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Categoria: setembro 26, 2019

Em homenagem à UERN, governadora confirma R$ 11 milhões para assistência estudantil


EM 2019, O GOVERNO DO RN REPASSOU R$ 104,2 MILHÕES PARA A UERN. FOTO: ELISA ELSIE

A Câmara Municipal de Mossoró (CMM) realizou nesta quinta-feira (26) uma sessão solene em homenagem aos 51 anos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), no Teatro Lauro Monte, gerido pelo Governo do Estado através da Fundação José Augusto (FJA). Levando em conta que grande parte dos alunos, cerca de 90% dos 15 mil matriculados, são oriundos de escolas públicas, a governadora e chanceler da universidade Fátima Bezerra destacou em seu discurso o repasse de R$ 11 milhões exclusivamente para a política de assistência estudantil.

“Vamos garantir aos jovens, sobretudo aos mais carentes, o direito de sonhar. Que eles possam não somente ter acesso, mas consigam permanecer na universidade”, disse, ao informar que o governo destinará recursos oriundos do Fundo de Combate à Pobreza (FECOP) para a instituição, a pedido da reitoria. “Para nós, educação não é gasto. Universidade é investimento, é inclusão, é desenvolvimento, inovação, ciência e tecnologia”. Ela também reafirmou a garantia de repassar recursos na ordem de R$ 3,6 milhões, para compensar o mesmo valor contingenciado pelo Governo Federal.

A solenidade teve o propósito de homenagear às pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para o crescimento da UERN nesses 51 anos de existência. A presidente da CMM, vereadora Izabel Montenegro, conduziu o evento e agradeceu a todos os presentes. A sessão solene foi proposta pelo vereador Francisco Carlos, integrante da frente parlamentar em defesa da universidade. “A Câmara reconhece e homenageia a todos os que fizeram e continuam fazendo o que a UERN é hoje, a todos aqueles que atuam em prol do desenvolvimento da nossa universidade. É preciso reconhecer a necessidade de investimento em Educação”, afirmou.

Além da presença da governadora, foram convidados para compor a mesa diretora o vice-governador Antenor Roberto; a deputada estadual Isolda Dantas, representando o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira; a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini; o reitor Pedro Fernandes e a vice-reitora Fátima Raquel Rosado Morais; o desembargador Francisco Saraiva Dantas Sobrinho, diretor da Escola de Magistratura do RN; o juiz de direito Breno Valério Fausto Ribeiro, diretor do Fórum Silveira Martins; o promotor de justiça Daniel Robson; a advogada Bárbara Paloma Fernandes, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mossoró; e o empresário José Wellington Fernandes, presidente da CDL Mossoró, representando todas as associações empresariais da região.

A plateia era composta por ex-reitores, como o Padre Sátiro Dias, fundador da Faculdade Católica do RN, professores, alunos, além de personalidades políticas e jurídicas como os deputados estaduais Francisco do PT, Bernardo Amorim e Allyson Bezerra; o juiz de direito Cleanto Pantaleão Filho; e gestores estaduais como a secretária adjunta da Casa Civil, Samanda Alves; o diretor da FJA, Crispiniano Neto; o diretor do Departamento Estadual de estradas de Rodagem (DER-RN), Manoel Marques; e a chefe de gabinete da secretaria da Educação, Socorro Batista. Ao iniciar seu discurso, a governadora se reportou ao ex-reitor Padre Sátiro como um agradecimento extensivo a todos que já desempenharam essa função.

“Na minha condição de governadora e chanceler é meu dever expressar toda a gratidão por tudo o que o senhor representa para a UERN e para Educação no RN. Estendo esse agradecimento a todos os demais reitores pela contribuição importante que deram e continuam dando ao desenvolvimento da UERN. Agradeço também ao vereador Francisco Carlos pela proposição”, disse. Fátima citou diversas parcerias que vêm sendo desenvolvidas com a UERN para o desenvolvimento do RN, como a Escola de Tecnologia da Informação (Escola de TI), recentemente lançada pela Secretaria de Estado da Administração, os projetos discutidos com os governadores da região, como o projeto Nordeste Conectado, dentre outras ações voltadas para Educação.

