O jato executivo Bombardier Global 6000, um dos maiores aviões particulares do mundo comprado há três semanas pelo dono da rede Havan, Luciano Hang, segue parado no hangar no aeroporto de Navegantes. Foi deslocado de Porto Alegre, onde havia chegado para o terminal mais próximo da base do empresário, que é em Brusque (SC), mas não consegue sair de lá. Conforme Hang relatou à coluna, falta um detalhe final para que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conceda a autorização para que a aeronave possa ser movimentada.
– Estou com o avião parado há três semanas e não consigo
usar por causa da burocracia. O Brasil é um país muito hostil para o
investimento. Parece que tudo o que pode ser feito para atrapalhar os negócios acontece
– reclamou.
A intenção de Hang é usar a aeronave, avaliada em R$ 250 milhões, dos quais 10% só em impostos, para acelerar seu processo de abertura de lojas pelo país. O empresário visita pessoalmente todos os pontos antes de confirmar uma unidade da rede, e faz questão de enxergar a localização de cima. No Rio Grande do Sul, seu plano segue sendo de abrir 10 megalojas até o final do ano.
“Eu estava muito perturbado. Matei, mas não tinha motivo nenhum”. As palavras são do pedreiro Marcondes Gomes da Silva, 46 anos, acusado de matar estrangulada a adolescente Iasmin Lorena, 12 anos, e esconder o corpo em uma casa em construção na Comunidade da África, na Redinha, Zona Norte de Natal, em março de 2019. O acusado confessou o crime em depoimento no júri popular que acontece desde às 8h30 desta quarta-feira (19), no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Lagoa Nova, Zona Sul da capital.
Marcondes Gomes foi ouvido após o depoimento de três
testemunhas: a mãe de Iasmin, o pai e um pintor da obra onde o corpo da
estudante foi enterrado. O relato do acusado foi diferente do que ele fez em
abril de 2018 quando contou à Polícia Civil de forma fria como tinha
assassinado a adolescente. Na época, ele disse que tinha matado Iasmin, porque
ela não aceitou “namorá-lo”.
Diante do júri popular desta quarta-feira, o pedreiro ressaltou em todo depoimento que não tinha motivos para cometer o crime, que nunca tinha assediado a estudante e que estava perturbado. “Eu estava muito perturbado, tinha perdido minha mãe, meus tios e meu sogro estavam doentes”, afirmou o acusado. Na acusação, a promotora Danielle de Carvalho questionou várias vezes qual a motivação do crime e que perturbação era essa, mas Marcondes não respondeu. Ele confirmou que é casado há 26 anos.
O ator e cantor Kalil Taha, de 26 anos, foi morto com, pelo menos, 20 facadas pelo melhor amigo, de 31 anos, na zona norte de São Paulo, no dia 30 de maio. A informação é do jornal Agora S. Paulo. Kalil participou do extinto programa Talentos Brilhantes, comandado por Moacyr Franco no SBT.
“É muito triste ter que enterrar um filho. Ele foi levado de uma forma cruel, sanguinária. Não quero que a imagem do meu filho seja manchada”, afirmou Cláudia, mãe do cantor, em entrevista ao Balanço Geral, na Record TV, na terça-feira (17).
De acordo com a polícia,
crime foi premeditado, pois a vítima e o amigo tinham combinado de se
encontrar. Uma das linhas de investigação é a de que Kalil Taha soubesse sobre
algo que poderia comprometer o assassino.
De acordo a polícia, Kalil Taha foi esfaqueado pelo amigo dentro do carro da vítima. Na sequência, seu corpo foi colocado dentro do porta-malas do veículo. Com o término do combustível, o acusado foi até a delegacia, onde confessou o crime. Ele indicou onde havia deixado o carro. O caso foi registrado como homicídio simples.
Durante seu pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (19), o deputado Sandro Pimentel (PSOL) externou sua preocupação e solidariedade com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), que denunciou à polícia as ameaças de morte que tem recebido por e-mail.
