Depois de a coluna Radar, de Veja, revelar o despacho de Damares Alves para declarar Paulo Okamotto anistiado político, a ministra avisou que o governo não pagará “um centavo” ao petista. Ela também diz que a portaria em favor de Okamotto mostra a “imparcialidade” de sua atuação.
“Acho que o
episódio demonstra a imparcialidade da atuação. E mais: cumprimos uma mera
formalidade. Não pagaremos um centavo a este senhor”, escreveu a ministra.
O presidente da Comissão de Anistia também correu para explicar o ato. “Requerimento foi analisado pelo colegiado da #ComissãodeAnistia de 2009, época de Lula e Paulo Abrão, quando já haviam sido gastos R$ 2,6 bi em indenizações. A portaria apenas declara Okamotto anistiado, sem o pagamento de nenhum real de reparação econômica”, registrou.
A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RN, à unanimidade de votos, manteve a condenação de uma empresa ao pagamento por danos materiais e morais em virtude do cancelamento de uma apresentação artística sem justificativa e prévio aviso. A banda de forró de sua responsabilidade iria tocar em uma festa no município de Assu. O fato ocorreu durante o andamento da festa e após a aquisição dos ingressos pelo público.
Os
desembargadores da 3ª Câmara Cível estipularam a quantia da indenização a ser
paga pela empresa ao promotor de eventos em R$ 8 mil, valor que entendem que
não acarreta enriquecimento indevido do contratante do serviço nem decréscimo
patrimonial para a empresa contratada.
O caso
Na ação, o
promotor do evento afirmou que houve um descumprimento contratual por parte da
Erociano Promoções Ltda., o qual teria resultado em prejuízos de ordem
patrimonial e moral. Alegou que firmou um contrato com a empresa em 10 de junho
de 2011 para a realização de um show musical, da banda Forró Cavalo de Aço, no
Fama Club, na cidade de Assu.
Explicou que outra banda, denominada Forrozão pode Balançar, já havia sido contratada para fazer a abertura da festa e que após a divulgação do show, muitas pessoas adquiriram o ingresso de forma antecipada para participar do evento, que ocorreria antes do Assu Folia, uma festa tradicional do município, que era promovida no mês de outubro.
O promotor do evento explicou que, em 23 de julho 2011, dia marcado para a realização da festa, a equipe da banda Forró Cavalo de Aço teve acesso ao Fama Club, ficou hospedada em uma pousada e todos os preparativos da festa já tinham sido providenciados.
Destacou que
duas horas antes da festa começar, o vocalista da banda, o cantor avisou que
não ia mais realizar o show e pediu que todos os integrantes da banda saíssem
do palco, sob o argumento de que a estrutura era inadequada.
Afirmou que,
após anunciar o cancelamento da apresentação da banda, os consumidores que
haviam adquirido o ingresso e já estavam presentes no local, ficaram
insatisfeitos, mesmo após a divulgação da informação de que ocorreria a
restituição do valor pago.
Acrescentou
que houve uma confusão em razão do cancelamento, a qual resultou na quebra de
várias mesas e cadeiras e que em decorrência de todo o estresse foi atendido no
pronto socorro da cidade, na madrugada do dia 24 de julho de 2011.
Informou
ainda que, diante do descumprimento contratual, arcou com a despesa
correspondente à R$ 11.835,00, proveniente da divulgação do evento, aluguel do
local e de equipamentos, ressarcimento das mesas e cadeiras danificadas,
refeição e hospedagem da banda. Por fim, esclareceu que empresa informou que
não iria arcar com os prejuízos, sob o argumento de que não tinha culpa pela
não realização do evento.
Justiça
Na primeira
instância, o Juízo da da 3ª Vara de Assu, condenou a empresa contratada a pagar
o valor de R$ 1.065,00, a título de danos materiais, e também ao pagamento de
indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil em virtude dos prejuízos
decorrentes do cancelamento injustificado e sem prévio aviso do show artístico
contratado.
