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Categoria: outubro 29, 2019

COTEMINAS terá de corrigir irregularidades para preservar a saúde e a segurança dos trabalhadores

A EMPRESA TERÁ O PRAZO DE 90 DIAS PARA SE ADEQUAR ÀS NORMAS, CASO CONTRÁRIO, DEVERÁ ARCAR COM UMA MULTA DIÁRIA NO VALOR DE R$ 10 MIL POR OBRIGAÇÃO DESCUMPRIDA.

A COTEMINAS, uma das maiores companhias do ramo têxtil no país, terá de ajustar suas ações para cumprir as normas de saúde e segurança do trabalho. A obrigação foi determinada em sentença da 10ª Vara do Trabalho de Natal, após ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN), com base em fiscalizações que constataram graves irregularidades nas instalações da indústria.

A ação do MPT-RN se fundamentou em fiscalizações da Secretaria de Inspeção do Trabalho no RN (SIT-RN), da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (SUVISA), e em inspeção do MPT, realizada pela procuradora Regional do Trabalho Ileana Neiva e pelo analista pericial do MPT e engenheiro de segurança do trabalho Sandoval Lopes. As provas demonstraram o descumprimento de diversas normas de saúde e segurança do trabalho pela empresa, o que resultou em sua condenação ao pagamento de multa de R$ 1 milhão pelos danos morais para a coletividade.

O MPT-RN denunciou a ausência de integração entre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA), prejudicando a prevenção de novos adoecimentos. Pela decisão judicial, a empresa terá de fazer o efetivo controle da saúde ocupacional dos seus empregados, consignando no relatório anual, que deve elaborar, o número e a duração dos afastamentos dos trabalhadores, indicando os setores e os postos de trabalho ocupados pelos profissionais adoecidos, pois somente assim poderá saber as causas comuns de adoecimentos e evitar novos casos de doenças e acidentes de trabalho.

A integração entre os Programas de Saúde e Segurança do Trabalho inclui, ainda, a condenação da COTEMINAS a elaborar Análise Ergonômica do Trabalho, na qual devem ser instituídos rodízios entre células de trabalho e fornecimento de mobiliário com regulagem de altura, além de controle do ruído, iluminância e temperatura nos locais de trabalho.

Entre as obrigações determinadas pela juíza Symeia Simião da Rocha, a COTEMINAS deverá avaliar, no PPRA, todos os riscos ocupacionais a que estão sujeitos seus empregados e implantar medidas de proteção, eliminando ou reduzindo o uso de agentes prejudiciais à saúde, com a implementação de programas de proteção respiratória e de proteção auditiva.

A sentença determina que as zonas de perigo de máquinas e equipamentos não deverão mais ficar expostas e a COTEMINAS deverá instalar sistemas de segurança e proteções que garantam a integridade física dos trabalhadores, além de realizar treinamentos.

Demissões 

Segundo a decisão, a empresa não poderá demitir trabalhadores enquanto persistirem sequelas de acidentes de trabalho e não deverá praticar atos de discriminação contra aqueles que retornem de afastamentos previdenciários. Também houve condenação a emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), nos casos de suspeita de doença relacionada ao trabalho.

As obrigações de fornecer assentos em todos os postos de trabalho e de manter um sistema de prevenção a incêndios e sistemas elétricos, observando a validade da recarga dos extintores também consta da condenação, pois durante a inspeção foram encontrados extintores com prazo de validade da recarga vencido, assim como foi determinado que os cilindros de gás deverão ser dispostos sempre amarrados, sem risco de tombamento e rompimento da válvula de segurança.

A decisão estabelece que determinadas funções, como a operação de empilhadeiras, caldeiras e câmaras de resfriamento e congelamento, sejam realizadas apenas por trabalhadores devidamente treinados para os postos. A empresa também foi condenada a somente permitir que empregados camaristas ingressem nas câmaras frias e a conceder-lhes o intervalo previsto em lei para a recuperação térmica.

Caso não comprove estar seguindo as determinações judiciais pelo cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho, no prazo de 90 dias, a COTEMINAS deverá arcar com uma multa diária no valor de R$ 10 mil por obrigação descumprida.

A procuradora Regional do Trabalho Ileana Neiva Mousinho, que acompanha a ação, destacou que o perito judicial constatou que o acompanhamento da saúde ocupacional na empresa é deficiente, pois não há correspondência entre os tempos e intensidades da exposição aos agentes de riscos e as medidas de controle de saúde ocupacional. Para a procuradora, a prova levada ao processo demonstrou a necessidade de melhoria da gestão de riscos laborais, para evitar acidentes e doenças do trabalho, e a necessidade de a implementação dos programas ser discutida na CIPA.

