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Categoria: junho 17, 2019

“Se é para armar a população, que seja com critérios rigorosos”, defende Styvenson

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debateu nesta segunda-feira (17), o feminicídio no Brasil. De acordo com os dados apresentados, apesar da lei Maria da Penha estar entre as três melhores em defesa das mulheres do mundo, o Brasil é o quinto no ranking de mulheres assassinadas entre 83 países. “É muito grave isso. Tem gente que cria ódio ideológico, de gênero. Diante de uma mulher, de um homossexual, sente uma raiva insana e quer matar. A população está doente. Mata, mata, mata e ainda quer mais argumento para matar. Precisamos passar por um processo de reavaliação humana”, ponderou o senador Styvenson Valentim (Pode-RN).

Os palestrantes mostraram que a idade média das mulheres vítimas de feminicídio é de 35 anos e a dos assassinos varia de 16 a 80 anos, segundo levantamento feito por agentes da segurança pública do Distrito Federal.  “A grande maioria das mulheres é morta dentro de casa e 54% delas tem filhos com menos de 12 anos de idade, que ficam órfãs de pai e mãe porque geralmente o pai mata e depois se suicida ou vai preso”, explicou o representante da Secretaria de Segurança Pública do DF, Alessandro Moretti, que também chamou atenção para a cultura machista no país. “Nós homens sofremos uma lavagem cerebral para sermos o leão que ruge. Precisamos nos libertar disso para formarmos uma nova geração. Temos de fazer igual a Espanha, mudar essa realidade para as nossas crianças não se tornarem nem agressores, nem omissos”, observou Moretti.

No debate também foi citada a portaria que estimula os agentes de saúde da atenção primária a identificar e agir, denunciando casos de abuso, antes que essas mulheres sejam violentadas e mortas.  “No SUS há estímulo para a criação de uma rede de atenção psicológica às mulheres vítimas de violência. No Distrito Federal temos o serviço, mas alguns estados do Brasil não oferecem. A proposta é acolher a mulher e seus filhos para cuidar da reabilitação física e mental deles”, explicou Fernanda Falcomer, representante Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

“O feminicídio não é um assassinato passional. Vamos tirar paixão desta história. É um assassinato cruel, brutal.  As medidas protetivas precisam ser mais fiscalizadas, 84% das vítimas morrem dentro de casa. Precisamos instituir nas cidades a ronda Maria da Penha”, Reforçou a promotora de Justiça Sara Gama Sampaio, representante da Comissão de Direitos Fundamentais do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que também citou um projeto do Rio Grande do Norte como referência de sucesso no trato com os agressores. O Grupo Reflexivo de Homens – Por Uma Atitude de Paz – é um projeto do Ministério Público do Rio Grande do Norte, pioneiro no país, que tem inspirado outras unidades da federação. Formado por homens em processo judicial e envolvidos em contexto de violência doméstica e familiar contra as mulheres, há três anos com índice zero de reincidência de agressividade.

Os convidados foram unanimes em dizer que medidas protetivas, como ficar a 300 metros da casa da vítima são muito básicas e que o risco da flexibilização para o acesso a armas no país, é preocupante. Um estudo de avaliação de risco realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou que metade da morte de mulheres ocorre com a utilização de arma de fogo. “É algo muito grave facilitar o acesso a arma. Precisamos intensificar as medidas protetivas e as penas para os agressores”, alertou o representante do Conselho Nacional de Justiça, Rodrigo Capez.

“Por eu ser capitão da PM acreditavam que eu era a favor de armar as pessoas. Eu sou policial e nunca comprei nenhuma arma, usava só enquanto estava de serviço. A polícia do meu estado está em greve. É o segundo melhor salário do Nordeste, mas é um dos piores do Brasil. Armar as mulheres não vai substituir a polícia nem vai diminuir o feminicídio. Este é mais um mito. O ex-marido que planeja atentar contra a vida de uma mulher conhece a rotina dela, sabe como se comporta”, considerou o senador Styvenson Valentim.