Inconformada, a empresa Erociano Promoções Ltda. recorreu da sentença condenatória defendendo a inexistência do abalo moral ao caso capaz de justificar a condenação nos termos pontuados na sentença. Pontuou ser descabida a indenização correspondente, sendo necessária a sua redução para R$ 2 mil no caso da decisão de mérito ser mantida.
O relator do recurso, desembargador Vivaldo Pinheiro considerou que o cancelamento do show ocorreu de forma injustificada e sem prévio aviso e, além de configurar ato ilícito, violou o princípio da boa-fé previsto no art. 422, do Código Civil, já que a negativa da apresentação da banda se deu de forma inesperada, frustrando a expectativa criada pelos consumidores, que pagaram os ingressos para assistir sua exibição.
Para ele,
está presente no caso o abalo moral suportado pelo contratante do serviço sendo
inconteste o infortúnio vivido em razão da conduta abusiva, omissa e negligente
da empresa ao descumprir os termos do contrato para realização do show musical,
especialmente, quando praticado no decorrer do próprio evento e após a
aquisição de vários ingressos pelos consumidores, sem qualquer comunicação
prévia.
“Presentes,
in casu, os requisitos necessários para o reconhecimento do dever de indenizar
e inexistindo qualquer causa excludente da responsabilidade, insurge-se forçosa
a obrigação da recorrente em reparar os danos a que deu ensejo”, decidiu.
Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Victor dos Santos Laus jogou um balde de água fria na estratégia petista de manter Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O ex-presidente, como se sabe, tem direito ao semiaberto, mas quer ficar preso até que o Supremo Tribunal Federal tome alguma decisão que o libere da cadeia em condição de “injustiçado”.
“O ex-presidente desfruta de uma condição especialíssima.
Não está preso num estabelecimento que é destinado a todos os presos. Está nas
dependências da Polícia Federal em Curitiba. É uma situação absolutamente
especial até em função da condição do ex-presidente. Pode-se dizer que isso é
uma regalia”, disse o desembargador, em entrevista à Rádio Gaúcha.
“Nós já recebemos manifestações da comunidade de Curitiba, da cidade e do entorno onde se localiza a Polícia Federal pedindo várias vezes para que o presidente saia de Curitiba. Aquela situação está desvalorizando imóveis da região, causando tumultos à comunidade que mora na vizinhança. O ex-presidente sabe que ele não é bem-vindo onde está por parte da comunidade de Curitiba, do morador da cidade. O fato de ele recusar um beneficio é uma situação extraordinária. Uma vez implementado o tempo necessário, ele progride, sim, de regime”, disse o desembargador.
O procurador regional do Trabalho Xisto Tiago de Medeiros Neto tomou posse, na manhã desta terça-feira (1º), em Brasília, no cargo de procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN), mandato que irá exercer por dois anos. Na solenidade, foram empossados pelo atual procurador-geral do Trabalho, Alberto Balazeiro, os eleitos para chefiar pelo próximo biênio todas as unidades regionais do MPT.
Xisto Tiago
substituirá o procurador do Trabalho Luis Fabiano Pereira, que esteve à frente
da gestão da instituição desde outubro de 2017. Para atuar como
procuradora-chefe substituta, a nova gestão conta com a procuradora do Trabalho
Lilian Vilar Dantas Barbosa. A nova gestão ficará à frente do MPT-RN até
outubro de 2021.
“Será ainda
maior o desafio e a responsabilidade de voltar a exercer, no tempo atual, com
tantas incertezas, ameaças e violências, a chefia do Ministério Público do
Trabalho no RN, uma instituição, hoje, mais do que essencial à justiça e à
democracia, pela sua destinação constitucional para a promoção dos direitos
sociais fundamentais nas relações de trabalho”, destaca Xisto Tiago.
