A aposta de uma inflação mais baixa em 2020 em relação a
2019 estimada tanto pelo Banco Central quanto pelo mercado financeiro começou a
ser confirmada pelo resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de
janeiro. O indicado, considerado a inflação oficial do país, desacelerou para
0,21% em janeiro, depois de registrar alta de 1,15% em dezembro, divulgou nesta
sexta-feira, 7, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
inflação controlada é um dos pontos chaves para que a economia brasileira volte
a crescer – e de maneira sustentável.
O resultado do IPCA é o menor para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Em janeiro de 2019, a taxa havia ficado em 0,32%. Apesar de no acumulado dos últimos doze meses o índice estar em 4,19%, ainda acima da meta do ano, de 4%, o susto de disparada nos preços parece ter ficado para trás. Grande vilã no fim de 2019, a carne, passou de uma alta de 18,06% em dezembro para uma queda de 4,03% no mês passado, trazendo maior previsibilidade ao orçamento do brasileiro.
“Tivemos uma alta muito grande no preço das carnes, nos últimos meses do ano passado, devido às exportações para a China e alta do dólar que restringiram a oferta no mercado interno. Agora, percebemos um recuo natural dos preços, na medida em que a produção vai se restabelecendo para atender ao mercado interno”, avaliou o gerente de Índice de Preços do IBGE, Pedro Kislanov. Alguns cortes, apresentaram queda ainda maior. É o caso do filé mignon (-9,72), patinho (-8,32) e alcatra (-5,89).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou um decreto
de GLO (Lei da Garantia e da Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas
para a proteção do perímetro externo da Penitenciária Federal de Brasília, onde
está preso o chefe máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Camacho,
o Marcola.
O decreto foi publicado no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (7) e assinado por Bolsonaro e pelos ministros Fernando Azevedo
(Defesa) e Augusto Heleno (GSI).
O texto diz que o emprego das Forças Armadas “será
realizado em articulação com as forças de segurança pública competentes e com o
apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional do
Ministério da Justiça e Segurança Pública”.
A GLO foi solicitada pelo ministro Sergio Moro (Justiça e
Segurança Pública) como medida preventiva. Não houve contato com o governo do
Distrito Federal.
“A decisão [decreto assinado] atende a pedido do
Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem caráter preventivo, com o
objetivo de se manter elevado nível de segurança do local onde estão isolados
integrantes de organizações criminosas. A ação dá continuidade a uma série de
medidas preventivas que vêm sendo feitas de forma integrada pelos dois
Ministérios e que terão continuidade”, diz nota divulgada conjuntamente
pelo Ministério da Defesa e da Justiça e
Segurança Pública.
De acordo com os ministérios, a GLO tem validade desta sexta até o dia 6 de maio de 2020.
“Se Lula for para a cadeia, o país vai pegar fogo.” “Quando
Lula for solto, vai incendiar as massas.” Ditas e repetidas por aí, as frases
apocalípticas acima não se materializaram. A mobilização em torno da prisão do
ex-presidente decepcionou quem aguardava uma revolução. Sua libertação tampouco
provocou o barulho esperado. Depois de amargar 580 dias na carceragem, na volta
às ruas, o petista desancou o atual governo, repisou o mantra de que é vítima
de um complô das elites e jurou mais uma vez vingança a Sergio Moro, o
responsável por sua condenação.
Fora os aplausos da claque dos convertidos, os discursos caíram no vazio. No trabalho de articulação política, Lula agora mais desagrega do que une. Antigos aliados reclamam da insistência em priorizar interesses pessoais e os do PT como condição para formar uma frente de oposição a Jair Bolsonaro. Até mesmo dentro da sigla começaram a surgir vozes dissonantes, o que era impensável alguns anos atrás. Resultado: o Lula livre aprisiona hoje a esquerda em uma encruzilhada de difícil solução.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) acatou
uma decisão liminar da Justiça Federal e fez o cadastramento, em Medicina, de
uma estudante que questionou classificação no Sistema Unificado de Seleção
(Sisu). A informação foi confirmada pela instituição, que não deu mais detalhes
sobre o assunto.