Ela também se referiu ao fato de o governo ter se transferido para Mossoró, no período de 26 a 30 de setembro. “A nossa presença resgata uma tradição e é um gesto de respeito a Mossoró. É uma forma de prestar contas do nosso trabalho, de estar mais junto da nossa população para dialogar ouvir seus anseios e falar do esforço que estamos fazendo para tornar o RN melhor. A cada dia acordo com mais disposição para juntos trabalharmos por dias melhores ao RN. Vamos continuar na defesa da nossa universidade, patrimônio do nosso estado. Vida longa à Universidade Estadual do RN. Parabéns universidade, parabéns Mossoró”.

Em 2019, o Governo do RN repassou R$ 104,2 milhões para a UERN, contra os R$ 78 milhões repassados no mesmo período do ano passado. Quando se comparam os valores empenhados, os números são proporcionais: R$ 133 milhões (19) e R$ 122,7 milhões (18). Neste ano, o Governo garantiu repasse mensal de R$ 1,5 milhão para custeio e R$ 1 milhão para finalizar obra do campus da Zona Norte, que será concluída até o final de 2020, além da garantia dos R$ 11 milhões via FECOP.

Para o reitor Pedro Fernandes, a UERN é uma instituição que insiste em querer mudar o significado da palavra crise. “Ao longo desses 51 anos já entregamos mais de 45 mil diplomas de graduação, mais de mil diplomas de mestrado e estamos começando a entregar os primeiros de doutorado. Temos 814 professores e mais 600 servidores administrativos que vivem somente dela e para ela. A UERN hoje esbanja 34 mestrados e quatro doutorados. Sem falar que a nossa universidade é a que tem maior capilaridade formando professores”, pontuou, e concluiu convidando a todos para visitarem a instituição. “Hoje sou eu que estou falando por ela. Amanhã poderá ser você ou seu filho”.

HOMENAGEADOS – Os vereadores de Mossoró indicaram servidores, professores e outras personalidades que se destacam na UERN para serem homenageados. Ao total, 19 pessoas foram reverenciadas com troféus, medalhas e títulos de cidadão mossoroense, como o professor Antônio Gomes da Silva, que recebeu a Medalha do Mérito Educacional Prof. Sólon Moura. Em nome dos homenageados, ele citou que considerou justas as homenagens uma vez que todos contribuíram para o desenvolvimento da instituição “mais ousada de Mossoró”.

“A admissão social dessa universidade é profícua no seu papel de qualificação do ser humano. A nossa luta é inconstante. A função dessa universidade é imensurável no contexto da nossa sociedade. O mundo não ficou somente para os inteligentes e há muitos cargos importantes que são ocupados por intransigentes, mas suas ações por si revelam a sua ignorância. O gesto da CMM para conosco jamais será esquecido”, disse, citando ao final uma célebre frase de Charles Chaplin. “Vença com ousadia porque o mundo pertence a quem se atreve”.

Luciano Huck pode deixar a TV para concorrer à presidência

APRESENTADOR POSSUI A INTENÇÃO DE SER CANDIDATO À PRESIDÊNCIA EM 2022. FOTO: DIVULGAÇÃO

De acordo com o colunista Tales Faria, do UOL, Luciano Huck tem a intenção de ser candidato à presidência em 2022. Segundo Tales, o interesse é antigo e o apresentador chegou a ser vetado da disputa em 2022.

Em nota, a Globo explicou que não houve veto, mas que, em caso de saída, ele não voltará mais a Globo.

