A rede social Instagram ficou fora do ar por ao menos uma hora e meia na quinta-feira, 13 no país, segundo o relato de usuários. O período pode até parecer curto, mas foi o suficiente para causar um verdadeiro “mar de reclamações” e desespero tanto para quem utiliza o aplicativo apenas para postar fotos e “bisbilhotar a vida alheia”, quanto para quem utiliza a ferramenta para trabalhar.
O site Downdetector, que reúne informações sobre a instabilidade no acesso de redes sociais pelo mundo, registrou 43,3 mil notificações de problemas no Instagram no país na noite dessa quinta e começo desta sexta-feira, dia 14.
Cerca de 70% dos usuários reportaram falha geral no site. As menções sobre a falha lideraram as discussões no Twitter, com mais de 135 mil tuítes no Brasil.
A instabilidade também teria afetado ainda 47 países, como Canadá, Estados Unidos, Chile, Índia, Inglaterra, Peru e Portugal, segundo a ferramenta.
Procurado, o Instagram afirmou, em nota, estar ciente “de que alguns usuários estão tendo problemas para acessar suas contas” e disse trabalhar “para resolver o problema o mais rápido possível.”
Com a “crise instagramável” estabilizada, é hora de aproveitar o momento e “instagramear”.
Na noite dessa quinta-feira (13), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista ao ‘UOL’ e o ‘Folha de S. Paulo’, onde, entre vários assuntos, falou sobre o comportamento de parte da imprensa sobre determinados assuntos.
Lula acabou detonando a Globo no caso em que o jogador Neymar é acusado de um estupro em Paris, capital francesa. Para Lula, a emissora carioca teve “pressa” e “voracidade” para defender a inocência de Neymar sem que a própria polícia tivesse tempo apara investigar o caso: “Eu não posso dizer que o Neymar tem culpa, e nem que a moça está mentindo”, disse Lula sobre o julgamento feito pela imprensa.
O ex-presidente foi mais longe e alfinetou profissionais da imprensa que julgaram o caso sem informações concretas do acontecido. “A moça virou vagabunda antes de qualquer possibilidade”, concluiu.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que não atuou em conluio com a força-tarefa da Lava Jato nas mensagens trocadas com o procurador Deltan Dallagnol.
O site The Intercept Brasil publicou no último domingo conversas privadas no aplicativo Telegram, que, segundo a publicação, mostram troca de colaborações entre Moro e Deltan durante as investigações.
O ministro disse em entrevista, publicada nesta sexta-feira, 14, que não pretende deixar o cargo no governo de Jair Bolsonaro e descartou ter cometido ilegalidade. “Eu me afastaria se houvesse uma situação que levasse à conclusão de que tenha havido um comportamento impróprio da minha parte”, declarou.
“Sempre pautei o meu trabalho pela legalidade. Os meus diálogos e as minhas conversas com os procuradores, com advogados, com policiais, sempre caminharam no âmbito da licitude. Não tem nada ali, fora sensacionalismo barato”, disse.
“Quanto à natureza das minhas comunicações, estou absolutamente tranquilo”, afirmou. “Nunca houve esse tipo de conluio. Tanto assim, que muitas diligências requeridas pelo Ministério Público foram indeferidas, várias prisões preventivas”, ressaltou o ministro. “Se quiserem publicar tudo antes, publiquem, não tem problema.”
Segundo reportagem do The Intercept Brasil, Moro sugeriu ao MPF (Ministério Público Federal) trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou a realização de novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão judicial.
Moro afirmou que o repasse de informações de juiz ao Ministério Público é legal. “Isso está previsto expressamente no Código de Processo Penal, artigo 40, e também no artigo 7 da Lei de Ação Civil Pública diz que ‘quando o juiz tiver conhecimento de fatos que podem constituir crime ou improbidade administrativa ele comunica o Ministério Público’. Basicamente é isso, eu recebi e repassei. Porque eu não posso fazer essa investigação”, disse o ministro.
“As pessoas ouviam histórias verdadeiras, plausíveis e, às vezes, histórias fantasiosas. E, muitas vezes, em vez de levar ao Ministério Público, levavam a mim. O que a gente fazia? A gente mandava para o Ministério Público. Mandava normalmente pelos meios formais, mas, às vezes, existia uma situação da dinâmica ali do dia, naquela correria, e enviava por mensagem”, acrescentou.
