‘BANDAGÁLIA A BORDO’: Gauleses vão fazer festa no Rio Potengi e prometem invadir ruas de Natal em fevereiro
A BandaGália irá fazer a festa no Rio Potengi, no sábado, dia 28 de dezembro, com saída do Iate Clube de Natal. Trata-se da confraria ‘BANDAGÁLIA A BORDO’, que reunirá gauleses e agregados em um final de tarde com direito ao visual panorâmico do por do sol. Segundo o geólogo e ambientalista Eugênio Cunha, um dos fundadores da BandaGália, para participar do evento está sendo cobrada uma taxa de R$ 50,00. “No valor está incluído o encontro, a alegria, a amizade, som ao vivo, a letra das músicas da banda que ensaiaremos durante o percurso, a beleza do rio Potengi e do pôr do sol”, brinca Cunha.
O barco, um catamarã com capacidade para 97 passageiros e 5 tripulantes, dotado de equipamento de segurança para 130 passageiros, zarpará do Iate Clube às 16 horas, retornando às 18 horas, terá a bordo cerveja, refrigerante, gelo, água e tira-gosto.
GÁLIA NAS RUAS
As novidades sobre a BandaGália não param por aí: Eugênio Cunha confirma que os gauleses vão voltar a invadir às ruas de Natal no sábado antes do carnaval, mais precisamente no dia 15 de fevereiro.
Para quem não sabe, a Banda Gália marcou época no carnaval natalense nos anos 80, sendo até hoje sinônimo de irreverencia, alegria e liberdade total de uma geração que ainda pregava a paz & amor e se posicionava contra a ditadura militar.
“No dia 15 de fevereiro de 2020 às 16 horas sairemos às ruas. A concentração será no Bar 294 e o encerramento no Largo do Atheneu. Os gauleses voltam com a sua alegria e irreverência com apoio da Capitania das Artes”, explica Eugênio, que revela ainda que ainda no início de fevereiro será lançado um livro contando a história da banda Gália.
QUE DANADO É BANDAGÁLIA?
As novas gerações não imaginam nem de longe o que foi e ainda é a BandaGália nas lembranças de quem viveu os anos 80 em Natal em sua plenitude.
Recente matéria publicada no jornal Tribuna do Norte, sob a assinatura do repórter Ramon Ribeiro, traduz com certa nitidez o que foi a Gália e os gauleses:
“No início dos anos 80 existiam em Natal os gauleses. Mas se engana quem acha que estamos falando aqui dos celtas do continente europeu. Os gauleses potiguares são uma espécime bem diferente. São filhos da classe-média natalense, alguns professores, médicos, engenheiros, arquitetos, sociólogos, advogados, economistas, poetas, músicos, todos boêmios, farristas calejados, contestadores da Ditadura Militar, mas sobretudo adoradores do carnaval”, diz o texto.
E continua:
– Essa
turma foi responsável por uma das manifestações mais instigantes que essa
cidade já curtiu. Quando o carnaval de Natal vivia a mesmice dos blocos de
elite e dos bailes de clube, eles propuseram algo anárquico, inclusivo,
provocativo, com percurso que incluía desde a Praia dos Artistas, até a Ribeira
e Petrópolis, passando por todo tipo de bar, em becos e passagens como a rua do
Motor. Era uma loucura das boas! E essa loucura atendia pelo nome de BandaGália!
– No entanto, o marco zero dessa loucura não foi o carnaval.
A estreia da lendária banda foi no Sábado de Aleluia de 1981, logo após o
grande blecaute que colocou Natal às escuras por uma semana. No mesmo ano, no
Réveillon, o grupo foi novamente pra rua, sem cordas e com muita irreverência.
E foi sucesso absoluto. Era algo sem precedentes na cidade. A partir dali, a
grande programação da virada de ano na capital potiguar era seguir a folia da
BandaGália até o amanhecer na beira da praia. Afinal, atrás da BandaGália só
não vai quem já morreu.
Para
ler a matéria completa acesse o link http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/minha-a-rea-fundadores-da-bandaga-lia-relembram-lenda-rio-bloco/463147
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