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Categoria: setembro 17, 2019

“Há outras formas de fazer política”: Styvenson se posiciona contra projeto que aumenta repasse de recursos financeiros para partidos

O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) anunciou que vai votar contra o Projeto de Lei 5.029/2019 que permitirá, entre outras mudanças, o aumento dos recursos financeiros destinado aos partidos políticos nas eleições de 2020. O PL propõe ainda a flexibilização de cerca de 50 artigos da Lei Eleitoral e da Lei dos Partidos Políticos, criadas há cerca de 20 anos e que impõem regras para assegurar a transparência do processo eleitoral e partidário. A votação está prevista para esta terça-feira, 17.

Há outras formas de fazer política sem precisar usar o dinheiro público que vem do recurso da União, que já está insuficiente para dar contas de questões básicas da população. Eu não usei um centavo do partido, não tive apoio de liderança, nem de prefeito, não apareci em TV e nem em rádio e investi R$ 35 mil reais de recursos próprios na campanha. Por outro lado, teve candidato experiente na política, que concorreu comigo, investindo R$ 2 milhões do Fundo Partidário, e perdeu a campanha. Eu fui eleito senador com 745.827 votos porque me apoiei em um trabalho sério, de base, e tive o reconhecimento da população. Sou completamente contra o Fundo Partidário, e totalmente contra ao aumento deste fundo”, disse Styvenson na tribuna do Senado.

As mudanças propostas pelo projeto flexibilizam a prestação de contas dos partidos, oferecendo a possibilidade inclusive de compra de passagens aéreas para quem não é filiado à legenda. Há também a possibilidade de que possa haver propagandas partidárias nos veículos de comunicação, durante todo o ano e não apenas no período das eleições. O valor que será liberado pelo governo federal para o Fundo Partidário ainda não foi definido na Comissão Mista de Orçamento (CMO). O Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020 prevê o repasse de R$ 959 mi para o Fundo Partidário e mais R$ 5 bi para o Fundo Eleitoral.

Segundo Styvenson, de janeiro a junho deste ano, para as 23 legendas que recebem o dinheiro, foram repassados do Fundo Partidário, mais de R$ 390 mil reais e que a dotação estimada para o ano todo de 2019 é de R$ 810 mi. Além dos recursos do Fundo Partidário, em 2018, ano de eleições, os partidos receberam mais R$ 1,7 bi do Fundo Eleitoral. Para 2020, a PLOA está destinando R$ 2,5 bi para esse Fundo. “Os gastos estimados para a Segurança Pública em 2020 vão diminuir. De 11,5 bilhões este ano para 11 bilhões no ano que vem. Ou seja, gasta-se para sustentar partido político, o equivalente a um décimo do que se gasta para a Segurança Pública. E no ano que vem, que é ano eleitoral, os gastos vão mais do que dobrar, porque parte das emendas de bancada que a gente apresenta, vai para o Fundo Eleitoral”, explicou.

Essa balança está muito desregulada. Na minha opinião, esse ‘custo democrático’ que é pago pelo contribuinte já está passando dos limites e não há alegação que sustente. O dinheiro do Fundo Partidário é dinheiro público, dinheiro do contribuinte. Quero ter a consciência tranquila do meu voto não. E hoje, estimulo meus pares a fazer o mesmo. Porque a sociedade não aguenta mais pagar uma conta que não é dela. Não aguenta mais a chamada velha política”, concluiu.

Deputado Fábio Faria anuncia apoio à Reforma Tributária

Com previsão para ser votada ainda este ano, em pelo menos uma das casas legislativas do Congresso Nacional, a Reforma Tributária é a próxima grande pauta nacional. As duas principais propostas sobre o tema já estão em tramitação. Uma no Senado e outra na Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que há chances de votar a Reforma Tributária em 2019. No entanto, defende que o tema mais importante a ser discutido pelo legislativo é a organização dos gastos públicos e reafirma posição contrária à recriação da CPMF. “Acabou esse assunto!”.

Terceiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, o deputado federal Fábio Faria (PSD/RN), anunciou apoio à Reforma Tributaria. “Precisamos pensar no Brasil do futuro. Para isso, um sistema tributário mais moderno, justo e transparente é mais que necessário. Sou a favor das reformas que o país precisa”, destacou o parlamentar potiguar.

