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Categoria: outubro 24, 2019

Casal teve casa inundada por esgoto em Acari e será indenizado pelo Estado e pela Caern

COMPANHIA DEVERÁ PAGAR A QUANTIA DE R$ 8 MIL A TÍTULO DE MORAIS. FOTO: ILUSTRAÇÃO

Um casal do Município de Acari será indenizado com o valor de R$ 8 mil a ser pago pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), a título de danos morais, em decorrência da inundação da sua residência, fato que ocasionou danos aos moradores, tudo em função do “retorno do esgoto”, ocasionado pelo seu transbordamento.

O juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas considerou caracterizada a omissão da empresa ao não atuar a fim de evitar o evento danoso. Ele também condenou o Estado do Rio Grande do Norte ao pagamento de R$ 2.581,00 a título de indenização pelos danos materiais suportados pelos autores, utilizando como referência o orçamento anexado por eles.

O caso

O casal moveu ação judicial contra a Caern e o Município de Acari afirmando que, por volta do mês de abril de 2014, passaram a enfrentar problemas corriqueiros de entupimento de esgoto da rua na qual residem, em razão do equívoco na construção. Narraram que, em razão dos problemas vivenciados, não somente eles, mas outros moradores realizaram reclamações junto à Caern, mas não obtiveram resultado esperado.

Entretanto, contaram que no dia 22 de março de 2015, após uma chuva, o esgoto da localidade entupiu e provocou o retorno para dentro da sua residência, invadindo os cômodos da casa e os fazendo perder diversos itens, como bolsas, colchões e travesseiros. Contaram, ainda, que passaram três dias na casa de parentes em razão de não ser possível permanecer no imóvel, que permaneceu por oito dias com cheiro forte de água fétida e esgoto.

Os autores afirmaram que após comparecer à Caern, foi realizado o protocolo de reclamação, sendo realizado em seguida um serviço provisório, que sequer sanou a situação, posto que até os dias de hoje permanecem os problemas.

Defesa

A Companhia defendeu sua ilegitimidade para responder à ação judicial, haja vista a responsabilidade do usuário e também do Município de Acari. Argumentou pela responsabilidade de terceiros e a ausência de conduta ilícita para requerer a improcedência do pedido. O Município de Acari também defendeu sua ilegitimidade para responder à ação judicial e pediu a improcedência dos pedidos.

Ao julgar o caso, o magistrado considerou que inexiste a ilegitimidade para responder a ação alegada pela empresa de saneamento, porque a empresa é responsável pelo sistema de água e esgoto no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte, ainda mais em casos como o dos autos, em que os supostos danos decorreram de saneamento executado por ela.

Decisão

Para o juiz Bruno Montenegro, o problema em questão ocorre de forma corriqueira e independentemente de chuvas, conforme foi informado de forma unânime pela vítima e pelos declarantes ouvidos em juízo. “Ademais, a ocorrência de chuva normal é fato previsível e natural, de modo que este não poderia servir de fator determinante do ocorrido, posto que o sistema de esgotamento deve estar preparado para situações de chuva dentro dos padrões de normalidade”, comentou.

O juiz explicou que, conforme percebeu pelas fotografias anexadas aos autos, a caixa de esgoto está em lugar desprovido de calçamento, em área de mato baixo, com terra e pedras, de forma que caberia à Caern, no momento de instalação, se cercar das cautelas necessárias para evitar o entupimento ou obstrução dos esgotos e da fossa, que, pelo espaço, pode acontecer naturalmente, pelo próprio deslocamento dos resíduos terrestres.

Por fim, com relação à alegada culpa exclusiva dos autores, verificou que tal argumento também não merece prosperar. “Ora, além de a empresa não ter demonstrado a culpa dos autores, deixando de comprovar o mau uso do sistema de esgoto pelos requerentes, há prova nos autos de que os autores, por diversas vezes tentaram a resolução do problema junto à empresa, não tendo suas solicitações atendidas”, ponderou.

O magistrado afastou ainda a responsabilidade do Município de Acari, porque não ficou demonstrado nos autos omissão que justifique a condenação pelos danos suportados pelos autores. Porém, condenou o Estado do RN a arcar com os danos materiais referentes aos bens danificados pela inundação.

