O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar nesta terça-feira, 14, se é favorável ou não à concessão de subsídio para a conta de luz de templos religiosos. “Estou apanhando e não decidi nada ainda. Eu não sei por que essa gana de dar pancada em mim o tempo todo. Eu assinei o decreto? Então por que essa pancada?”, declarou ao deixar o Palácio da Alvorada. Bolsonaro ainda afirmou que decide “na hora certa”, aos “48 do segundo tempo ou 54” se vai assinar o decreto do auxílio. O texto prevê o pagamento de tarifas no horário de ponta, quando há maior consumo, iguais às cobradas durante o dia, ou seja, mais barata.
Bento XVI não teria aprovado a publicação do livro escrito em conjunto com o cardeal Robert Sarah, no qual o celibato dos sacerdotes é defendido, disseram fontes próximas ao papa emérito a veículos de comunicação.
Uma guerra interna travou-se no Vaticano na noite passada, quando alguns meios de comunicação, incluindo o Corriere della Sera, publicaram uma versão de alguém que não se quis identificar, mas se disse próximo do papa emérito, afirmando que Bento XVI não teria escrito o livro “a quatro mãos” e que se trata de uma operação editorial midiática a que ele é totalmente alheio.
A mesma fonte explicou que o papa emérito “apenas disponibilizou a Sarah um texto sobre o sacerdócio que estava escrevendo” e que “não sabia nada sobre a capa de um livro, nem o aprovara“.
Essas declarações provocaram uma reação dura do cardeal prefeito da Congregação para o Culto Divino, que afirmou no Twitter que acusá-lo de mentir era “difamação de extrema gravidade”.
“Hoje à noite, eu comprovei a minha estreita colaboração com Bento XVI para escrever este texto a favor do celibato. Falarei amanhã, se necessário”, acrescentou Sarah, que publicou as fotos de três cartas que Bento XVI lhe enviou.
As cartas confirmam que o papa emérito enviou um texto sobre o sacerdócio e o autorizou a publicar “da maneira que pretendia”, mas não especificam em nenhum momento se é um livro, com uma introdução e uma conclusão assinada por ambos.
A polêmica no Vaticano surgiu no domingo, 12, quando foi anunciado um novo livro assinado por Bento XVI e Sarah – um dos principais líderes da ala conservadora que critica as posições do papa Francisco -, no qual o celibato é defendido, diante da decisão que terá de ser tomada pelo papa argentino sobre a proposta de ordenar homens casados, feita no Sínodo da Amazônia.
Trechos do livro foram publicados domingo no site do jornal francês Le Fígaro.
A obra, em francês, tem como título “Das profundezas dos nossos corações” (Des profondeurs de nos coeurs) e chegará às livrarias esta semana, enquanto o papa encerra a sua exortação apostólica após o Sínodo da Amazônia. Para muitos, esse é um movimento para pressionar Francisco.
Assim, surgiram novamente acusações de que Ratzinger, 92 anos, que há anos se limita a breves aparições gravadas ou fotografadas por um jornalista ou amigo que o visitou, nas quais quase nunca faz declarações e se percebe que fala com grande dificuldade, pode estar a ser manipulado pela área mais conservadora da Igreja.
Os veículos oficiais do Vaticano limitaram-se a garantir que no livro “os autores expõem as suas intervenções no debate sobre o celibato e a possibilidade de ordenar homens casados” e que Ratzinger e Sarah se definem como dois bispos que mantêm “obediência ao papa Francisco”, de acordo com um artigo do diretor editorial Andrea Tornielli.
O responsável pela assessoria de imprensa, Matteo Bruni, disse que o papa Francisco sempre se opôs à eliminação do celibato, mas não se pronunciou sobre se Ratzinger concordou ou não com a publicação desse volume.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 14, que o governo deve autorizar um novo reajuste para o salário mínimo de 2020, para repor a inflação de 2019. O cálculo do governo que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039 considerou uma inflação mais baixa do que a registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2019 com alta de 4,48%, de acordo com os dados divulgados na semana passada. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%.
A alta no preço da carne teve um peso grande no aumento dos indicadores. Bolsonaro vai se reunir ainda nesta terça com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir o novo valor e como a medida será encaminhada ao Congresso, que ainda precisa votar a Medida Provisória que definiu o primeiro valor do salário mínimo.
“Acho que tem brecha para a gente atender [o reajuste]. A inflação de dezembro foi atípica [com] pico por causa do preço da carne. A ideia é [repor] a inflação, o mínimo, né?! Agora, cada um real [de reajuste] aumenta mais ou menos R$ 300 milhões no orçamento. A barra é pesada. Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, mas tem que recompor”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira.
INSS e reformas
O governo pretende ainda anunciar nesta semana medidas para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com Bolsonaro, uma dessas medidas deve ser a contratação de servidores ou militares da reserva.
