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Categoria: setembro 28, 2019

Antes de ser a ‘índia de Bolsonaro’, Ysani curtia feminismo, LGBT e Jean Wyllys

ANTES DE EPÍTETOS COMO “A ÍNDIA DE BOLSONARO”, YSANI KALAPALO, A AUTOPROCLAMADA “INDÍGENA DO SÉCULO 21”, NÃO ERA TÃO DE DIREITA ASSIM. FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Ao menos não pela régua que costuma dar as medidas ideológicas no Brasil: falava bem de feminismo, LGBT e sexualidade “moderna” nas aldeias e mal da catequização dos povos. Até o psolista Jean Wyllys, que dizia admirar “desde a época do ‘Big Brother'”, tinha sua estima.

Do povo kalapalo, no Alto Xingu (MT), a youtuber começou a elevar os decibéis direitistas de seu discurso na campanha presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), a quem apoiou com entusiasmo. Na terça (24), num movimento que despertou a fúria de lideranças indígenas de seu Xingu natal, foi levada pelo presidente à Assembleia Geral da ONU e citada em seu discurso como aquela capaz de “externar toda a realidade vivida pelos povos indígenas do Brasil”.

Tratamento simetricamente oposto teve o cacique Raoni. Chegou ao fim o “monopólio” do líder caiapó de 89 anos, referência mundial da causa, disse Bolsonaro. Ysani, que estima ter 28 anos (sua cultura não conta idade), espelha o presidente ao afirmar que “um único cacique não fala por nós”. Foi o que disse em entrevista no Congresso, na quarta (25), enrolada numa bandeira do Brasil e ladeada por deputados do PSL. No mesmo dia, Raoni defendeu na Câmara que Bolsonaro deveria “sair para o bem de todos”.

Em março, o afeto pelo cacique octogenário era maior. “Já estive algumas vezes com Raoni, ele é um senhorzinho muito interessante para bater um papinho”, tuitou Ysani, tendo o cuidado de fazer a ressalva: “Gosto dele, só que ele muitas vezes já foi usado pelas ONGs e partidos de extrema esquerda”. A kalapalo respondia a uma foto que a ministra Damares Alves (Família, Mulher e Direitos Humanos) postou, ela com Raoni. Damares escreveu que os dois discutiram medidas para a proteção de tribos e acrescentou: “#ninguémficaráparatrás”.

Um tópico também debatido em 2018 por Ysani e Bolsonaro. Ela tem um canal de YouTube com 283 mil inscritos, e nele publicou uma conversa com o então pré-candidato à Presidência. Em clima cúmplice, questionou se era verdade que ele, caso eleito, expulsaria índios de suas terras e mexeria em demarcações já estabelecidas. Ele nega e atribui a “fake news” ao PT, que espalharia “o terror, como os terroristas que sempre foram”. Propõe que indígenas brasileiros “poderiam viver de exploração” do território deles assim como aqueles dos EUA usufruem de royalties de cassinos instalados nos seus.

Hoje, já presidente, Bolsonaro se diz disposto a rever terras já garantidas às tribos. Ao passar pelo Congresso na volta de Nova York, Ysani disse que as ONGs “estão desesperadas” e “romantizam índio”. “Hoje não cola mais ficarmos parados como 500 anos atrás. Hoje o índio quer ter o mesmo direito que qualquer cidadão brasileiro tem.” Um reflexo da fala presidencial para líderes mundiais: “Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas”.

Na Câmara, Ysani enveredou-se por um discurso que parecia saído de um manual progressista, mas é agora reapropriado pela direita: “Querem botar índio no cabresto, o negro no cabresto, o homossexual”. A esquerda e ela já se tiveram em alta conta. Em maio de 2013, Ysani participou do 10º Seminário LGBT do Congresso Nacional, a convite do mesmo parlamentar do PSOL que, três anos depois, cuspiria no colega Bolsonaro na votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Câmara -em 2019, o segundo viraria presidente, e o primeiro abdicaria do cargo, dizendo-se alvo de ameaças num Brasil agora sob guarda de um homem “que sempre utilizou de homofobia contra mim”.