Setur e Emprotur participam da 3ª Mostra de Turismo Regional de Mossoró

EVENTO ACONTECE ATÉ O PRÓXIMO SÁBADO, DIA 26

Iniciou nesta quinta-feira, 24, a 3ª edição da Mostra de Turismo Regional, evento que integra a 31ª edição da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste – FICRO. A mostra acontece na Estação das Artes e na Praça de Eventos da cidade até sábado, 26, das 18h às 23h. 

Em sua terceira edição, a mostra engloba as principais novidades na área do Turismo no polo Costa Branca, e reúne o trade turístico da região para o lançamento do Calendário de Eventos 2020, para a divulgação do Mossoró Cidade Junina, e apresentação de roteiros turísticos como a Rota do Sal.  

A Secretaria de Turismo do estado (Setur) e a Empresa de Promoção Turística do RN (Emprotur) participam da Mostra com um estande próprio, agregando turismo, artesanato e economia solidária, e expondo o conceito da campanha de divulgação do nosso destino, “Tudo Começa Aqui RN”.

“A participação em eventos regionais fortalece a interiorização da atividade turística no RN, que é prioridade do governo da professora Fátima Bezerra, assim, estar presente em eventos como esse fortalece os passos que estão sendo dados nesse sentido”, afirma a Secretária de Turismo do estado, Aninha Costa.

Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte e a Emprotur participam do evento por meio do projeto Governo Cidadão, com recursos oriundos do Banco Mundial.

De olho nas pernas… Juíza mede saia de advogadas com régua para permitir entrada em Fórum

PARA A PRESIDENTE DA OAB/IGUABA, “ESSA DETERMINAÇÃO SOA COMO MACHISTA E ESPANTA QUE VENHA DE UMA MULHER”. FOTO: REPRODUÇÃO

Quem diz qual é a medida da decência e do bom senso na hora de avaliar a vestimenta de uma mulher que vai ao fórum trabalhar? Pois a juíza diretora do Fórum de Iguaba Grande, Maíra Valéria Veiga de Oliveira, vem impedindo a entrada da advogada cuja roupa esteja mais de cinco centímetros acima do joelho, critério que não encontra qualquer respaldo legal. Para fazer valer o padrão arbitrário que instituiu, a magistrada afixou um aviso com uma foto de referência à entrada do tribunal e autorizou seguranças a medirem as roupas das advogadas com régua. Nessa quarta-feira, dia 23, a OABRJ, por meio da Comissão de Prerrogativas, protocolou uma representação disciplinar na Corregedoria do Tribunal de Justiça contra a magistrada. 

No documento, a Ordem sustenta que a magistrada, ao descumprir deliberadamente a regra do Artigo 6º da Lei Federal 8906/94, falta com seu “dever funcional de cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício na forma do Artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura”. 

CARTAZ NA ENTRADA NO FÓRUM EXPÕE REGRAS SOBRE A VESTIMENTA DAS ADVOGADAS / FOTO: ARQUIVO

O ato se dá após tentativas frustradas de diálogo da Seccional com a juíza. No ano passado, a presidente da OAB/Iguaba Grande, Margoth Cardoso, e toda a sua diretoria reuniram-se com Oliveira para tentar sustar o tratamento indigno dispensado às advogadas. Apresentaram as diversas queixas de colegas que se sentiram humilhadas, como a estagiária que precisou ter seu casaco costurado à barra de sua saia para conseguir transitar no fórum e a colega que precisou curvar os joelhos para cobrir os joelhos e passar na portaria, por exemplo.  Mas a juíza manteve-se irredutível. 

No início de outubro, a Diretoria de Mulheres elegeu a comarca para realizar a primeira edição da Blitz da Diretoria de Mulheres, que verifica o cumprimento das prerrogativas da advogada nos fóruns do estado. Com vestidos acima dos joelhos, a diretora de Mulheres, Marisa Gaudio; a vice-diretora de Mulheres, Valéria Pinheiro; a presidente da Subseção de Iguaba, Margoth Cardoso; a vice-presidente da OAB Mulher, Rebeca Servaes; e a coordenadora de Prerrogativas da Mulher Advogada, Fernanda Mata, foram ao Fórum de Iguaba sem avisar para testar a recepção

Servaes foi barrada e o grupo exigiu falar com a direção. A juíza as abordou com rispidez, acompanhada por policiais, e, ao defender sua posição, chamou as advogadas que frequentam o fórum de “piriguetes”. Mas comprometeu-se a refletir sobre o assunto e consultar o Tribunal de Justiça sobre a viabilidade de ela revogar a regra. Prometeu comunicar à Ordem. A resposta nunca veio.

