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Categoria: dezembro 2, 2019

Corrida Infantil encerra 3ª edição dos Jogos Paralímpicos de Natal

A CORRIDA ESTÁ INSERIDA NA PROGRAMAÇÃO DOS JOGOS PARALÍMPICOS MUNICIPAIS QUE SÃO PROMOVIDOS PELA PREFEITURA DE NATAL E EM 2019 ATINGIU A SUA TERCEIRA EDIÇÃO (FOTO: MARCO POLO)

Superação de limites, força de vontade e muita emoção. Quem foi à Praça Pedro Velho (Praça Cívica), em Petrópolis, na manhã deste domingo (01), pode acompanhar grandes exemplos de amor a vida e ao esporte. A Corrida Infantil dos Jogos Paralímpicos de Natal foi um verdadeiro sucesso. Ao todo, 190 atletas entre 02 e 14 anos mostraram muita raça e disposição durante a prova. Foi uma grande festa onde todos mereceram o primeiro lugar no pódio.

Desde as primeiras horas do domingo os primeiros atletas e seus familiares começaram a chegar a concentração da corrida em frente ao Palácio dos Esportes. Depois de um aquecimento reforçado com direito a muita animação e dança, as primeiras largadas aconteceram.

QUEM FOI À PRAÇA PEDRO VELHO (PRAÇA CÍVICA), EM PETRÓPOLIS, NA MANHÃ DESTE DOMINGO (01), PODE ACOMPANHAR GRANDES EXEMPLOS DE AMOR A VIDA E AO ESPORTE (FOTO: MARCO POLO)

Quem pisou primeiro na pista foram as crianças entre 02 e 04 anos. Depois foi a vez da garotada na faixa de 5 a 7 anos. Na sequência, a turma entre 8 e 10 anos mostrou muito fôlego. Os maiores até 14 anos tiveram a responsabilidade de encerrar a manhã esportiva.

A pequena Lara Vitória, 9, fez questão de comparecer e competir. Ela é uma das mais experientes na corrida, tendo participado de todas as edições do evento. Cheia de alegria e orgulho, ela mostrou a medalha conquistada através do seu esforço. “Estou muito feliz. Mais uma vez consegui a minha medalha e vou para casa muito satisfeita”, disse a pequena.

Lara estava acompanhada pela mãe, Maria do Carmo. Ela conta que atividades como essa são fundamentais para o desenvolvimento das crianças: “As pessoas não têm ideia da importância de ações como essa na vida das pessoas com deficiência. São muitos benefícios. Minha filha se transforma quando está nesse ambiente. É muito benéfico”.

A secretária municipal de Esporte e Lazer, Danielle Mafra, fez um balanço positivo da terceira edição dos Jogos Paralímpicos de Natal. “Consolidamos esse evento que a cada ano envolve cada vez mais participantes. Os Jogos Paralímpicos chegaram para ficar. Em cada local de prova assistimos muitos exemplos de verdadeiros campeões na vida e no esporte. A Prefeitura de Natal acerta ao promover uma política pública no esporte inclusiva, integrativa e alerta para a causa das pessoas com deficiência que infelizmente ainda são muito estigmatizadas pela sociedade. Felizmente, estamos caminhando para quebrar esses preconceitos. O esporte tem sido uma ferramenta eficaz nesse objetivo”, pontuou. 

A corrida está inserida na programação dos Jogos Paralímpicos Municipais que são promovidos pela Prefeitura de Natal e em 2019 atingiu a sua terceira edição. Desde a última quarta-feira, dia da abertura do evento, diversos pontos da capital potiguar recebem competições de natação, bocha olímpica, futebol para amputados, tênis de mesa, tênis de quadra e halterofilismo.

UFRN terá novos cursos de pós-graduação em 2020

COM OS TRÊS NOVOS CURSOS, A UFRN EXPANDE PARA 95 PROGRAMAS E 134 CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO, DESTES 43 DOUTORADOS. FOTO: REPRODUÇÃO

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou a criação de três novos cursos de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que serão ofertados em Natal a partir de 2020. As oportunidades contemplam o mestrado profissional em Educação Especial, o mestrado acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher e o doutorado profissional em Saúde da Família.

