Um funcionário terceirizado da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira, 17, na
reitoria do campus universitário. Segundo familiares, o homem, identificado
como José Aldo Correia, de 53 anos, sofria de problemas cardíacos.
Atuante na área de manutenção elétrica da UFRN, José Aldo
cumpria expediente das 14h às 22h. Sua família sentiu estranheza na demora dele
para retornar para casa e resolveu procurá-lo.
Após buscas, José foi encontrado sem vida em um auditório da
reitoria, as 8h da manhã. Apesar de ter sido localizado nesta quinta, há a
possibilidade de que ele tenha morrido ainda na noite da última quarta-feira,
16.
Devido a problemas cardíacos, o homem foi afastado em 2018
da função e havia retornado aos trabalhos há seis meses. José Aldo era casado e
tinha quatro filhos.
Em contato com a reportagem do Agora RN, a UFRN informou que está prestando auxílio aos familiares e contactou todos os órgãos responsáveis, para a ação de perícia e remoção do corpo. Os serviços e aulas não serão suspensas. No entanto, as atividades do auditório da reitoria ficarão suspensos temporariamente.
A promotoria da Espanha pediu que o militar brasileira
Manoel Silva Rodrigues seja condenado a oito anos de prisão. Rodrigues entrou
no país com 37 pacotes de cocaína que somavam 37 kgs, durante uma viagem
realizada pela comitiva presidencial para o encontro do G-20, ocorrido no Japão
em junho deste ano.
A solicitação da promotoria é de que, além de cumprir os
oito anos de prisão, Rodrigues também pague uma multa de 4 milhões de euros, o
que é equivalente a mais de R$ 18 milhões.
O sargento da Aeronáutica foi preso em Sevilha no dia 25 de
junho com a cocaína na bagagem quando um raio-x detectou a presença de material
orgânico na mala do militar. Ao ser questionado, Rodrigues afirmou que estava
levando queijo para uma prima que morava na Espanha. O incidente levou a
comitiva a transferir a escala do avião onde estava o presidente Bolsonaro de
Sevilha para Lisboa. A Aeronáutica e as autoridades espanholas instauraram
inquérito para investigar o caso.
O ator, produtor e diretor Maurício Sherman morreu na manhã
desta quinta-feira, 17, aos 88 anos. A rede Globo confirmou a notícia em seu
perfil oficial no Facebook. Ainda não há informações sobre a causa.
Sherman foi um dos criadores do programa Fantástico e
dirigiu diversos programas de humor, como Os Trapalhões, Zorra Total e os de
Chico Anysio. Também teve trabalhos importantes no teatro, com peças como A Pequena Notável (1972) e Evita (1983).
No final da noite desta quarta-feira (16), a Polícia
Rodoviária Federal apreendeu uma adolescente de 17 anos, passageira do veículo
Polo Sedan, cor preta, transportando 500 g de crack.
Durante a abordagem, no Km 57 da BR 304, os policiais
constataram que a passageira seguia de Natal para Mossoró.
Ao descer do veículo, a passageira do banco traseiro,
residente em Baraúnas/RN, ficou bastante apreensiva. Ao revistar a sua bolsa,
foi encontrado um tablete de 500 g de crack.
A adolescente, presa em flagrante e encaminhada para a
Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, não informou a origem e o destino da
droga.
Nomeado presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo
(Fundase/RN) desde março deste ano pela governadora Fátima Bezerra, Herculano
Campos tomou posse nesta quarta-feira (16).
A assinatura do documento era vinculada à cessão temporária
concedida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde Herculano atua
como professor efetivo do departamento de Psicologia. O ato foi publicado pelo
Ministério da Educação em 18 de setembro, possibilitando a efetiva tomada de
posse no cargo estadual.
O termo de posse foi também assinado pela secretária de
estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social, Iris Oliveira, pasta
a qual se vincula a socioeducação. O momento contou ainda com a presença de
outros gestores da Fundação.
Sobre o presidente
Herculano Campos possui Doutorado em Educação pela UFRN e
pós-doutorado em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá. É professor
do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), onde atua na graduação e na pós-graduação, tendo como linhas de
pesquisas ‘práticas sociais e educacionais com crianças e adolescentes’ e
‘psicologia e educação na perspectiva histórico-cultural’.