OAB-RJ  

Iniciando clima de festa, Prefeitura do Natal começa instalação de decoração natalina

A DECORAÇÃO ESTE ANO PREVÊ MAIS PEÇAS NATALINAS EM TODAS AS REGIÕES DA CIDADE. PRÉDIOS PÚBLICOS TAMBÉM SERÃO DECORADOS

A Prefeitura do Natal deu início à instalação da Decoração Natalina 2019. O serviço está sendo executado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). Com o tema “Natal de Som & Luz”, o projeto de decoração deste ano prevê mais peças natalinas em todas as regiões da cidade, incluindo a construção de mais uma árvore na cidade, além de um túnel luminoso de 100 metros de extensão.

Atualmente, a Semsur está implantando a decoração dos Três Reis Magos da BR-101, dos Dromedários do Viaduto do Igapó, do Palácio Felipe Camarão e da Catedral Metropolitana. A Prefeitura também iniciou a montagem das árvores de Natal do Ginásio Nélio Dias e do Espaço de Lazer Marinho Chagas, no Parque dos Coqueiros.

O acervo natalino de 2019 contará com novas peças e mais cores. Ele também será instalado em áreas da cidade que antes não eram contempladas, como a zona Oeste. A iniciativa atende uma determinação do Prefeito Álvaro Dias, que tem como prioridade de gestão aproximar a prefeitura da sociedade e garantir a participação de todos os natalenses nos festejos natalinos.

A decoração será diferente de todas as outras já criadas. Ao contrário dos anos anteriores, o Executivo Municipal trará mais peças natalinas. O intuito é espalhar o espírito do Natal em todas as regiões e lembrar a todos da importância do nome da cidade.

“O Natal em Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo e, também, a data de fundação de nossa cidade. Somos a cidade do Natal e para comemorarmos essa data tão especial, iremos espalhar anjos, estrelas, cometas, painéis e notas musicais pelas ruas”, anunciou o titular da Semsur, Irapoã Nóbrega.

Aproximadamente 10 mil peças irão compor o acervo natalino de 2019. Desse total, cerca de oito mil são novos elementos decorativos. Em decorrência dos desgastes das peças do acervo antigo, a Prefeitura só conseguirá reaproveitar 40% do material usado nos anos anteriores.

A decoração do Natal em Natal será instalada em postes, árvores, canteiros centrais e fachadas de prédios públicos. Por toda a cidade a população verá os enfeites em formato de anjos, estrelas, cometas e notas musicais. Também serão instalados túneis luminosos, bolas gigantes, cascatas de luz e painéis com temas natalinos. As peças terão tons variando entre dourado, prata, azul, vermelho, verde e branco.

Outra novidade da decoração natalina de 2019 é o acréscimo de mais uma árvore gigante na cidade. Além de Mirassol, Parque dos Coqueiros e Ginásio Nélio Dias, atendendo um pleito da comunidade, a Prefeitura irá implantar uma árvore na Área de Lazer do Panatis. A Árvore de Mirassol terá 110 metros de altura e as demais, 30 metros. Todas serão decoradas nas cores prata, dourado e branco.

A Casinha do Papai Noel, sucesso entre as crianças que visitam a Árvore de Mirassol, será construída em madeira, com ambiente interno temático decorado com lareira, árvore de Natal, poltrona do Papai Noel, trenzinho e iluminação natalina. Outra novidade é a instalação de um túnel luminoso em Cidade Alta. O equipamento será instalado na Rua João Pessoa e terá 100 metros de extensão.

A verba destinada para decoração natalina é “carimbada”, oriunda da Cosip (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública) e voltada exclusivamente para serviços de iluminação pública.

Laços de cooperação: deputados recebem embaixador e prefeito palestinos

O ENCONTRO AINDA CONTOU COM AS PRESENÇAS DE REPRESENTANTES DA COMUNIDADE PALESTINA RESIDENTE NO RIO GRANDE DO NORTE: HANNA SAFIEH E ESAM ELALI. FOTO: JOÃO GILBERTO

Os laços de cooperação entre a Palestina e o Rio Grande do Norte foram pautas de uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 24, na Assembleia Legislativa, com a presença de parlamentares e do seu embaixador no Brasil, Ibrahim Alzeben, além do prefeito de Belém, Anton Salman. Membros da Mesa Diretora da Casa, os deputados George Sores (PR) e Tomba Farias (PSDB) representaram o legislativo estadual no encontro.