De 11 instituições ligadas à Saúde, apenas 3 estiveram presentes em audiência pública na CMN para discutir situação do Hospital Ruy Pereira

Os vereadores integrantes da Comissão de Saúde realizaram na tarde desta segunda-feira (17), uma audiência pública para tratar da situação do Hospital Estadual Dr. Ruy Pereira, que foi alvo de visita na última segunda-feira (10). Referência em atendimento e cirurgia angiovascular no Rio Grande do Norte, o local apresenta problemas estruturais e materiais, como a falta de lençóis. Foram convidados representantes de onze instituições ligadas à área da saúde, com foco na busca por soluções para as dificuldades. Apenas três órgãos estiveram presentes, o que de acordo com o vereador Cícero Martins (PSL), representa a falta de compromisso com a saúde pública.

“É constrangedor. Nós estamos aqui tratando do possível fechamento de um hospital com oitenta leitos e dez de UTI’s, que custa mais de duzentos mil reais aos cofres dos contribuintes e que existe um grau elevadíssimo de amputações lá dentro. Eu acho que a ausência dos poderes aqui está mais na sensação de impotência em não ter o que justificar, mas o que me preocupa é a ausência do Ministério Público, que deveria estar aqui para ver de que forma poderíamos pautar alguma decisão que houvesse na audiência. O que está acontecendo no Ruy Pereira é uma desumanidade”, disse Cícero Martins.

Os representantes do Sindicato dos Servidores da Saúde (SINDSAÚDE), também estiveram presentes e criticaram a falta de compromisso com a saúde pública. De acordo com a diretora da instituição, Kelly Teixeira, quando existe o debate em prol da saúde pública é preciso existir o interesse de todos, principalmente diante da atual situação do hospital Ruy Pereira. “Estamos tratando de um hospital referência, que possui uma extrema importância para a sociedade. O fechamento dessa estrutura vai gerar um caos no estado para os potiguares, diante de um quadro que já vem se originando desde a falta de atenção na saúde básica”, comentou.

Durante a audiência pública, o secretário estadual adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, reconheceu os problemas no Ruy Pereira e não descartou as estratégias existentes, para inclusive transferir a estrutura de local. “É notório, temos a comprovação, inclusive com vários laudos, de que realmente temos problemas estruturais no hospital. Mas para nós o importante foi à manutenção do convênio, que ia acabar em fevereiro e foi renovado, pois implantamos de imediato um programa de linhas de cuidado para resolver os problemas desses pacientes na sua casa, na atenção básica, evitando a hospitalização, mas ainda é preciso entender que mantemos o Ruy Pereira do jeito que está, porque a nossa luta é construir uma alternativa mais qualificadora. Nós estudamos todas as alternativas, inclusive de uma estrutura na Av. Afonso Pena, uma estrutura que tenha como foco a boa utilização do dinheiro público e a melhoria da assistência para os pacientes”.

O secretário ainda ressaltou a necessidade de investimentos por parte dos municípios no atendimento aos pacientes com diabetes na atenção básica, para evitar que se tenham tantas pessoas internadas com doenças vasculares. “Isso significa que existe alguma coisa errada no nosso estado que precisa ser melhorada. O que precisamos é cuidar dos diabéticos, cuidado que é feito na atenção básica e as pessoas também precisam se cuidar mais. 90% dos pacientes internados no Ruy Pereira estão com diabetes, o que mostra que o problema está na origem. Cuidar bem na atenção básica é o caminho sustentável e mais barato que precisamos seguir”, afirmou Petrônio Spinelli.

“É preciso fazer esse debate e a novidade que temos para dar ao povo de Natal é que surgiu um hospital alternativo, porque uma das reclamações durante a visita da comissão foi que o prédio atual é inadequado, sujo, velho, sem acessibilidade, aí surge a possibilidade de um novo prédio que vamos debater aqui. O que não podemos aceitar de jeito algum é essa teoria de que vão espalhar esses pacientes na rede estadual de saúde. Já foi feito isso no passado e não deu certo. Esse é um hospital de referência e de retaguarda com quase cem leitos, que não podem ser fechados numa saúde caótica como a do Rio Grande do Norte”, comentou o Presidente da Comissão, vereador Fernando Lucena (PT).