Tem diversos trabalhos sobre a temática do contexto
socioeducacional, dentre artigos, livros e orientações de dissertações. Foi
membro do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, faz parte do Centro
de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) Casa Renascer e do
Observatório da População Infanto-Juvenil em Contextos de Violência (Obijuv),
do Departamento de Psicologia da UFRN.
Em 2016, participou da equipe que realizou o Projeto
Político Pedagógico da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fundase-RN), no
período da intervenção judicial, a partir de uma imersão realizada pelo OBIJUV.
O projeto teve como objetivo construir uma proposta socioeducativa inovadora,
em consonância com o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
A 4ª Jornada de Manejo
Integrado de Cultivos (MIC) teve início nesta terça-feira (15) e segue até a
sexta-feira (18), passando pelos municípios de Assu, Mossoró, Maxaranguape e
Ceará-Mirim. Trata-se de uma ação do Governo do Estado, por meio da Emater-RN
em parceria com o Projeto Governo Cidadão, que faz parte do compromisso de
salvaguardas ambientais, no âmbito do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.
Nesta quarta-feira (16), a
jornada ocorreu no Assentamento Oziel Alves, em Mossoró, na propriedade da
agricultora Joana Darc Valentin. Ela trabalha com as culturas da acerola, caju
e goiaba. “Hoje aprendi muitas coisas como podar corretamente e o tempo certo
para aparar os galhos. Fiquei muito feliz pela oportunidade de aprendizado e
troca de experiências com os pesquisadores, técnicos e agricultores”,
disse Joana Darc.
O engenheiro agrônomo e
pesquisador da Emparn, Amilton Gurgel, explanou sobre podas, ensinando na
prática como deve ser realizada e seus cuidados em cada cultura. O engenheiro
agrônomo e pesquisador da Embrapa – Tabuleiros Costeiros, Marcos Moreira,
ministrou oficina sobre pragas, como evitá-las, formas de manipulação e
aplicação da calda bordalesa (preparação natural à base de enxofre, utilizada
no controle de algumas pragas e doenças nas culturas) e do fungicida hidróxido
de cobre.O pesquisador também ensinou os participantes a construir uma
armadilha de garapa utilizando garrafa pet.
Durante a prática, o
agricultor Gilberto Pedro da Mota, que participou da jornada em setembro, deu
seu depoimento sobre a importância da atividade. “Depois que participei da
jornada, comecei a combater as infestações em minha propriedade nos pés de caju
e goiaba com as orientações que recebi. Hoje, já consegui exterminar cerca de
80% das pragas. Sempre que tiver essa jornada, quero participar para aprender
cada vez mais”.
Em Assu, na terça-feira
(16), o MIC ocorreu no miniauditório da UERN, com agricultores de Mossoró,
Assu, Baraúna, Angicos, Alto do Rodrigues, Itajá, Ipanguaçu, técnicos da
Emater-RN, representantes do Projeto Governo Cidadão e do Banco do Nordeste.
Técnicos e agricultores
construíram uma ferramenta para a elaboração do “Diagnóstico da cadeia
frutícola nos polos de produção do RN, nos municípios de Assu e Mossoró”
com as orientações do pesquisador Marcos Moreira, da engenheira agrônoma da
Emater-RN, Fernanda Aspazia, e do pesquisador da Embrapa – Cruz das Almas,
Bahia, Jaeveson Silva. O questionário tem como objetivo nortear as ações com os
médios produtores que são atendidas pelo Programa Mapa 2, executado pela
Emater-RN.
Nesta quinta-feira (17) o
MIC ocorrerá no Assentamento Santa Águeda (Ceará Mirim) sobre as culturas de
acerola e goiaba; finalizando na sexta-feira (18), no Assentamento Nova Vida II
(Maxaranguape), com a cultura do caju.
Aos 49 anos, Ricardo Costa,
ex-integrante do grupo Polegar, não tem vergonha de assumir que chegou ao fundo
do poço. Sem dinheiro para pagar dívidas do aluguel da casa, água, luz, gás,
empréstimos em bancos e até mesmo os agiotas, o agora chef de cozinha só
sobrevive graças a ajuda da família e de alguns vizinhos da cidade de Taubaté,
no interior de São Paulo. “Estou desesperado. Não suporto mais tanta
humilhação. Não sou vagabundo nem quero nada dado. Preciso de um empréstimo de
R$ 50 mil para pagar tudo que eu devo e ficar com uma pequena reserva para eu
poder me reerguer”.
