
de investimento agrícola até a mudança climática, passando pela inconstância
nos preços dos combustíveis e a especulação com as matérias-primas.
‘Mas uma das
causas mais nocivas é a discriminação de gênero. Se estima que 60% das pessoas
desnutridas no mundo sejam mulheres, e em alguns países as meninas têm o dobro
de probabilidade que os meninos de morrer por causa da desnutrição e de doenças
infantis que poderiam ser prevenidas’, acrescenta.
A FICV pede
aos Governos que desenvolvam planos de ação para enfrentar este grave problema
e substituir o esquema de ajuda alimentícia pelo de transferência de capital,
que poderia potencializar a criação de empregos e a geração de renda.
De acordo
com o documento, a população mais vulnerável deve ter tratamento prioritário,
ou seja, os menores de cinco anos e as mulheres grávidas. O relatório reconhece
também que aumentar os recursos não é suficiente ‘devido à corrupção e ao desperdício,
algo que é mais recorrente em governos agrícolas’.
Desesperados
com a situação de fechamento dos estabelecimentos, os donos de bares e
restaurantes fizeram um apelo a bancos brasileiros para que concedam créditos e
condições de pagamentos especiais do setor, um dos mais afetados pelo
distanciamento social e determinações de diversos estados e municípios para o
fechamento dos salões como medida de evitar a transmissão do novo coronavírus. Em uma carta entregue a instituições
financeiras nesta quinta-feira, 26, durante uma reunião dos setores, a
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirma que, sem ajuda
financeira, cerca de seis milhões de pessoas que trabalham no setor podem
perder os empregos.
“Vocês estão
vendo alguém levantar um brinde e mandar uma porção de fritas de cortesia à sua
mesa? Não. Ninguém está fazendo isto. Estamos levando nossos chapéus até vocês.
Estendendo o pires. A canequinha surrada. Hoje não temos nada a comemorar.
Estamos em terra arrasada”, diz um trecho do documento.
O pedido dos
donos dos estabelecimentos é crédito para capital de giro com taxas próximas da
Selic (que está em 3,75% ao ano), carência de um ano para início do pagamento e
com longos prazos de pagamento, garantia pelo Fundo Garantidor de Crédito pelo
governo e renegociação de operações já contratadas. “Shoppings e bancos são
setores econômicos que se deram bem com bares e restaurantes nos últimos anos.
Eu acho que eles têm que entender a palavra certa para este momento é
solidariedade. Se esse setor quebrar, será ruim para todos, inclusive
fornecedores, governo e bancos”, afirma Percival Maricato, presidente da
Abrasel-SP, a Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo.
A justificativa dos empresários é que o setor é fundamental para a economia. Segundo o texto, sem a ajuda dos bancos, grande parte dos estabelecimentos devem fechar as portas em definitivo. “O comércio da alimentação que faz a fama de São Paulo, e contribui com a produção e consumo de milhares de produtos da agricultura, de produtores artesanais e das grandes indústrias presentes na maior economia do país e da América do Sul, deixará de colaborar com os balanços exuberantes de vocês”, diz outro trecho da carta, com duras críticas aos bancos.
Com as medidas de isolamento, muitos estabelecimentos ainda funcionam em sistema de delivery, mas mesmo assim, a conta não fecha para pagar fornecedores e funcionários no fim do mês.
A governadora Fátima Bezerra desmentiu nesta quinta-feira, em suas redes sociais, o boato que anda circulando pelo WhatsApp, dando conta de que o Governo do RN pretende reduzir pela metade o salários de servidores públicos, tantos civis, quanto militares. A fake news vem com link idêntico ao G1RN, mas com título em caixa alta (maiúsculo).
Após
reunião, proprietários de estabelecimentos comerciais no Alecrim, maior
comércio popular de Natal, decidiram abrir suas lojas na próxima segunda-feira,
contrariando o período de quarentena pelo coronavírus, decretado no último dia
24 pela governadora Fátima Bezerra. Entretanto, o comércio funcionará em
horário reduzido e todas as normas de prevenção ao contágio do COVID serão
adotadas pelos funcionários.
Segundo a
Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), o horário será entre às
8h e 14h (segunda a sábado) e das 8h às 13h (sábado).
Os empresários não ligarão os aparelhos de ar condicionado em seus comércios, não permitirão que funcionários que estejam em grupo de riscos trabalhem e seguirão as normas de prevenção previstas no Decreto do Governo do RN.
Nota da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim sobre a reabertura de lojas no Alecrim:
FUNCIONAMENTO DAS LOJAS DO ALECRIM A PARTIR DA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, 30 DE MARÇO
Considerando que o DECRETO Nº 29.556 do Governo do Estado, determinou no seu artigo 2º a suspensão do funcionamento de qualquer loja e atividade comercial que possua sistema artificial de circulação de ar, excetuando-se aquelas destinadas à comercialização de alimentos, medicamentos e de atividades essenciais; Que os estabelecimentos autorizados a funcionar, deverão adotar medidas de proteção aos seus funcionários e clientes, sendo obrigatória a colocação de anteparo de proteção aos caixas e embaladores, bem como a organização das filas, obedecendo a distância mínima de 1,5m entre os clientes.
