11 de maio de 2019 às 09:44
11 de maio de 2019 às 09:46
Grupo de estudantes universitários da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), intitulado “UFRN RESISTE”, marcam ato que, segundo eles, consiste em protesto contra os bloqueios de recursos do Governo Federal para a educação. Através de mensagens por whatsapp, os “estudantes” anunciam que haverá ataques a ônibus e shoppings da capital na próxima quarta-feira (15).
Um dos estudantes justifica os ataques previsto. De acordo com ele, o ato “não prejudica trabalhador, prejudica o empresário que para manter seu lucro diário do ir e vir (que é um direito constitucional, que o Estado diz não conseguir suprir), e que para tanto desembolsará o que for necessário para por outro veículo de exploração nas ruas”.
Quanto ao shopping’s, a desculpa é de que são “símbolos de consumo capitalistas”.
A reflexão que tal “proposta” do grupo trás, porém, infelizmente, apesar das justificativas é evidente que afeta diretamente o trabalhador, a população; o trabalhador que poderá atrasar-se para o horário de trabalho correndo risco de perder seu sustento. A família população, que acaba sendo exposta ao caos e riscos de vida sendo inocente, muitos sequer têm conhecimento do cenário político do país e o que representa.
Um estudante mostra sua preocupação, no entanto, apenas quanto ao quesito “investigação da Polícia Federal”.
11 de maio de 2019 às 09:12
11 de maio de 2019 às 09:47
Foto: Divulgação
Mais um grande nome confirmou sua participação na disputa para vaga do Quinto Constitucional do TRT-RN. O advogado Renato Marinho protocolou sua inscrição acompanhado de apoiadores, entre eles, o ex-presidente da OAB-RN Valério Marinho. Com 17 anos de militância nas áreas trabalhista e empresarial, Marinho é reconhecido pelo perfil conciliador e conduta ética.
Ele é especialista em Direito do Trabalho, foi conselheiro estadual da OAB-RN e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio Grande do Norte.
Desde a última terça-feira, quando oficializou a participação na disputa, Renato Marinho vem mantendo agenda de visita e reuniões com apoiadores.
11 de maio de 2019 às 08:51
11 de maio de 2019 às 09:48
Foto: Marcos Santos/USP
Após romper o ciclo de violência, que, em muitos casos, se instala no próprio lar, as mulheres devem iniciar um processo de resgate da autoestima, de acordo com psicólogos. Há o consenso de que buscar uma melhora por meio da ajuda de profissionais da área é o mais recomendável. São eles que conseguem auxiliar as vítimas em busca da dar nomes às emoções. A partir daí, de acordo com os especialistas, é possível trabalhar a autoestima que, normalmente, é prejudicada depois de episódios de violência.
Conforme explica Laura Frade, professora do curso de psicologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), o resultado da violência doméstica, na mente da vítima, pode se assemelhar ao que é gerado em campos de guerra. Por essa razão, a instrução é que o terapeuta identifique em que grau desse quadro a paciente se encontra.
“A pessoa que passa pelo processo de violência doméstica, quanto mais prolongado ele é, mais tem respostas ao que seria um estresse pós-traumático. Retirar alguém dessa situação significa que ela precisa conhecer o que é a resposta que ela apresenta. [O psicólogo] precisa ter conhecimento do grau de profundidade, saber se foi estresse agudo, crônico, e ela [vítima] vai precisar ser retirada desse contexto, criar uma rede de apoio, coisa que é cortada, pois ela se sente sozinha, abandonada, já que essa é uma das estratégias do agressor, e construir memórias que podem ser agradáveis”, diz Laura, também formada em direito e doutora em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB).
Reconhecido pela Classificação Internacional de Doenças, o estresse pós-traumático pode se manifestar por meio de medo ou terror ativado após o evento que causou o choque. A pessoa que desenvolve o transtorno tem, por exemplo, lembranças vívidas do acontecido ou, então, se torna hipervigilante, como se o fato fosse se repetir.
A acadêmica lembra que a vítima de violência passa por mudança nas composições bioquímicas do corpo. De acordo com ela, é a prova de que o ciclo de violência desorganiza intensamente a vítima. “Há a ampliação do gânglio basal, que são duas estruturas localizadas na região da nuca, responsáveis pela nossa sobrevivência e que ficam muito ativas durante o período de sofrimento”, explica Laura.
