O empresário
Silvio Bezerra lança campanha para arrecadar dinheiro para aquisição de aparelhos
de respiração assistida para hospitais, no tocante ao enfrentamento da pandemia
do coronavírus.
Segundo Silvio, qualquer valor é importante, pois a ideia é comprar pelo menos 16 aparelhos para ventilação controlada nas UTIs, que estão disponíveis na fábrica para pronta-entrega. “A campanha é verdadeira e conto muito com o apoio de todos. Vamos para frente que a luta está começando agora”.
Evitar o gasto com eleições neste ano em razão da pandemia
de covid-19 e ainda unificar as eleições federais, estaduais e municipais. Essa
é a proposta do senador Major Olímpio (PSL-SP), que informou nesta sexta-feira (20)
o envio de um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o adiamento
das eleições municipais de 2020. Ele também deve apresentar uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) para determinar a coincidência das eleições.
— Faltam menos de 200 dias para as eleições municipais e,
com essa crise de saúde pública, que nós esperamos que serene o mais rápido
possível, a administração pública tem que se planejar. Não acredito que nós
tenhamos tempo para campanhas eleitorais — afirmou o senador nesta sexta-feira
(20).
De acordo com Major Olímpio, a intenção é prorrogar os
mandatos dos atuais prefeitos e vereadores até 2022, mantendo a impossibilidade
de reeleição para os prefeitos que já estão no segundo mandato consecutivo. Com
isso, as eleições para todos os cargos ficariam coincidentes, a cada quatro
anos. A economia esperada, segundo o senador é de R$ 1,5 bilhão, além de
recursos do fundo eleitoral.
— Não vai baratear só neste momento, em que poderemos
pegar mais R$ 1,5 bilhão e levar para a saúde pública. Serão permanentemente
eleições gerais de quatro em quatro anos. Isso significa economia e, neste
momento, emergência, necessidade — explicou.
Em entrevistas publicadas nesta sexta-feira, o
vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto
Barroso, disse que não há motivos para adiar as eleições, que neste ano estão
marcadas para 4 de outubro, com segundo turno em 25 de outubro. Barroso afirmou
ainda que só se deve cogitar o adiamento de um pleito diante da absoluta impossibilidade
de sua realização. O ministro vai assumir a presidência do TSE em maio, em
substituição à atual ocupante do cargo, ministra Rosa Weber.
PEC
Para que a PEC seja apresentada, Major Olímpio precisa
colher assinaturas de mais 26 parlamentares, o que pode não acontecer
rapidamente, já que os trabalhos do Senado estão sendo feitos de forma remota,
sem a presença dos parlamentares na Casa. Além da proposta que o senador
pretende apresentar, há outras PECs em análise no Senado que pedem a unificação
das eleições federais, estaduais e municipais.
A mais recente delas é a PEC 143/2019, do senador Luiz do
Carmo (MDB-GO), que altera a duração do mandato dos prefeitos e vereadores
eleitos em 2020 para viabilizar a coincidência geral dos mandatos a partir de 2026.
A ideia é semelhante à da PEC 123/2019, do senador Marcelo Castro (MDB-PI). As
duas propostas estão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e têm como
relator o senador Marcos Rogério (DEM-RO).
Crise do coronavírus
No pronunciamento feito na sessão virtual desta sexta-feira
(20), Olímpio também parabenizou o governo federal pela condução da crise
causada pela pandemia de covid-19, especialmente os ministros da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, e da Economia, Paulo Guedes, pelos esforços empreendidos para
tirar o país da crise global. Ele ressaltou que “todos somos o povo brasileiro
e precisamos sair dessa juntos”.
— Estão com olheiras, estão dormindo três, quatro horas
por noite, mas estão dizendo para os investidores nacionais e internacionais:
“Acreditem no Brasil! Continuem a perseverar pelo Brasil! Nós vamos sair
dessa!” O Mandetta está dando um show de humildade, de
capacidade. Conquistou toda a área de saúde no Brasil, conquistou a população,
conquistou a imprensa. Deixe o Mandetta trabalhar nisso aí, minha gente, que
vai sair coisa boa para o nosso país — ressaltou Major Olímpio.
A Itália registrou 627 mortes por coronavírus nas últimas 24
horas, informado nesta sexta-feira, um número recorde em um país que já tem um
balanço de 4.000 mortos.
O número total de mortes é de 4.032, em 47.021 infectados. A
Itália representa agora 36,6% de todas as mortes pelo vírus no planeta.
A região da Lombardia, onde os hospitais estão lotados,
continua pagando o preço mais alto, com mais 381 mortes (2.549 no total).
Foram detectados no país cerca de 6.000 novos casos, um
número inédito.
A Itália tem mais de 66 mortos por um milhão de habitantes,
uma proporção que chega a mais de 250 por milhão na Lombardia, principal zona
econômica do país.
O governo italiano ordenou novas medidas restritivas de
contenção para conter a disseminação do novo coronavírus.
O ministro da Saúde, Roberto Speranza, assinou um decreto
para fechar parques, espaços verdes e jardins públicos de 21 a 24 de março em
toda a Itália, uma medida já adotada por vários municípios antes.
Também proibiu esportes ao ar livre e atividades
recreativas, permitindo que as pessoas se exercitem “individualmente,
perto de sua própria casa e respeitando uma distância mínima de um metro de
outras pessoas”.
Governadores das regiões do norte da Itália, as mais ricas
do país e as mais afetadas pela epidemia, pedem ainda mais encerramentos de
atividades econômicas e o destacamento do exército para fazer cumprir as
medidas.
“Infelizmente, ainda hoje os números não estão indo na
direção certa, seja em termos de novas infecções ou mortes”, que estão
aumentando “significativamente”, disse Attilio Fontana, governador da
Lombardia, foco da epidemia na Itália.
Stefano Bonaccini, governador de Emília-Romanha, a segunda região mais afetada da Itália após a Lombardia, proibiu a maioria das atividades ao ar livre na quinta-feira.
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