A kalapalo se disse privilegiada por ter sido chamada “pelo grande deputado Jean Wyllys”, cuja luta “acompanho há muito tempo, desde a época do ‘Big Brother’.” Fez um discurso para esquerdista nenhum botar defeito, comparando a luta de povos indígenas à dos homossexuais, atacando a usina de Belo Monte (“Belo Monstro!”) e pedindo proteção às terras kaiowás e à Aldeia Maracanã, ocupação no Rio alvejada pela PM naquele ano.

A voltagem feminista eletrizou o ambiente. Ysani evocou lendas de sua tribo nas quais as mulheres “é que eram as deusas” no passado. E “o relacionamento entre elas mesmas era normal” até “um certo homem branco” aparecer, afirmou. “Ele disse assim: “índios, isso é coisa do diabo. Vocês, homens, têm que dominar essas mulheres. […] Segundo a Bíblia, -estou apenas repetindo o que eles falaram para o nosso povo- o homem nasceu primeiro, e a mulher nasceu depois. Na nossa cultura, quem nasceu primeiro foi a mulher.”

No último ano, seu canal audiovisual aumentou a carga política, com vídeos falando mal do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e da esquerda em geral. Antes, mais corriqueiras eram gravações sobre “feminismo indígena”, absorventes na mata e até curiosidades da vida íntima, como no título “índio faz sexo anal? (“no vídeo de hoje, vou tirar sua dúvida, safadinho”). No fórum LGBT, a youtuber dizia ter certeza de que um dia os filhos de todos ali ririam de tanto preconceito.

“Todo esse pensamento vai ser considerado como o pensamento do Hitler, quando ele estava matando judeus. Vai ser tudo considerado atrasado.” É a “indígena do século 21” que agora é considerada atrasada por boa parte de seus pares. Às vésperas da assembleia da ONU, caciques de 16 povos do Xingu divulgaram uma carta que dizia: “O governo brasileiro ofende as lideranças ao dar destaque a uma indígena que vem atuando constantemente em redes sociais com objetivo único de ofender e desmoralizar as lideranças e o movimento do Brasil”.

O desagravo veio do Grupo dos Agricultores Indígenas do Brasil e da tenente Sílvia Waiãpi, secretária nacional da Saúde Indígena. Primeira índia nas Forças Armadas do país, ela disse ao lado de Ysani, em Brasília, que “este governo nos deu voz”. A reportagem conversou com três indígenas do Xingu sobre Ysani, duas delas mulheres (todos pediram anonimato).

Delas vieram frases como “temos várias indígenas que são nossas representantes legítimas, mas com certeza ela não está na lista”. O homem afirmou que o cacique principal dos kalapalo não quer vê-la por perto. “O povo não aceita mais ela aparecer na aldeia. Nunca mais vai pisar.” O fato de morar há anos em São Paulo fez com que muita gente tachasse Ysani de “índia fake”, como se ela nunca tivesse frequentado as bandas mato-grossenses.

No Natal de 2018, ela postou um vídeo contando sobre seu 25 de dezembro de 2002. Ela e a família, disse, chegaram “sem nada” em São Carlos (SP), e num primeiro momento foram acolhidos por mórmons. Só o pai falava português. Mudaram-se por causa de uma doença que ela, com “11 pra 12 anos”, e a irmã de nove anos tinham e que o pajé não conseguia curar, afirmou  Os pais acreditavam que as duas estavam sob feitiço de inimigos deles. Passados 17 anos, Ysani acumula desafetos próprios e fotos com Bolsonaro e a primeira-dama Michelle na ONU. Um dos motes que reproduz nas redes sociais: “Mais Ysani, menos Raoni”. Por ora, ela não quer mais “papinho” com o “senhorzinho” cacique.