Considerando que o Alecrim é o bairro com maior concentração de empresas, onde se encontra de tudo para atender a população, e, que a maioria dessas empresas se enquadram nas normas de funcionamento estabelecidas pelo DECRETO Nº 29.556;
Considerando, que no momento, as empresas vem funcionando em horários diferentes, sendo importante e fundamental a uniformização dos horários para facilitar a vida dos consumidores;
Considerando que o funcionamento das empresas em horário reduzido, sem a presença dos funcionários do grupo de risco – pessoas acima de 60 anos e portadoras de doenças que afetam o sistema imunológico – irá permitir o atendimento à população que busca adquirir bens e serviços;
Considerando que o funcionamento das empresas vai permitir a retomada das vendas, e, com isso, garantir o fluxo de recursos financeiros para viabilizar o pagamento de empregados e seus compromissos;
A AEBA (Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim) vem propor que os estabelecimentos de qualquer atividade comercial, enquadrados nas exigências de funcionamento do DECRETO Nº 29.556, passem a funcionar a partir da próxima segunda feira, no seguinte horário: 8:00h às 14:00h de segunda à sexta-feira, e no sábado, das 8:00h às 13:00h.
A Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte, criada em sessão extraordinária, na última
sexta-feira (20), vem trabalhando constantemente na fiscalização e
implementação de medidas de combate à doença COVID-19, que vem se alastrando
rapidamente pelo mundo, desde dezembro do ano passado.
Composta pelos deputados Francisco do PT, Sandro Pimentel
(PSOL), Dr. Bernardo (Avante), Kelps Lima (SDD), Getúlio Rêgo (DEM) e Tomba
Farias (PSDB), a comissão tem por funções o acompanhamento e a fiscalização das
ações do Governo do RN referentes ao decreto de calamidade pública, bem como o
encaminhamento de Projetos de Lei ao Legislativo Estadual.
Nesse sentido, Francisco do PT relembrou a importância do
abastecimento de água potável em todo o Estado, como grande aliado no
enfrentamento da pandemia, e citou projetos importantes que deveriam ser
retomados no RN, como as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco e
a retomada do programa “Águas do RN”, que pretende construir novas adutoras e
integrar as existentes, para o equacionamento do abastecimento humano.
Francisco do PT também propôs que os 500 mil reais em
emendas doados por ele, no final do ano passado, para a Saúde do RN, sejam
remanejados para o combate ao Coronavírus.
O deputado encaminhou, ainda, ofícios: ao Banco Central,
solicitando a suspensão automática, por 90 dias, de todos os empréstimos e
financiamentos bancários, de todas as instituições, com remanejamento das
parcelas para o fim do contrato; ao Ministério da Economia, requerendo a
liberação imediata dos saldos de FGTS no limite de R$ 6.101,06; e ao Governo do
Estado, para negociar a suspensão da cobrança dos empréstimos consignados do
Banco do Brasil pelo prazo de 90 dias, com o remanejamento das parcelas para o
final do contrato.
Já o deputado Sandro Pimentel (PSOL) vai protocolar um projeto
de lei que proíbe as concessionárias de serviço público de aumentar e suspender
os fornecimentos de água, energia, gás e transporte coletivo, durante o estado
de calamidade pública reconhecido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do
Norte.
Segundo o parlamentar, “o intuito do projeto é minimizar os
impactos da crise do Coronavírus no orçamento familiar e garantir que as
pessoas possam ter cuidados básicos de higiene, como a utilização da água
encanada, por exemplo”.
De acordo com o texto do projeto, ainda que haja atraso no
pagamento das faturas, as empresas não poderão interromper os serviços. E, após
o final da crise, o pagamento das dívidas será negociado, ficando vedada a
cobrança de juros e multa por atraso.
Outra iniciativa de Sandro Pimentel foi a disponibilização
dos seus canais de comunicação para que os trabalhadores de serviços não
essenciais denunciem seus empregadores em caso de obrigatoriedade indevida de
comparecer ao trabalho, ou seja, desrespeito à quarentena.
“Os funcionários que precisam trabalhar em serviços
essenciais, mas não estão recebendo equipamentos de proteção individual, por
exemplo, também podem fazer sua denúncia através das redes sociais do nosso
mandato”, explicou Sandro.
Também membro da Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus, o
deputado Dr. Bernardo (Avante) propôs a contratação do Hospital São Luiz, em
Mossoró, para tratar dos casos relacionados ao Coronavírus, no Oeste Potiguar.