Além disso, ela destaca que, depois de ser exposta à dor, é importante que a pessoa crie novas memórias. Laura afirma que, antes de se abrir para novos relacionamentos românticos, a vítima deve priorizar a compreensão sobre sua história. Isso significa, por exemplo, a tentativa de identificar um padrão na própria vida afetiva ou na vida de mulheres próximas de associação entre amor e sofrimento.
“A primeira coisa que se precisa ponderar quando se pensa em novas relações é se está presente a transgeracionalidade. É um ato muito comum que compõe a violência domestica e consiste em perceber se, no histórico, elas [as vítimas] têm outras mulheres na família que também tiveram relações violentas. Normalmente, têm. Diria que é quase um aprendizado doméstico, e esse aprendizado precisa ser superado. É a primeira coisa a ser reconhecida. Se ele existir, precisa ser trabalhado com o terapeuta, porque, senão, o que ela [a vítima] vai fazer é simplesmente trocar o agressor”, sublinha Laura.
Escrita é redenção
Transmitir ao filho o ensinamento de que toda mulher deve ser tratada com respeito passou a ser uma das principais missões da empresária Susete Pasa, de 47 anos. Ela é autora do livro Abusada, que reúne recordações de sua vida, marcada por um relacionamento abusivo. Como muitas vítimas, ela vivia com o agressor. A escritora só conseguiu reunir forças para romper o relacionamento, carregado de violência, após 24 anos de casamento.
Susete fugiu de casa, no município Estância Velha (RS), há três anos. Na ocasião, deixou uma carta ao ex-companheiro que tinha viajado a negócios na companhia de outra mulher. Assim, ela retornou a Arroio do Tigre (RS), sua cidade natal para morar com a mãe. No momento, ela estuda acionar a Justiça para que o marido seja retirado da residência do antigo casal.
A empresária afirma que, embora soubesse de casos de traição do ex-companheiro, acreditou, por muito tempo, que não se sustentaria sozinha. Ela achava que devia continuar com o relacionamento para que os negócios do casal não tivessem prejuízo. Entre as agressões relatadas, ela conta que o ex-marido chamava-a de burra na frente de clientes do casal.
“Só fui descobrir que fui vítima de abuso no ano passado. Aqui no interior é a coisa mais normal trair e tratar mal”, desabafa, acrescentando que o pai sempre foi ríspido com a mãe e visto como o “chefe da casa”.
Ao longo do casamento, de acordo com Susete, ele teve depressão por se sentir desprezada e manipulada pelo ex-marido. “Logo no início, percebi que era muito ciumento, mas na época achava até legal, me sentia valorizada pelos ciúmes dele, não imaginei que fosse traço de abusador. Com 22 anos, tive meu filho, o Guilherme. Depois disso, ele [ex-marido] começou a ter atitudes bem grosseiras quanto ao meu corpo, começou a me maltratar e isso foi se intensificando, e fui ficando cada vez mais fechada, triste, meu comportamento foi mudando”, conta.
Para ela, sair com os amigos e voltar a socializar tem sido uma tarefa difícil. “O problema é que foi muito tempo [de relacionamento]. Então, nunca estive na noite sozinha, sem uma pessoa, um amparo. Ele era um amuleto na noite também, eu o via como figura protetora. Mesmo me fazendo mal, eu o enxergava como uma figura de proteção. Levei muito tempo para começar a sair, e não digo nem pra conhecer outros homens, mas com as minhas amigas. Levei mais de um ano para jantar fora.”
Susete diz que, ao reunir as histórias para o livro, encontrou força e, atualmente, não há mais vergonha em deixar que outras pessoas saibam que ela foi vítima de violência. “O que mais me fez bem em escrever esse livro, além de me curar das culpas que senti quanto ao meu relacionamento, foi não ter mais vergonha nenhuma de dizer que sou uma vítima. No passado, sim, eu tinha. Hoje, não tenho mais. Às vezes, as vítimas podem imaginar que só se matar é que é a saída, mas é possível, sim, sair [do ciclo de violência]. Há momentos em que a gente se vê sem saída, só pensa em se matar, que ou fica com a pessoa, ou morre, sente um desespero de não conseguir, e isso não é vergonha. Não é gente que tem que se envergonhar, e sim eles [os agressores] que devem ter vergonha por deixar a gente nesse estado”, afirma.