Diário de Pernambuco

Governo do RN usa plataforma do UNICEF para combater exclusão escolar

GOVERNADORA FÁTIMA BEZERRA PARTICIPOU DO EVENTO, REALIZADO EM MOSSORÓ. FOTO: SANDRO MENEZES

O RN tem Busca Ativa. A governadora Fátima Bezerra reuniu os gestores das 71 unidades de ensino da 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (Direc), inaugurada nessa sexta-feira, em Mossoró, para falar sobre a gestão da plataforma gratuita do UNICEF.

A plataforma de combate à exclusão escolar identifica crianças e adolescentes e os territórios mais vulneráveis, envolvendo as áreas da educação, saúde e assistência social.

De acordo com a Unicef, cerca de 50 mil estudantes estão fora da escola no RN. A ação envolve 865 profissionais no RN, em todos os 167 municípios, e já realizou encontros em Natal, Assu, Pau dos Ferros, Apodi e Serra Negra do Norte.

Prefeitura do Natal leva ação de cidadania aos moradores de Nossa Senhora da Apresentação

PREFEITO ÁLVARO DIAS ESTEVE PRESENTA AO EVENTO. FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER

O Participa Natal nos Bairros deste sábado prestou um numeroso volume de serviços e de atividades que beneficiaram os moradores de N. Sra. da Apresentação e da região. Ação da gestão e cidadania para a população.

A Secretaria de Planejamento é quem coordena a Ação Participa Natal nos Bairros com o apoio do Setor de Comunidades da Secretaria Municipal de Governo. O projeto, que na sua realização tem sempre a presença do prefeito Álvaro Dias, consiste em levar aos bairros secretarias, órgãos municipais, empresas e instituições parceiras para, em um único dia, realizar vários serviços e atendimentos às demandas previamente apontadas pela população.

O bairro de Nossa Senhora da Apresentação, que fica na Região Administrava Norte, será o quarto visitado pelo projeto. Já foram beneficiados o Planalto, Lagoa Azul e Bom Pastor, totalizando mais de 12 mil atendimentos. Além de todas as secretarias e órgãos vinculados a prefeitura, participam dessa quarta edição o SESC, SENAC, Instituto Mix, COSERN, Farmácias Santa Fé, Força Aérea Brasileira, UNI-RN e Conselho Tutelar da Região Norte.

A população de Nossa Senhora da Apresentação será beneficiada com atendimento médico, vacinação, testes rápidos, aferição de pressão, emissão de Cartão do SUS, escovódromo com aplicação de flúor, dia D da vacinação antirrábica para cães e gatos, agendamento de RG, emissão de foto 3×4, plastificação de documentos, cadastro único, tributo a criança, emissão de cartão do idoso e de estacionamento, informações sobre o programa minha casa minha vida, atendimento jurídico, troca de lâmpadas, corte de cabelo, design de sobrancelha, orientação e distribuição de mudas, recreação para crianças, apresentações artísticas, entre outras ações.

Creche expulsa bebê que “assustava outras crianças” por causa da aparência

MENINA DE DOIS ANOS DA RÚSSIA QUE NASCEU COM MÁ FORMAÇÃO NO CRÂNIO NÃO PÔDE CONTINUAR ONDE ESTUDAVA DEPOIS QUE OUTRAS CRIANÇAS SE ASSUSTARAM. FOTO: REPRODUÇÃO

Uma creche de Bashkortostan, na Rússia, expulsou Sofya Zakharova, uma menina de dois anos que nasceu com má formação no crânio por um motivo bastante polêmico. A instituição alegou que a bebê “assustava as outras crianças com sua aparência” e atrapalhava o trabalho das professoras e funcionárias.

A informação do jornal Daily Mail  é de que os pais da bebê informaram a creche que estão em busca de solidários que contribuem para que uma cirurgia de reparação seja feita na filha. Mesmo assim, a instituição cancelou a matrícula de Sofya.

“Disseram para mim: ‘Primeiro, você arrume a operação para que ela possa frequentar a escola como uma criança normal’”, informou a mãe ao jornal britânico.