Vinculado ao Centro de Educação da UFRN (CE), o mestrado profissional em Educação Especial tem como objetivo formar e capacitar profissionais que atuam com pessoas com deficiências, altas habilidades e transtorno do espectro autista, as quais necessitam de apoio e serviços especializados para o acesso, permanência, participação e aprendizagem nos diversos contextos educacionais.

O mestrado acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde Da Mulher, por sua vez, é vinculado ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) e sediado na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), com o intuito de gerar produção de pesquisa qualificada para atuar na saúde da mulher em seus diversos aspectos, de maneira multidisciplinar.

Já o doutorado em Saúde da Família faz parte da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf), sob coordenação da Fundação Oswaldo Cruz do Ceará (Fiocruz). A iniciativa, que constitui o primeiro doutorado profissional ofertado na UFRN, busca fomentar a pesquisa e o ensino do tema e áreas correlatas, a partir da produção de conhecimento e do desenvolvimento de atividades de ensino.

Segundo o pró-reitor de pós-graduação da UFRN, Rubens Maribondo, as conquistas são importantes para cobrir áreas que necessitavam ir além da graduação, com vistas ao seu fortalecimento e desenvolvimento. Com os três novos cursos, a UFRN expande para 95 programas e 134 cursos de pós-graduação, destes 43 doutorados.

Informações: Portal no ar

“Lula faz parte do passado do país”, diz Moro

MORO DIZ QUE NÃO GOSTA DE FALAR SOBRE LULA. FOTO: REPRODUÇÃO

Em entrevista à rádio Caruaru, o ministro Sérgio Moro comentou que não gosta de falar sobre o ex-presidente Lula e que o petista “faz parte do passado do país”.

“O ex-presidente Lula, eu nem gosto muito de falar dele. Sinceramente, ele faz parte do meu passado e do passado do país.”

Moro falou ainda sobre a prisão em segunda instância, que pode mandar aquele passado de volta para a cadeia:

“É uma questão simples, mas as coisas devem acontecer. Se alguém foi absolvido de um crime, a pessoa fica tranquila. Mas se a pessoa foi condenada, ela precisa sofrer as consequências, senão o sistema não funciona.”

Na semana passada, Lula foi entrevistado pela repórter  El PaísNaiara Galarraga Gortázar que o questionou sobre sua popularidade. “Sergio Moro é o líder político mais popular do país e o senhor está entre os mais odiados…”.

Revoltado, o petista respondeu que “Moro não é político e que é o Juiz mais mentiroso do país”. “Primeiro, Moro não é o político mais popular do país, ele é o juiz mais mentiroso do país. O Dallagnol é o procurador mais mentiroso do país. Moro construiu a sua imagem em um pacto feito com a imprensa brasileira, que criou esse Deus de barro. A minha obrigação moral e ética é provar que essa gente que poderia contribuir para combater a corrupção essa gente quase que faz um quadrilha, de uma parte do Judiciário, e uma parte do Ministério Público. Utilizando a Lava Jato com objetivos eminentemente políticos.”

Com informações: O antagonista

Crise? Globo acaba com programa semanal de Sandra Annenberg e demite equipe

“COMO SERÁ?” DE SANDRA ANNENBERG CHEGA AO FIM NA GLOBO
FOTO: DIVULGAÇÃO GLOBO

A Globo decidiu acabar com o “Como Será?“, programa comandado por Sandra Annenberg nas manhãs de sábado.

Segundo informações do seu pessoal, 30 pessoas da equipe foram demitidas. A informação sobre as demissões e fim do programa foi passada para a equipe na manhã desta segunda-feira.

O “Como Será?” está na grade da Globo desde agosto de 2014.

Com exibição aos sábados das 7h15 às 9h, o programa passou a ocupar a faixa do “Globo Cidadania“, que reunia os programas “Globo Educação“, “Globo Ciência“, “Globo Ecologia“, “Globo Universidade” e “Ação“.