“Quero levar a minha solidariedade a David Miranda, dizer
que ele não está sozinho. Ele chegou à Câmara Federal para substituir o
deputado Jean Wyllys, que saiu da Câmara não por sua vontade, mas por estar
sendo ameaçado de morte dia e noite com sua família”, afirmou o deputado.
Sandro Pimentel afirmou que um cidadão com o perfil de David
Miranda, homossexual assumido e sem origem nas classes mais abastadas,
conseguir chegar ao Parlamento, substituindo outro deputado com origem
semelhante, é um feito, “não é pouca coisa”.
O deputado federal é casado com o jornalista Glenn
Greenwald, um dos autores da série de reportagens com áudios vazados atribuídos
ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. Na denúncia que fez à polícia, relata
e-mails ameaçando sua própria vida e de pessoas da família.
“É lamentável que queiram calá-lo por causa do Intercept.
Não bastava silenciar a vereadora Marielle Franco, querem silenciar David, mas
saibam que as ideias não vão conseguir silenciar”, afirmou o deputado.
O apresentador Tiago Abravanel deve deixar a Rede Globo, onde não deve renovar seu contrato atual, para ter um programa no SBT após pedido de seu avô Silvio Santos, de acordo com informações do “Blog do Fefito”, da Jovem Pan.
Segundo a reportagem, Silvio Santos entendeu que está na
hora de seu neto assumir uma atração no SBT e sugeriu o desenvolvimento de um
programa para ser assumido por Tiago.
Ainda segundo o ‘Blog do Fefito’, o apresentador deverá comandar um programa de reality show semanal sobre gastronomia que deve ir ao ar no próximo semestre.
A partir do feriado desta quinta-feira (20), dia de Corpus Christi, a tarifa social do sistema de transporte público só poderá ser paga com o cartão eletrônico. É o que informa a Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU).
De acordo com o órgão, o valor da passagem cai de R$ 3,90
para R$ 1,95 nas linhas comuns e de R$ 3,20 para R$ 1,60 nas linhas de bairro,
sendo válido apenas para os pagamentos no cartão eletrônico. Para os pagantes
em dinheiro será cobrada a tarifa em espécie, que nas linhas comuns é de R$
4,00 e nas linhas de bairro é de R$ 3,20. Este é o primeiro feriado com tarifa
social após as mudanças introduzidas pelo Decreto nº 11.733/2019.
Os horários e itinerários das linhas de ônibus e opcionais
também mudam, ficando de acordo com o que operado no domingo. Em caso de dúvidas,
os usuários podem ligar para o Alô STTU – no telefone 156 – ou perguntar pelo
Twitter oficial, o @156Natal.
Um dos mais longevos grupos empresariais do Rio Grande do
Norte, O Borrachão está investindo em um novo posicionamento, com o objetivo de
consolidar junto ao público o portfólio de produtos e serviços da empresa e dar
início a uma nova fase no relacionamento com o cliente e o mercado. Com 43 anos
de história, o grupo volta-se para atender a dois polos: por um lado, o
consumidor seleto e exigente com os produtos e serviços e, por outro, a
indústria, que demanda qualidade e compromisso com entregas de alto nível.
Nesta nova fase, o grupo passa a trabalhar duas vertentes: O
Borrachão Industrial e O Borrachão Revestimentos. Já tradicional, o setor de
revestimentos atende a grandes obras, através das construtoras, mas também ao
cliente final residencial, levando praticidade e flexibilidade ao processo de
execução, já que oferece produto e serviço casados. Um dos principais
diferenciais para o consumidor é garantir não somente o produto de qualidade,
mas também a execução de serviços sem dores de cabeça, com uma mão de obra
especializada e registrada.
