Luciano Huck, apresentador da TV Globo, rebateu nesta terça-feira (20) as ameaças de Jair Bolsonaro, que sinalizou, no último dia 15, que o anúncio sobre a abertura da caixa-preta do BNDES vai expor “gente que está dizendo que estamos no último capítulo do fracasso”.
“A compra e o financiamento da aeronave foi feita por meio de um contrato absolutamente legal, sem vício, vantagem ou privilégio”, afirmou Huck, em nota à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Segundo o apresentador, a compra do avião foi feita pela empresa Brisair, da qual é sócio, por meio de um empréstimo “transparente, pago até o fim, sem atraso”.
“O BNDES/Finame é um tipo e financiamento bancário concebido para favorecer a indústria nacional, abrindo-lhe condições de competir em pé de igualdade com produtores estrangeiros. Milhares de operações financeiras como esta foram realizadas, com único objetivo de estimular a produção, a aquisição e a comercialização de bens, máquinas e equipamentos produzidos no Brasil”, afirmou.
Em sua live, na quinta-feira (15), Bolsonaro fez ameaças veladas a Huck, depois que o apresentador criticou o governo durante evento em Vila Velha, no Espírito Santo, no dia anterior. “A gente precisa de gente nova na política, com todo respeito a esse governo. Esse governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a gente está vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, estamos vivendo o último capítulo do que não deu certo”, disse Huck, na ocasião.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, assinou provimento que define idade para reconhecimento voluntário da paternidade ou da maternidade socioafetiva. Pelo texto, a filiação socioafetiva em cartórios será para pessoas com mais de 12 anos.
Anteriormente, esse reconhecimento voluntário era autorizado para pessoas de qualquer idade. Segundo o ministro, o registrador deverá atestar a existência do vínculo afetivo da paternidade ou maternidade socioafetiva mediante apuração objetiva por intermédio da verificação de elementos concretos.
Pelo provimento, o requerente demonstrará a afetividade por todos os meios em direito admitidos, bem como por documentos, tais como: apontamento escolar como responsável ou representante do aluno; inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência; registro oficial de que residem na mesma unidade domiciliar; vínculo de conjugalidade – casamento ou união estável – com o ascendente biológico; entre outros.
A ausência desses documentos não impede o registro, desde que justificada a impossibilidade pelo registrador, que deverá atestar como apurou o vínculo socioafetivo. Os documentos colhidos na apuração deverão ser arquivados juntamente com o requerimento.
Consentimento
Outra alteração realizada pelo novo provimento diz respeito a idade para que o filho possa dar o seu consentimento. No novo normativo, se o filho for menor de 18 anos, o reconhecimento da filiação socioafetiva exigirá o seu consentimento. No provimento anterior, esse consentimento era para filho maior de 12 anos.
Atendidos os requisitos para o reconhecimento da maternidade ou paternidade socioafetiva, o registrador deverá encaminhar o expediente ao representante do Ministério Público para parecer. Se o parecer for favorável, o registro será realizado. Se for desfavorável, o registrador comunicará o ocorrido ao requerente e arquivará o requerimento.
Diversos pontos do projeto de Lei de Abuso de Autoridade podem, mesmo sem intenção, inviabilizar tanto a atividade jurisdicional, do Ministério Público e da polícia, quanto as investigações. O entendimento é do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que emitiu um parecer contrário à aprovação do projeto.
O documento foi produzido pela Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentares do Ministério da Justiça antes da votação do texto pela Câmara, na quarta-feira (14).
Segundo o parecer, o artigo 9º do projeto de lei foi o primeiro a ser questionado ao afirmar que decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais. Para a pasta, o texto eliminaria “a discricionariedade do magistrado na exegese normativa”, ou seja, a margem de decisão do juiz na interpretação da norma”.
“Note-se que a evolução do direito, dos costumes e, portanto, a mudança do chamado standard jurídico cria, ainda, uma zona cinzenta pela qual o magistrado deve caminhar para viabilizar a compatibilidade entre a norma e a sociedade. Em última instância, o dispositivo depõe contra a própria dinâmica e evolução do direito pela via jurisprudencial”, diz o parecer.
O parecer também se manifesta pela rejeição do artigo 16 do projeto, que trata da necessidade de identificação, por parte da autoridade para o preso, no momento da captura ou durante a detenção.
“A obrigatoriedade de identificação nominal do policial pode colocar em risco a segurança do agente e da sua família, e assinala que o registro do agente sempre estará disponível para a direção da instituição e então, em caso de ato ilícito, seria viabilizado para responsabilizar o agente”, indica o parecer.
Já o artigo 17, que trata do uso de algemas, também é analisado pelo documento. “O texto ignora as nuances dos diferentes casos em que o policial avalia a necessidade do equipamento”, diz.