Ricardo, que depois de
deixar o Polegar no início dos anos 2000 se formou em Direito e Culinária,
conta que se enrolou financeiramente desde que faliu seu primeiro restaurante,
em Mogi das Cruzes, há oito anos. “Consegui pagar tudo. O que sobrou, eu
comprei um Food Truck Ônibus para me manter. Mudei de cidade e tudo ia muito
bem. Só que nos últimos quatro anos, a crise financeira do Brasil fez muitas
pessoas montarem as suas barraquinhas de lanches, restaurantes caseiros e eu
voltei a quebrar. Cheguei ao meu limite no início deste ano”, assume
Ricardo, que anteriormente pediu duas vezes ajuda pública nas redes sociais.
“Nós últimos meses
resolvi apelar para vários famosos também. Entrei em contato com os assessores
diretos e fui nas redes sociais de Latino, Ana Maria Braga, Raul Gil, Luciano
Huck, Xuxa, Faustão, Rodrigo Faro, Gugu Liberato, entre outros e ninguém sequer
me respondeu. Pedi até para os meus ex-companheiros do Polegar e nada. O Rafael
Ilha se negou a me emprestar R$ 3 mil”, lembra.
Apesar de todas as
negativas, ele mantém a esperança. “Eu tenho fé que alguém vai poder me
ajudar. Não tenho pretensões de voltar à carreira artística nem penso em ganhos
milionários. Eu quero é viver dignamente do meu trabalho de chef de cozinha e
ter as minhas contas em dia”, finaliza Ricardo.
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN)
arquivou representação por providências criminais contra um perfil na rede
social Facebook que, segundo o representante, vinha “cantando mulheres”.
Para o procurador da República Kleber Martins, que proferiu
a decisão, o que é criminalizado no Brasil são as formas graves de cortejo
romântico/sexual, como a importunação sexual (art. 215-A), o assédio sexual
(art. 216-A) e, no extremo, o estupro (art. 213), mas não a simples “cantada”,
expressão que engloba o flerte, o elogio, os gestos de carinho e gentileza, os
olhares e palavras que aproximam os casais desde que o mundo é mundo, e que,
por isso, não violam qualquer lei.
O procurador registrou que há um movimento perigoso no mundo
que, embora alegue atacar somente aquelas condutas graves mencionadas acima –
já criminalizadas no Brasil –, avança para a possibilidade de penalização
acrítica de qualquer iniciativa de que se vale uma pessoa objetivando
conquistar afetiva e/ou sexualmente outra.
Esse movimento, ainda nas suas palavras, atua por meio de
uma mesma estratégia padrão, que se inicia pela seleção de casos extremos de
assédio, em que há agressão, violência, humilhação e trauma para as assediadas;
pela dispensação de um tratamento igualitário e genérico entre estes casos e
simples cantadas, flertes e cortejos verbais; pela propagação de um discurso
tendente a criar a impressão de que tais casos são a regra em nosso cotidiano,
inclusive por meio da disseminação de bordões do tipo “pelo fim da cultura do
estupro”, de matérias na imprensa e declarações de artistas; pela cobrança de
medidas do governo e do parlamento contra a “cultura do estupro”; culminando
com a aprovação de leis cuja aplicação, sempre envolta num clima de drama
nacional, pode culminar com o “linchamento” moral, social e profissional de
todo homem que for acusado de assédio.
Advertiu que iniciativas nesse sentido atentam contra o
próprio instinto reprodutivo, porque a cantada é uma das únicas “ferramentas”
de que uma das partes se vale para atrair a outra e, assim, formar com ela um
casal, seja com finalidade fugaz ou permanente, no intuito de constituir uma
família. Além disso, defendeu que, tratando-se de um recurso de que se valeu a
humanidade para constituir as famílias já existentes e indispensável para a
formação de novas, sua criminalização também violaria o art. 226 da
Constituição Federal, que estabeleceu que a família constitui nada menos que a
base da sociedade e, por isso mesmo, têm especial proteção do Estado.
Concluiu sustentando que essa criminalização geraria na
sociedade um comportamento defensivo, esquivo, por parte daqueles que apenas
buscassem se aproximar do seu par desejado, temente que sua iniciativa pudesse
ser acusada de criminosa. “Seria um mundo terrível de se viver, e certamente
não foi um mundo admitido como possível pelo constituinte de 1988.”
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