“Sei que tem outros países que têm práticas mais restritas, mas a tradição jurídica brasileira não impede o contato pessoal e essas conversas entre juízes, advogados, delegados e procuradores”, declarou ao jornal.
As mensagens mostram, segundo o The Intercept Brasil, que Moro sugeriu ações relacionadas às operações policiais da Lava Jato. Na entrevista, ele minimizou essa prática. “Um vez deferida uma diligência, 50 buscas e apreensões e 50 prisões de pessoas, existem questões de logística que vão ser discutidas com a polícia e com o Ministério Público. Precisamos saber exatamente quando vai acontecer, em que momento vai acontecer e tem que ter um planejamento”, disse.
Segundo ele, o aplicativo de mensagens era apenas um “meio” de comunicação para coisas urgentes e esse tipo de conversa não compromete as provas e as acusações. “Até ouvi uma expressão lá de que eu era ‘chefe da Lava Jato’, isso é uma falsidade”, disse.
Para o ex-juiz, o episódio das mensagens não terá impacto na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa do tríplex de Guarujá, no qual o petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras.
“Foi um caso decidido com absoluta imparcialidade com base nas provas, sem qualquer espécie de direcionamento, aconselhamento ou coisa que o valha”, afirmou.
Na entrevista, Moro voltou a dizer ter sido vítima de um ataque criminoso de hackers e a questionar a autenticidade das mensagens. “Não excluo a possibilidade de serem inseridos trechos modificados, porque eles não se dignaram nem sequer a apresentar o material a autoridades independentes para verificação”, disse.
“Até onde sei, não conseguiram pegar o conteúdo do meu Telegram. Poderiam ter pego, não tem problema nenhum quanto a isso. Mas não conseguiram, porque não estou no Telegram. Não tenho essas mensagens”, afirmou. “Eu reconheço a autenticidade de uma coisa e amanhã aparece outra adulterada”, acrescentou.
Sobre as investigações da Polícia Federal em relação ao ataque, Moro afirmou que existem várias possibilidades, mas disse acreditar ter sido uma ação de um grupo criminoso organizado.
Moro afirmou também ter recebido apoio do presidente Jair Bolsonaro desde o início da crise. “Agora, esse foi um trabalho realizado enquanto eu não era ministro. Então não é responsabilidade do atual governo. O presidente reconhece e já deu demonstrações públicas nesse sentido de que não se vislumbra uma anormalidade que se coloque em xeque a minha honestidade”, disse.
Bolsonaro quebrou o silêncio nessa quinta-feira, 13, e minimizou o conteúdo das mensagens vazadas. “O que ele fez não tem preço. Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção. A Petrobras quase quebrou, fundos de pensão quebraram, o próprio BNDES -eu falei há pouco aqui- nessa época R$ 400 bilhões e pouco entregues para companheiros comunistas e amigos do rei aqui dentro”, disse o presidente.
A Copa América de 2019 começa nesta sexta-feira, 14, em São Paulo, sob ameaça de uma Greve Geral e com torcedores relatando dificuldades para a retirada dos bilhetes.
São esperadas cerca de 67 mil pessoas no Morumbi nesta noite, às 21h30 (de Brasília), para Brasil x Bolívia, partida que abre o torneio, de volta ao Brasil após 30 anos. Há a possibilidade de que elas tenham dificuldade para chegar ao estádio.
O COL (Comitê Organizador Local) da Copa América tem recomendado aos torcedores que utilizem o transporte público. Por causa da partida, boa parte do entorno do Morumbi será isolada por segurança, e apenas pessoas com ingressos ou credenciadas poderão acessar a área.
Para auxiliar na saída dos torcedores, o Metrô ampliou o horário de funcionamento da estação até a 1h de sábado. Uma linha de ônibus especial também foi criada para a dispersão, a 809M-10 Morumbi-Praça Ramos de Azevedo. Ela tem ponto inicial na Avenida Jorge João Saad, entre a Praça Roberto Gomes Pedrosa e o Colégio Miguel de Cervantes.
Ao contrário da Copa do Mundo, quando a Lei Geral da Copa permitiu o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, desta vez elas estão proibidas a partir dos pontos de bloqueio no entorno do Morumbi – vale a lei estadual em vigor.
Fila por ingressos
Torcedores que foram ao Memorial da América Latina, local designado para a retirada de ingressos para a Copa América em São Paulo, relataram longas filas para pegar os bilhetes – para Brasil x Bolívia, todos foram vendidos.