Entidade que representa empresas de serviços do setor imobiliário, Secovi é o novo sindicato filiado à Fecomércio RN

DECISÃO DE ACATAR O 15º SINDICATO FOI UNÂNIME E REFERENDADA DURANTE REUNIÃO DE DIRETORIA OCORRIDA EM MOSSORÓ, NO ÚLTIMO DIA 25

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte tem um novo sindicato filiado: o Sindicato da Habitação do RN (Secovi RN) se soma aos outros 14 sindicatos que já eram filiados à entidade. A decisão, unânime, foi tomada durante a reunião de Diretoria da entidade realizada no último dia 25, na cidade de Mossoró.
“A Fecomércio Rio Grande do Norte é, sem dúvidas, uma das mais representativas e atuantes entidades patronais do RN. Trazer o Secovi RN de volta aos seus quadros nos dará uma maior visibilidade, fazendo com que voltemos a ter um maior reconhecimento da sociedade potiguar”, afirmou o presidente do Secovi RN, Renato Gomes.

O Secovi representa cerca de duas mil empresas no Rio Grande do Norte, e que atuam na expansão urbana das cidades, em segmentos que vão desde a prospecção de áreas para empreendimentos, loteamentos, até a gestão de imóveis que já estão prontos.
Segundo o presidente Renato Gomes, a filiação do sindicato à Fecomércio irá impulsionar o trabalho de defesa dos interesses das empresas representadas e a retomada do desenvolvimento do mercado imobiliário potiguar.

“Existem inúmeros projetos a serem trabalhados, alguns já em andamento como o acompanhamento da revisão do Plano Diretor em Natal. Também podemos destacar a retomada da participação do RN em feiras imobiliárias internacionais, também a busca de novas ferramentas de tecnologia para a transformação das empresas imobiliárias potiguares em empresas 100% digital, como já vem ocorrendo em outros estados e uma infinidade de ações que vamos eleger as prioritárias”, listou, e completou, “estando novamente albergados a um entidade do porte da Fecomércio RN nos dá a certeza que a Federação poderá nos ajudar muito a colocar os nossos projetos, em defesa de nossos representados, em prática”.

O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, comemorou a entrada do Secovi no quadro de sindicatos filiados à Federação, que agora possui 15 sindicatos filiados, sendo seis na capital e oito nos municípios de Assú, Caicó, Currais Novos, Macaíba, Mossoró, Nova Cruz, Santa Cruz, São Paulo do Potengi.

“A diretoria do Secovi enxergou a filiação à Fecomércio como uma oportunidade de aproximar a categoria patronal e mesmo os colaboradores das empresas que eles representam do trabalho de excelência que desenvolvemos com todo o Sistema Fecomércio, incluindo Sesc e Senac. Eles entenderam que podemos ser um parceiro importante no suporte ao desenvolvimento do setor e na defesa das causas da categoria, que tem uma participação bastante relevante na economia potiguar. E, claro, com a entrada do Secovi, nós também estamos mais fortes”, declarou o presidente Marcelo Queiroz.

Se chegar a gente limpa.. RN recebe mais de 6 mil equipamentos para limpar praias atingidas por óleo

LUVAS, MÁSCARAS, BOTAS E PROTETORES SOLARES FAZEM PARTE DOS EQUIPAMENTOS DOADOS. FOTO: ELISA ELSIE

Uma equipe da Cosern esteve em encontro com o Governo do RN nesta terça-feira, 29, para entregar oficialmente, parte dos equipamentos de proteção individual doados pela empresa para o projeto “Se chegar a gente limpa”, que tem à frente o Idema e a Defesa Civil Estadual. A ação é uma continuidade da programação do Governo do Estado para combater o derramamento de óleo nas praias, que atinge o RN.

Ao todo, a Cosern realizou a doação de 6.950 equipamentos de proteção entre luvas, máscaras, botas e protetores solares. Parte deste material começou a ser entregue nessa segunda-feira, dia 28,  como também do material enviado pelo Governo Federal, através do Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), que entregou pás, carros de mão, ancinhos, peneiras, baldes e big bags; e do Governo do Estado, por meio do Idema, que adquiriu bombonas plásticas. Estes materiais foram entregues aos voluntários, que foram treinados anteriormente pela Defesa Civil e pelo Idema.

Inicialmente, foram atendidos os municípios com maior registro de áreas afetadas pela incidência do óleo: Parnamirim, Tibau do Sul, Canguaretama e Georgino Avelino.