O fim do “Como Será?”, anunciado para funcionários no dia de hoje, pegou a todos de surpresa. Muitos deles já estavam inclusive trabalhando em pautas para as próximas edições.

Sandra Annenberg, agora, segue apenas na apresentação do “Globo Repórter” ao lado de Glória Maria.

A Globo não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Com informações: Uol

Rock leva ao aborto, sexo, drogas e satanismo, diz novo presidente da Funarte

DANTE É MAESTRO E YOUTUBER. FOTO: REPRODUÇÃO

Nomeado nesta segunda-feira, 2, para ocupar o cargo de presidente da Funarte, além de maestro, Dante Mantovani também é youtuber. Em seu canal com mais de 6 mil inscritos, Mantovani faz comentários sobre música erudita e teorias da conspiração. Uma delas, por exemplo, diz que o rock leva às drogas e, como última consequência, ao satanismo.

O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”, diz o novo presidente da Funarte, que é doutor em música pela Universidade de Londrina.

Em outro vídeo, o seguidor de Olavo de Carvalho compartilha teorias de que os Beatles “colocaram em prática as ideias da Escola de Frankfurt”, que segundo ele, queriam destruir a cultura ocidental. “Eles precisavam destruir as famílias americanas porque elas eram a sustentação do capitalismo”, diz.

Outra vítima de suas análises é o cantor Elvis Presley, que, segundo ele, também faz parte de um experimento soviético para “destruir a juventude”.

“Nos anos 50, apareceu um tal de Elvis Presley, que fazia todo mundo cantar, sacolejar, balançar o quadril, né. Todo mundo ama esses caras. Começam a ser introduzidos certos comportamentos… o Elvis Presley morreu de overdose, né”, fala.

Assim como Katiane de Fátima Gouvêa, nomeada na quarta-feira, 27, secretária do Audiovisual, Mantovani também faz parte da organização da Cúpula Conservadora das Américas.

Fórum

PEC do Pacto Federativo: relator estuda preservar municípios menores

NO RN, 49 MUNICÍPIOS POSSUEM MENOS DE 5 MIL HABITANTES

O senador Márcio Bittar (MDB-AC) admite mudar a chamada PEC do Pacto Federativo, relatada por ele no Senado, para preservar os municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação inferior a 10% da receita. Bittar adiantou ao Congresso em Foco que avalia três alternativas que diminuiriam os gastos públicos com esses municípios, sem a necessidade de extingui-los.

Uma das ideias é derrubar a exigência de que qualquer município brasileiro tenha pelo menos nove senadores; outra é baixar o teto que essas prefeituras podem gastar com as câmaras municipais, e a terceira é incluir na folha do Legislativo os gastos com os inativos. “Hoje a câmara contrata o servidor, mas quando se aposenta, ele vai para a folha da prefeitura”, observa o senador.

O governo federal não divulgou quantos municípios serão afetados caso a proposta seja aprovada. Mas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.257 dos 5.570 municípios brasileiros têm menos de 5 mil habitantes. Não se sabe quantos arrecadam menos de 10% da receita. Pela proposta da equipe econômica, os que se enquadram nas duas situações ao mesmo tempo deverão ser incorporados por vizinhos maiores.

Márcio Bittar se reúne nesta segunda-feira, 2, com o secretário da Fazenda, do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior, para tratar da PEC do Pacto Federativo. Juntamente com as PECs dos Fundos e da Emergência Fiscal, ela compõe o pacote Mais Brasil, entregue em novembro pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Congresso. O senador pretende ouvir vários interlocutores até concluir seu relatório, que só deverá ser apresentado em fevereiro, segundo ele.

Os pareceres das PECs  dos Fundos e da  Emergência Fiscal já estão concluídos e devem ser lidos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima quarta-feira, 4.

O emedebista já se colocou à disposição para discutir seu relatório no Fórum dos Governadores, que deve se reunir no próximo dia 11 em Brasília. Bittar diz não ter pressa para fechar o texto. O importante, de acordo com ele, é apresentar um parecer com chance de aprovação e não baseado apenas em suas convicções.