Por causa disso, o COL estendeu o horário de funcionamento do centro de ingressos na última quinta-feira, véspera da partida, até as 22h – duas horas além do normal. A princípio, o local funcionará em horário normal nesta sexta-feira, das 10h às 20h.
Veja as informações da seleção brasileira para a partida contra a Bolívia:
Local: Morumbi, em São Paulo
Data e horário: sexta-feira, às 21h30 (de Brasília)
Provável escalação: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Filipe Luís; Casemiro e Allan (Fernandinho); David Neres, Coutinho e Richarlison; Firmino.
Técnico: Tite
Reservas: Ederson, Cássio, Fagner, Militão, Miranda, Alex Sandro, Fernandinho (Allan), Paquetá, Willian, Everton e Gabriel Jesus
Desfalque: Arthur (pancada no joelho direito)
Arbitragem: Nestor Pitana, auxiliado por Hernán Maidana e Juan Belatti;
VAR: Patricio Loustau, auxiliado por Fernando Rapallini e Ezequiel Brailovsky, e observados por Pablo Silva (todos da Argentina)
O jornalista Clóvis Rossi, de 76 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira, 14, em São Paulo. Rossi esteve internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista, entre sexta-feira, 7 e a quinta, dia 13, por causa de um infarto.
Rossi estava em recuperação, mas passou mal em casa nesta sexta, segundo relatou sua filha, Cláudia, ao também jornalista Juca Kfouri.
“Gigante pela própria natureza”, com quase 2m de altura, seu tamanho não era o único a torná-lo “deveras enorme”. O Rossi era grande em seu trabalho. Determinado, destemido, verdadeiro; não tinha como passar e não notado. Seus textos refletem luz à mente mais escura, esclarece até mesmo o mais abstrato.
Nascido em São Paulo em 25 de janeiro de 1943, dia do aniversário da cidade de São Paulo, Rossi exercia o cargo de repórter especial e era membro do conselho editorial do jornal “Folha de S.Paulo”. Estava na empresa desde 1980. Era colunista e escrevia às quintas e aos domingo.
Em sua coluna na Folha, na última quarta-feira, 12, ele explicou o motivo de não haver postado matérias no domingo, 9.
Leia a íntegra:
“Serve a presente coluna para explicar minha ausência desde domingo (9) nas páginas desta Folha.
É uma satisfação devida ao leitor, se é que há algum. Sofri um micro-infarto na sexta (7), fiz a angioplastia, recebi um stent e, na terça (11), outra angioplastia, com mais quatro stents.
Tudo correu perfeitamente bem, graças à extraordinária eficiência e rapidez de atendimento do hospital Albert Einstein, tanto em seu pronto-socorro no Ibirapuera como no próprio hospital, no Morumbi.
E, claro, graças ao dr. José Mariani, do setor de Hemodinâmica, que colocou os stents, ao meu médico de toda a vida, Giuseppe Dioguardi, e a meu irmão, também médico, Cláudio Rossi.
A alta está prevista para esta quinta-feira (13) e, como o músculo cardíaco não chegou a ser afetado, pretendo retornar à atividade profissional normal na próxima semana.
Agradecimento também aos companheiros da Folha que me ampararam e até mentiram dizendo que estavam sentindo minha falta”.
Trajetória
Formado na Faculdade Cásper Líbero, o jornalista tinha mais de 50 anos de carreira. Começou em 1963. Além da Folha, trabalhou também no “O Estado de S.Paulo” e no “Jornal do Brasil”. Antes teve passagens no “Correio da Manhã”, revistas “Isto É” e “Autoesporte” e pelo “Jornal da República”. Manteve blog em espanhol no “El País”.
Rossi foi editor-chefe no “Estadão” e correspondente em Buenos Aires e Madri pela Folha.
O jornalista tem textos publicados em todos os cinco continentes e trabalhou em coberturas de transição do autoritarismo para a democracia em Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, toda a América Central, Espanha, Portugal e África do Sul.
Prêmios
Ganhou os dois mais importantes prêmios jornalísticos na América Latina: o Maria Moors Cabot, concedido pela Columbia University, e o da Fundação para um Novo Jornalismo Iberoamericano, pelo conjunto da obra, que recebeu das mãos do criador do órgão, o Nobel Gabriel Garcia Márquez.
Rossi é cavaleiro da Ordem do Rio Branco, conferida pelo governo brasileiro por decreto do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É também cavaleiro da Ordem do Mérito, atribuída pelo governo francês, durante a presidência de François Hollande.
