Depois de denunciar nacionalmente, através de matéria veiculada no portal UOL, que policiais são dependentes químicos e usam “crack e cocaína”, o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), capitão da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, revelou que vai apresentar um Projeto de Lei do Senado (PSL) que determine a exigência da realização de exame toxicológico para a aquisição e concessão de porte de armas, que agora será flexibilizado graças a um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Valentim considera que o exame toxicológico deve ser aplicado não apenas aos policiais, como também a civis que buscam adquirir e portar armas de fogo. Na entrevista ao UOL, o senador potiguar deixou claro à importância do exame, sobretudo com relação aos policiais. “Você sabe quantos policiais hoje estão segurando um fuzil 5.56, uma calibre 12, que usam crack? Que cheiram cocaína? Sabe por que não sabemos qual é esse número? Porque não é feito o exame toxicológico obrigatório”, disse.
Em vídeo gravado pela TV Senado nesta terça-feira, Styvenson Valentim confirmou que já “iniciou estudos” para que se coloque mais um item de exigência para a aquisição de armas. “Eu dei uma entrevista que está virando polêmica, sobre cobrar exame toxicológico de policiais, que, devido ao estresse, ao abandono, estão dependentes químicos. Eles estão carregando armas, estão defendendo a gente, mas não sei até quando vai suportar tudo isso”, disse.
O senador potiguar destacou que “não consegue entender” como não se exige exame toxicológico para a aquisição de armas e concessão de porte, apesar da constatação de que atualmente há uma população que hoje sofre com um número imenso de dependestes químicos.
ELIABE MARQUES: “O SENADOR DEVERIA USAR O SEU MANDATO PARA VALORIZAR O TRABALHO DO POLICIAL MILITAR
Diferentemente do comandante da Policia Militar do Rio Grande do Norte, Coronel Alarico, e do deputado estadual Coronel Azevedo, o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), saiu em defesa dos policiais militares e considerou as declarações do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) como sendo “um desserviço” aos policiais em geral e a Policia Militar do RN.
Com 26 anos de atuação na PM, o subtenente disse desconhecer a existência de policiais que são dependentes químicos e usuários de cocaína ou crack, conforme revelou o senador potiguar.
Eliane Marques disse ainda não haver no âmbito da corporação estudos ou estatísticas que confirme a veracidade das declarações de Valetim. “Ilações desse tipo contribuem para o desprestigio e desvalorização do policial militar”, disse.
Para o líder sindicalista, Styvenson Valentim deveria usar o seu mandato de senador da República para valorizar o trabalho da Policia Militar, uma corporação, que na opinião de Eliabe Marques, foi “essencial” para alavancar sua carreira política.
Marques revela que os policiais militares, embora trabalhem sob intenso estresse, são carentes de apoio e sofrem problemas de saúde diversos, que vão desde questões ortopédicas até cardiológicas, inclusive depressão.
“O senador deveria usar o seu mandato para valorizar o trabalho do policial militar e ajudar na resolução dos problemas que a categoria enfrenta no seu dia-a-dia”, enfatiza.
EXAME TOXICOLÓGICO
Embora ressaltando que a Lei Complementar 618 já determina a realização de exame toxicológico por ocasião do ingresso nas fileiras da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Eliabe Marques não concorda com a opinião de Styverson sobre a realização periódica desses exames, ao longo da carreira militar dos policiais.
“Acho desnecessária a realização periódica desses exames. Confesso que me senti ofendido com as declarações de Styverson, que certamente ofendeu toda a família Policia Militar”, ressaltou.
A governadora Fátima Bezerra (PT) se integrou aos manifestantes que estão protestando nesta quarta-feira, 15, contra os cortes anunciados pelo Governo Federal nos recursos destinados às instituições de ensino em todo o país.
A petista se uniu assim que o grupo passou em frente à Governadoria. Acompanharam ela o líder do Movimento dos Sem Terra e ex-presidenciável pelo PSOL, Guilherme Boulos, o ex-deputado Fernando Mineiro e o vice-governador Antenor Roberto.
DECLARACÕES DE STYVENSON SOBRE POLICIAIS QUE USAM CRACK E CHEIRAM COCAÍNA DEIXAM DE SAIA JUSTA CORONÉIS DA PM/RN Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Diante da repercussão das declarações do senador e ex-capitão da PM/RN, Styvenson Valentim (Podemos-RN), que em entrevista ao portal UOL revelou haver inúmeros policiais que são usuários de crack e cocaína e vão às ruas trabalhar armados, o deputado estadual Coronel Azevedo (PSL) e o comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico José Pessoa Azevedo, “amarelaram” e resolveram adotar a “lei do silêncio” sobre o assunto. A postura dos oficiais da PM deixa transparecer o temor de ambos de se posicionarem sobre as revelações feitas pelo Senador da República. A reportagem do BLOG DO FM tentou por diversas vezes contatar o comandante da PM e o deputado-coronel, mas ambos não atenderam as ligações, nem retornaram os contatos realizados. A reportagem pretendia saber se os oficiais são favoráveis à adoção de exames toxicológicos na PM, tese essa defendida por Styvenson Valentim.