O G1 procurou novamente o Ministério da Educação para saber
se foi identificada alguma falha no sistema e se foi constatado, de fato, erro
na classificação da estudante, mas o ministério não respondeu aos
questionamentos.
De acordo com a decisão do juiz Magnus Delgado, da 1ª Vara
Federal de Natal, a candidata comprovou que realizou o Enem 2019 e fez a
inscrição em primeiro opção para o curso de Medicina no campus da UFRN em
Natal, com pontuação maior que a nota de corte (nota do último candidato
aprovado nas vagas de ampla concorrência).
Segundo o processo, com base nos pesos definidos pela UFRN,
o sistema informava que a nota dela era de 769,21 – superior a nota de corte
definida em 768,12. Porém embora tenha apresentado nota superior aos três
últimos candidatos aprovados para o curso de Medicina da UFRN (768,82, 768,58 e
768,12), ela não apareceu na lista de aprovados.
A nota final do candidato é obtida por média ponderada entre
as notas adquiridas no Enem e pelo peso de cada disciplina atribuído pela UFRN
e pelo Sisu. Porém, o juiz afirmou que a autora, teria feito o cálculo e
chegado à conclusão de que sua nota, na verdade, deveria ser menor – com 768,79
pontos. A pontuação, porém, ainda seria suficiente para entrar no curso.
“Isto posto, considerando que o desempenho da autora no Enem 2019 foi superior ao do último candidato aprovado pelo SISU/2020 para ingresso no curso de Medicina da UFRN, dentre as vagas destinadas à ampla concorrência, defiro a liminar requerida para determinar que a UFRN se abstenha de impedir o direito da autora de apresentar a documentação necessária e exigida para ingresso no curso de Medicina/2020, assegurando a sua matrícula no referido curso e, consequentemente, o acesso da autora às aulas de Medicina/2020, até ulterior deliberação deste juízo, inclusive mediante a reserva ou disponibilização de vaga adicional, se necessária”, determinou o magistrado.
Com quatro discos de Diamante, sete de Platina e cinco de
Ouro no Brasil, três de Platina no México, Itália e Chile, além de
certificações em mais oito países, Bruno Martini é uma das atrações confirmadas
da festa Santa Pipa no feriadão da Semana Santa na praia de Pipa, litoral sul
do RN. O DJ é considerado um dos grandes nomes da música eletrônica e o músico
brasileiro mais ouvido e popular do momento, com presença garantida em
festivais como Tomorrowland, Rock in Rio, Beyond Wonderland e Finding
Festivals.
A Santa Pipa promete ser o espaço mais badalado da Semana
Santa na praia de Pipa nos dias 10 e 11 de abril. A festa acontecerá na Reserva
Apora, um espaço com vista panorâmica, em um pedaço de terra próximo a uma
falésia, com toda exuberância natural típica da área. No local será montado
toda a estrutura da festa, com palco, iluminação, decoração, lounges, bares e
foodpark.
Grandes atrações farão parte do line-up de peso. No dia 10
gigantes farão parte da primeira Upclub em Pipa: Bhaskar, Dubdogs, Doksu,
Illusionize, Luke + Alvarez, Mojjo e Swarup. Já no dia 11, além de Bruno
Martini, a festa será com Santti, Matheuzinho, The Otherz, Daniel Pessoa, Pedro
Bernadino e Pri Oliveira. A pré-venda de ingressos começa nesta terça-feira,
dia 21, no site e aplicativo da Bilheteria Digital. Mais informaçõe:
@santa.pipa.
