Vítima de feminicídio era forçada a comer fezes e ver vídeos de sexo
A Polícia Civil revelou, nesta sexta-feira, que Franciane Moizes Pedro, 27 anos, vítima de feminicídio em Miracema, no Norte Fluminense, era obrigada a comer fezes e assistir vídeos do companheiro Gutemberg Xavier Alves, 42 naos, que é soropositivo, fazendo sexo com outras mulheres. O homem é considerado foragido da Justiça pelo assassinato da jovem. Franciane, que era dada como desaparecida, foi morta e enterrada no quintal de casa por Gutemberg. Após a polícia ligar o radar e suspeitar de sua participação no desaparecimento da mulher, o homem desenterrou a vítima, cortou em pedaços e usou um homem com transtorno mental para sumir com as partes do corpo.
De acordo com Gésner Bruno, delegado responsável pelas investigações, pelo menos 20 depoimentos já foram colhidos. “Uma confidente da vítima contou que ela era obrigada a assistir aos vídeos de Gutemberg com outras e ele gabava de contaminar as mulheres com o vírus do HIV”, conta o delegado. Os vídeos não foram encontrados pela distrital. Gésner diz que o homem mentiu para a vítima no início do relacionamento. “Havia rumores na cidade de que ele era soropositivo. Um parente relatou que a alertou, mas Franciane disse que Gutemberg mostrou um exame para ela com o resultado negativo. No decorrer da relação, no entanto, ela descobriu que o companheiro havia mentido.
”Ainda segundo o delegado, Franciane disse para amigos que o companheiro também a obrigou a fazer uma tatuagem com a frase: “Gutemberg, eu te amo!”. Após a repercussão do caso, uma mulher procurou a 137ª DP (Miracema) para relatar que foi estuprada por Gutemberg. A Polícia Civil investiga o caso.
Relembre o caso
Em outubro, a ossada da vítima foi encontrada em uma área de mata em Palma, no estado de Minas Gerais, que faz divisa com Miracema. Imagens de câmeras de segurança mostram Gutemberg deixando a casa acompanhado de um homem com transtorno, que carrega uma sacola azul, onde estariam partes do corpo da vítima. Em seguida, eles entram em uma garagem. Segundo aponta as investigações da Polícia Civil, o homem foi enganado por Gutemberg. Ele pensou se tratar de um cachorro morto.
O Dia
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