“No texto intitulado ‘Pré-candidato, Luciano Huck diz a aliados estar disposto a deixar a Globo’ [escrito por Tales Faria], lê-se que houve um veto da emissora à candidatura do apresentador à presidência da República em 2018. A afirmação é incorreta. Diante das especulações de que seria candidato, a Globo o procurou para saber se de fato ele concorreria à Presidência e enfatizar que, se assim fosse, teria de se submeter às regras da emissora, segundo as quais a vida politico-partidária é incompatível com a permanência nos quadros da Globo, mesmo depois do processo eleitoral”, disse a nota

‘Queriam alguém para falar abobrinha?’ diz Bolsonaro sobre discurso na ONU

BOLSONARO VOLTOU A QUESTIONAR LIDERANÇA DO CACIQUE RAONI METUKTIRE, CRITICADO EM SEU DISCURSO NA ONU. FOTO: ONU/REPRODUÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro demonstrou incômodo com as críticas que recebeu pelo seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, na última terça-feira, 24, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele afirmou ter assistido a sua fala novamente e que não considerou suas posições agressivas. “Queriam alguém lá que fosse para falar abobrinha, enxugar gelo e passar o pano?”, questionou. Para ele, alguns setores da imprensa “foram para o esculacho”.

“Não fui ofensivo com ninguém. Assisti ao que eu falei, seria muito mais cômodo eu fazer um discurso para ser aplaudido, mas não teria coragem de olhar para a cara de vocês aqui”, disse, se dirigindo a apoiadores que o aguardavam na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira, 26. “Foi um discurso patriótico, diferente de outros presidentes que me antecederam, que iam lá para ser aplaudidos e nada além disso”, afirmou Bolsonaro.

Após criticar o cacique Raoni Metuktire na Assembleia-Geral, o presidente voltou a questionar a posição de liderança do indígena nesta quinta-feira, 26, e afirmou que ele “não fala a nossa língua”. Para Bolsonaro, Raoni não expressa os anseios de todos os índios.

“Raoni fala outra língua. Não fala a nossa língua. É uma pessoa que está com uma certa idade avançada, vamos respeitá-lo como cidadão. Mas ele não fala pelos índios. Cada tribo tem um cacique”, disse “Levei uma índia lá [para a Assembleia-Geral], a Ysani Kalapalo, não existe mais o monopólio do Raoni”, afirmou.

Associação busca moradia para venezuelanos que estão mendigando nas ruas de Natal

VENEZUELANOS QUE PEDEM DINHEIRO NAS RUAS DE NATAL SÃO INDÍGENAS E TÊM DIFICULDADE DE CONSEGUIR TRABALHO — FOTO: RAFAEL BARBOSA/G1

Desde a semana passada, nas principais avenidas da Zona Leste e da Zona Sul de Natal, começaram a aparecer imigrantes venezuelanos pedindo dinheiro nos sinais. Os grupos se concentraram em Ponta Negra e em Petrópolis. Segundo a Associação em Solidariedade ao Imigrante do Rio Grande do Norte (Asirn), ao todo, são 19 pessoas que vieram da Venezuela para se instalar na capital potiguar, e todos são índios Warao. A Asirn tenta agora conseguir moradia para esses imigrantes.

Esse grupo indígena é caracterizado pela pesca, hortifruticultura e artesanato. É uma população que vive em regiões ribeirinhas da Venezuela. Daí a dificuldade desses imigrantes de conseguirem trabalho nos centros urbanos brasileiros: eles não têm experiência com as profissões dessas localidades. Situações semelhantes têm acontecido no Norte do país.

Segundo a Associação em Solidariedade ao Imigrante do Rio Grande do Norte (Asirn), em Natal, os índios venezuelanos estão vivendo em uma pousada na cidade da Esperança, na Zona Oeste. Lá, cada um paga R$ 20 pela diária, dinheiro que conseguem pedindo na rua.

O presidente da Asirn, Muhamad Taufik, conta que a Associação está tentando viabilizar um lugar para eles morarem. “É o que eles precisam mais urgentemente”, argumenta. Taufik afirma que a Asirn tem reunião marcada com entidades católicas para tentar conseguir a moradia. Caso não dê certo, a alternativa é acionar o poder público. “Essas pessoas vieram buscando uma situação melhor. Aquele que não tem comida lá, vem buscar comida aqui. A fome também mata, não é só a arma”, pontua Taufik.