De acordo com a Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul, somente em fevereiro deste ano – dado mais atualizado apresentado pela pasta – foram registrados 2.953 casos de ameaça contra mulheres, 1.777 ocorrências de lesão corporal, 102 estupros e 23 tentativas de feminicídio. Naquele mês, um feminicídio se consumou.
11 de maio de 2019 às 08:21
11 de maio de 2019 às 09:49
Foto: U.S. Department of Justice
A cooperação dos procuradores americanos com os brasileiros na Lava Jato permitiu aos países desenvolver laços de confiança e seguir com trabalho até hoje. Por isso, “não seria surpreendente se aparecesse outro caso” de corrupção no Brasil investigada pelos Estados Unidos. A frase é do procurador Daniel Kahn, chefe da área de investigação de corrupção fora dos EUA (FCPA, na sigla em inglês) no Departamento de Justiça Americano.
Kahn recebeu o Estado no seu gabinete, em um dos prédios do Departamento de Justiça dos EUA, o DoJ, em Washington.
Na entrevista, na qual ele adiantou que não poderia falar sobre casos em andamento, o americano classificou a parceria com os brasileiros como uma das mais fortes já firmadas com autoridades estrangeiras, elogiou o trabalho da Lava Jato e minimizou problemas no trabalho com o País.
Qual a sua percepção sobre as investigações de casos de corrupção no Brasil?
Em geral, esse tipo de investigação de corrupção é muito, muito difícil. E o fato de que os promotores brasileiros foram capazes de desvendar um esquema tão complexo e fazê-lo com ventos contrários políticos e indivíduos em níveis muito altos do governo envolvidos, eu acho incrivelmente impressionante. É algo que nós, como promotores nos EUA, acho que às vezes damos como certo e estamos muito, muito gratos pela oportunidade de trabalhar com os brasileiros. Tem sido uma das parcerias mais fortes que poderíamos ter com uma autoridade estrangeira.
O que funcionou bem e o que o sr. acha que ainda precisa melhorar essa cooperação entre os dois países?
Eu não quero entrar em muitos detalhes em termos do que funcionou bem e o que não funcionou, porque é claro que há questões delicadas de aplicação da lei. Mas há muito pouco que não está funcionando. A confiança entre nossos países é algo que se desenvolve trabalhando juntos pelo tempo que temos trabalhando juntos e vendo que ambos estamos trabalhando pelas razões certas. O que é útil no relacionamento, em termos de aspecto positivo, é: como temos um relacionamento bom e forte, podemos chamá-los e dizer se há evidências do que estamos procurando e vice-versa. O que geralmente isso permite é agilizar o processo de obtenção da prova do que se feita de uma maneira mais formal. O bom disso é que, se pudermos ter uma conversa antecipada, podemos começar reunir informalmente a coleta de provas e, em seguida, quando enviamos a solicitação formal, podemos encaminhá-la a um promotor específico no Brasil e eles podem encaminhá-la a um promotor específico aqui. Então, isso funciona muito bem. É difícil pensar em algo que não está funcionando, é mais fácil pensar em muitas das coisas que estão funcionando.
De 2014 para cá, houve algum momento em que a cooperação ficou atravancada? Algo mudou em uma das fases do processo de investigação?
Tem sido um relacionamento positivo bastante estável. Quer dizer, eu não posso apontar para um determinado momento e dizer “houve uma lombada aqui”, algo assim. Tem sido positivo, ano após ano desde que começamos.
Pergunto isso porque tivemos algumas mudanças no governo e também mudanças no comando da Procuradoria-Geral.
O lado positivo é que em nosso país os promotores são promotores de carreira, por isso não mudamos de governo para governo. Minha impressão é de que pelo menos os promotores com os quais estamos lidando permaneceram constantes durante o período. Assim, mesmo onde possa haver mudanças em certas posições de liderança, ainda mantemos o forte relacionamento com os promotores que estamos trabalhando nos casos do dia a dia.
Por que os EUA decidiram investigar os casos relacionados à Lava Jato que afetam principalmente o Brasil?
