Família de Marielle pede Moro fora das investigações sobre assassinato
A família da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, divulgou nota neste sábado, 2, na qual afirma discordar da postura do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que passou a defender a federalização das investigações do crime.
“O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve avanços importantes e por isso somos favoráveis a que a instituição permaneça responsável pela elucidação caso”, disse a família em nota assinada por parentes e pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSOL).
De acordo com a nota, o ministro sempre demonstrou pouco interesse pelas investigações dos assassinatos de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes. “Somente após a menção ao presidente da República, Jair Bolsonaro, no inquérito, o ministro começou a se declarar publicamente a favor da federalização. Acreditamos que Sergio Moro contribuirá muito mais se ele permanecer afastado das apurações”, afirmam Marinete da Silva, mãe de Marielle; Antonio Francisco da Silva, o pai; Anielle Franco, irmã da vereadora; Monica Benício, a viúva; e Freixo.
Ontem, durante inauguração de uma delegacia da Polícia Federal em Curitiba, o ministro disse que “talvez seja o caso” de federalizar a apuração.
A terceira seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve analisar até dezembro o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para federalizar as investigações do assassinato da vereadora e do motorista, e que a tendência é de aprovação.
Se for federalizado, o caso passaria a ser conduzido pela Justiça Federal e as investigações seriam assumidas pela Polícia Federal, comandada por Moro, saindo da alçada da Polícia Civil e da Justiça do Rio de Janeiro.
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