“A gente pretende contratar, a lei permite, servidores ou militares da reserva pagando 30% a mais do que eles ganham, para a gente romper essa fila que aumentou muito por ocasião da tramitação da reforma da Previdência”, explicou o presidente.
Sobre as reformas tributária e administrativa que o governo deve enviar esse ano ao Congresso, Bolsonaro disse que está confiante na aprovação, “sem muito atrito” com o Legislativo. “A minha ideia é fazer da melhor maneira possível para que possa ser aprovada sem muito atrito. A economia está recuperando, mas se nós pararmos na reforma [da Previdência] pode perder o que ganhou até agora. O Congresso está bastante consciente disso, acredito que não tenhamos grande dificuldades se apresentarmos boas propostas”, disse.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, reinaugura nesta quarta-feira, 15, a Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica. O mau tempo impediu a chegada de Mourão e das autoridades que vão participar da cerimônia. A informação foi confirmada pela Marinha.
A Estação Comandante Ferraz foi criada em 1984, mas em 2012 sofreu um incêndio de grande proporções. Na ocasião, 2 militares morreram e 70% das suas instalações foram perdidas. O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia.
“(A estação) vai dar melhores condições de trabalho aos nossos pesquisadores, vai manter nossa presença no trabalho que está sendo feito pela comunidade científica internacional, de buscar respostas e avanços no conhecimento, na tecnologia, outras áreas que são pesquisadas lá. Ao mesmo tempo, permite que a Marinha faça um adestramento em termos de logística, em termos de deslocamento em águas, que não são tão tranquilas assim”, afirmou Mourão.
A Classe domiciliar da Casa Durval Paiva inicia uma campanha de arrecadação de material escolar para atender a demanda de início do ano letivo das crianças e adolescentes acolhidas pela instituição, durante o tratamento do câncer e doenças hematológicas crônicas. Em 2019, foram entregues 125 kits escolares.
Lista de material
Quem quiser ajudar, pode doar: estojo de lápis, mochila, coleções de giz de cera, hidrocor e de madeira, massa de modelar, tesoura, cadernos de brochura, de 01, 10 e 12 matérias, réguas de 20 e 30 cm, corretivo, pasta larga transparente, papel celofane, também colas branca, bastão e de isopor. O material poderá ser entregue na Rua Clementino Câmara, 234, Barro Vermelho e ainda no período de 20 a 31/01 na Livraria Câmara Cascudo, da Av. Rio Branco- Cidade Alta.
Para os alunos, o fato de estarem em tratamento não os impede de estudar e construir seu futuro. O atendimento escolar hospitalar/domiciliar não é visto como uma forma de ocupar os pacientes, mas como um direito que eles têm de continuar estudando, mesmo não dispondo dos meios comuns como na escola regular.
A importância especial dada à educação dos alunos na Casa possibilita, através do trabalho desenvolvido pelas classes domiciliar/hospitalar, a promoção do desenvolvimento integral de crianças e adolescentes de diversas faixas etárias, na perspectiva de minimizar as perdas educacionais ocasionadas pelas dificuldades de acesso à escola ou pelo afastamento escolar total/parcial, devido ao tratamento de saúde. O serviço pedagógico proporciona o apoio ao educando durante o tempo que for necessária sua permanência neste atendimento, mediante o contato com a escola regular de origem do aluno e ainda na reinserção deste após a finalização do tratamento.
Em cumprimento a ordens judiciais expedidas pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, a Polícia Federal deflagrou nesta manhã, 14, a Operação NÍQUEL, com objetivo de desarticular uma organização criminosa armada, que se vale da participação de policiais militares para a prática de contrabando de cigarros e outras mercadorias estrangeiras, ação proibida pela lei brasileira. Na ocasião, a PF prendeu o subcomandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI), Tenente-Coronel Fernandes.
O nome do subcomandante, aliás, já conhecido por outras polêmicas. Em dezembro de 2019, coronel Fernandes, saiu no tapa com o também coronel da PM, Silva Júnior.
Política
O Tenente-Coronel Fernandes foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2014, pelo PSD, e 2018, pelo PMB. Em 2016, Coronel Fernandes disputou o cargo de vice-prefeito de Macau pelo PRB.
O Ministério do Turismo avalia a possibilidade de investir no segmento de Turismo sustentável no Brasil. Para isso, na última sexta-feira, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, se reuniu com o arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels e uma comitiva do grupo Be-Nômade. A empresa é responsável pela consolidação de Tulum, na Riviera Maya, no México, como destino sustentável.
Durante a reunião, foi exposto ao grupo o cenário do turismo no país e a diversidade de parques nacionais, inseridos em diferentes biomas brasileiros e que apresentam grande potencial para receber projetos sustentáveis. Atualmente, o Brasil conta com 334 unidades de conservação do tipo, sendo apenas 53 abertas à visitação.