Servidores pedem a Fátima reajuste de 16,38% e avisam: “acabou a trégua”

O recado já foi dado pela presidente do sindicato, Janeayre Souto

Passados os cinco primeiros meses do Governo Fátima Bezerra (PT), os servidores da administração direta do Rio Grande do Norte já avisaram à governadora que a paciência para esperar os pagamentos e reajustes salariais acabou. Eles pedem 16,38% de reajuste e um cronograma para a quitação dos débitos salariais do governo estadual com os servidores.

A próxima reunião do Sindicato dos Servidores da Administração Direta (SINSP-RN) com a governadora está marcada para o dia 26 de junho e o recado já foi dado pela presidente do sindicato, Janeayre Souto: “acabou a trégua”, disse a sindicalista, que cobra uma efetivação de medidas por parte do governo, que já está no sexto mês de gestão.

Caso o governo não concorde com o reajuste de 16,38% para os servidores da administração direta do RN, o sindicato já cogita uma paralisação como forma de pressionar, assim como fez nesta segunda-feira (17) os policiais militares e bombeiros do RN.

“Nós estamos com a expectativa que o governo tenha bom senso, tenha juízo e apresente uma proposta, porque nós já estamos também pensando em um dia estadual de paralisação dos servidores públicos, podendo até, daqui para o mês de agosto ou setembro, construirmos a greve geral dos servidores públicos do nosso Estado”, adianta Janeayre Souto, em entrevista nesta segunda-feira (17) ao Hora Extra da Notícia (91.9 FM).

“Nós queremos 16,38%, do mesmo jeito que foi dado aos auditores e aos delegados. O reajuste do abate-teto em 16,38%, do mesmo jeito que foi enviado, de punho, para a Assembleia Legislativa o projeto de lei reajustando o [salário] dos procuradores. Nós também queremos e aqui nós fazemos até um apelo ao Governo do Estado: nós também somos filhos de Deus, somos trabalhadores e trabalhadoras, merecemos também os 16,38%” completou a presidente do SINSP-RN.

Ainda segundo ela, no próximo dia 1º de julho os servidores da administração direta do estado irão completar 9 anos sem um centavo de reajuste, nem correção salarial pela inflação do ano.

Filho da deputada Flordelis é detido após enterro, suspeito de envolvimento na morte do pastor

Cléber Mendes/Agência O Dia

Um dos filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 58 anos, foi detido logo após o enterro do pastor e do pastor Anderson do Carmo de Souza, 42 anos, no início da tarde desta segunda-feira. De acordo com apuração do DIA, o homem, que foi identificado como Flávio Rodrigues de Souza foi prestar esclarecimentos sobre a morte do pastor, na madrugada de ontem, em Niterói, na Região Metropolitana do estado e preso por conta de um mandado de prisão em aberto por violência doméstica, em outro crime ligado à Lei Maria da Penha. Flávio, que é filho apenas de Flordelis, será levado para a carceragem da Polinter. Um outro menor, de 17 anos, apreendido desde ontem, também é um dos principais suspeitos da morte. “Há uma concentração de tiros na genitália da vítima e isso mostra que os criminosos agiram com raiva. Há uma terceira pessoa sendo procurada pelo crime. Já temos imagens de câmeras e, a qualquer momentos, podemos ter resultados”, disse uma fonte da Polícia Civil.

“Foi expedido um mandado de prisão por violência doméstica. Sobre o outro filho, eu não sei se ele está aqui ou não. O delegado falou comigo muito rápido. Sobre o pedido da prisão do Flávio já sabíamos do mandado e até tínhamos pedido um habeas corpus e a revogação. Tem se veiculado que ele está envolvido com o homicídio, mas não tem nada disso. A vítima, ex-esposa dele, já ligou desesperada e chorando querendo de retratar e retirar a queixa. Eles já estão separados há anos. Sobre desavença, não tenho essa informação. Se tivesse acontecido isso, eu teria sabendo. Eu desconheço desavença, mas eu não posso dizer se tinha ou não. Foi um caso brutal, que leva-se a essa especulação.  Digamos que fosse um crime passional, acho que não tinha desavença. Não sei detalhes da perícia, pois depois que a Flordelis saiu daqui eu não voltei mais”, disse a advogada de defesa Luciene Diniz Suzuki.