Livros
Entre seus livros estão “O que é jornalismo” (1980), “Militarismo na América Latina (1990) e “Enviado especial: 25 anos ao redor do mundo” (1999). Clóvis é um dos grandes manuais de referência nas faculdades de comunicação, seus textos estão entre os mais indicados dentre as bibliografias obrigatórias aos futuros jornalistas.
Repercussão
Juca Kfouri, jornalista, em seu blog
“A um jornalista não é permitido dizer que lhe faltam palavras. Pois descobri agora mesmo que estou na profissão errada. Não sei o que dizer”.
Míriam Leitão, jornalista, no Twitter
“Morreu um dos grandes do jornalismo. Clóvis Rossi é um ícone, de alta competência. Suas análises tinham sempre muita informação porque permaneceu sendo repórter por toda a sua vida. Meu abraço aos amigos da @folha , aos seus familiares. Rossi era mestre e suas lições ficam. #RIP”
Sérgio Dávila, diretor de redação da Folha de S.Paulo
“A Folha e o jornalismo brasileiro perdem um de seus principais e mais premiados repórteres, certamente o mais experiente. Clovis era admirado por gerações de profissionais por sua independência de pensamento, disposição e rapidez de trabalho e qualidade de cobertura. Vai fazer muita falta”.
William Bonner, jornalista, no Instagram
“E, num momento desses, perdemos todos o o olhar atento e a voz firme de um sentinela das democracias.”
Já dizia Gil em uma de suas consagradas canções, “Andar com fé eu vou, a fé não costuma falhar”. Porém, nos últimos seis sorteios da Mega-Sena a “fezinha” anda falhando e está acumulada em R$ 115 milhões. Este é o segundo maior prêmio deste ano. O primeiro foi o do concurso 2.150, realizado em 11 de maio, que pagou R$ 289,4 milhões a um ganhador individual. Naquela ocasião, as dezenas sorteadas foram as seguintes: 23 – 24 – 26 – 38 – 42 – 49.
As seis dezenas do concurso 2.160 serão sorteadas, a partir das 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.
Segundo a Caixa, o valor do prêmio, caso aplicado na poupança, renderia mais de R$ 427 mil por mês.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de amanhã, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.
A Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do RN ( Fecomércio RN) e a Federação das Indústrias (Fiern) criticaram a postura do Governo do Estado sobre as dívidas de 2018, inscritas nos restos a pagar. O Poder Executivo potiguar anunciou nessa quinta-feira, 13, que não vai quitar os débitos com os recursos que entrarem nas contas do Estado em 2019.
Em nota, a Fecomércio se disse “preocupada” com a decisão. “Ao determinar que os recursos financeiros de receitas correntes do Governo do Estado ao longo do ano de 2019 só serão utilizados para pagar ‘despesas públicas de competência do exercício 2019’, está se institucionalizando um calote de cerca de R$ 2,4 bilhões nos fornecedores do Estado do Rio Grande do Norte, que têm valores a receber referentes aos exercícios anteriores a 2019”, argumentou a Federação do Comércio.
A nota publicada no site da Fecomércio alegou ainda que a atitude piora a situação financeira das empresas. “Tal determinação aprofunda, sobremaneira, as dificuldades pelas quais vêm passando muitas empresas potiguares em virtude do não recebimento dos créditos a que fazem jus. Estas dificuldades tendem a criar um perigoso círculo vicioso que pode levar, inclusive, à quebra de empresas e consequente fechamento de inúmeros postos de trabalho”.
A Fiern, por sua vez, disse que a notícia não foi bem recebida pelos empreendedores. “O Governo, mesmo diante das dificuldades, precisa criar uma mesa de negociação com os credores. Está difícil para o Governo, nós sabemos! Mas, também está muito difícil para as empresas”, argumentou a Federação das Indústrias em nota.
Valores somam R$ 2,4 bilhões
O Governo do Rio Grande do Norte afirmou que não vai pagar as dívidas de 2018, inscritas nos restos a pagar, com os recursos que entrarem nas contas do Estado ao longo deste ano. Os valores são de cerca de R$ 2,4 bilhões e não têm prazo estimado para serem quitados. A administração, entretanto, nega que o ato seja um calote nos fornecedores.