Caso furto milionário: STJ mantém anulação da pena de ‘Alemão’ por lavagem de dinheiro

ALEMÃO FOI APONTADO COMO LÍDER DO ESQUEMA CRIMINOSO QUE ROUBOU R$ 164,7 MILHÕES DO BANCO CENTRAL DE FORTALEZA. FOTO: KID JÚNIOR

O furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, ficou marcado na história do Brasil e ainda tem ações penais que tramitam na Justiça. Em decisão proferida no último dia 22 de outubro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso especial do Ministério Público Federal (MPF) e manteve uma decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) que anulou a pena de Antônio Jussivan Alves dos Santos, o ‘Alemão’ – acusado de ser o líder do esquema criminoso.

No início de 2017, a 2ª Turma do TRF-5 determinou o trancamento do processo que resultou na condenação do réu por lavagem de dinheiro, ao acatar o pedido da defesa de ‘Alemão’, representada pela advogada Erbênia Rodrigues. A sentença que o condenou a 80 anos, 10 meses e 20 dias de prisão foi proferida em agosto de 2015 (dez anos após o furto), pelo juiz Danilo Fontenelle, da 11ª Vara da Justiça Federal no Ceará.

“A decisão do Superior Tribunal de Justiça, mantendo a decisão do TRF5ª região, já era pela defesa esperada, tendo em vista a Jurisprudência consolidada pelas instâncias extraordinárias sobre a matéria”, afirmou Erbênia.

Apesar da anulação da condenação, ‘Alemão’ ainda cumpre pena de 35 anos e dez meses na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná, pelos crimes de furto, formação de quadrilha e uso de documento falso. A pena inicial era de 49 anos e dois meses de reclusão, conforme decisão proferida em 2008, mas foi reduzida na 2ª instância, em 2012.

Antônio Jussivan foi transferido para um presídio federal após uma tentativa de fuga da Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em agosto de 2017, quando foi baleado.

Justificativa

O relator do processo no STJ, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, considera que o crime de lavagem de dinheiro depende da prática “de uma infração penal antecedente, da qual tenha decorrido a obtenção de vantagem financeira ilegal”. A denúncia do MPF alega que tal crime teria sido cometido por uma “organização criminosa”. Porém, esse tipo penal foi inserido no ordenamento jurídico apenas em 2013.

“Assim, o fato de o crime ter sido praticado por organização criminosa, antes da referida situação ser tipificada como ilícito penal, não autoriza a tipificação do crime de lavagem”, afirma o juiz, acrescentando que, antes da entrada em vigor da mencionada lei, o Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha se manifestado no sentido de que o crime de organização criminosa não correspondia a tipo penal algum, e, por isso, “não poderia figurar no rol de crimes antecedentes da lavagem”.

As investigações da Polícia Federal (PF) apontaram que, no que se refere à lavagem de dinheiro, ‘Alemão’ teria comprado diversos bens em nome de ‘laranjas’, com a ajuda de outros dez réus – que também foram beneficiados com a anulação de pena. ‘Alemão’ teria adquirido imóveis como casas, fazendas e postos de gasolina, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal – onde foi preso em 2008, três anos após o furto.

O caixa-forte do Banco Central foi invadido entre os dias 5 e 6 de agosto de 2005, após três meses de planejamento e escavações. Ao todo, R$ 164,7 milhões foram retirados e conduzidos por um túnel de 80 metros sob a Avenida Dom Manuel. O furto foi descoberto apenas na segunda-feira, dia 8, na volta às atividades da unidade bancária.

O MPF denunciou 133 pessoas por participação direta ou indireta no furto milionário. No último balanço da Justiça Federal do Ceará, mais de 90 delas haviam sido condenadas. Apesar dos esforços da Polícia Federal, apenas R$ 30 milhões foram recuperados.

Diário de Nordeste

Pesquisa aponta que setor privado de saúde registra mais greves que a rede pública

DE SETEMBRO DE 2018 A AGOSTO DE 2019, FORAM REGISTRADAS 147 PARALISAÇÕES DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE. FOTO: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Funcionários de hospitais privados e OSS (Organizações Sociais de Saúde) protagonizaram 55% dos episódios de greves de profissionais da saúde de setembro de 2018 a agosto de 2019. As unidades administradas pelo poder público foram palco de 45% das 147 paralisações registradas no período.