Fundado há 85 anos, jornal DCI anuncia última edição

MEDIDA PROVISÓRIA ASSINADA POR BOLSONARO, QUE DESOBRIGOU EMPRESAS DE PUBLICAREM BALANÇO EM JORNAIS DE GRANDE CIRCULAÇÃO, TEVE PESO NA DECISÃO. FOTO: REPRODUÇÃO

O jornal especializado em economia DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços vai publicar sua última edição no próximo dia 23. DCI, que faz parte do grupo Sol Panamby – que também é dono do Octávio Café e de emissoras de rádio, entre outros negócios -, comunicou a decisão aos funcionários na segunda-feira, 16. A companhia pertence à família Quércia.

De acordo com Raphael Müller, diretor executivo do DCI, a medida provisória assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no início de agosto, que desobrigou empresas de publicarem balanço em jornais de grande circulação, permitindo a veiculação apenas na internet, teve peso na decisão: “Não foi a questão preponderante, mas com certeza criou um cenário de muita incerteza.”

O site da publicação também será desativado, apontou o executivo.

O presidente Bolsonaro afirmou, em agosto, que a decisão de oferecer o Diário Oficial da União para que as empresas publiquem seus balanços anuais a custo zero era uma “retribuição” à forma como foi tratado pela imprensa durante a campanha eleitoral de 2018. Ele também chegou a declarar que o jornal Valor Econômico iria fechar em decorrência da medida.

Como é comum em jornais dedicados à cobertura econômica, a dependência do DCI da chamada publicidade legal – publicações de editais de licitação e balanços de empresas, por exemplo – era alta. O grupo Sol Panamby estava à frente da publicação desde 2002, mas o DCI foi originalmente fundado em 1934 (ou seja, há 85 anos).

Longa crise

Müller admite que o jornal já vinha sofrendo tanto com a crise econômica quanto com as dificuldades do setor de mídia, desafiado pela migração do leitor para meios digitais.

O jornal funcionava com estrutura enxuta desde dezembro do ano passado, quando demitiu metade de sua equipe editorial. Atualmente, mantinha 12 jornalistas e 17 pessoas no setor administrativo.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, uma assembleia será realizada nesta terça-feira, 17, para definir as condições da demissão dos profissionais. O sindicato disse ter sido avisado sobre o fechamento do jornal por volta das 16 horas da segunda-feira.

No ano passado, durante a mais recente rodada de demissões do DCI, o sindicato afirmou ter conseguido negociar pagamentos extras aos jornalistas, além das verbas rescisórias legais.

O Estado de S. Paulo.

Quinta Jurídica debate constitucionalidade da suspensão de aplicativos de mensagens em Natal

A suspensão dos aplicativos de mensagens por decisão judicial estará na pauta da nova edição da Quinta Jurídica. O evento acontece no dia 26 de setembro, às 19h, no auditório da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, em Natal.

Esta edição marca a abertura da 15ª Simulação de Tribunais Constitucionais. Os palestrantes serão o Juiz Federal Hallison Rêgo Bezerra, o perito criminal Bruno Luis Castro da Silva e a advogada Catarina Cardoso Sousa.

As inscrições são gratuitas e estão abertas através do site www.jfrn.jus.br . Para o dia do evento os inscritos deverão levar dois quilos de alimentos não perecíveis, produtos que serão doados a uma instituição de caridade.

Câmara homenageia 25 anos da Federação de Judô do RN; iniciativa foi proposta pelo vereador Kleber Fernandes

A Câmara Municipal de Natal, por meio do mandato do vereador Kleber Fernandes (PDT) realiza nesta terça-feira, 17 de setembro, a partir das 18h30, no Plenário Érico Hackradt, sessão solene em homenagem aos 25 anos da Federação de Judô do Estado do Rio Grande do Norte (FJERN).

Na oportunidade, o parlamentar, que é atleta em atividade, homenageará nomes de personalidades que ajudaram a construir a história do jubileu de prata da FJERN. Entre os nomes que receberão homenagens estão os ex-presidentes da Federação, Edmar Dantas e Carlos Barreto. Além dos ex-presidentes, os jornalistas esportivos Edmo Sinedino e Fábio Pachêco também serão homenageados. Daniele Mafra, secretária municipal de Esporte e Lazer, também terá o nome lembrado durante a solenidade.