O embaixador e o prefeito estão em Natal para atualizar o acordo firmado em 1994 e que instituiu a capital potiguar e Belém como cidades “irmãs”. Segundo Ibrahim Alzeben, como as duas localidades mudaram bastante ao longo dos últimos 25 anos, faz-se necessário o ajuste. Para ele, esse entendimento passa pelo bom diálogo com “os representantes legais da população”.

Anton Salman destacou em sua fala que o acordo está estruturado em três pilares principais: cultura, juventude e turismo, com destaque para o primeiro deles. “Existe uma comunidade palestina aqui em Natal e essa aproximação nos permite uma melhor compreensão, tanto nossa sobre a cidade, quanto da cidade sobre a Palestina”, afirmou o prefeito da cidade.

George Soares e Tomba Farias ressaltaram a importância do encontro e manifestaram acolhimento ao propósito da visita oficial. “Somos simpáticos ao estreitamento de relações de cumplicidade e de cooperação”, disse George, e Tomba complementou que “Para o RN, relacionamentos estreitos e colaborativos são fundamentais”.

A reunião ainda contou com a presença do Diretor-Geral da Assembleia Legislativa, Augusto Carlos Viveiros, do Diretor-Geral da Presidência, Fernando Rezende, e da chefe de gabinete de Presidência, Larissa Rosado, além de representantes da comunidade palestina residente no Rio Grande do Norte: Hanna Safieh e Esam Elali.

ITEP realiza I Seminário para discutir suicídios na região Oeste do RN

O SEMINÁRIO TEVE INÍCIO COM A APRESENTAÇÃO DA PESQUISA “PERFIL DOS CASOS DE SUICÍDIO OBSERVADOS NA MESORREGIÃO OESTE DO RN

A Subcoordenadoria do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP) de Mossoró realizou nesta quinta-feira, 24, o I Seminário para discutir suicídios na mesorregião Oeste do RN, direcionado aos agentes de segurança pública, profissionais de saúde e profissionais da ação social.

O evento foi coordenado pela subcoordenadora do ITEP Regional de Mossoró, Wberlhane Pereira. A gerente da II Ursap, Emiliana Bezerra Cavalcanti, foi representada pelo coordenador da Política Nacional de Humanização (PNH), Erialdo Rebouças.

O seminário teve início com a apresentação da pesquisa “Perfil dos casos de suicídio observados na mesorregião Oeste do RN”. O estudo foi realizado entre agosto de 2017 a junho de 2019 e apresentada no Congresso Nacional de Criminalística.  A pesquisa tem como autores os peritos criminais da Subcoordenadoria do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP) de Mossoró, Roberta Lícia Marques Pena e Marcos Daian.

“São fatores de risco para a prática do suicídio perturbações mentais ou psicológicas, ações impulsivas associadas ao estresse, dificuldades econômicas, problemas de relacionamento, bullying, dentre outros”, disse Roberta Lícia Marques Pena.

RESULTADOS DA PESQUISA

O seminário teve sequência com a exposição do tema Depressão e risco de suicídio com a Perita Oficial Médica Legista Psiquiatra do ITEP-RN e Perita judicial médica psiquiatra – TJRN e JFRN, Geilne Alves Queiroz.

“O suicídio ainda é um importante problema de saúde pública e sua prevenção deve ser prioridade. Coibir essas mortes evitáveis é tarefa de todos nós. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um indivíduo morre a cada 40 segundos em decorrência do suicídio. É a terceira causa de afastamento do trabalho”, disse a psiquiatra Geilne Queiroz.

Os principais fatores de risco de suicídio são perdas, impulsividade, história de abuso, desesperança, desespero e desamparo depressão, transtorno bipolar, e esquizofrenia; condições de saúde limitante: tumores, HIV/Aids, dor crônica e doenças neurológicas”, destacou a Perita Oficial Médica Legista Psiquiatra do ITEP-RN, Geilne Queiroz.