Os dados são do SAG (Sistema de Acompanhamento de Greves), desenvolvido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Atraso de salário aparece como uma das principais razões para o setor privado superar o público em número de paralisações. Entre funcionários de hospitais privados, 58% das greves tinham como motivo o protesto pela regularização de pagamento no período de setembro de 2012 a agosto de 2013. Esse índice saltou para 90% na pesquisa mais recente.

Eis a íntegra do levantamento.

Poder360

Ferramentas tecnológicas de aprendizagem são foco no estande da Fecomércio na Feira do Livro de Mossoró

A FEIRA QUE COMEÇA NESTA QUARTA, SEGUE ATÉ O DIA 3 DE NOVEMBRO COM ENTRADA GRATUITA. FOTO: DIVULGAÇÃO

O Sistema Fecomércio RN, por meio do Senac, participa da 15ª Feira do Livro de Mossoró, que acontece entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro, no Partage Shopping. Com uma programação interativa, através do ambiente Senac Microsoft SmartLab, uma sala multidisciplinar, tecnológica e inovadora, os visitantes poderão vivenciar experiências únicas que são desenvolvidas e apresentadas pelos instrutores da instituição.

Dentro da programação da Feira, que inclui bate-papos, lançamento de livros, poesia, exposição, contação de histórias, dança, teatro e música, os visitantes poderão manusear várias ferramentas tecnológicas, como óculos de realidade virtual; celulares; binóculo de realidade virtual; tablet; drones e câmera 360. No espaço também será apresentado o portfólio de cursos do Senac, abordando temas das áreas de Informática, Fotografia e Design.

Feira do Livro de Mossoró

A Feira do Livro de Mossoró surgiu em agosto de 2005 com o objetivo de incentivar o hábito da leitura de uma maneira divertida e espontânea. Mais de 700 mil pessoas já visitaram a feira ao longo das 14 primeiras edições do evento. Nesta 15ª edição são esperadas 50 mil pessoas, de cerca de 34 municípios, entre 250 escolas que passarão pelo evento. A entrada é gratuita.

OAB pede exclusão de profissionais liberais de PL que prevê distribuição de lucros

SEGUNDO O PRESIDENTE DA ORDEM, FELIPE SANTA CRUZ, A EMENDA ATENDERIA A CLASSE MÉDIA BRASILEIRA E PROFISSIONAIS IMPRESCINDÍVEIS AO PAÍS, COMO ADVOGADOS, MÉDICOS, ENGENHEIROS, CONTADORES E OUTROS. FOTO: REPRODUÇÃO

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, pediu que seja incluída uma emenda para excluir os profissionais liberais do projeto de lei que prevê a tributação da distribuição de lucros e dividendos de pessoas jurídicas.

A proposta da OAB é incluir a seguinte emenda:

“Os profissionais liberais, constituídos na forma de sociedades uniprofissionais, são excluídos da tributação sobre a distribuição dos lucros”.

O projeto que prevê a tributação está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado desta terça-feira, 29. O PL recria a alíquota de 15% de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos das empresas. A proposta, de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), recebeu parecer favorável do relator, senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Segundo Felipe Santa Cruz, a emenda atenderia a classe média brasileira e uma gama de profissionais imprescindíveis ao país, como advogados, médicos, engenheiros, contadores e outros. “Ficarão mantidos na obrigatoriedade do pagamento as empresas de finalidade diversa às sociedades uniprofissionais, que é o espírito do projeto”, explica. Para ele, não é possível aceitar aumentar o imposto da classe média, já empobrecida.

Fim da isenção

O Projeto de Lei 2.015/2019, do senador Otto Alencar (PSD-BA), elimina a atual isenção do Imposto de Renda da pessoa jurídica sobre lucros e dividendos e estabelece o percentual em 15%, descontado na fonte. Assim, os resultados financeiros pagos, remetidos ou entregues pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, a outras pessoas jurídicas ou físicas, residentes no Brasil ou no exterior, terão a cobrança do imposto. A isenção está prevista na Lei 9.249, de 1995. A ideia de Otto é retomar a cobrança interrompida em 1995, mas que sempre vigorou desde a criação do imposto, em 1926.

O texto aprovado deixa a tributação mais dura para quem tem domicílio em país ou dependência com tributação favorecida, com alíquota máxima do IR inferior a 17%, ou é beneficiário de regime fiscal privilegiado (os popularmente conhecidos paraísos fiscais): nestes casos, a alíquota cobrada será de 25%.

Além do projeto do senador Otto Alencar, há ainda outro projeto tramitando na CAE sobre o mesmo tema. Nele, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), pretende ampliar a faixa de isenção para pessoas físicas e tributar lucros e dividendos de pessoas jurídicas, hoje isentos.