Prerrogativa da Advocacia
O parecer indica ainda que o artigo 43 da Lei de Abuso deveria ser excluído. “O dispositivo insere um novo artigo na Lei 8.906, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil. O texto configura como crime violar alguns direitos e prerrogativas dos advogados. Na prática, o dispositivo geraria ‘um fortalecimento extremo do Ministério Público e um enfraquecimento do juiz, que perderia a sua imparcialidade”, diz o parecer.
Atuação Perigosa
O parecer também critica o artigo 22, que trata da atuação de autoridades, sem determinação judicial ou demais hipóteses previstas em lei. No caso, o Ministério da Justiça pede a supressão apenas do inciso II, que trata da ‘mobilização de veículos, pessoal ou armamento de forma ostensiva e desproporcional para expor o investigado a situação de vexame’.
“O inciso tem conceitos ‘indeterminados e subjetivos’ e sua manutenção prejudicaria o próprio tipo penal”, afirma a pasta.
O parecer pede também a supressão do artigo 26 – ‘induzir ou instigar pessoa a praticar infração penal com o fim de capturá-la em flagrante delito, fora das hipóteses previstas em lei’. “No caso, a criminalização proposta pode afetar negativamente a atividade investigativa, em razão de a autoridade investigada atuar, muitas vezes, em uma zona cinzenta na distinção entre flagrante preparado e flagrante esperado”, diz.
Moro como juiz
Na prática, muitos dos abusos de autoridade previstos na lei foram cometidos pelo próprio Sergio Moro quando era juiz. Como é sabido, o então juiz federal decretou preventivas com base em motivos abstratos, como a gravidade do crime ou a garantia da ordem pública, ou a decretação de condução coercitiva sem prévia intimação para depor.
Moro fez isso inclusive com testemunhas, como é o caso em que determinou a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães para que ele dissesse em depoimento à Polícia Federal, quem passava informações ao seu blog.
O deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) falou em seu pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira (20), na Assembleia Legislativa, sobre a prorrogação de contrato de uma empresa de consultoria contratada pela prefeitura de Natal.
“A prefeitura contratou uma consultoria por mais de R$ 1,5 milhão. Foi feita uma prorrogação de contrato e até agora a empresa não mostrou para que veio”, relatou o deputado. Para Sandro Pimentel, o dinheiro gasto com a empresa está sendo “à toa”.
Segundo Sandro, enquanto está sendo gasto dinheiro com a empresa, Natal precisa de mais atenção. “Me parece que Natal está sem prefeito. São contratos atrasados, falta medicamento, falta tudo em Natal”, argumentou.
Policiais civis da 12ª Delegacia Distrital de Natal prenderam, nessa segunda-feira (19), José Arimateia da Silva Costa, 28 anos. Em desfavor dele havia em aberto um mandado de prisão de sentença condenatória, referente à prática do crime de estupro de vulnerável. O mandado foi expedido pela Vara Única da Comarca de Nísia Floresta e a prisão aconteceu na Zona Norte de Natal.
José Arimateia foi inicialmente conduzido à delegacia, em virtude da prática de um crime de ameaça, no conjunto Santarém, bairro Potengi, razão pela qual foi um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). No entanto, na delegacia, foi constatado e cumprido um mandado de prisão que estava em aberto.
Além disso, ele é investigado pela prática de outros crimes de roubos e arrombamentos realizados no conjunto Santarém. José Arimateia foi conduzido até a delegacia e encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
A Polícia Civil pede que a população continue enviando informações de forma anônima através do Disque Denúncia 181.
Guilherme Boulos utilizou o Twitter para criticar o fato do governador Wilson Witzel ter comemorado a morte do sequestrador, que fez 37 reféns em um ônibus na manhã desta terça-feira. “Witzel é a pior mistura de sociopatia com oportunismo”, disse ele.
Após o desfecho do caso, o governador Wilson Witzel chegou de helicóptero por volta das 9h40 na Ponte Rio-Niterói. Ao desembarcar, Witzel comemorou bastante e foi abraçar os policiais no local. Mais cedo, pelas redes sociais, o governador se manifestou sobre o sequestro do ônibus com reféns e disse priorizar a proteção dos reféns.
“Primeiro, agradecer a Deus essa solução que, infelizmente, não era a melhor possível. O ideal era que todos saíssem com vida. Mas, nós tivemos que tomar uma decisão de salvar os reféns. A primeira preocupação nossa é salvar os reféns. Rapidamente solucionar o problema. O que nós assistimos foi um trabalho muito técnico da Polícia Militar. Fiquei monitorando para fazer meu trabalho como governador, e a polícia militar usando os atiradores de elite salvou os reféns. Meu papel como governador é fazer com que tudo funcione. E funcionou. Nos mobilizamos rapidamente. Peço desculpas à sociedade pelo transtorno”, disse Witzel.
Após post de Guilherme Boulos, os internautas começaram a manifestar-se contra o posicionamento crítico do militante:
Witzel, não foi o único a “aplaudir” a morte do criminoso. Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas na manhã desta terça, que “não tem que ter pena” quanto ao uso de atiradores de elite em ações policiais . Bolsonaro relembrou o sequestro do ônibus 174, no dia 12 de junho de 2000, no Jardim Botânico, Zona Sul da cidade, quando uma vítima morreu durante a ação policial. Na ocasião, segundo o presidente, não houve o uso de atirador de elite pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.