Por último houve uma palestra da psicóloga clínica, pedagoga e membro do Conselho Gestor da Associação Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial (ABLAE), Neide Rebouças.

“É de suma importância discutir esse tema o ano inteiro e o  Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP-RN) é um órgão rico em dados. É nossa responsabilidade realizar pesquisas que subsidiem o Estado no desenvolvimento de políticas públicas”, destaca a subcoordenadora do ITEP Regional de Mossoró, Wberlhane Pereira.

Voluntários que participam de mutirão para limpeza de óleo em praias, apresentam sintomas de intoxicação

USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, CORRETO ARMAZENAMENTO DO MATERIAL E EVITAR BANHO EM PRAIAS AFETADAS ESTÃO ENTRE OS PRINCIPAIS CUIDADOS. FOTO: CLEMENTE COELHO JR/INSTITUTO BIOMA BRASIL

Em uma semana, o Hospital Municipal Osmário Omena de Oliveira, de São José da Coroa Grande, em Pernambuco, atendeu a 17 pessoas com sinais de intoxicação após terem tido contato com o óleo de origem desconhecida que já atingiu aos nove estados do Nordeste. Nenhum caso por intoxicação foi registrado no RN.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Tarciana Mota, entre os que procuraram atendimento médico há servidores municipais e voluntários que participaram da limpeza da praia e do Rio Persinunga. O grupo reclamava de fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias e do aparecimento de pequenas manchas na pele.

Ainda de acordo com a secretária, nenhuma das 17 pessoas atendidas precisou ser internada, mas a prefeitura pretende acompanhar a evolução do quadro de saúde de todas elas até ficar claro que tipo de componentes químicos há no óleo e quais reações eles podem causar.

“Oficialmente, ainda não sabemos que material é este. Sabemos apenas que é algo tóxico, embora não saibamos o grau de toxicidade”, disse a secretária, lamentando a presença de óleo em trechos litorâneos do município, incluindo no Rio Persinunga, onde mergulhadores contratados farão uma espécie de varredura para tentar identificar se o material se acumulou no fundo do rio.

Cuidados ao realizar um mutirão de limpeza em praias atingidas pelo óleo

Veja materiais importantes que devem ser usados e recomendações:

–        Uso de máscaras (principalmente no horário do início da tarde, quando é mais quente, pois no contato com sol o óleo libera vapores altamente tóxicos)

–        Luvas de PVC (não usar luvas cirúrgicas)

–        Botas (plástico ou outro material impermeável). Não usar tênis, bota de trilha nem ir descalço

–        Usar calças (não usar traje de banho). Se sujar a roupa, ela deve ser descartada

–        Carro de mão para armazenar o material retirado

–        Pás adequadas (de plástico ou inox)

–        Armazenar o material em tambores, bombonas ou  tonéis e deixar o material fechado, pois trata-se de material inflamável (não usar saco de lixo de plástico, pois o óleo pode rasgar os sacos). A destinação deve ser definida pelo Ibama e cabe ao município cumprir

–        Ao ver um animal afetado pelo óleo, não o devolva para o mar nem tente fazer procedimento, a não ser uma manobra de emergência para retirar o óleo de vias respiratórias. É importante manter o animal na sombra e hidratado. Procure especialistas, órgãos ambientais ou organizações que podem realizar os procedimentos adequados

–        É complicado retirar o óleo de rochas. Evite subir nestes locais que podem ocasionar quedas. Uma forma de limpar é com jato de água quente, pois é necessário muita força para conseguir extrair o material. Quando o material escoar, use material absorvente, como tecidos ou até biofibras, como fibra de coco que se aderem ao óleo

–        Em situações que o óleo esteja mais fluido, é possível usar materiais absorventes, como tecidos e também fibra de coco.

Deputados recebem prefeitos para debater alternativas para Proedi

DEPUTADOS E PREFEITOS TENTARAM CHEGAR A ACORDO QUE EVITE AS PERDAS DOS MUNICÍPIOS POR MEIO DO ICMS. FOTO: JOÃO GILBERTO

Um grupo com mais de 60 prefeitos ocupou as galerias do plenário da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, 24, em protesto contra o decreto do Governo do Estado que instituiu o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (Proedi). Os deputados interromperam a sessão para ouvir os gestores municipais, que buscam soluções para evitar redução dos recursos destinados aos municípios por meio do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

De acordo com o deputado José Dias (PSDB) o decreto, sob o ponto de vista jurídico, é ilegal e inconstitucional. “Os 25% dos municípios são deles e não do Estado. É uma crueldade com os municípios, não se concebe que um ente use a sua força de forma ilegal para sufocar quem já não está podendo mais viver. Caminhos para resolver há: essa casa pode sustar esse ato ilegal, temos que fazer esse gesto de coragem. O outro caminho é os prefeitos irem a justiça isoladamente”, sugeriu o parlamentar.