O Dia

Após vazamentos do Intercept, David Miranda encaminha ameaças de morte à PF

Deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) – Divulgação

O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) emitiu nota nesta segunda-feira, afirmando que encaminhou as ameaças de morte à Polícia Federal, após os vazamentos de conversas entre Moro e procuradores da Lava Jato pelo Intercept, em matérias assinadas pelo jornalista Glenn Greenwald. O parlamentar – que já havia sofrido ameaças de morte ao assumir o cargo de Jean Wyllys – é casado com Glenn há mais de dez anos.

Leia a nota completa:

“As ameaças que venho sofrendo via e-mail nas últimas semanas não vão interferir na minha conduta como deputado federal. Permaneço atuando com o vigor de sempre, em defesa das causas sociais e dos Direitos Humanos. Preocupo-me com a minha segurança e da minha família e, para nos resguardar, fiz os devidos encaminhamentos às autoridades competentes. À Polícia Federal, apresentei queixa-crime em 13 de março passado, quando recebi as primeiras ameaças ao assumir o cargo do companheiro de partido Jean Wyllys, que renunciou por receber repetidos ataques cibernéticos com a mesma gravidade, durante o seu último mandato. Novos relatos foram encaminhados à PF no dia 11 de junho, diante do crescimento do número de ações de grupos de ódio e homofóbicos que ocorreu depois das denúncias relativas à Operação Lava-Jato, publicadas pelo jornalista Glenn Greenwald, com quem sou casado há quase 15 anos e tenho dois filhos. Ressalto que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomou providências a partir do ofício que encaminhei à Presidência da Casa, oferecendo-me apoio do Departamento da Polícia Legislativa.”

O Dia

Prefeito Taveira assina contrato para realização do concurso da Guarda Municipal de Parnamirim

O prefeito Rosano Taveira assinou, na tarde desta segunda-feira (17), no Centro Administrativo, contrato com a Funcern, instituição que executará o Concurso da Guarda Municipal, cujo edital está previsto para ser lançado já na próxima semana e ofertará 50 vagas.

De acordo com o prefeito Rosano Taveira, este é mais um passo importante para a realização do concurso. O titular do Poder Executivo Municipal  destacou também o seu compromisso com a questão da segurança pública.

“Este é um grande anseio da população e a garantia da Funcern é de que no dia 17 de dezembro, aniversário da cidade, estaremos entregando a Guarda Municipal à população, trazendo um novo reforço  para a segurança no município”, disse.

O secretário de Segurança, Defesa Social e Mobilidade Urbana (Sesdem), Marcondes Pinheiro, adianta que as provas estão previstas para serem realizadas no final do mês de julho. Segundo ele, os 50 novos guardas vão trabalhar em conjunto com as demais forças de segurança do estado.

Wilde Leiros, coordenador Geral do Núcleo Permanente de Processos Seletivos da Funcern, explica que a instituição também será a responsável pela formação dos agentes, através da contratação de empresa de segurança especializada.

O presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Irani Guedes, destacou o empenho do prefeito para formar a Guarda Municipal. “Taveira está fazendo história na cidade de Parnamirim, cumprindo um de seus principais compromissos de campanha”, disse.

Em ação do MPRN, Justiça decreta indisponibilidade de bens de vereador e ex-vereador de Natal

Ilustração

A Justiça potiguar atendeu a pedidos do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) em ação de ressarcimento ao erário, em caráter liminar, e decretou a indisponibilidade de bens de um vereador e um ex-vereador de Natal. O vereador Dinarte Torres Cruz, quatro empresas e cinco dessas pessoas tiveram os bens bloqueados em até R$ 62.034,54. No caso do ex-vereador Francisco de Assis Oliveira, foi bloqueado até o montante de R$ 274.047,92, incluindo os bens de seis pessoas e quatro empresas.