“Vou conversar com todo mundo pelo caminho e quero fazer um relatório mais fidedigno possível. Se sentir que tem clima para avançar naquilo que considero avanço, avançarei. Vou fazer um relatório real, não algo que satisfaça apenas a minha posição”, afirmou.

Bittar diz que tem enfrentado o corporativismo de prefeitos. As duas principais entidades da categoria – a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) – concordam que muitos municípios minúsculos não deveriam existir e geram apenas prejuízo aos estados, segundo o relator. Mas, por interesses diversos, ambas resistem à proposta de extinção.

“Por mim, esses municípios não deveriam existir, porque causam perdas ao Estado. Mas o corporativismo de uma entidade (CNM) não quer se desfazer deles porque eles são filiados. A outra frente (FNP, que reúne as maiores cidades) não apoia a extinção porque quer ficar bem com todo mundo”, avalia Bittar.

Outro complicador para a aprovação desse dispositivo é a resistência de deputados federais de eliminar prefeituras que ficam nas mãos de aliados políticos e compõem suas bases eleitorais.

Márcio Bittar ressalta que qualquer mudança em seu relatório só será feita com apoio de governadores, prefeitos, do Congresso e do Judiciário – esferas envolvidas na PEC.

Veja os principais pontos da PEC do Pacto Federativo:

• Município com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria menor do que 10% da receita total será incorporado pelo município vizinho. Paulo Guedes justificou que municípios precisam ter um “tamanho ótimo” para cumprir as contas públicas;

• Criação de um marco institucional por meio de um conselho fiscal, a ser formado pelos presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal, da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas da União e da associação dos tribunais de contas estaduais. O conselho se reunirá a cada três meses para avaliar a situação financeira dos entes federativos;

• Redistribuição dos recursos do pré-sal, conforme proposta já aprovada pelo Congresso;

• Criação de gatilhos para permitir o equilíbrio de despesas de estados, municípios e União, como o fim de algumas despesas obrigatórias. Reajustes de benefícios previdenciários e do Benefício de Prestação Continuada continuarão a ser feitos com base na inflação;

• Desvinculação do Orçamento, com a proposta de soma do gasto obrigatório com saúde e educação.

• A receita pública não terá valores vinculados a fundos de financiamento. As exceções são taxas, doações, fundo de participação de estados e municípios e vinculações definidas na Constituição.

• É criada a possibilidade de contingenciar, ou seja, bloquear temporariamente o orçamento de estados e municípios temporariamente a exemplo do que já acontece na União.

Congresso em Foco

Pode isso? Empresa cobra alta indenização de shows que Chorão não fez por ter morrido

CHORÃO FALECEU EM MARÇO DE 2013. FOTO: REPRODUÇÃO

Nove meses após a morte do vocalista Chorão, da banda Charlie Brown Jr., uma notificação extrajudicial chegou às mãos do seu único filho, o fotógrafo Alexandre Ferreira Lima Abrão.

Em um documento de duas páginas, a empresa Promocom Eventos e Publicidade cobrava-lhe uma indenização por nove shows que o músico, ao morrer em março de 2013, não pôde fazer. “Faleceu sem atender à totalidade das obrigações assumidas“, afirmava o texto, ressaltando que “notoriamente, tais obrigações não poderão [mais] ser atendidas”.

Diante do silêncio de Alexandre, a notificação se transformou em uma ação de cobrança que ainda hoje tramita na Justiça paulista. A empresa, sediada no Paraná, exige R$ 225 mil de indenização, além de uma multa de R$ 100 mil por descumprimento de contrato (valores nominais, sem correção da inflação).

Com a morte do Chorão, o capital investido deixou de fazer o lucro esperado“, afirma o advogado Rodrigo Ramina de Lucca, que representa a empresa e reclama também a restituição de outros R$ 225 mil que teriam sido pagos ao músico a título de adiantamento. De acordo com o advogado, o contrato com a banda previa a realização de 12 shows do Charlie Brown Jr., mas apenas três foram executados.

