Pobres sofrerão mais, afirmam Sandro e Isolda sobre reforma da Previdência
A Reforma da Previdência, aprovada ontem, no Senado, foi tema dos pronunciamentos dos deputados Sandro Pimentel (PSOL) e Isolda Dantas (PT). Na sessão plenária desta quarta-feira, 23, os parlamentares afirmaram que foi um erro e que irá prejudicar os mais humildes.
“Foi um ataque aos direitos históricos do trabalhador. O governo está atacando o povo pobre, trabalhador, que recebe até três salários mínimos. Se tivesse pulso, faria taxação das grandes fortunas, cobrando das multinacionais que devem muito”, disse Sandro Pimentel.
O deputado citou como exemplo o caso do Chile e disse que aqui no Brasil estão pretendendo imitar seu modelo. “O governo Bolsonaro quer fazer uma cópia falida do Chile, o país onde mais se suicidam velhos por conta da privatização da previdência. Desde que foi feita são os idosos que tem sofrido, com aposentadorias reduzindo os seus valores”, lamentou.
A deputada Isolda Dantas ao criticar a aprovação da reforma também se reportou ao Chile, para falar do maior índice de suicídios entre os idosos. A parlamentar afirmou que a reforma da previdência não irá funcionar, assim como a reforma trabalhista não gerou os empregos prometidos. “Daqui a alguns anos veremos a impossibilidade de conseguir se aposentar. A reforma vai ser uma tragédia na vida dos trabalhadores rurais e dos municípios”, disse a deputada.
Isolda Dantas citou que as pequenas cidades são quem mais vão sentir o impacto. “Vai ser uma tragédia nessas pequenas cidades, sem falar da juventude que não vai conseguir se aposentar. Fica a nossa tristeza, o lamento de um governo que está destruindo o país, incapaz de construir um futuro para essa juventude”, lamentou.
A parlamentar disse que a “onda” de se estimular o empreendedorismo no País não irá resolver o problema. “Como vamos falar disso se nossas riquezas estão sendo entregues, se nossa soberania não existe mais, onde os estados do Nordeste foram penalizados pela sessão onerosa? ”, questionou.
Isolda Dantas se referiu à reforma como uma retirada dos direitos e de desmonte da nação. “O Estado tem que servir a quem precisa dele e o que está em risco não é só a previdência, ela não é deficitária”, disse.
Policiais
Durante o horário destinado às lideranças, o deputado Sandro voltou a se pronunciar, ocasião em que solicitou ao governo do Estado a promoção de 49 cabos da Polícia Militar que aguardam pelo benefício. “Esses policiais já se graduaram e há cerca de cinco anos exercem a função, mas não conseguem as suas devidas promoções para sargento, que era um compromisso do Executivo Estadual”, relatou Sandro.
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