“Para mim, enquanto atleta e parlamentar, é uma grande satisfação realizar uma solenidade em homenagem a Federação de Judô, que vem ao longo desses anos prestando relevantes serviços à sociedade norte-rio-grandense, estimulando a prática deste esporte que engrandece e enobrece com eficiência e eficácia, graças aos valores que dissemina”, Kleber Fernandes.

“Semear para cultivar”: Centro Socioeducativo de Mossoró recebe projeto de criação de peixes associada ao cultivo

O CULTIVO, CHAMADO AQUAPONIA, ENVOLVE OS ADOLESCENTES PRIVADOS DE LIBERDADE, OS AGENTES SOCIOEDUCATIVOS E ESTAGIÁRIOS DO PROJETO. FOTO: DIVULGAÇÃO

Com objetivo de construir a ressocialização dos internos do Centro de Atendimento Socioeducativo de Mossoró (CASE), foi implementado o Projeto “Semear para cultivar”, que consiste na criação de peixes associada ao cultivo hidropônico (sem contato com o solo) de hortaliças. A iniciativa é uma parceria entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo – Fundase/RN, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Ufersa e a Diocese de Mossoró. O cultivo, chamado aquaponia, envolve os adolescentes privados de liberdade, os agentes socioeducativos e estagiários do projeto.

A partir de atividades desenvolvidas diariamente, são organizados conteúdos didáticos trabalhados pelos professores dos adolescentes em áreas como Matemática, Ciências e Inglês. Figuras geométricas das tubulações, volume da água, fisiologia dos animais aquáticos e das plantas e parâmetros físico-químicos que são analisados na criação fazem parte das aulas.

O projeto conta com dois bolsistas universitários e o complexo montado no Case Mossoró comporta 30 tilápias, 96 pés de alface e 120 pés de coentro.

“Agora eles trabalham com a vida, dos peixes e das plantas; eles trabalham pela manutenção da vida desses seres”, aponta o coordenador do projeto pela Ufersa, professor Ivanilson de Souza Maia, engenheiro agrônomo especializado em desenvolvimento e meio ambiente.

 “Nosso objetivo é construir a ressocialização por meio de um trabalho que gere reflexão. Por que a água do peixe é ruim para ele, é boa pra planta e depois retorna para o peixe? Um aluno nosso, [cita nome do adolescente], disse que o Case pode ser comparado ao que o sistema possibilita com as plantas, no sentido de que a ‘água’ vem poluída da sociedade, ou seja, os adolescentes chegam com um histórico de vida comprometido e saem para uma vida nova, depois da filtragem na instituição”, contou.

O presidente da Fundase/RN, Herculano Campos, ressalta que “o elemento pedagógico do projeto é o grande diferencial. Ele não visa produção em grande escala. O Case representa para o adolescente o que a água representa para o sistema”.

O professor Ivanilson acrescenta ainda que o projeto, para os adolescentes, “é uma oportunidade de aprendizado para o trabalho, por meio do qual podem ter uma boa renda com um investimento inicial baixo”. De acordo com ele, são alguns materiais necessários: caixa de água, bomba (que pode ser reutilizada de máquina de lavar), canos, mangueira, registro de água, estrutura com cavaletes. 

O professor também informa que esse tipo de sistema tanto pode ser desenvolvido para consumo próprio, em sistemas caseiros para produção familiar, inclusive no meio urbano, em casa ou varanda de apartamento, desde que receba pelo menos cinco horas diárias de sol, como também para objetivo comercial, em larga escala, com altas densidades de peixes e vegetais. 

Aquaponia

O termo aquaponia é derivado da combinação das palavras “aquicultura”, produção de organismos aquáticos, e “hidroponia”, que é a produção de plantas sem solo. A entrada do sistema de produção é composto por um tanque, no qual são produzidos os peixes; alimentados por ração, eles liberam dejetos ricos em nutrientes que, por sua vez, ao serem bombeados para a parte superior do sistema, nutrem os vegetais. As raízes, ao retirar os nutrientes, purificam a água que retorna por gravidade para o local onde são produzidos os peixes.  

No Sistema de Tubulação em PVC, as raízes das hortaliças são alojadas em canaletas, as quais são parcialmente embebidas pela água, que leva os nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas. Esse tipo de cultivo pode economizar até 90% de água em relação à agricultura convencional e ainda eliminar completamente a liberação de efluentes no meio ambiente, pois trata-se de um sistema fechado.