“Ao investir consideravelmente na contratação da banda, a empresa deixou de contratar outro artista, o qual poderia ter-lhe proporcionado a receita inerente à sua atividade”, argumentou no processo.

Reginaldo Ferreira Lima, advogado e avô materno de Alexandre Ferreira, diz que o pedido de indenização é umaloucura“. “Naturalmente, o Chorão não tinha como fazer os shows, ele morreu…”.

Em petição apresentada à Justiça, o advogado sustenta que uma indenização deve decorrer de um dano causado por ato ilícito e voluntário. “É óbvio que não há como imputar qualquer ato ilícito a ele.”

Alexandre Magno Abrão, o Chorão, tinha 42 anos quando foi encontrado morto em seu apartamento, em Pinheiros, na cidade de São Paulo. Exames detectaram que a morte do cantor ocorreu em decorrência de uma overdose de cocaína, como a acusação fez questão de salientar em um dos documentos anexados ao processo. O laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal) afirma que foram encontradas no corpo do músico 4,714 microgramas de cocaína por mililitro de sangue.

Skatista profissional na categoria freestyle nos anos 1980, Chorão fundou o Charlie Brown Jr. em 1992, tendo ao longo da carreira lançado nove discos de estúdio, dois álbuns ao vivo e mais duas coletâneas.

O nome da banda, como o próprio relatou em entrevistas, foi escolhido depois que ele atropelou uma barraca de coco em Santos, aonde morou em boa parte da vida, na qual havia um desenho do personagem criado pelo cartunista Charles Schulz.

O “Jr” foi acrescentado como uma homenagem a uma geração formada por grupos de rock, como Planet Hemp e Suicidal Tendencies, entre outros, da qual dizia ser filho.

Seu último show ocorreu em Camboriú (SC), em 26 de janeiro de 2013, de acordo com o livro de fotografias “Eu Estava Lá Também” (editora Realejo), um projeto do próprio Chorão que foi retomado pelo filho. “Lembro que a primeira foto que fiz ficou fora de foco e eu pedi para ele voltar para perto da galera, e fiz outra”, contou Alexandre, à época do lançamento, em 2017.

No processo aberto pela Promocom Eventos, o único herdeiro de Chorão, hoje com 29 anos, questiona não apenas o pedido de indenização e da multa, mas a própria necessidade de ressarcimento pelos valores supostamente adiantados ao vocalista.

Xande, como é conhecido, coloca em dúvida a autenticidade do contrato, datado de 23 de outubro de 2012, que previa exclusividade para a empresa na realização ou na vendas de shows da banda ao longo de 2013 no Paraná e nas cidades de Florianópolis, Joinville e Balneário Camboriú (SC), aquela da última apresentação do grupo.

“Não tem qualquer semelhança com a assinatura real do falecido”, diz em documento encaminhado à Justiça, no qual declara ainda não haver prova de que o pagamento alegado foi realizado, de fato.

A Promocom Eventos afirma que a acusação de falsidade contratual é despropositada e foi feita pelo filho do líder da banda apenas para que pudesse ganhar tempo.

“Todos os pagamentos foram documentalmente provados”, diz o advogado da empresa, que anexou ao processo uma declaração da empresária Samantha Pereira de Jesus afirmando que intermediou o contrato com Chorão e que os adiantamentos ao vocalista foram pagos, sim. O juiz Cláudio Teixeira Villa, da 2ª Vara Civil de Santos, deu ganho de causa à empresa, ordenando ao espólio do músico o pagamento de R$ 325 mil, considerando a restituição dos valores e a multa.

Não concordou, contudo, com a indenização. “Do contrário, haveria enriquecimento sem causa da parte autora, que, mesmo sem remunerar o artista, receberia pelo lucro de futura e eventual venda”, afirmou o magistrado.

A decisão, no entanto, foi anulada pelo Tribunal de Justiça, que considerou que a Promocom não conseguiu demonstrar ter feito o adiantamento ao vocalista.

