Sabedoria “Bolsonárica”: “É só fazer cocô dia sim, dia não”, diz Bolsonaro sobre poluição ambiental
O presidente Jair Bolsonaro sugeriu, ironicamente, fazer “cocô dia sim, dia não” para o combate da poluição ambiental. A resposta foi dada ao ser questionado sobre a viabilidade em conciliar crescimento econômico e preservação ambiental. Insinuou, ainda, com mais uma carga de ironia, que isso é possível de ser feito ao “comer um pouquinho menos”.
Os comentários foram feitos em um momento em que Bolsonaro respondia a questionamentos sobre o incentivo de defensivos agrícolas, e os impactos sobre isso no meio ambiente. O presidente respondeu que o mundo conta, hoje, com 7,6 bilhões de habitantes no mundo, e que nascem, anualmente, 70 milhões. Somente no Brasil, ele afirmou que nascem 2 milhões por ano.
As informações sobre o Brasil são do Ministério da Defesa, com base no alistamento obrigatório. “Os números apontam que crescemos pouco mais de 2 milhões de habitantes por ano. As pessoas têm que comer. Como vai estimular o agronegócio, a parte da economia que mais tem dado certo no Brasil. Nós concorremos com Austrália, Estados Unidos, então, temos que colaborar com esse setor”, sustentou.
Guerra comercial
O aumento no registro de novos defensivos agrícolas é uma proposta do governo para tornar o agronegócio mais produtivo, defendeu Bolsonaro. Para ele, as pressões e críticas são em decorrência da guerra comercial. “Por que a pressão enorme sobre a Amazônia? Pois querem a Amazônia, pô. Ninguém chama uma menina de feia se ela não é bonita. O que no mundo todo está conectado. Nossa união com o Mercosul (e a União Europeia), (por exemplo), tem outros países que não estão gostando disso, pois vão perder mercado na Europa. É natural isso. Nós é que devemos falar a verdade e divulgar o que o Brasil tem de bom. E se tirarmos o agro fora, nossos commodities, vamos viver do que?”, questionou.
Ao comentar sobre “comer menos” e “fazer cocô dia sim, dia não”, Bolsonaro sugeriu que, ao se falar de um crescimento populacional de quase 70 milhões de pessoas por ano, precisa de uma política de planejamento familiar. “E não to falando de controle não. É planejamento familiar. Pessoas que têm mais cultura tem menos filhos. Sou exceção à regra, mas, como regra, é isso”, declarou.
Com informações: Correio Braziliense
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