Na aquicultura comum, excreções dos animais criados podem se acumular na água, aumentando sua toxicidade. No sistema aquapônico, a água alimenta um sistema hidropônico, em que os subprodutos são quebrados por bactérias nitrificantes em nitritos e depois nitratos, os quais são utilizados pelas plantas como nutrientes. A água volta então ao sistema de aquicultura.

Mourão teria recebido sugestão do Planalto de cancelar agenda com Fátima Bezerra no RN; Bolsonaro não gostou

DESCONTENTE COM MOURÃO, SEGUNDO INTERLOCUTORES, PRESIDENTE REASSUME ANTES DEPOIS DE AFASTAMENTO DEVIDO A CIRURGIA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Contrariando previsões, o presidente Jair Bolsonaro confessou a interlocutores que retorna nesta terça-feira (17/9) aos despachos da Presidência porque não quer prolongar a estadia do vice, Hamilton Mourão, por mais tempo no comando. A expectativa era de que ele voltasse ao cargo apenas na quinta-feira. Nesta segunda-feira (16/9), Mourão esteve no Rio Grande do Norte onde se encontrou com a governadora do estado, Fátima Bezerra (PT). No Planalto, fontes comentam que Bolsonaro não se sente confortável com a agenda política do vice e que o próprio Mourão havia recebido a sugestão de cancelar a agenda no Rio Grande do Norte.

O presidente interino também participou nesta segunda-feira (16/9) do 7º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha (EEBA). No mês passado, Bolsonaro se indispôs com a chanceler alemã Angela Merkel por questões envolvendo o Fundo Amazônia. Bolsonaro teria sido aconselhado a cancelar viagens, como a prevista para o Japão, para não deixar Mourão na Presidência. Mourão por sua vez, já havia minimizado a polêmica e voltou a defender que tem um consórcio com Bolsonaro. “O presidente Bolsonaro e eu fomos eleitos por um movimento popular, que combinou uma onda de indignação e um vigoroso movimento de resgate do país e de seu orgulho como nação”, disse nesta segunda-feira (16/9), durante discurso no evento.

Mourão também fez afagos ao país europeu: “A Alemanha é a principal economia europeia e quarta maior economia mundial. Primeiro parceiro comercial de nosso país na Europa e quarto no contexto global. Fonte tradicional de investimentos para o desenvolvimento brasileiro, com estoque de cerca de US$ 20 bilhões, cerca de 1,6 mil empresas alemãs instaladas, sendo São Paulo uma das maiores concentrações industriais alemãs fora daquele país”, apontou, mas fez questão de destacar a soberania do Brasil perante a Amazônia.

Bolsonaro retornou a Brasília nesta segunda-feira (16/9) à tarde, após alta médica do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde passou pela quarta cirurgia após facada durante período eleitoral no ano passado. O procedimento foi realizado no último domingo (8), dessa vez, para correção de uma hérnia incisional.

Correio Braziliense

Equipe de Guedes avalia congelar salário mínimo para economizar R$ 35 bilhões


MEDIDA FAZ PARTE DE PACOTE DE AJUSTE FISCAL EM ESTUDO POR GUEDES E TERIA QUE ALTERAR A CONSTITUIÇÃO QUE PREVÊ REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO PELA INFLAÇÃO. FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
 

A equipe econômica avalia propor ao Congresso retirar da Constituição  a previsão de que o salário mínimo seja reajustado pela inflação.

Na prática, o governo seria autorizado a congelar o piso nacional. A sugestão faz parte de um pacote de medidas de ajuste fiscal elaborada pelos deputados Pedro Paulo (DEM-RJ) e Felipe Rigoni (PSB-ES).

Segundo Rigoni, a medida poderia trazer uma economia de até R$ 35 bilhões em um ano. Para ir à frente, no entanto, a ideia precisa do apoio do governo.

Hoje, a Constituição prevê que o salário mínimo terá “reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo”. A proposta dos parlamentares vai ao encontro da ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de flexibilizar os gastos públicos.

Guedes costuma se referir à ideia como os “três Ds”: desobrigar, desvincular e desindexar. A informação de que a equipe econômica planeja desindexar o salário mínimo foi antecipada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pela agência O Globo.

As ações fazem parte de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de autoria de Pedro Paulo e que será relatada por Rigoni. O texto ainda precisa ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

iG