Em nota, a prefeitura da cidade afirmou que apura o caso antes de abrir um inquérito de discriminação por parte da creche .

iG

Banda Calcinha Preta passa por apuros em avião, durante tempestade no Amapá

INTEGRANTES DA BANDA SERGIPANA ACHAVAM QUE IRIA MORRER, DEVIDO À VENTANIA. FOTO: REPRODUÇÃO

Os integrantes da banda Calcinha Preta foram surpreendidos com um susto nesta sexta-feira saindo de Carauari, no Amapá. O local é de pouco acesso e foi necessário o deslocamento de dois aviões de pequeno porte. Com muita chuva e nevoeiro, a aeronave precisou realizar um pouso forçado.

“O avião chegou a ficar 40 minutos sobrevoando sem sentido, apenas para se manter, muitas vezes foi jogado de um lado para o outro devido a grande ventania, pensava que ia morrer”, explicou Cleverton Santos, dançarino do Calcinha Preta e marido de Paulinha Abelha.

Irmão de Lula: “No semiaberto, volta para casa como bandido. Sou contra”

FREI CHICO DEFENDE QUE SE AGUARDE A POSIÇÃO DO STF E QUE O PETISTA SÓ VÁ PARA CASA QUANDO FOR ABSOLVIDO. FOTO: EVANDRO ÉBOLI/VEJA

Um dos irmãos de Lula, Frei Chico e outros familiares passaram a quinta-feira com o ex-presidente na Polícia Federal, em Curitiba. A namorada do petista, Rosângela da Silva, estava junto.

Frei Chico garante não ter tratado com Lula da sua situação judicial.

“Quando a gente se junta só falamos besteira” – disse Frei Chico ao Radar na manhã deste sábado.

Mas o irmão do presidente é contra Lula ingressar no regime semiaberto, se é que lhe é facultado escolher. E contou suas razões.

“Ele ir para casa nessa condição é, para mim, ir como um bandido. Não é correto. Tem que ficar em casa, sim, mas livre e solto. Absolvido! E agora que o Supremo (STF) está perto de julgar. Na minha opinião, deve continuar enfrentando. Se precisar, que fique mais dois ou três anos. É a história dele em jogo. Nâo é qualquer coisinha, não!” – disse Frei Chico.

Veja

Litros de “sangue”: Kill Bill, Rambo e Pulp Fiction estão entre os filmes mais sangrentos do cinema

Contando com litros e mais litros de sangue cenográfico, os longas chamam a atenção pela quantidade – e talvez até pelo exagero: são diversas cenas em que o líquido vermelho realmente jorra – e não é pouco.

Além disso, se você acha que o sangue aparece mais em filmes de terror está muito enganado, ação e suspense também são grandes responsáveis por cenas sangrentas.

Kill Bill

Kill Bill – Volume 1 conta a história da personagem conhecida como “A Noiva”, interpretada por Uma Thurman. Ela é uma ex-assassina que acorda de um coma de quatro anos após Bill, seu ex-amante e chefe, tentar matá-la no dia do casamento. A partir desse acontecimento melancólico, a protagonista inicia um plano de vingança.

Muito sangue cenográfico foi utilizado nas gravações do filme, agregado a cenas de luta com diversas referências a outros filmes clássicos, como Jogo da Morte, com Bruce Lee.Cerca de 450 galões de sangue falso foram utilizados em Kill Bill, e apenas em Kill Bill – Volume 2, a quantidade equivale a 1.600 litros.

Pulp Fiction: Tempo de Violência

O filme de Quentin Tarantino, lançado em 1995 no Brasil, conta a história de quatro criminosos cujos caminhos acabam se cruzando. Trata-se de um pistoleiro apaixonado pela mulher de seu chefe, um boxeador e um casal que tenta executar um plano de roubo.

Considerada uma das obras mais clássicas da década de 1990, Pulp Fiction: Tempo de Violência tem fortes cenas explícitas, como violência de socos e tiros. No entanto, a construção do longa se faz de uma forma que o violento se una ao humor, denunciando os desvios da sociedade norte-americana.

Além das críticas, a violência – e principalmente o sangue – aparece em abundância. Em uma das cenas, os protagonistas aparecem banhados de sangue na sala de estar, e em outro momento, o líquido jorra na câmara, representação do rosto dos próprios espectadores.