É uma ótima pergunta. Sempre que estamos analisando um caso, temos de determinar quais são os interesses dos EUA. Então, se olharmos para a própria Petrobrás, é uma empresa brasileira de petróleo, com funcionários brasileiros trabalhando para ela, que estava sendo usada para pagar várias autoridades brasileiras, mas a própria Petrobrás também é uma empresa de capital aberto nos EUA. Há vários acionistas americanos comprando ações da Petrobrás sob falsos pretextos e vítimas de fraudes que estavam sendo realizadas. Muitas empresas que estavam pagando propinas para a Petrobrás também eram empresas com sede nos Estados Unidos ou que atuavam nos EUA. Se você olhar para a Odebrecht, por exemplo, esse é um caso em que uma empresa brasileira está pagando propinas para funcionários da Petrobrás, bem como a outras autoridades no Brasil, mas também pagando propinas a funcionários de outros países. A Odebrecht utilizou os sistemas financeiros dos EUA e cometeu vários atos de corrupção dentro dos EUA. Certamente não achamos que nosso interesse tão forte como o do Brasil, mas ainda precisamos enviar uma mensagem forte de que você não pode usar o sistema bancário dos EUA , e você não pode vir para os EUA e continuar com o esquema corrupto de dentro dos Estados Unidos. Para enviar essa mensagem, nós coordenamos nossa conclusão com o Brasil e não ficamos com maior parte da multa, nem com a metade.Não podemos nos afastar completamente quando empresas ou indivíduos cometem crimes que violam a lei dos EUA, mas o que podemos fazer é tentar reconhecer as ações significativas de países como o Brasil.
Tivemos alguns casos em que há pedido dos investigadores do Brasil que não é cumprido nos EUA. Como lidar com situações em que o Brasil tem um interesse mas as autoridades americanas estão trabalhando de uma forma diferente? Isso prejudica a relação entre os países?
Posso dizer de maneira mais geral que, quando temos um país como o Brasil, com quem nos relacionamos, estaremos em comunicação bastante aberta com eles. Mas, certamente, se tivermos acusado alguém e essa pessoa estiver nos EUA, esperamos seguir com a acusação a menos que houvesse uma boa razão para essa pessoa ser enviada ao Brasil. No curso normal, as pessoas que estão no Brasil serão processadas no Brasil e as pessoas que estiverem nos EUA serão processadas nos EUA.
Como vocês decidem qual é o foco do departamento de investigações de corrupção estrangeiras?
Nós não miramos países específicos e geralmente não miramos setores específicos. Nós seguimos evidências, de modo que os casos podem surgir de várias formas. Eles podem entrar através de denúncias, de referências feitas por um país estrangeiro, para mencionar algumas formas. Quando o caso chega, determinamos se há ou não provas e jurisdição suficientes para prosseguir. Não é como se disséssemos”ok, então agora queremos nos voltar para todos os casos na América Latina ou para todos os casos na indústria do petróleo”. Pode parecer que sim, às vezes. Depois da Lava Jato, certamente há muito mais casos relacionados à América Latina e podemos ter uma situação de uma empresa revelar que estava pagando propina usando um certo intermediário e quatro outras empresas também estavam usando os mesmos intermediários corruptos, que pode se transformar em uma investigação sobre várias empresas desse setor.
Atualmente, qual o espaço que o Brasil tem nas investigações do Departamento de Justiça?
Posso dizer que ainda temos um relacionamento extraordinário com os promotores brasileiros e estamos trabalhando em vários casos em vários países e regiões. Não acho que seria surpreendente se aparecer outro caso envolvendo o Brasil. Mas além disso eu provavelmente não deveria dizer com qual país estamos trabalhando agora.
O Estado revelou que há uma empresa que forneceu informações ao DoJ sobre uma investigação relacionada ao caso dos Portos, que atinge o ex-presidente Michel Temer no Brasil. Vocês estão investigando algo relacionado a Temer?
Eu não posso responder isso. De um modo geral, não comentamos a existência ou não de qualquer investigação.
11 de maio de 2019 às 08:18
11 de maio de 2019 às 08:18
RAFAEL MOTTA: “”NOSSO MANDATO BUSCA TRABALHAR SEMPRE EM SINTONIA COM ESSAS INSTITUIÇÕES”
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade do Estado do RN (UERN) receberam, esta semana, R$ 350 mil em emendas destinadas pelo deputado federal Rafael Motta (PSB/RN). Os recursos já estão depositados nas contas das instituições para que as universidades possam fortalecer sua estrutura física.