Mais sobre Bruno Martini: A ascensão de Bruno Martini foi
muito rápida. Embora tenha um histórico anterior como músico contratado da
Disney Califórnia e participado do projeto College 11, produzido pela emissora,
foi nos últimos anos que ele viu deslanchar sua atuação como DJ e produtor. Com
vários sucessos no topo das paradas, já fez parcerias com Alok, Timbaland,
Dennis DJ e Vitor Kley. Coleciona grandes sucessos que vieram acompanhados de
importantes conquistas. A faixa With Me, por exemplo, com a participação de
Zeeba, levou Certificado de Ouro. Já a música Hear Me Now, foi contemplada com
o Disco de Diamante, e Never Let Me Go, ganhou Certificado de Platina. Estas
duas últimas contaram com a colaboração de Alok. Vale lembrar que Hear Me Now
se transformou na música feita por brasileiros mais ouvida nos serviços de
streaming em toda a história, acumulando mais de 400 milhões de streams. Essa
faixa abriu caminho para sua carreira internacional de DJ, que já emplacou uma
sequência de sucessos, como Sun Goes Down, Never Let Me Go, Living on the
Outside, With Me, Savages, entre outros. Com quatro Discos de Diamante, sete de
Platina e cinco de Ouro no Brasil, três de Platina no México, Itália e Chile,
além de certificações em mais oito países, Bruno Martini segue se consolidando
como um dos grandes nomes da música eletrônica e continua conquistando milhares
de fãs mundo afora. Ele é um dos principais nomes do cenário musical brasileiro
com sucessos tanto em português quanto em inglês. O DJ e produtor já se
apresentou nos maiores e mais famosos festivais ao redor do mundo, como o Rock
in Rio, Tomorrowland, EDC Las Vegas e o Mysteryland. Martini se apresentou no
mês passado no Tomorrowland 2019, na Bélgica, e animou o público em sua
terceira vez consecutiva no festival.
Profissionais de enfermagem que atuam em equipamentos de
saúde de Natal contarão a partir de agora com um espaço reservado para o seu
descanso.
Proposta pelo vereador Sueldo Medeiros (PHS) e aprovada pela
Câmara Municipal no final do ano passado, a legislação (Lei nº 7.005) foi
sancionada pelo executivo municipal.
A demanda foi discutida com a categoria e visa garantir uma
melhor condição de trabalho para os profissionais de saúde do município.
“Já existem os locais de repouso para os médicos. Estamos
falando de profissionais que passam noites em claro, muitas vezes de um plantão
para o outro, cuidando da saúde da população natalense. Esses espaços servem
para garantir que os profissionais possam recarregar as energias entre uma
atividade e outra”, argumentou o parlamentar.
De acordo com a Lei, os equipamentos de saúde do município
de Natal ficam obrigados a disponibilizar espaços com conforto e salubridade
para os profissionais de enfermagem poderem descansar.
O município terá até 90 dias para adequar as suas unidades
de saúde às exigências da nova legislação.
O grupo SBF, controlador da Centauro (CNTO3) anunciou nessa quinta-feira o início de uma parceria estratégica com a marca de artigos esportivos Nike, tornando-se distribuidora exclusiva de seus produtos no Brasil pelo período inicial de dez anos.
As ações da
varejista saltaram 14,69% no pregão. O Ibovespa caiu 0,72%.
Por R$ 900 milhões, sujeitos a ajuste, a Centauro se
compromete a adquirir a totalidade e de quotas representativas do capital
social da Nike no Brasil, o que exclui direitos sobre propriedade intelectual,
mas inclui capital de giro, estoque e “determinados ativos fiscais”, de acordo
com comunicado ao mercado.
A Nike do Brasil teve receita operacional líquida de
aproximadamente R$ 2 bilhões no exercício encerrado em 31 de maio de 2019. A
transação de R$ 900 milhões será financiada, em parte, por financiamento
contratado pelo Santander, Itaú e Bradesco. Outra parcela será desembolsada
pelo próprio SBF.
Pelo acordo, a Centauro poderá operadora direta e exclusiva
do canal de vendas eletrônico nike.com.br por dez anos e, por cinco anos
renováveis, poderá abrir lojas físicas monobrand. Há 24 lojas Nike Factory
espalhadas pelo país atualmente.
O acordo ainda está sujeito à aprovação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a condições de fechamento dos
ativos a serem adquiridos.
O Ministério
Público Federal (MPF) denunciou, nesta quinta-feira (6), o tenente-coronel da
PM do Rio Grande do Norte André Luis Fernandes e mais onze integrantes de
organização criminosa (Orcrim) responsável pelo contrabando aquaviário de
cigarros do Paraguai para diferentes regiões do país. Também estão entre os
denunciados o policial militar reformado Sildaire Gregório da Silva (“Sid”) e o
cabo da PM/RN Aldenir Garcia Silva (conhecido como “Careca”).