A Resolução 02 de 2019, publicada pelo Comitê de Gestão e Eficiência da gestão no Diário Oficial do Estado da quinta-feira, dia 13, afirma que as receitas correntes do exercício de 2019 deverão ser utilizadas exclusivamente para o pagamento de despesas públicas do exercício de 2019.
Pagamentos de despesas de anos anteriores só serão feitos após autorização do comitê, “mediante justificativa plausível do ordenador de despesa primário relativo a necessidade do pagamento para manter regular a continuidade do serviço público”.
Ainda de acordo com a resolução, a medida visa a manutenção da “regularidade da atividade administrativa” do Governo.
Na argumentação, o governo afirma que “o fiel cumprimento da ordem cronológica de pagamento nos termos da Resolução nº 32/2016 do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN), num cenário em que R$ 2,4 bilhões foram inscritos em restos a pagar em 31 de dezembro de 2018 sem lastro financeiro para sua cobertura, poderá ocasionar paralisação das atividades operacionais”.
Leia a Nota:
A Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do RN ( Fecomércio RN) vem a público registar sua indignação e profunda preocupação com os efeitos da Resolução 002/2019, publicada pelo Comitê de Gestão e Eficiência do Governo do Estado no Diário Oficial desta quinta-feira, 13.
Ao determinar que os recursos financeiros de receitas correntes do Governo do Estado ao longo do ano de 2019 só serão utilizados para pagar “despesas públicas de competência do exercício 2019”, está se institucionalizando um calote de cerca de R$ 2,4 bilhões nos fornecedores do Estado do Rio Grande do Norte, que têm valores a receber referentes aos exercícios anteriores a 2019.
Tal determinação aprofunda, sobremaneira, as dificuldades pelas quais vêm passando muitas empresas potiguares em virtude do não recebimento dos créditos a que fazem jus. Estas dificuldades tendem a criar um perigoso círculo vicioso que pode levar, inclusive, à quebra de empresas e consequente fechamento de inúmeros postos de trabalho.
Reafirmamos nosso entendimento de todas as dificuldades financeiras enfrentadas pelo nosso Estado, mas registramos que é preciso discutir de maneira mais ampla, profunda e serena soluções para a questão, evitando prejuízos ainda maiores para o Rio Grande do Norte e para os potiguares. Impor unilateralmente um calote, além de juridicamente discutível, não parece ser uma medida democrática.
A manhã desta sexta-feira, 14, começou com protestos e rodovias federais bloqueadas em Natal. Na rotatória que liga as BRs 101 e 406, no conjunto Parque dos Coqueiros, manifestantes atearam fogo em pneus em todas as saídas e o trânsito ficou bloqueado.
Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), o fechamento das vias começou antes das 5 horas. Depois das 6h, o fluxo começou a ser liberado, mas ainda há retenção.
O protesto é contra a reforma da previdência e os cortes na educação e faz parte do dia de greve geral, marcado para esta sexta.
Dia de transtornos
A semana marcada por intensas chuvas na grande Natal deixou vários pontos de alagamentos causando transtornos para quem precisou sair de casa. A novela “Cidade Alagada” já é velha, o natalense já vem sendo protagonista há anos da trama. Nesta sexta-feira, além de lidar com os problemas causados pelos alagamentos, ainda terá de “driblar” a falta de muitos serviços essenciais.
Sem Transporte Público
Natal começou o dia sem ônibus nas ruas. Em dias normais, as primeiras viagens saem dos terminais depois das 4 horas. De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), os veículos opcionais estão autorizados a circular no mesmo itinerário das linhas de ônibus. Além disso, táxis, escolares e veículos de turismo credenciados no DER também estão liberados para realizar lotação.
Ainda não há previsão para os ônibus circularem. A STTU determinou que as empresas garantam 30% da frota nas ruas.
Sobre a Greve Geral
Depois das paralisações convocadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais, com o apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os trabalhadores vão cruzar os braços, mas também vão participar de atos políticos marcados em todas as capitais e em várias cidades do interior.
Em Natal, o ato político será na calçada do Midway às 15 horas e termina com um show político cultural na praça de Mirassol.
Cidades do Interior
Açu – Concentração 7h30 ao lado do INSS
Caicó – Ato público às 7h30 na Praça da Alimentação, no centro.
Mossoró – Assembleia unificada na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do RN (Sinte/RN), às 7 horas.
Outros municípios também prometem atos, como em Caraúbas, Angicos, Pau dos Ferros, Apodi, Canguaretama, São Paulo do Potengi.
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