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Categoria: fevereiro 13, 2020

“Parnamirim está com pelo menos 10 anos de atraso no debate sobre a revisão do Plano Diretor”

PARA AIRENE, ENQUANTO NÃO VEM A REVISÃO DO PLANO DIRETOR, A ABERTURA DA RETOMADA DE CRESCIMENTO SERÁ ATRASADA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Por enquanto não há ainda uma perspectiva concreta de que a revisão do Plano Diretor de Parnamirim entre na agenda dos poderes executivo e legislativo do município, mas algumas correntes e lideranças já defendem que esse debate seja aberto o quanto antes. O Tabelião do Segundo Ofício de Notas da Comarca da cidade, Airene Paiva, é um dos que mais batem nessa tecla e chamam a atenção para a urgência da questão.

“Lá atrás, nós tivemos um período importante de crescimento, uns 10 a 15 anos de ascensão, com foco no desenvolvimento econômico, na expansão imobiliária urbana e industrial. Mas o destino nos fez perder nossa maior referência que era o aeroporto em 2014. De lá para cá a cidade perdeu o prumo e não conseguiu recuperar o que vem perdendo ano a ano. Além do próprio equipamento do aeroporto, perdemos indústrias, serviços e esse hoje é o nosso maior desafio, é urgente. Todos precisamos pensar em como fazer pra nossa cidade retomar o caminho do desenvolvimento e não há como fugir da pauta da revisão do Plano Diretor”, destaca Airene.

Para ele outro ponto que reforça essa necessidade é que a cidade ainda guarda o alinhamento para verticalização da construção civil áreas no entorno do aeroporto como se ele continuasse em franca atividade. O tabelião reforça que o equipamento trazia diversos benefícios, mas em contrapartida mantinha algumas travas com as limitações de altura para prédios em bairros como Centro, Liberdade, Primavera, Jardim Planalto, Cajupiranga e Emaús. Todos com potencial, mas travados.

“Nossa legislação que trata das políticas urbanas já nos dá um norte pra isso com a revisão do Plano Diretor a cada dez anos, as atualizações de questões populacionais, do adensamento das áreas, dos eixos de mobilidade, então o crescimento tem que ser feito nesse foco. Ou seja, a discussão sobre o reordenamento do nosso solo é fundamental já que tínhamos uma vocação pra o setor da construção civil, mas temos esse gargalo que amarra nosso crescimento. O pior é que nossos gestores antigos e atuais poderiam ter evitado isso há anos, quando já se sabia que chegaríamos a esse ponto. Enfim, de um argumento não tenho a menor dúvida, a revisão do Plano Diretor de Parnamirim não pode mais esperar, são mais de 10 anos de atraso”, reforça o tabelião.

Para Airene, enquanto não vem a revisão do Plano Diretor, o poder público de Parnamirim pode se voltar para uma alternativa que pode viabilizar um caminho ao menos para uma abertura dessa retomada de crescimento na cidade. “A maior vocação que Parnamirim dispõe em mãos atualmente é o turismo, com praias exuberantes, mas nenhum incentivo ao setor. Aliás quem atua nesse ramo nunca teve a atenção dos nossos gestores como deveria ter. Precisamos ter um olhar diferente para o nosso turismo, por exemplo, com algumas políticas públicas emergenciais, como por exemplo a criação de incentivos à construção de hotéis”, finaliza.

AIRENE PAIVA

Airene é formado em Direito pela UERN – Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Foi professor da FAL – Faculdade de Natal. É especialista em Direito Registral Imobiliário pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas e é Doutorando em Sociedad Democrática, Estado y Derecho pela Universidad Del País Vasco- UPV – Espanha. É ainda militante do PCdoB há mais de 30 anos, tendo assumido várias funções no Partido em Parnamirim e atualmente é membro da Direção Estadual. Em 2006, ele foi candidato a Deputado Federal.

Prefeitura promove 4º Festival da Ginga na Redinha neste sábado

AO TODO, 16 COMERCIANTES DO MERCADO DA REDINHA, DE BARRACAS E DE RESTAURANTES DA PRAIA PARTICIPARÃO DO CONCURSO. FOTO: DIVULGAÇÃO

Com o objetivo de incrementar a economia e valorizar uma das principais iguarias da culinária potiguar, fortalecendo ainda mais a gastronomia e o turismo na zona Norte, a Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur), promove no próximo sábado (15/02), a partir de 9 horas, o 4º Festival da Ginga, na Praça do Pescador, no bairro da Redinha. A ginga é um peixe de pequeno porte, frito no azeite de dendê e servido tradicionalmente com tapioca.

Ao todo, 16 comerciantes do Mercado da Redinha, de barracas e de restaurantes da praia participarão do concurso gastronômico tendo a ginga como a base dos pratos. A cada edição, a variedade dos pratos aumenta. Tanto é assim que em 2019 o prato vencedor foi a Moqueca de Ginga com Camarão.  Os comerciantes da área já submeteram ao concurso iguarias como coxinha, cuscuz, panqueca e pastel de ginga.

“Este ano, teremos um pavilhão coberto com 120 mesas que vai do Redinha Clube ao Mercado da Redinha. Com isso, proporcionamos mais conforto aos consumidores. Esperamos a presença de mais de 300 pessoas no evento”, calculou o idealizador do Festival e assessor técnico da Setur, Franklin Delano Garcia. Casado com uma portuguesa, ele conta que se inspirou no Festival da Sardinha do Porto e trouxe a ideia para Natal. Na cidade da Região Norte de Portugal, a sardinha é servida com vinho.