G1RN

Revista Veja mostra ao Brasil desabafo de jornalista potiguar que agrediu ativista Greta Thunberg

O jornalista e advogado Gustavo Negreiros viu sua vida mudar nos últimos dois dias. Durante a transmissão do programa 96 Minutos da rádio 96 FM de Natal (RN), ele fez críticas e comentários misóginos sobre a jovem ativista Greta Thunberg, de 16 anos. Segundo ele, a garota “está precisando de sexo”. Foi demitido. Dois dias depois do ocorrido, a VEJA, o radialista fez um mea-culpa: “Estou pagando pelo meu erro”.

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JetSmart vai voar entre Brasil e Chile com passagens a R$ 520

AÉREA DE BAIXO CUSTO PARTIRÁ DE SALVADOR, FOZ DO IGUAÇU E SÃO PAULO PARA SANTIAGO A PARTIR DE DEZEMBRO. FOTO: DIVULGAÇÃO

A companhia aérea chilena JetSmart começa a operar no Brasil a partir do dia 27 de dezembro, com voos de baixo custo entre o país e Santiago, a capital chilena. A primeira base de operação será Salvador (BA), com três frequências semanais. A empresa também terá partidas de Foz do Iguaçu (PR) e São Paulo (SP).  Nesses locais, começa a voar nos dias 5 de janeiro e 20 de março, respectivamente. As passagens da low cost já são vendidas no site da companhia e há voos a partir de 520 reais, ida e volta.

No modelo low cost, o valor das passagens inclui apenas o preço do voo e serviços adicionais, como bagagem e marcação de assentos, têm custo a parte. Segundo a companhia, para voos de Foz do Iguaçu à Santiago, o valor inicial do trecho é de 269 reais com taxas inclusas. De São Paulo (Aeroporto de Guarulhos) e Salvador, o valor inicial é de 299 reais.

O valor de 520 reais entre Foz e Santiago é para partidas em julho. Para voos saídos de São Paulo, a reportagem localizou passagens a 582 reais, já incluída as taxas em Abril. Já para Salvador, o preço mais barato encontrado foi de 962 reais em julho. O valor da passagem inclui uma bagagem de mão de até 10 kg, que pode ter altura máxima de 45 cm. Segundo o site da Jetsmart, são permitidas nesta categoria “carteiras, maletas ou mochilas”

No site da companhia, é possível comprar, junto com a passagem, mais uma mala para a cabine (10 kg) e bagagem despachada (23 kg). Cada novo item, custa de 102 reais a 118 reais na compra online. Caso o passageiro queira escolher o assento, o custo varia entre 37 reais e 61 reais por trecho.

Veja

PTinder: Professora cria aplicativo de namoro para ‘pessoas de esquerda’, gays e héteros

OBJETIVO É FACILITAR O AMOR ENTRE HOMENS, ENTRE MULHERES E ENTRE HOMENS E MULHERES. FOTO: DIVULGAÇÃO

Posicionamento político é um fator decisivo na hora de escolher um parceiro ou uma parceira? Se a resposta for sim, é provável que você já tenha desejado encontrar exclusivamente pessoas com opinião semelhante à sua nos aplicativos de namoro.

Em breve, isso será possível para pessoas que se identificam com a esquerda política, pois será lançado o PTinder – um trocadilho com PT (Partido dos Trabalhadores) e Tinder, uma das redes mais conhecidas para encontrar parceiros.

O anúncio foi feito na segunda-feira (23) por Elika Takimoto, professora e escritora filiada ao PT em 2017, que se candidatou a deputada estadual nas eleições de 2018, em seu perfil no Twitter. Ao lado da advogada Maria Goretti Nagime, do grupo Prerrogativas, ela lançará uma plataforma para “esquerdo-pessoas que estão solteiras ou em um relacionamento aberto ou confuso”, como descreve.

Segundo Elika, o objetivo é facilitar o amor entre homens, entre mulheres e entre homens e mulheres. “Porque o nosso coração é vermelho”, afirma.

Em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Maria disse que o projeto começará com uma página no Instagram, lançando depois um aplicativo. Não foi divulgada uma data de lançamento.