Lojas terão nova marca e identidade visual
A diretora de relacionamento do grupo, Renalle Diniz Costa
Gurgel, explica que dentro das ações de reposicionamento estão o novo design da
marca e identidade visual de O Borrachão, de modo que o consumidor possa
identificar, com maior facilidade, o perfil da empresa. “Investimos em uma
marca mais limpa, leve, continuando a valorizar o nome O Borrachão, que é muito
forte no RN, mas indicando ao mercado nosso novo posicionamento”, afirma.
A diretora Comercial e de Marketing, Raissa Diniz Costa,
afirma que a visão do grupo é de que é preciso inovar, investir em mudanças,
mesmo em um momento que não apresente o cenário mais promissor do ponto de
vista econômico e que o mercado passe por um processo de acomodação, enfrentado
atualmente.
“O cenário ainda não é o mais promissor, mas a gente entende
que em toda mudança, em todo o processo de acomodação do mercado, devemos estar
sempre ativos. Temos que inovar, que mudar, para atender ao cliente da melhor
forma, trazendo para ele as melhores negociações”, destaca.
Raissa Diniz ressalta que o momento leva o cliente a
realizar seu investimento, buscando a melhor opção não somente com referência
ao preço, mas ao atendimento como um todo. “O cliente quer a melhor opção, não
só de preço, mas de serviço composto: preço, produto e qualidade no
atendimento, que é fundamental hoje”, afirmou, ressaltando que a empresa está
realizando um forte trabalho de endomarketing junto aos seus colaboradores, tendo
como resultado uma visão mais completa da assistência ao cliente.
Tradição e credibilidade formam imagem positiva
Para investir nos novos posicionamentos, O Borrachão foi às
ruas ouvir o natalense sobre a imagem e conceito que ele tem das lojas, com a
realização de uma pesquisa de mercado pela Perfil Pesquisas Técnicas, em março
deste ano. A pesquisa confirmou a imagem sólida da empresa perante a sociedade:
dentre os que conhecem a marca, 91% têm uma imagem muito positiva da marca e
das lojas O Borrachão.
Entre as características positivas da empresa mais
destacadas pelos consumidores estão a tradição, a credibilidade, a localização
as lojas, a força da marca no mercado e a variedade de produtos. Outro ponto
ressaltado pelo público pesquisado é a excelente variedade de produtos e
serviços oferecidos pelo O Borrachão, destacada por quase a totalidade das
pessoas ouvidas.
O atendimento das lojas é aprovado por quase 90% dos
entrevistados e a qualidade dos produtos oferecidos, por 96%. Já a estrutura das
lojas, que passará por reformas e reestruturação em breve, também já é apontada
pelo consumidor como um diferencial positivo.
O levantamento ouviu pessoas das quatro zonas de Natal,
tanto homens quanto mulheres, e das mais diversas classes sociais. Em função do
alto índice positivo de avaliação, quase que a totalidade dos entrevistados
afirmou que indicaria as lojas O Borrachão para um amigo, ou seja, mais de 97%
dos entrevistados.
Convenção prepara público interno para nova fase
Inovar e renovar-se como empresa exige não somente uma série
de ações externas para o mercado, mas também a informação e preparação da
equipe de colaboradores e a comunicação de cada novo passo junto aos
fornecedores. Foi pensando nesse conjunto que O Borrachão realizou, no dia 16
de março, a primeira Convenção O Borrachão “No Alto da Montanha”, em que reuniu
mais de 90 pessoas para uma tarde/noite de palestras, reflexão, motivação e,
principalmente, de preparação para o salto de mudanças da empresa.
O evento foi realizado no Centro de Convenções do Hotel
Barreira Roxa, tendo o engajamento do time como etapa fundamental da execução
do planejamento estratégico para 2019 e formatado de forma lúdica, como
analogia às transformações sofridas pela águia em seu processo de renovação,
cujo processo é convergente com o da empresa.