Perfil – Nascido em Natal, o novo procurador-chefe tem 57 anos e formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 1984. Exerceu a advocacia até 1992, assumindo, em seguida, após aprovação em concurso público, o cargo de juiz no Tribunal Regional do Trabalho, no qual permaneceu até o final de 1993, quando obteve nova aprovação, sendo nomeado Procurador do Ministério Público do Trabalho, e, posteriormente, no período de 1995 a 2001, ocupado o cargo de procurador-chefe. No MPT, atua também como coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente.
Na área
acadêmica, é especialista em Direito do Trabalho e em Direito e Cidadania, além
de mestre em Direito Constitucional. Atualmente cursa doutorado na UFPR, em
convênio interinstitucional com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
(UERN). Integrou o corpo docente da UFRN, nos anos de 1998 e 1999, como
professor substituto, e retornou a essa instituição, em 2004, como professor
efetivo concursado, atuando hoje como professor adjunto nas áreas de graduação
e pós-graduação do curso de direito, e como coordenador da Revista jurídica In
Verbis. É professor colaborador da Escola Superior do Ministério Público da
União (ESMPU/Brasília), além de exercer, atualmente, a função de membro do seu
Conselho Administrativo. É autor dos livros Dano moral coletivo e Manual de
atuação do Ministério Público na prevenção e erradicação do trabalho infantil.
Um grupo de deputados de oposição ao governo apresentou requerimento para revogar o decreto assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT), que sustenta o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi). A medida trata de isenções fiscais para as indústrias do Rio Grande do Norte. Capitaneada pelo deputado estadual Tomba Farias (PSDB) e apoiada pelos parlamentares Galeno Torquato (PSD), José Dias (PSDB), Gustavo Carvalho (PSDB) e Kleber Rodrigues (Avante), a medida pode virar ainda uma ação na justiça, como ventilou Tomba durante discurso no plenário.
O parlamentar disse ainda que pretende convocar prefeitos do Rio Grande do Norte para realizarem uma manifestação contra a medida, que, segundo o parlamentar, vai acarretar prejuízos aos municípios do estado. De acordo com Tomba, as perdas para os municípios com o decreto de criação do Proedi podem representar um dreno de 60 a 80 milhões por ano aos municípios potiguares.
O deputado estadual Kelps Lima (SDD) criticou os governos estadual e municipal pelo abandono da Via Costeira de Natal, para ele a área é rica em belezas naturais e potenciais turísticos. Ele sugeriu em seu pronunciamento na sessão plenária na Assembleia Legislativa, desta terça-feira (1), que seja elaborado um projeto de urbanização e de viabilidade econômica no local.
“É inadmissível que uma
área tão rica em beleza e potenciais turísticos esteja abandonada desta forma.
O governo e a prefeitura precisam discutir e construir um projeto de
urbanização e de viabilidade econômica para a Via Costeira”, disse o
parlamentar, que teve seu discurso interpretado em libras.
Segundo Kelps, a Via
Costeira está sem radar de fiscalização há 7 anos, está escura à noite e possui
apenas uma linha de ônibus circulando. “É preciso criar espaços para a
população, para que os natalenses possam usufruir daquele lugar, que tem
potencialidades econômicas além dos hotéis existentes”, concluiu.
A política de aumento de
preços de combustíveis no Rio Grande do Norte foi tema de discussão na manhã
desta terça-feira (1º) na reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio
Ambiente e Interior, contando com a participação de representantes do Ministério
Público, Procon-RN e Sindpostos.
Os deputados promoveram o
debate a partir das reclamações da população em relação aos aumentos constantes
e da diferença dos preços aqui praticados e nos estados vizinhos.
“O debate foi muito
importante para a gente tirar dúvidas pois a população está sofrendo muito com
os preços praticados no Rio Grande do Norte, que está na terceira posição no
Nordeste, onde os combustíveis são mais caros. Quando a Petrobras anuncia um
aumento no mesmo dia os postos aplicam o reajuste”, disse o presidente da
Comissão, deputado Sandro Pimentel (Psol), ao final da reunião.