Sempre falante quando se trata de criticar o governo Fátima Bezerra (PT), o Coronel Azevedo, sob a alegação de que não tinha tomado conhecimento das declarações de Styvenson, mandou recado por sua assessoria de imprensa de que, diante do desconhecimento do assunto, que foi notícia nacional, não iria se pronunciar.
PROCURADO PELO BLOG DO FM, DEPUTADO CORONEL AZEVEDO RECUSOU-SE A FALAR SOBRE DEPENDÊNCIA QUÍMICA DENTRO DA PM/RN
Apesar da recusa, o BLOG DO FM ainda procurou estabelecer contato com o deputado-coronel durante esta quarta-feira, 15, sem sucesso. Azevedo fez opção pelo silêncio, ao invés de buscar defender a imagem da Polícia Militar com relação à existência de policiais que são, supostamente, dependentes químicos e se encontram nas ruas trabalhando armados.
O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte também preferiu adotar a estratégia rota e esfarrapada de “esconder o lixo debaixo do tapete”, embora ocupe um cargo público, no qual deve satisfação à sociedade potiguar, que, por sua vez, tem o direito de saber como a corporação militar pretende agir diante da denúncia de que policiais podem estar nas ruas trabalhando “doidões”.
COMANDANTE DA PM/RN, CORONEL ALARICO, ADOTOU A LEI DO SILÊNCIO COM RELAÇÃO AS REVELAÇÕES DO SENADOR STYVENSON
A pergunta que fica no ar é se o silêncio das autoridades ligadas à PM/RN é movido pela falta do que dizer, ou simplesmente pelo temor de peitar de frente um Senador da República eleito com uma votação esmagadora e detentor de alta popularidade dele no Estado.
O inquérito que investiga uma suposta propina ao ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), segue sob análise do Ministério Público do Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada à reportagem pelo órgão, que explicou que o caso está sendo cuidado pelo promotor Márcio Cardoso Santos.
Na época em que estava concorrendo ao Governo do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo foi acusado pelo Ministério Público de ter recebido propina do presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Natal (Seturn), o empresário Agnelo Cândido em forma de “doação eleitoral”. Em troca do dinheiro, o ex-prefeito teria concordado em autorizar um aumento nas passagens do transporte público de Natal.
O inquérito foi aberto no dia 28 de agosto de 2018 e segue sob sigilo. Caso seja comprovado o pagamento de propina aos agentes públicos, Carlos Eduardo Alves pode ser indiciado pelo crime de improbidade administrativa.
O promotor responsável pelo caso solicitou informações ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre as doações realizadas para a campanha de Carlos Eduardo Alves.
Na época, o ex-prefeito se defendeu, afirmando que qualquer reajuste feito durante sua gestão seguiu “parâmetros técnicos e somente autorizados depois de aprovados”.
Carlos Eduardo também disse que em seus 30 anos na política, nunca respondeu a processos de improbidade administrativa ou por desvio de conduta ética, e que confiava que “uma investigação isenta” esclareceria a verdade dos fatos.
Por volta das 15h, Guilherme Boulos discursou para milhares de pessoas no IFRN Campus Central, em Natal. Em resposta à declaração de Bolsonaro que chamou os manifestantes de “idiotas úteis”, ele disse que isso “é até um elogio já que Bolsonaro é um idiota inútil”.
Após o ato, estudantes, professores e servidores do IFRN se uniram a milhares de pessoas que protestavam na Avenida Salgado Filho. Por volta das 16h30, os manifestantes saíram em caminhada em direção a Zona Sul de Natal. A organização do ato estima em 70 mil pessoas no protesto.
Durante a manhã, manifestantes ligados ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) fecharam a avenida João Medeiros Filho, próximo ao Partage Norte Shopping. Eles falaram com motoristas e entregaram panfletos, encerrando a movimentação por volta das 11h. Nem a organização nem a Polícia Militar divulgou o número de manifestantes no ato.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou as cinco primeiras cidades que integrarão o projeto-piloto do Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta. O projeto, que pretende reduzir os crimes violentos nas cidades com maiores índices de homicídios, será implementado em Ananindeua (PA), Goiânia (GO), Paulista (PE), Cariacica (ES) e São José dos Pinhais (PR).
O anúncio foi feito, hoje (15), após o ministro se reunir com representantes dos estados, dos municípios e com integrantes da força tarefa que atuaram no projeto.
“Foram escolhidos cinco municípios. O critério principal adotado foram os altos índices de crimes violentos, no caso, assassinatos nesses municípios, aliados a outros fatores específicos relacionados especialmente à questão de ser um projeto-piloto. Portanto, trata-se ainda de uma experiência em desenvolvimento. Se bem-sucedido, o projeto será expandido a outros municípios”, explicou o ministro.
Ananindeua apresentou, em 2017, uma taxa de homicídio de 68,20 mortes por 100 mil habitantes. Em Goiânia, no mesmo ano, esse índice estava em 33,62, enquanto em Paulista, estava em 47,40 homicídios por 100 mil pessoas. Em São José dos Pinhais, estava em 40,18; e em Cariacica, 42,35.