Após articulações junto aos Executivos estadual e municipal,
Dr. Bernardo informou, na última quarta-feira (25), numa rede social, que “o
Governo do Estado manifestou interesse e avançou com a diretoria do Hospital
São Luiz”.
“Aguardamos a concretização desta iniciativa. Parceria pela
saúde de milhares de potiguares residentes no interior, em meio à pandemia”,
concluiu.
O deputado Kelps Lima (SDD), também preocupado com a questão
da COVID-19 no Estado, enviou ao Executivo três sugestões de medidas para
auxiliar no enfrentamento da doença e para evitar o colapso da economia do RN.
Primeiramente, o deputado pediu que fosse feita uma
avaliação acerca de aproximadamente 67 produtos ligados à prevenção do
Coronavírus, como luvas e álcool em gel, para que se estudasse a possibilidade
de redução ou isenção de impostos sobre tais insumos.
“Em segundo lugar, eu peço que o governo, as prefeituras e a
Assembleia Legislativa ativem seus Procons, para que eles fiscalizem e evitem
que oportunistas aumentem em demasia os preços dos produtos que ajudam na
prevenção do vírus. É preciso que haja uma força-tarefa fiscalizatória, a fim
de que essas pessoas sejam multadas. Não se pode admitir que a ganância se
sobreponha à Saúde Pública”, detalhou Kelps.
A terceira sugestão do parlamentar foi que a governadora
formasse um conselho, juntamente com o empresariado do Estado, para discutir
medidas que evitem – ou minimizem – uma crise na economia do RN.
“Muita gente vai ficar desempregada ou sem renda, como é o
caso dos informais. Os ambulantes que trabalham em Ponta Negra, por exemplo,
perderam sua clientela da praia e de eventos, como jogos de futebol, shows,
boates, missas. Então é necessário chamar as entidades econômicas para discutir
quais medidas podem atenuar esses impactos. E, em sendo necessária aprovação do
Parlamento, a gente se apresentaria a qualquer hora do dia ou da noite,
imediatamente, para votar”, comprometeu-se o deputado.
Os parlamentares Getúlio Rêgo (DEM) e Tomba Farias (PSDB)
também continuam engajados no combate à pandemia, com a apresentação de
projetos de lei e requerimentos, assim como através de mensagens informativas
em seus canais de comunicação com a população.
A Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus da Assembleia
Legislativa do RN continua em atividade por tempo indeterminado.
Com a alta demanda para a campanha de vacinação contra a
Influenza no Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública
(Sesap) espera receber, até sexta-feira (27), o terceiro lote de vacinas contra
a gripe. De acordo com o Governo, o envio será feito pelo Ministério da Saúde
e, após o recebimento, a secretaria distribuirá as doses para as regionais
municipais de saúde que, por sua vez, encaminham aos municípios.
Este ano, no Estado, a previsão é de que 1.108.180 pessoas
sejam vacinadas. Para isso, conforme explicou o Governo, o Ministério da Saúde
deve enviar um total de 1.214.800 doses, que garantirão a vacinação de 100% do
público-alvo para a campanha e também para suprir as possíveis perdas que
possam a vir acontecer no decorrer do processo (perda técnica e física do imunobiológico).
Até o dia 25 de março, o RN recebeu duas das 14 remessas previstas para entrega do imunobiológico. Com isso, um total de 275.080 doses deu entrada na Rede de Frio Estadual, o que corresponde a 22,6% da quantidade a ser recebida até o final da campanha, em 22 de maio.
O deputado Ubaldo Fernandes (PL) se pronunciou, através
de suas redes sociais, a favor de que parte dos recursos do Fundo Eleitoral
sejam remanejados para o Ministério da Saúde e aplicados em ações de combate e
prevenção ao Coronavírus. Atualmente orçado em R$ 2 bilhões, o Fundo Eleitoral
concentra verbas repassadas pelo Tesouro Nacional para apoio às candidaturas.
“A situação nos hospitais brasileiros deve se
complicar ainda mais com a disseminação do Coronavírus. Com os recursos
advindos do Fundo Eleitoral, poderemos investir na ampliação dos leitos de UTI,
na compra de respiradores e testes para a população”, disse Ubaldo
Fernandes.
O deputado também se mostrou favorável à ideia proposta
pelo colega médico e deputado Vivaldo Costa (PSD), para que todos os
parlamentares remanejem verbas de suas emendas impositivas no orçamento, para a
compra de respiradores e outros insumos.
“Se cada um de nós, deputados estaduais, remanejar
R$ 500 mil, conseguiríamos o montante de R$ 12 milhões para serem direcionados
para a Secretaria de Saúde Pública do Estado e investidos na compra dos
respiradores e outros materiais necessários ao controle da pandemia”,
explicou o deputado Ubaldo. De acordo com o Vivaldo Costa, os R$ 12 milhões
seriam suficientes para comprar 230 respiradores.
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