O presidente do Sindicato
dos Postos, (Sindipostos) Antônio Cardoso Sales explicou que o órgão não tem o
ofício de dizer qual é o preço nem quando ele deverá ser aumentado e quando
diminuído.
“Nós não trabalhamos para
definir preços. O consumidor pode escolher o posto onde vai abastecer e isso
pode ajudar muito na definição. Os postos são obrigados a comprar uma
quantidade de combustível. Se ele praticar preço maior em relação aos quem
vendem por um preço menor, vai quebrar. Então não pode ser praticado preço
abusivo. Se tem um problema no custo dos combustíveis, não é dos postos. Só de
ICMS é cobrado 29%”, disse Antônio Cardoso.
O representante do
Sindicato, ao ser questionado por que o Rio Grande do Norte tem preço maior
para a população, mesmo tendo uma refinaria no Estado, ele foi enfático. “Nós
não temos refinaria. A Clara Camarão é um remendo e vai fechar em 2020. A nossa
gasolina vem de Santos para poder ser feita a mistura em Guamaré”, afirmou.
O diretor do Procon
estadual, Thiago Gomes disse que o tema é muito polêmico e que o órgão tem
atribuição de fiscalização de 580 postos no Estado. “O Procon não pode atuar
com base em indícios. Há dificuldade de processamento das informações, mas só
este ano foram abertos 7 processos sobre aumento de combustíveis”, disse o
diretor do Procon-RN.
Já Alexandre Matos Cunha
Lima, do Ministério Público Estadual disse que “é preciso o auxílio do
consumidor o que vai ajudar muito, pois os postos são livres para o
estabelecimento dos preços, mas não podem praticar preços abusivos. Vários
postos estão em processos por reclamações entre 2008 e 2011”. Participaram da
reunião os deputados Sandro Pimentel e Ubaldo Fernandes (PL).
Por indicação do juiz Jarbas Bezerra e da advogada Lígia Limeira, o deputado estadual Tomba Farias (PSDB) foi homenageado na manhã desta terça-feira, 01, pelo projeto Setembro Cidadão. Bezerra e Limeira, que há seis anos idealizaram o projeto, entregaram ao parlamentar uma placa de agradecimento “por sua valorosa contribuição para a efetivação do projeto Setembro Cidadão, no curso dos seus seis anos de existência”.
Durante uma
breve solenidade de homenagem realizada no plenário da Assembleia Legislativa,
Tomba Farias, único parlamentar a receber o reconhecimento do Setembro Cidadão,
destacou a importância da homenagem. “Receber essa homenagem das mãos do juiz
Jarbas Bezerra e da advogada Lígia Limeira me enche de orgulho. O trabalho
conduzido por ambos é de fundamental importância para o Rio Grande do Norte,
contribuindo com a difusão dos princípios e condutas cidadãs, tão necessárias
ao desenvolvimento da ética no cotidiano dos potiguares”, ressaltou o
parlamentar.
Jarbas
Bezerra, por sua vez, destacou que a escolha do nome de Tomba Farias trata-se
de um reconhecimento mais do que justo e merecido. “O deputado Tomba foi
uma das pessoas que sempre acreditou em nosso projeto, já participou de emendas
impositivas no tocante do programa educação cidadã, na cidade onde foi
prefeito, Santa Cruz, ele tem lá uma estátua que é a maior estátua religiosa do
mundo que também ganhou uma iluminação alusiva ao nosso projeto. É um parceiro
que sempre que procuramos nos atendeu, sempre abraçando esse programa e não poderíamos
nunca esquecer do deputado, não poderia deixar de ser lembrado”,
enfatizou.
O Programa
Brasileiro de Educação Cidadã (PROBEC) surgiu no Estado do Rio Grande do Norte
no ano de 2013, de iniciativa do Juiz Jarbas Bezerra e da Advogada Lígia Limeira,
com o objetivo principal de gerar e aperfeiçoar conhecimentos relacionados à
formação ética, moral e cívica, capazes de produzir consciência crítica e
política, além do equilíbrio nas relações humanas.
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