De acordo com os técnicos de efeitos especiais do longa, cerca de 450 galões de sangue falso foram utilizados nas gravações do filme, o equivalente a cerca de 1700 litros.

Rambo IV

Em 2008, foi lançado Rambo IV, dirigido e estrelado por Sylvester Stallone. E como o 4º filme da franquia não poderia ser diferente dos outros, é recheado de violência.

O filme conta a história do retorno de John Rambo em aventuras perigosas na Tailândia. Dessa vez, o herói precisa resgatar um grupo de missionários das mãos de um exército birmanês.

Como já foi admitido por Stallone, o baixo orçamento do filme levou ao alto investimento em violência, e isso inclui quantidades absurdas de sangue falso. Essa escolha do diretor pode ser percebida nas cenas de ação, com muitos tiros, tortura e diversos outros métodos os quais possibilitam ao espectador um verdadeiro banho de sangue.

rollingstone

Mancha de óleo já afeta 109 pontos do litoral do Nordeste

A PRAIA DE MARAGOGI, EM ALAGOAS, É UMA DAS AFETADAS PELA MANCHA DE ÓLEO. FOTO: JAIM OLIVEIRA/GETTY IMAGES

A mancha de óleo que se espalha por 2 mil quilômetros da costa brasileira já atinge 109 pontos no Nordeste, desde o Maranhão até Sergipe e afeta alguns dos destinos mais visitados do País.

É o caso das praias de Pipa, aqui no Rio Grande do Norte, Maragogi (Alagoas), Tamandaré (Pernambuco) e do Futuro (Ceará), cuja economia depende da indústria turística, segundo relatório do Ministério do Turismo. Nos nove Estados da região, só a Bahia não foi contaminada pela substância viscosa.

Dono de lojas de suvenir na orla de Pipa, George Policarpo diz que não dá para calcular prejuízo com o acidente. “Quando o turista percebe as manchas, ele vai ter péssima imagem do local e vai achar que é descuido da região, que depende disso. O impacto aqui será maior a médio e a longo prazo. As pessoas que vierem agora vão levar em consideração isso”, pensa.

Até o momento, não se sabe a origem e o responsável pelo vazamento de petróleo no Nordeste, mas os órgãos ambientais acreditam que uma embarcação tenha despejado a substância ilegalmente em alto-mar.

O óleo traz consequências diretas para o ecossistema das praias e, até agora, atingiu dez animais (entre tartarugas marinhas e uma ave), dos quais sete morreram, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O contato com o produto também pode levar a sérios problemas à saúde de moradores e turistas.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) do Rio Grande do Norte, por exemplo, emitiu nota em que pede para população evitar contato com o petróleo e, se houver, “tentar retirar primeiro com gelo ou com óleos de cozinha, devendo, logo após, lavar a pele com água e sabonete neutro“. A medida é vista como “preventiva” pelo instituto já que o piche provoca irritações e alergia no corpo.

O petróleo cru é rico em benzeno, xileno e tolueno, causando náusea, visão turva, euforia e vertigem quando em contato com mãos, olhos e boca. Além disso, as neurotoxinas do óleo podem afetar o funcionamento cerebral a longo prazo.

“Em função disso, é importante que a coleta seja feita utilizando-se ferramentas como rastelos e pás, acondicionando provisoriamente o material em recipientes plásticos, enquanto o produto não for retirado do local, procurando proteger-se do contato direto com o resíduo, não podendo ser retirado por tratores”, instrui a nota do Idema.

Ibama, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e Petrobras estão investigando a situação. Segundo o Ibama, uma equipe de 100 pessoas está trabalhando com medidas paliativas na costa durante a semana.

Sobre a fiscalização de produtos vindos de área costeira manchadas pelo poluente, a reportagem entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. A Agência Sanitária de Sergipe, por meio da gerência de alimentos e da saúde ambiental, negou responsabilidade sobre o caso. Não houve resposta de outras agências de vigilância sanitária locais.

Com informações: época negócios