“Nosso mandato busca trabalhar sempre em sintonia com essas instituições. Em meio a toda instabilidade causada pelo corte de verbas por parte do governo federal, esse recurso é um alento e se torna fundamental para que universidades melhorarem o seu ambiente educacional, que é formador e tão fundamental para toda a sociedade”, pontua o parlamentar.
Na UFRN, o montante de R$ 175 mil é destinado a construção do auditório das novas engenharias do Centro de Tecnologia (CT) e foi liberado no último dia 9. Já na UERN, o recurso de R$ 175 mil é voltado para compra de equipamentos/mobiliário e foi pago no dia 7 deste mês.
11 de maio de 2019 às 08:09
11 de maio de 2019 às 08:09
MORADORA DA PERIFERIA DO RECIFE NÃO CONSEGUEM ACESSO A MEDICAMENTOS PARA TRATAR SEUS RINS TRANSPLANTADOS
Moradoras da periferia do Recife, Jaqueline Vilela de Almeida, de 36 anos, e Andrea Carla da Silva, de 41, vivem todos os dias o mesmo drama: não conseguem acesso a medicamentos para tratar seus rins transplantados e temem ter que voltar, nos próximos meses, para a máquina de hemodiálise .
Ambas já sentem o órgão mais inchado e o corpo fraquejar de tanto perambular, sem sucesso, pelas unidades de saúde da cidade em busca das drogas que deveriam ser fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O drama das duas é compartilhado, em maior ou menor grau, por 90 mil homens e mulheres de todos os estados do país, segundo estimativas da Associação Brasileira de Transplantados.
Documentos obtidos pelo GLOBO junto a secretarias estaduais da saúde revelam que, desde o início do ano, o sistema federal de distribuição de remédios vive um aguda crise de desabastecimento, afetando principalmente os transplantados.
De um total de 134 drogas que são distribuídas obrigatoriamente pelo Ministério da Saúde , 25 estão com estoques zerados, sendo que pelo menos quatro delas são para atender a transplantados, evitando que o órgão recebido seja rejeitado pelo organismo.
Uma ação do Ministério Público Federal revela que 30 mil enxertos de coração, rim e fígado estão em risco apenas no estado de São Paulo, por causa do desabastecimento.
No último ano, 141 pacientes tiveram rejeição aguda ao órgão recebido devido à falta crônica de medicamentos, apenas em São Paulo, segundo dados do Hospital do Rim. Quatro enxertos foram dispensados recentemente em um único hospital da capital paulista. De acordo com associações que atendem a transplantados, ao menos três órgãos já foram perdidos em Recife e dez em São Paulo.
A ação movida pelo MPF alerta o Ministério da Saúde sobre o “risco catastrófico de morte para milhares de pacientes transplantados”.
Em decisão tomada no dia 9 de abril de 2019, com base na ação do MPF, o juiz federal Paulo Cezar Duran determinou que o ministério solucione o problema. Por meio de nota, o ministério afirmou que “mantém todos os esforços necessários ao cumprimento da decisão judicial”.
Risco para 30 mil pacientes
Em São Paulo, os medicamentos Micofenolato de Sódio e Tracolimo, essenciais para a adaptação dos órgãos transplantados, não foram entregues pelo governo federal na quantidade demandada, segundo a Secretaria estadual de Saúde.
O ministério nega e diz que a distribuição do Micofenolato de Sódio “está regularizada”. Quanto ao Tracolimo, diz que “as empresas contratadas não cumpriram os prazos de entrega”.
Segundo o MPF, a crise de abastecimento pode acarretar na “paralisação de transplantes para mais de 30 mil pacientes que estão na fila”.
— Como incentivar a doação, se o transplantado não tem acesso a remédios e não tem como manter o órgão? — questiona Edson Arakaki, presidente da Associação Brasileira de Transplantados.
Arakaki diz que, depois de o sistema funcionar por mais de 20 anos sem grandes intempéries, a crise na distribuição vem se agravando desde 2017, durante a gestão de Ricardos Barros no Ministério da Saúde.
— Naquele momento político, de contingenciamento, o ministro resolveu mudar o sistema de compra. Com isso, começou um momento muito dramático para os transplantados. Atualmente, todo mês falta remédio para este público. As pessoas vivem uma peregrinação para conseguir. As filas nos centros de dispensação são imensas.