“Há de se convir que a empresa não trouxe qualquer recibo de pagamento, comprovando haver repassado os valores cobrados nesta ação ao artista”, afirmou o relator do processo, Cláudio Hamilton.

Por determinação dos desembargadores, um laudo pericial será realizado para apurar se a letra no contrato é realmente a do vocalista. A assinatura será comparada com a de seu passaporte. Na vida, diferentemente do que escreveu Chorão em “Paranormal” (2007), nem tudo se baseia na confiança.

Diário de Pernambuco

Evo Morales afirma que seu partido vencerá as próximas eleições da Bolívia

EVO ESTÁ IMPEDIDO DE CONCORRER AO PLEITO. FOTO: SÉRGIO LIMA/PODER360

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que o MAS (Movimento ao Socialismo, partido de Evo) vencerá as próximas eleições, mas que não tem certeza se no 1º ou no 2º turno. O líder indígena está impedido de concorrer ao pleito e o novo candidato da sigla permanece incerto. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira, 2.

Morales voltou a afirmar que sua renúncia foi resultado de uma conspiração. Um parecer preliminar da OEA (Organização dos Estados Americanos) dizia ser impossível validar a vitória de Evo no 1º turno. “Por que não disseram ‘vamos ao 2º turno’? Por que sugerem novas eleições? Isso é golpe”, queixou-se Morales.

Cobra ainda a demora em um informe final da OEA, que não divulgou novas informações sobre a auditoria. O ex-presidente afirma que organiza “uma comissão da verdade” com investigações conduzidas por outras entidades.

Evo aponta dois fatores que levaram ao “golpe”que culminou na sua saída do cargo. O ex-presidente afirma que as melhorias promovidas pelo seu governo criaram uma “nova classe média” que não se identifica tanto com ele. “Foi crescendo a mentalidade de luxo, lucro. E ela tem preconceitos.”

Outro elemento, de acordo com Morales, foi a influência norte-americana. O reconhecimento da presidente autoproclamada Jeanine Áñez pelos Estados Unidos seria “prova de que participaram do golpe de Estado”. Os EUA, de acordo com Evo, também teriam parte no parecer da OEA.

Já a violência dos protestos teria relação com o fortalecimento do fascismo. “Não sei se, depois [da eleição do presidente Donald] Trump nos EUA, essa onda não começou a crescer”, pondera o líder indígena.

ELEIÇÕES

Ainda não há data para a nova corrida eleitoral. O Supremo Tribunal Eleitoral precisa ser renovado antes de convocar novas eleições, que devem ocorrer em até 120 dias após a chamada.

O líder da direita conservadora, Luis Fernando Camacho, já anunciou sua intenção de concorrer à Presidência. Ele ganhou projeção durante aos manifestos ao pedir a intervenção dos militares na deposição de Evo. À época dos protestos, Camacho disse que não sairia candidato.

Já Morales afirmou que abrir mão da candidatura é uma decisão política e que é o “sacrifício” que faz “para pacificar a Bolívia”. O nome que substituirá o de Evo nas eleições ainda está sendo discutido com sindicatos e movimentos sociais. “Queremos, assim como os EUA e a direita dizem, eleições livres e transparentes”, afirmou o ex-presidente. Ele não descarta a possibilidade de concorrer no futuro.

Mesmo sem disputar as eleições, Morales quer voltar à Bolívia. Ele está refugiado no México desde 11 de novembro, onde chegou com uma muda de roupa e sem documentos. “Não sou corrupto, não sou nenhum delinquente. Tenho o direito de voltar”, declarou.

A renúncia de Evo aconteceu no seu 4º mandato consecutivo, quando a Constituição boliviana permite dois. Perguntado se cometeu um erro ao concorrer no último pleito, Evo respondeu que a sociedade disse “que o único candidato [a presidente em 2019] era Evo Morales. Se cometi algum erro, foi ter aceitado [a vontade] do povo”. E conclui: “Não sei se foi um erro no final. Houve uma eleição. Ganhamos no 1º turno.”

Poder360