“O Turismo tem um papel crucial na retomada do crescimento econômico, e estamos desenvolvendo medidas nos mais diversos campos – conectividade, infraestrutura, redução do custo Brasil – para garantir que o setor de viagens desenvolva todo o seu potencial e contribua para o desenvolvimento do país”, disse o ministro.
Bjarke Ingels é considerado o arquiteto mais importante da atualidade e tem entre os seus atuais trabalhos a implantação de duas cidades do futuro: uma nas Ilhas Fuji (Japão) e outra na Arábia Saudita. Os desafios do dinamarquês incluem a construção de uma das novas Torres Gêmeas de Nova Iorque e as novas sedes do Google na Califórnia e em Londres.
Na ocasião, Bjarke Ingels apresentou projetos de sua autoria espalhados pelo mundo e que envolvem o conceito sustentável, com foco no respeito aos povos e à cultura local. Ele ressaltou que a rica biodiversidade brasileira e a diversidade cultural habilitam o país a receber um de seus trabalhos.
Setenta e um por cento dos consumidores brasileiros esperam promoções e saldões para adquirir produtos de maior valor, como eletrodomésticos, móveis, celulares, eletrônicos e automóveis, com preços mais em conta. Os dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira sobre práticas de consumo, divulgada nesta terça-feira, 14, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a pesquisa, o percentual daqueles que diziam aguardar saldões para fazer as compras era 64%, em 2013, ante os 71% de 2019.
Entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo, 78% costumam buscar informações sobre garantia e serviços de pós-venda. O percentual diminui à medida que a renda familiar cresce – 69% dos brasileiros de famílias que recebem mais de cinco salários mínimos têm o hábito de pesquisar por esses aspectos antes da compra do item de maior valor.
Na avaliação da CNI, uma possível explicação para o maior interesse das pessoas de renda mais baixa é que elas demoram mais para trocar bens de maior valor. Portanto, se importam mais com os serviços de pós-venda, a fim de garantir que as peças estarão disponíveis durante a vida útil do produto e que haverá mão de obra qualificada para fazer os reparos necessários.
Os números apontam ainda que a quantidade de consumidores que se importa com a garantia e os serviços de pós-venda aumentou de 65%, em 2013, para 74%, em 2019. Os consumidores de renda mais baixa se interessam mais pela garantia e pelos serviços de pós-venda dos bens de maior valor.
Para o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da da entidade, Renato da Fonseca, “Isso mostra toda uma mudança que vem afetando a indústria. Não adianta só entregar o produto, é preciso entregar o serviço do produto. E esse produto tem que funcionar por mais tempo”.
Na avaliação de Renato, com a crise econômica, essa questão ficou ainda mais importante porque os consumidores com dificuldade de renovar o produto estão ainda mais preocupados com a manutenção, com o conserto, com esse serviço. “Essa deve ser uma preocupação que precisa estar à frente das indústrias.O consumidor está mais exigente na qualidade e no preço do produto”, disse.
Pechincha
A pechincha, hábito de pesquisar preços antes de adquirir o produto desejado, é tradição da maioria do consumidor brasileiro, principalmente na compra de bens de maior valor, Segundo a pesquisa, 93% dos consumidores pechincham, enquanto 80% pesquisam as características técnicas desses produtos antes de adquiri-los.
A pesquisa mostra também que 81% dos brasileiros costumam pechinchar na hora das compras, percentual próximo aos 78% observados em 2013. Entre os mais jovens (16 a 24 anos), o hábito de pechinchar é menor – chega a 73%. Outro grupo em que o hábito de pechinchar é menos comum – 70% – é o de consumidores com renda familiar superior a cinco salários mínimos.
Design e propaganda
De acordo com a pesquisada CNI, o preço, a qualidade e a marca do produto são considerados os fatores mais importantes na hora de adquirir o bem de maior valor. Entre os brasileiros com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 39% apontam preço e 57% apontam qualidade entre os dois fatores mais importantes. Esse padrão se inverte para os brasileiros de renda familiar inferior a um salário mínimo: 54% consideram preço e 39% consideram qualidade entre os dois fatores mais importantes.
Em relação aos fatores considerados menos importantes na aquisição de bens de maior valor, 41% dos brasileiros apontam a propaganda, enquanto 27% citam design/aparência entre os dois fatores menos importantes. Novidade/lançamento aparece logo em seguida, assinalado por 23% dos entrevistados como um dos dois fatores menos importantes.
Os homens valorizam a marca e o fabricante dos produtos mais do que as mulheres. Entre eles, 37% apontaram o fator marca/fabricante entre os dois fatores mais importantes, percentual que cai para 31% entre as mulheres. Quanto maior a renda familiar dos brasileiros, mais eles consideram qualidade e menos eles consideram preço entre os fatores mais importantes na compra de bens de maior valor.
A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira sobre o perfil do consumidor ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios, entre 19 e 22 de setembro de 2019.
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