Segundo o MPF, o grupo era dividido em dois núcleos de
atuação. O primeiro operacionalizava o escoamento, escolta e guarda dos
produtos contrabandeados. Já o segundo núcleo realizava as operações
financeiras para ocultar a origem e destino dos recursos. A investigação – com
base em interceptações telefônicas, conversas em aplicativos de mensagens e
planilhas financeiras – revelou a “plena estabilidade, clara divisão de tarefas
e busca de perenidade na atuação da organização criminosa, que se valia do
emprego de armas de fogo, de atuação transnacional e da participação de
servidores públicos.”
Dados obtidos no Inquérito Policial dão a dimensão da
Orcrim: em aproximadamente 18 meses, foram movimentados mais de R$ 16 milhões,
por intermédio de pessoas físicas e jurídicas. Na tentativa de recuperar uma
carga roubada em alto-mar, em 2017, o grupo chegou a alugar um helicóptero. A
organização contava com pessoal armado no acompanhamento de cargas, a falta de
fiscalização nas rodovias e eventual apoio das forças policiais para escoar os
produtos para várias cidades, como Fortaleza/CE, Natal/RN e São Paulo.
Liderança – O MPF aponta que o tenente-coronel Fernandes –
preso pela Operação Níquel em janeiro e inserido no Sistema Penitenciário
Federal – “é o líder e comandante da organização criminosa armada, com total domínio
financeiro e operacional das atividades”. A denúncia comprova que ele “se valia
do próprio efetivo policial do interior do Rio Grande do Norte para blindar sua
organização e evitar que terceiros subtraíssem a mercadoria do grupo”.
Em celular apreendido na residência do tenente-coronel,
conversas em grupo no aplicativo WhatsApp, com participação dos líderes,
revelaram detalhes da operação. Os integrantes “possuíam doutrina de sigilo,
com alertas sobre eventual acesso por parte da polícia do conteúdo das
mensagens trocadas.” Para se blindar de investigações, os membros da Orcrim
evitavam ostentar patrimônio, se esquivavam ou corrompiam a polícia e buscavam
o enfrentamento de criminosos concorrentes.
Outro integrante apontado como líder do grupo é Assaf Elias
Assaf (conhecido como “Gringo” ou “Libanês”). Com base em Foz do Iguaçu/PR, ele
era responsável pelo financiamento e coordenação do fornecimento de cigarros.
Os demais denunciados são: Leonardo Aparecido do Vale, Julierme Rodrigues de
Souza, Thiago Bruno de Queiroz, José Raimundo Correa Moraes (“Pescada”), Tony
Edson Ramos Agostinho Silva, Luciana de Souza Araújo Silva, Jardson da Silva
(“Gago”) e Rameca do Nascimento Silva.
Eles devem responder pelo crime de organização criminosa
armada (Art. 2º da Lei 12.850/2013), com pena de reclusão de três a oito anos,
agravada pelo uso de armas de fogo e envolvimento de funcionários públicos. A
pena do tenente-coronel Fernandes ainda é aumentada pelo papel de liderança da
Orcrim. O grupo também é denunciado pelo crime de contrabando (Art. 334-A do
Código Penal).
A denúncia tramita na 2ª Vara da Justiça Federal no RN, sob
o nº 0800675-70.2020.4.05.8400.
Operação – A organização criminosa passou a ser investigada
com o compartilhamento de provas obtidas pelo Ministério Público do Estado do
RN e pela Força Nacional, no âmbito das operações “Limpidare” e
“Caronte”, que apuram mais de uma centena de mortes violentas em
Ceará-Mirim (RN).
Em janeiro, o grupo foi alvo de sete mandados de prisão
preventiva e 16 de busca e apreensão cumpridos em Natal (RN), São Paulo e
Abaetetuba (PA). Na ocasião, a PF apreendeu cigarros contrabandeados, armas de
fogo, munições e elevada quantia em dinheiro.
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