REPERCUSSÃO

O caso gerou polêmica nas redes sociais, com opiniões adversas. No Twitter, foi um dos assuntos mais comentados na manhã desta quarta. Alguns usuários criticaram a iniciativa por fazer um trocadilho específico com o PT, deixando de lado outros posicionamentos do espectro da esquerda. Em resposta, Elika disse: “Se não gostou da ideia do PTinder, é só criar o Ciro-Tinder, o Tábata-Tinder, o gado-Tinder,…”

MPF obtém condenação da filha e genro da ex-governadora Wilma de Faria por lavagem de dinheiro

RECURSOS DE CONTRATOS FRAUDULENTOS COM O GOVERNO DO ESTADO FORAM DESVIADOS PARA A CAMPANHA DE REELEIÇÃO DA EX-GOVERNADORA, EM 2006. FOTO: FACEBOOK/REPRODUÇÃO

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de Ana Cristina de Faria Maia e Carlos Roberto do Monte Sena, filha e então genro da ex-governadora do RN Wilma de Faria, por lavagem de dinheiro. Eles dissimularam a origem de R$ 200 mil, utilizados para impulsionar a campanha eleitoral de reeleição da ex-governadora, em 2006. Os recursos eram oriundos de fraudes em licitações e contratos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap/RN), denunciadas anteriormente pelo MPF na Operação Hígia.

O casal, por meio de movimentação bancária com fracionamento dos valores desviados, recolhia parcelas dos contratos fraudulentos em forma de doações de campanha. O esquema era coordenado pelos empresários Jane Alves e Anderson Miguel, já condenados pela Justiça Federal. A denúncia foi baseada em provas colhidas no curso da Operação Hígia e na colaboração premiada dos empresários.

O MPF constatou que as supostas doações tinham “a finalidade de manter a organização criminosa junto ao aparelhamento estatal, (…) com conhecimento prévio do ilícito por parte de Ana Cristina e Carlos Roberto, tendo em vista que todos tinham ciência de que os recursos financeiros ostentados pelo casal eram oriundos da prática de crimes.”

Na decisão, o juiz da 14ª Vara Federal do RN, Francisco Eduardo Guimarães Farias, considerou que “restou claramente confirmado que os acusados receberam de um dos integrantes do esquema fraudulento (…) valores expressivos a título de contraprestação para manter a empresa A & G locação de serviços nos contratos firmados com o governo estadual, os quais seriam possivelmente pulverizados na campanha eleitoral de Wilma Faria ao governo do Estado.”

O juiz também rechaçou a tese da defesa de Ana cristina de que ela só foi acusada por seu parentesco com Wilma de Faria e Lauro Maia – seu irmão, também condenado na Operação Hígia. Ele concluiu que a condenada “agiu dolosamente no intuito de ocultar e dissimular os valores provenientes de crime antecedente (…)”. Destacou, também, que “a vantagem indevida não foi entregue diretamente em suas mãos, mas por intermédio de seu ex-companheiro e corréu Roberto Sena, artifício largamente utilizado em crime dessa natureza com o propósito de ocultar os principais beneficiários do montante ilícito, a saber, a acusada Ana Cristina e sua genitora Wilma de Faria, então governadora do Estado.”

Os dois foram condenados a mais de cinco anos de reclusão, inicialmente em regime semiaberto e ao pagamento de 139 dias-multa. Ainda cabe recurso da decisão. A Ação Penal tramita sob o nº 0004293-32.2015.4.05.8400.

Operação Hígia – A Higia foi deflagrada em 13 de junho de 2008, após recolher diversas provas de ilícitos cometidos durante o período de 2006 a 2008. Além de pagamento de mão de obra terceirizada em programas que sequer haviam sido iniciados, constatou-se divergências no quantitativo de funcionários, por meio de fraudes como o acréscimo de “funcionários fantasmas” na folha de pagamento e também o lançamento em duplicidade dos nomes.

Em dezembro de 2013, 11 envolvidos foram condenados a penas que variam de dois a 16 anos, além do pagamento de multas. O esquema incluía fraude em licitação, tráfico de influência e corrupção ativa e passiva.

De acordo com o procurador da República Fernando Rocha, os condenados e demais envolvidos no esquema “se associaram de forma estável e permanente com a finalidade de promover crimes, dentre eles, fraudes em contratos licitatórios com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, corrupção passiva, peculato e tráfico de influência.”