As cifras correspondem ao total dos desvios da verba dos gabinetes dos dois, em 2011, acrescido de juros e correção monetária. Na ação, o MPRN juntou aos autos microfilmagem dos cheques utilizados na prestação de contas da verba de gabinete da época, descrevendo a participação de servidores públicos municipais, particulares e empresas.

Segundo apurado pelo MPRN, os vereadores atuavam em conluio com Aurenísia Celestino Figueiredo Brandão, através da Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos, e de outras empresas recrutadas pelo grupo.

Conforme comprovado nas investigações, Aurenísia Celestino Figueiredo Brandão, contadora, era quem montava as prestações de contas com inclusão de notas fiscais “frias”, as quais eram emitidas por empresas a ela pertencentes e por pessoas jurídicas por ela arregimentadas. Assessores parlamentares municipais recebiam o adiantamento da verba por meio de conta bancária e emitiam cheques para pagar as supostas despesas de cada gabinete. Esses assessores e os próprios parlamentares atestavam falsamente como recebidos ou prestados os respectivos materiais e serviços para o gabinete.

O MPRN concluiu que no gabinete de Francisco de Assis Oliveira foram fraudados 32 títulos de crédito (dos 36 títulos apresentados nas prestações de contas do ano de 2011), gerando um desvio de recursos públicos municipais na ordem de R$ 135.871,23, sendo que 89% dos cheques foram efetivamente destinados a Aurenísia Celestino Figueiredo Brandão, tendo sido sacados por um motoqueiro e ASG empregados da contadora.

No caso do gabinete de Dinarte Torres Cruz, foram manipulados de forma artificial sete títulos de crédito com notas fictícias em prestações de contas oficiais para ludibriar qualquer controle nas contas apresentadas à Câmara Municipal, desviando o montante de R$ 33.920,00.

Policiais e bombeiros finalizam paralisação, mas podem retomar em julho

Após o dia inteiro mobilizados em frente à Governadoria, e mais de cinco horas de negociação com a equipe do Governo, os policiais e bombeiros militares acataram a proposta do Executivo e voltam ao trabalho. Contudo, continuarão atentos aos cumprimentos dos prazos estabelecidos no acordo.

Desde às 8h desta segunda-feira (17), os militares paralisaram suas atividades nas ruas e estavam mobilizados no Centro Administrativo do RN. Ao final da manhã, os representantes da categoria se reuniram com a equipe do Governo, liderada pelo vice-governador do Estado, Antenor Roberto. Após a reunião, com a proposta em mãos, foi realizada uma Assembleia Geral que decidiu unanimemente aceitar o acordo.

“Os militares estaduais retornam às ruas, mas vigilantes a tudo o que o Governo propôs. Caso não seja cumprido, voltaremos aqui quantas vezes forem necessárias caso o Governo insista em desrespeitar aquilo que está pactuando”, frisa o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN).

O compromisso firmado é que o Governo encaminhe Projeto de Lei à Assembleia Legislativa até setembro de 2019, com a proposta de atualização salarial – contendo os percentuais e a forma como vai conceder esses percentuais. Os militares calculam uma perda de 60,48% ao longo dos últimos cinco anos.

Segundo o Governo, as folhas em atraso (salários de dezembro e 13° de 2018) deverão ser pagas ainda em 2019, mantendo o compromisso de priorizar os servidores da Segurança Pública nos pagamentos dos atrasados e ao recebimento de verbas extras.

O Governo também deve implantar, no mês de julho, todas as promoções e níveis remuneratórios que foram publicadas e estão em atraso. De acordo com o subtenente Eliabe Marques, há mais de três mil policiais promovidos e que não estão recebendo de acordo com o posto e graduação. “Se o Governo não cumprir este compromisso, nós retornaremos à paralisação”, sustenta o presidente da ASSPMBMRN.

Na reunião, ficou acordada ainda a criação de um grupo de trabalho com todas as associações representativas dos policiais e bombeiros militares, também composta pela equipe do Governo e representantes jurídicos, como a Ordem dos Advogados do Brasil e Associação dos Advogados do RN. O foco deste grupo é a redução das distorções salariais entre as categorias das forças da Segurança Pública do RN – incluindo ativos, da reserva e pensionistas.