Nesse contexto, foi apresentada a nova marca e identidade
visual do Grupo, realizada palestra sobre mudança de mentalidade, isto é,
abertura para mudanças comportamentais, e os principais temas empresariais
foram discutidos em um Talk Show descontraído apresentado pela jornalista Anna
Alyne Cunha.
Houve ainda “Arquivo Confidencial” com depoimentos de
familiares de colaboradores de O Borrachão, que reforçaram seus vínculos com a
empresa. Para fechar o evento, os participantes foram brindados com uma
palestra motivacional conduzida por Jussier Ramalho, sobre comportamento e
oportunidades.
Lado a lado, participaram da convenção a diretoria, os
colaboradores, fornecedores e clientes, tratando das inovações que enxergam
nesse novo cenário e da enorme motivação que envolve o novo momento de O
Borrachão no mercado potiguar.
Quase um quarto dos jovens brasileiros (23%) nem estuda nem trabalha, segundo os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua) sobre educação, divulgados na manhã desta quarta-feira, 19. O porcentual é ainda mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%.
“Mas não chamem esses jovens de ‘nem, nem'”, pediu a pesquisadora Marina Águas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, responsável pela apresentação da pesquisa. “O fato de nem estarem estudando, nem trabalhando não significa que sejam inúteis. Uma grande parte das mulheres, por exemplo, está ocupada com o trabalho doméstico, com o cuidado de idosos e crianças. Há questões de gênero importantes por trás dessa estatística.”
A família Santos conhece bem essa realidade. Naturais do Recife, os gêmeos Maurício e Maurílio dos Santos, de 29 anos, já tiveram três filhos cada um. Por isso, suas mulheres tiveram que largar os estudos e os trabalhos para cuidar dos filhos e da casa. Elas ainda aceitaram morar em cima da casa da sogra, no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana, para se livrar do aluguel e fazer com que o pequeno rendimento dos maridos dure o mês inteiro.
“Moro aqui porque as contas são apertadas”, explicou Karla Campos da Silva, de 29 anos, admitindo que o que queria mesmo era trabalhar como enfermeira e ter uma casa própria. Esse sonho, no entanto, ficou pelo caminho quando engravidou de Maurício, sem planejar, aos 18 anos. “Eu estava no segundo ano do colégio, mas desisti porque não tinha com quem deixar a bebê”, conta a dona de casa, que, depois da gravidez, até chegou a concluir o ensino médio, mas nunca teve condições de começar o curso de enfermagem que tanto queria.
Com a primeira filha pequena, ela partiu, então, para outras ocupações. Não demorou muito para sair do trabalho, pois engravidou novamente. “Com três filhos, fica impossível arrumar um emprego. Não dá para pagar creche para três. E também não sobra tempo para estudar”, argumenta Karla, que hoje é cuida dos filhos de 11, 7 e 4 anos e da casa.
Ela depende do salário do marido, que é balconista de um supermercado, para pagar as contas. A cunhada Jéssica Cândido de Souza, de 28 anos, por sua vez, não tem a mesma sorte, pois o marido não tem um emprego fixo. Maurílio vive de bicos. Por isso, nem sempre consegue pagar as contas de casa, onde Jéssica passa o dia cuidando dos três filhos, de 11, 4 e 1 ano de idade, e dos afazeres domésticos.
“Queria trabalhar para ajudar. Faria qualquer coisa. Mas não consigo. Minha vida é cuidar dos meninos e limpar a casa”, diz Jéssica, admitindo que já teve que pedir ajuda à família e aos amigos nos dias mais críticos, quando chegou a faltar até comida dentro de casa. “Não voltei para a escola, porque não tinha com quem deixar o bebê.”
Jovens
A Pnad revela que o Brasil tem 47,3 milhões de jovens, de 15 a 29 anos de idade. Desse total, 13,5% estavam ocupados e estudando; 28,6% não estavam ocupados, porém estudavam; 34,9% estavam ocupados e não estudavam. Finalmente, 23% não estavam ocupados nem estudando. Os percentuais aferidos em 2018, segundo os pesquisadores, são similares aos de 2017.