“Não foi usado sniper. O que aconteceu? Morreu uma pessoa inocente, e depois esse vagabundo morreu no camburão. Os policiais do camburão foram submetidos a júri popular. Foram absolvidos por 4 a 3. Quase você condena dois policiais, condena a 30 anos de cadeia. Não tem que ter pena”, afirmou Bolsonaro.
Quem também celebrou a ação foi o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ):
Outras autoridades como a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro, também parabenizaram a ação.
Dias após a Consultoria do Senado interpretar como nepotismo a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada do Brasil nos EUA, Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de recuar do movimento se perceber que não há votos suficientes. Sem traquejo na comunicação, ele agora afirma que os pareceres dos técnicos têm “viés político” e são elaborados “de acordo com o interesse do parlamentar”.
“As consultorias, elas agem de acordo com o interesse do parlamentar. É igual na redação, que vocês aprenderam. ‘Faça uma matéria sobre Jesus Cristo’. Você pergunta: ‘Contra ou a favor?’. Assim que vocês aprenderam na universidade. Aqui é a mesma coisa. Então, tem um viés político nessa questão. O que vale para mim é uma súmula do Supremo dizendo que nesse caso não é nepotismo”, disse na saída do Palácio do Alvorada.
“Não pode ter viés ideológico nessa questão. E o embaixador é um cartão de visita. É a mesma coisa comigo. Para ser presidente, tenho que entender de saúde, educação e economia? É impossível”, complementou.
Quando questionado sobre a possibilidade de desistir da indicação do filho para o mais cobiçado posto da diplomacia brasileira, o presidente disse que “tudo é possível” na política e que não deseja submetê-lo a um fracasso.
“Você, por exemplo, está noivo. A noiva é virgem. Vai que você descobre que ela está grávida. Você desiste do casamento? Na política, tudo é possível. Eu não quero submeter o meu filho a um fracasso. Acho que ele tem competência. Tudo pode acontecer”, afirmou.
Moradia
digna e de qualidade. Esse é um dos lemas da política habitacional implementada
pela gestão municipal. A próxima iniciativa da Prefeitura do Natal na área será
a construção de um empreendimento imobiliário no bairro de Mãe Luíza, com 29
unidades habitacionais, contemplando as famílias atingidas pelo desabamento
ocorrido em 2014, devido à força das chuvas naquele período.
A Secretaria
Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes
(Seharpe) está elaborando o edital de licitação da obra. A expectativa é que os
serviços comecem em dezembro deste ano e tudo seja finalizado no segundo
semestre de 2020. Serão investidos R$ 2,5 milhões na construção. Os recursos
serão encaminhados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e fazem parte do
programa Minha Casa, Minha Vida.
O condomínio
habitacional foi todo projetado pela equipe da Seharpe e estará situado na
avenida João XXIII, bem próximo à delegacia da comunidade. Os apartamentos
contarão com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço e
equipamentos de lazer. Todas as unidades também foram contempladas com acessibilidade
para pessoas com deficiência.
O titular da
Seharpe, Carlson Gomes, celebrou a garantia dos recursos e a projeção do fim da
angústia das famílias do bairro de Mãe Luíza, que desde 2014 aguardavam um
desfecho sobre as novas moradias. O secretário explicou que no episódio do
desabamento, 26 famílias tiveram suas residências totalmente destruídas e
outras 46 parcialmente destruídas. Do universo dos que perderam seus imóveis,
13 já haviam conquistado apartamentos no Condomínio Village de Prata, no Planalto,
e as outras 13 famílias restantes serão contempladas com unidades nesse
residencial em Mãe Luíza. No conjunto das pessoas que tiveram as casas
parcialmente destruídas, a gestão municipal havia solucionado a situação de 30
delas. As outras 17 serão beneficiadas agora com o novo condomínio.
“Conseguimos
a liberação dos recursos, com muito empenho e, graças à determinação do
prefeito Álvaro Dias, que nos cobrava diariamente uma solução para o caso. O
Governo Federal mostrou muita sensibilidade ao nosso pleito e agora estamos
agilizando os trâmites para lançar o edital licitatório para que a empresa
vencedora comece logo os serviços”, disse Carlson Gomes.
Ainda nessas
tratativas junto ao Governo Federal, Carlson Gomes informou que a Prefeitura
recebeu a sinalização positiva para a liberação de R$ 6 milhões, que serão
aplicados na construção de uma escola municipal e um centro municipal de
educação infantil no condomínio Village de Prata, no Planalto. Ele disse que
vai se reunir com a equipe da Caixa Econômica Federal para apresentar os
projetos da obra. Por falar em Village de Prata, a gestão municipal projeta
para o mês de outubro a entrega do último bloco de apartamentos. Nesta fase
final, serão ofertadas 449 unidades habitacionais.
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