Clique aqui para ler o PL 2.015/19, do senador Otto Alencar.
Clique aqui para ler o parecer do senador Jorge Kajuru.

ConJur

Empresários da indústria ficam confiantes na preservação do Proedi após reunião na Presidência da Assembleia

A REUNIÃO CONTOU COM A PRESENÇA DE 50 EMPRESÁRIOS E DOZE DEPUTADOS ESTADUAIS. FOTO: JOÃO GILBERTO/ALRN

Após participaram da reunião na Presidência da Assembleia Legislativa, os empresários da indústria do Rio Grande ficaram confiantes que o Proedi (Programa de Apoio Estímulo ao Desenvolvimento Industrial) terá continuidade sem risco de que mudanças criem insegurança jurídica.

“Nós chegamos à conclusão, após a reunião com o presidente [da Assembleia Legislativa], Ezequiel Ferreira de Souza e com os demais deputados, de que os empresários do Rio Grande do Norte, se depender do Proedi, podem dormir tranquilos. Ele assegura que a Assembleia vai garantir a segurança jurídica e os incentivos fiscais vão ser mantidos nos termos que estão no Proedi atualmente”, destacou João Lima, diretor da FIERN e presidente do Sindicato da Indústria Fiação e Tecelagem do Rio Grande do Norte.

A reunião teve a participação de mais de 50 empresários e pelo menos doze deputados estaduais. Durante o encontro, foi firmado o compromisso de que não vai prosseguir a tramitação do projeto de decreto legislativo que, se aprovado, iria sustar o Proedi.

Ao mesmo tempo, a Presidência da Assembleia deve conduzir as articulações junto ao governo do Estado para alternativas de possíveis compensações para as prefeituras, se forem constatadas necessidades de alguma medida nesta direção.

“Ele [Ezequiel] vai buscar junto ao governo outra forma de compensar os municípios caso seja necessário. O importante é que Proedi é imexível. O projeto que existe na Casa [de decreto legislativo] está na Comissão de Justiça e não vai andar”, acrescentou João Lima. “Nós enfatizamos que as mudanças no Proedi devem ser esquecidas. O Proedi tem validade, o decreto que está em vigor, e não vai ser modificado”, destacou Lima.

João Lima, que também é vice-presidente da Coteminas, lembrou que esse programa ajuda na competitividade das indústrias locais e na atração de novas empresas para o Rio Grande do Norte. “Portanto, estamos satisfeitos e confiantes [com o resultado da reunião]”.

Diretor Industrial da Guararapes, Jairo Amorim, também fez uma avaliação positiva do encontro na Assembleia Legislativa. “Havia um receio com a possibilidade insegurança jurídica muito grande. Mas, o presidente Ezequiel Ferreira e os demais deputados, entenderam a importância do programa. Mostramos que o Proedi colocou o estado alinhado com o que é concedido em incentivos ficais nos demais estados do Nordeste”, afirmou Jairo Amorim.

Ele ressaltou que, ao entrar em vigor, o Proedi teve repercussão na economia do Estado. A Guararapes, só no mês de outubro, contratou 234 novos funcionários e habilitou quinze nova oficinas de costuras. “Saímos de 61 e hoje estamos com 76 [oficinas habilitadas], que geraram 600 empregos no interior do “Estado”, disse Jairo Amorim.

Diretor da FIERN, Edilson Trindade também elogiou a definição da manutenção do Proedi, ao mesmo tempo em que se busca o diálogo com os municípios. “Com boa vontade na discussão, e de forma transparente, vamos encontrar o caminho do entendimento”, disse.

Também participaram da reunião os diretores da FIERN Edinaldo Barreto, Antônio Leite Jales, Ricardo Valença, além de representantes das indústrias Sterbom, Mineração Serrana, Guararapes, Coteminas, Tapuio, Armil, Casa Grande Mineração, Guararapes, Aquacoco, Nortex, Dore, Coats, Candy Pop, Clan, Condimentos Sadio, Unimetais, Vicunha Têxtil, Chapinha, Mizu Cimentos, Porcellanati e Cristalina.

Entre os deputados estaduais que participaram da reunião, além do presidente da Assembleia, estiveram Gustavo Carvalho, Tomba Faria, Cristiane Dantas, Ubaldo Fernandes, Getúlio Rego, Nélter Queiroz, Francisco do PT, Coronel Azevedo, Hermano Morais, Souza Neto, Raimundo Fernandes, Dr. Bernardo.