“É importante ressaltar que elevar a instrução e a qualificação dos jovens é uma forma de combater a expressiva desigualdade educacional do País”, sustenta a pesquisa. “Além disso, especialmente em um contexto econômico desfavorável, elevar a escolaridade dos jovens e ampliar sua qualificação pode facilitar a inserção no mercado de trabalho, reduzir empregos de baixa qualidade e a alta rotatividade.”
A desigualdade se revela ainda mais acentuada quando aplicado o recorte por raça e gênero. Entre as pessoas brancas, 16,1% trabalhavam e estudavam – mais do que entre as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda (11,9%). Os percentuais de pessoas brancas apenas trabalhando (36,1%) e apenas estudando (29,3%) também superou o de pessoas pretas e pardas, 34,2% e 28,1%, respectivamente. Consequentemente, o porcentual de pessoas pretas ou pardas que não trabalhavam nem investiam em educação é de 25,8%, 7 pontos percentuais mais elevado que o de brancos.
Comparando homens e mulheres, o problema se repete de forma ainda mais grave. Entre as mulheres, a pesquisa mostrou que o porcentual das que não trabalhavam nem estudavam era de 28,4%. O de homens é bem menor: 17,6%.
De acordo com a pesquisadora, parte da explicação para este fenômeno está nos trabalhos domésticos. A realização de afazeres domésticos ou o cuidado com outras pessoas foram os motivos alegados por 23,3% das mulheres para não estarem estudando nem trabalhando. Entre os homens, esse porcentual é de meros 0,8%. Os números se mantêm estáveis desde 2017.
Águas cita como exemplo um outro indicador levantado pela pesquisa. A Pnad contínua divulgada nesta quarta aferiu pela primeira vez a frequência a creches, entre crianças de até um ano de idade (a educação é obrigatória no Brasil a partir dos 4 anos). No total, somente 12,5% frequentavam a creche. E os piores índices estavam, justamente, no Norte (3,0%) e no Nordeste (4,6%) – lugares onde a participação das mulheres no mercado de trabalho também é mais baixa.
Analfabetismo
Segundo a Pnad contínua, o Brasil tem 11,3 milhões de pessoas (com 15 anos ou mais) que são analfabetas – uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0,1 ponto porcentual, o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos. Mais uma vez, os negros são mais afetados que os brancos: são 9,1% contra 3,9%.
O analfabetismo no País está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos; refletindo uma melhora da alfabetização ao longo dos anos. Segundo os números de 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para este grupo etário.
“A taxa de analfabetismo em geral vem caindo, a situação melhorou para o Brasil todo”, afirmou Marina Águas. “O que a gente observa é uma questão de idade importante, um componente demográfico. Com esse grupo mais velho falecendo, a tendência é cair ainda mais.”
No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 47% da população. O estudo chama atenção para o porcentual de pessoas com o ensino superior completo, que passou de 15,7% em 2017 para 16,5% em 2018.
A média de anos de estudos dos brasileiros é de 9,3 anos – um número que vem crescendo, em média, 0,2 ao ano. A diferença em relação à raça permanece. Os brancos têm 10,3 anos de estudo, contra 8,4 dos negros. As diferenças regionais também acentuam a desigualdade. O número mais baixo é no Nordeste, 7,9, e o mais alto, no Sudeste, 10,0.
Rede Pública
A rede pública de ensino formou 74,3% dos alunos na creche e na pré-escola. O porcentual aumenta no ensino fundamental, chegando a 82,3%. No ensino superior, no entanto, a situação se inverte. A maior parte dos alunos é formada por escolas privadas, 74,2%.
“É natural que tendo cada vez mais gente com o ensino médio completo haja uma pressão para a expansão do ensino superior”, constata a pesquisadora. “E quem tem a maior capacidade de resposta é a rede privada.”
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