Segundo Moro, as negociações com estados e municípios visam o planejamento de ações conjugadas dos agentes públicos federais (polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Força Nacional), estaduais (por meio das polícias civil e militar), e municipais (polícias municipais).
“Paralelamente, além das ações dos agentes de segurança, serão realizadas ações políticas de outra natureza, no caso, urbanísticas, sociais, de educação e saúde. Tudo focalizado na diminuição da violência”, disse o ministro.
Segundo ele, não há como apresentar metas nem fazer prognósticos sobre os resultados pretendidos pelo governo com o programa. “Essa questão do mundo do crime é algo que não pode ter um prognóstico absoluto. Serão realizadas medidas tendentes a diminuir de forma significativa essa criminalidade. É impossível fazer prognóstico de quanto essa criminalidade será diminuída”.
Perguntado sobre se essas ações visando a diminuição do número de homicídios não poderiam ser prejudicadas pela política de facilitação do acesso às armas, defendida pelo próprio governo, Moro disse que “não é possível fazer uma correlação tão clara entre uma coisa e outra”.
“[Facilitar o acesso a armas] foi uma promessa de campanha do presidente, atendendo compreensão de que havia o desejo de parte da população em ter o acesso facilitado à armas de fogo”, disse o ministro.
Lançada oficialmente nesta terça-feira (14), na sede da Intertv Cabugi, a campanha sócio-educativa ‘Heróis Doadores’ tem como objetivo salvar 10 mil vidas, estimulando a doação de sangue. Como cada doador pode salvar até quatro vidas, a expectativa da organização do projeto é de conseguir aproximadamente 2,5 mil doadores. Lembrando que uma bolsa de sangue tem entre 400 e 450 ml.
“A campanha ‘Heróis Doadores’ tem como propósito movimentar o sentimento de responsabilidade social e chamar a atenção para a importância de se doar sangue regularmente para salvar vidas. A proposta é alcançar mais de duas mil doações durante o período da campanha”, explica Marcos Arnaud, que coordenada a campanha ao lado dos também diretores, André de Paula e Paulo Suassuna.
A abertura de um espaço no Natal Shopping e o desafio ‘Maratona 24hs’, com academias parceiras, nesta quarta-feira (15), também marcam a largada da campanha, que segue até 14 de junho, quando se comemora o Dia Internacional do Doador de Sangue.
Transporte exclusivo
Para auxiliar na concretização da doação, o projeto contará com transporte exclusivo (vans sinalizadas), que levará os doadores aos hemocentros. “A campanha movimentará diversas tribos colaborativas da cidade, que funcionarão como células influenciadoras. Esporte, Academias, Moto clubes, Jeeps Clubes, torcidas de times de futebol e outras ações de ativação em escolas e empresas”, revela André de Paula.
Em paralelo à ação ‘Maratona 24hs’, uma unidade móvel do Hemonorte vai estar das 9h às 17h no estacionamento externo do Natal Shopping para que a população possa participar ativamente da campanha, doando sangue.
Requisitos para doação
Podem doar sangue pessoas na faixa etária entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos de idade precisam de consentimento do responsável legal), ser saudável, pesar acima de 50 kg, ter dormido seis horas na noite anterior, evitar alimentos gordurosos antes da doação, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores e apresentar um documento oficial com foto.
Maratona 24 horas
No desafio da ‘Maratona 24 horas’, que faz parte da programação da campanha ‘Heróis Doadores’, integrantes de academias parceiras revezam-se em esteiras instaladas no Natal Shopping. A ação acontece nesta quarta (15) e quinta-feira (16). A cada quilômetro percorrido, R$ 5,00 serão doados para a AMICO.
“Cada academia terá uma esteira na praça central do shopping. A proposta é que as academias levem equipes para realizar um revezamento e manter a esteira funcionando 24 horas”, explica Paulo Suassuna. “Todos vencem, mas o desafio é conseguir o maior número de quilômetros percorridos”, reforça André.
Outras ações
Além do lançamento oficial da campanha, abertura do espaço no Natal Shopping e Maratona 24hs, estão programadas outras ações até 14 de junho, Dia Internacional do Doador de Sangue. Dia 25 de maio será a vez do ‘Jeep Heroes’, que pretende envolver jeepeiros dos Jeeps Clubes de Natal. O percurso será entre o Natal Shopping e o Hemonortedia; já o ‘Moto Heroes’, passeio com Moto Clubes de Natal, será realizado no dia 1º de junho, pelo mesmo percurso dos Jeeps. “Nesta ação, cada jeepeiro e motociclista deve levar um amigo para doar sangue”, informa Arnaud.
No dia 4 de junho um doadômetro será instalado na loja do ‘Heróis Doadores’, no Natal Shopping, e no dia 8 de junho, ainda seguindo a programação oficial da campanha, será realizada a 1ª Copa Heroes de Futmesa, no Palácio dos Esportes. Em 14 de junho, Dia ‘D’ da campanha, haverá uma festa de encerramento, como o lançamento da Revista Heroes. A campanha ‘Heróis Doadores’ é uma realização da Dois Ponto Cinco – Social Marketing.
Comentários