Cinco jurados do segmento gastronômico natalense avaliarão os pratos e premiarão os três primeiros colocados. O primeiro lugar será agraciado com um fogão quatro bocas, doação da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL/Natal), o troféu Ginga de Ouro e um certificado de participação. Um forno de micro-ondas será ofertado ao segundo colocado, mais troféu e certificado. Já o terceiro lugar levará para casa um multiprocessador, além de troféu e certificado. “O principal critério de avaliação é a apresentação do prato. A ginga com tapioca é nosso patrimônio imaterial municipal e estadual. Vamos iniciar uma campanha para tornar a iguaria patrimônio nacional”, informou Delano.

O público também será brindado com várias atividades esportivas e de lazer. Nara Costa, Debinha Ramos e Banda do Suvaco serão as atrações musicais que irão animar o público durante o Festival. A Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) vai levar o projeto Viva Natal na Praia para o Festival de Ginga da Redinha. Serão realizadas atividades de ritbox, muay thai, competição de canoagem e voos de parapente e o programa Natal Praia Inclusiva, que oferece o amparo técnico para as pessoas com deficiência que desejam tomar banho de mar.

Também participarão do evento as secretarias de Mobilidade Urbana (STTU), que vai realizar mais uma atividade da Operação Verão 2020, de Saúde (SMS), que vai aferir a pressão arterial dos presentes e distribuirá preservativos, a de Trabalho e Assistência Social (Semtas), Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) e a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana).  

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Grande Natal tem duas praias impróprias para banho

A praia da Redinha e de Pirangi do Sul estão impróprias para banho. É o que aponta o boletim de balneabilidade do programa Água Azul que tem validade até hoje, quinta-feira. Além das praias, a foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, também está imprópria.

A análise é classificada com base na quantidade de coliformes fecais encontrados na água das praias monitoradas e de acordo com o estabelecido em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Ao todo, 33 pontos de banho foram avaliados pelo programa em todo o estado.

O programa Água Azul é realizado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em parceria com Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

A análise é classificada com base na quantidade de coliformes fecais encontrados na água das praias monitoradas

São Paulo em Emergência Climática

A cidade de São Paulo acordou com água vindo de todos os lados: de cima em forma de chuva, de baixo vindo dos rios e bueiros que transbordaram, dos lados, nas vias que iam alagando conforme a água chegava. São Paulo já está diante dos efeitos da Emergência Climática.

Em 24 horas (entre domingo e segunda-feira), choveu o segundo maior volume de água em um mês de fevereiro dos últimos 37 anos, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O aumento da intensidade das chuvas no estado de São Paulo não deveria surpreender. Já era previsto por muitos cientistas que alertam sobre os efeitos do excesso de gases de efeito estufa que nós, humanos, temos jogado na atmosfera, causando o aquecimento global. Agora, estamos apenas diante dos fatos, tendo que lidar com uma nova realidade em nosso cotidiano.

Desde 2009, o estado de São Paulo tem um documento que deveria ser usado para nos preparar para esse cenário, a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Inclusive, o seu texto traz previsões de como serão as chuvas do estado nos próximos anos. Um trecho, citando o climatologista José Marengo aponta: “Segundo os cenários brasileiros, aponta-se maior frequência e intensidade nos eventos extremos de curta duração, associados ao aquecimento global como secas, chuvas intensas, ondas de frio ou de calor, vendavais, furacões, inundações e ressacas”. 

Outro trecho traz: “Consequentemente, haverá o aumento da vulnerabilidade e risco aos impactos à população, aos setores econômicos e à biodiversidade na medida em que a variabilidade climática e a ocorrência de eventos climáticos antes não observados se intensificarem”.

A cidade de São Paulo também tem o seu plano com o mesmo fim. Se as previsões já estavam colocadas no papel há bastante tempo, e documentos do poder público, estudaram e pensaram em como diminuir os efeitos colaterais da chuva, resta saber por que a demora em nossas autoridades em implementá-los.

O estado de Emergência Climática já está dado, é necessário que nossos governantes o reconheçam. Políticas de adaptação a eventos climáticos extremos, junto a políticas de redução de emissões, devem ser prioridades dos nossos líderes e precisam ser colocadas em prática.

Desde 2009, o estado de São Paulo tem um documento que deveria ser usado para nos preparar para esse cenário, a Política Estadual de Mudanças Climáticas

Bolsonaro exclui governadores do Conselho da Amazônia Legal

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (11), em cerimônia no Palácio do Planalto, um decreto para transferir o Conselho Nacional da Amazônia Legal do Ministério do Ambiente para a Vice-presidência.

De acordo com o texto do decreto, divulgado pela Secretaria de Comunicação Social, o conselho será integrado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e por 14 ministros do governo federal.

A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal. No decreto assinado por Bolsonaro, os governadores não integram o conselho.

Mourão afirmou que, mesmo sem compor o conselho, os governadores serão consultados para estabelecer as prioridades para a região.

“O conselho tem a função de integrar e coordenar as políticas em nível federal. Os governadores serão consultados para que estabeleçam suas prioridades”, declarou.

Integram a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

A composição anterior do conselho, estipulada em um decreto de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal

Austrália vive as piores enchentes dos últimos 30 anos

Nos últimos meses a Austrália sofreu com incêndios florestais, agora enfrenta as piores enchentes dos últimos 30 anos.

A chuva, que ajuda a apagar os incêndios, também causa transtorno no estado de Nova Gales do Sul. Dezenas de escolas estão fechadas e muitos moradores precisaram ser resgatados de lugares totalmente alagados.

Perto de Sydney, a maior cidade do país, a chuva e o vento forte provocaram um fenômeno, a água de uma cachoeira subiu ao invés de descer.

Muitos moradores precisaram ser resgatados de lugares totalmente alagados