O prefeito do município de Brejinho, João Gomes, foi enfático ao protestar e questionar o decreto editado pelo governo. “Estamos aqui fazendo um pedido de socorro a esta casa. O país está passando por uma crise e nos municípios a situação não é diferente. Estamos amargando sucessivas quedas de receita e precisamos salvar os municípios”, argumentou João Gomes.

Mara Cavalcante, prefeita do município de Riachuelo, descreveu as obrigações que as prefeituras assumem referentes a despesas que são responsabilidade constitucional do governo Estadual. “Temos que levar em consideração que os municípios estão arcando com despesas como alimentação, moradia, estrutura de posto policial e combustível para a Polícia Militar. Na saúde, a Farmácia Básica tem 7 anos que o Governo não paga e agora quer pagar com o que já é nosso. Somos a favor do Proedi e da geração de emprego, mas não podemos perder além do que já perdemos sob pena dessa crise crescer ainda mais, ” explicou prefeita.

Sally Araújo, prefeito de Cruzeta e presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Seridó Oriental, acompanhou o discurso do deputado José Dias e falou sobre o ponto de vista jurídico do decreto governamental. “Esse decreto é inconstitucional e não pode se sobrepor a lei. O estado quer fazer com que as empresas voltem, mas ouçam o nosso grito de socorro. Já falamos com a governadora e com a comissão. Estamos aqui dando o último grito de socorro: salvem a vida dos municípios do Rio Grande do Norte”, disse.

Como presidente da Frente Parlamentar Municipalista, o deputado Dr. Bernardo (AVANTE), defendeu a causa municipalista. “Temos que ter o cuidado para não sermos vistos como ser contra o Proedi. Já fiz uma proposta para a permanência do programa desde que os municípios não sejam prejudicados, para que haja uma compensação. Não somos contra o programa, não somos contra a indústria e os empregos, mas somos contra a redução das receitas municipais, que já são insuficientes”, argumentou o deputado.

Os deputados Getúlio Rêgo (DEM) e Tomba Farias (PSDB) também defenderam uma compensação para os municípios. “O Governo tem a possibilidade de resolver esse impasse por meio de uma lei criando um programa de compensação para os municípios. Tem que haver um mecanismo de compensação. O governo errou quando não discutiu com os municípios”, disse Getúlio Rêgo.

O deputado Kelps Lima (SDD) defendeu compensação por meio de lei que prevê sequestro financeiro em conta bancária do Estado. “Nós somos deputados e podemos intervir em matéria de ordem tributária. Para isso não precisa de iniciativa do governo. Proponho repetir os termos do decreto para não prejudicar, mas incluir a compensação dos municípios e a gente resolve aqui. É só acrescentar no projeto de lei a compensação”, sugeriu o deputado.

Francisco do PT demonstrou preocupação com a causa municipalista e defendeu um entendimento entre o Governo e os Municípios. “A busca de um diálogo é o melhor caminho.  Esse entendimento é preciso porque o estado precisa de emprego. Eu estou do lado de quem quer gerar emprego e não há como construir alternativa sem o governo. Portanto, o melhor caminho é a busca do diálogo para encaminhar da melhor maneira possível, sem diálogo não se resolve nada”, defendeu o parlamentar. 

Líder do Governo na Assembleia, o deputado George Soares (PL) fez um apelo aos prefeitos e deputados para não politizar o debate. “Não podemos politizar o tema. Não é intenção do governo enfraquecer os prefeitos, uma vez que, tem prefeitos do PT, além de aliados de outros partidos. Porém, o Proadi, que foi feito por decreto ficou arcaico. Se esse novo decreto for cancelado o Estado fica sem nenhum projeto de desenvolvimento. Lembro ainda que o governo não se recusou a debater com os prefeitos e que esse é um projeto técnico que visa recuperar a geração de empregos”, argumentou George Soares.