Medo da ‘máquina’
O grande temor dos pacientes transplantados é voltar ao estágio anterior ao da recepção do órgão. No caso dos que receberam rins, significa voltar para a “máquina”, como eles se referem ao aparelho de hemodiálise.
Andrea Carla conta que fez diálise durante 20 anos, até conseguir, há seis, um órgão na fila de transplantes.
— De lá para cá, vivo uma nova vida. Cuido da minha saúde, do meu órgão. Mas, há três meses, estou sem remédio. Estou com muito medo de voltar para a “máquina”, de perder meu rim novamente.
Andréa tomava o Tracolimo, que atualmente está em falta em todos os estados. Como nunca conseguia acesso ao remédio, o médico receitou outra fórmula, que também começou a faltar. Ela devia tomar outros dois remédios regularmente contra a rejeição, mas ambos também estão em falta há cinco meses.
É o mesmo drama vivido por Jaqueline. Sem tomar regularmente os remédios há cinco meses, ela conta que está com os exames de urina alterados e seu rim, recebido de um doador morto, já começou a parar de funcionar, segundo diagnóstico médico.
11 de maio de 2019 às 08:03
11 de maio de 2019 às 09:50
Foto: EVARISTO SA/ AFP
O presidente Jair Bolsonaro reprovou norma elaborada pela Secretaria de Administração da Presidência da República, comandada pelo general Floriano Peixoto, com regras de vestimenta para frequentadores do Palácio do Planalto. A informação foi divulgada ontem em nota assinada pela Secretaria Especial de Comunicação Social, Secretaria-Geral da Presidência e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A norma proibiria o uso de minissaia, regata, chinelo, barriga de fora, além de recomendar uso de terno a funcionários. O governo não explicou a razão de o presidente ter vetado o texto. O jornal O Estado de S. Paulo pediu acesso ao documento, sem sucesso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
11 de maio de 2019 às 07:54
11 de maio de 2019 às 07:57
O AEROPORTO INTERNACIONAL ALUÍZIO ALVES, EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE, NA GRANDE NATAL
Em matéria assinada pelo jornalista especializado em turismo, Antônio Roberto Roberto Rocha, correspondente do PANROTAS no Rio Grande do Norte, uma das mazelas do turismo potiguar foi exposta nacionalmente – o fato de as altas tarifas aéreas estarem fazendo a própria população potiguar “desistir” do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, inaugurado às pressas poucos dias antes da Copa do Mundo de 2014.
Na matéria nacional, o presidente da ABAV RN, empresário Abdon Gosson, se posiociona e revela que, além dos grupos de WhatsApp que compartilham viagens de Natal para o aeroporto de João Pessoa por incríveis R$ 50 (mais barato do que um táxi para o São Gonçalo do Amarante), há um verdadeiro comércio ambulante de produtos e serviços turísticos do Rio Grande do Norte no aeroporto Castro Pinto.
Gosson lamenta: é uma “triste a realidade do Turismo em Natal, tanto o emissivo como o receptivo”.
Leia abaixo na íntegra a matéria publicada pelo PANROTAS, que é o mais importante veículo de comunicação especializado em turismo do País:
Aeroporto de JPA vira melhor opção para Natal; entenda
O principal portão de entrada e saída do Rio Grande do Norte, atualmente, seria o aeroporto Castro Pinto, em Bayeux, na Grande João Pessoa (PB)? Ainda não dá para afirmar, mas que o equipamento paraibano já atende a expressiva parcela de turistas que viaja para Natal, assim como aos próprios norte-rio-grandenses, já há mais de um ano, é fato comprovado. O alerta é quase vermelho.
O aeroporto que atende à capital potiguar, mas fica no município de São Gonçalo do Amarante, a 50 quilômetros de Natal, perde movimento a cada ano. Em comparação a 2013, último ano de funcionamento do antigo Aeroporto Augusto Severo, a perda de passageiros-ano já chega a 200 mil. As altas tarifas aéreas estão fazendo a própria população potiguar “desistir” do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, inaugurado às pressas poucos dias antes da Copa do Mundo de 2014.
Vale ressaltar que, desde a abertura do equipamento, os turistas que viajam para a Praia da Pipa quase sempre optam por chegar através do aeroporto de João Pessoa, que fica mais próximo do badalado vilarejo potiguar do que São Gonçalo do Amarante. Atualmente, some-se a esta menor distância geográfica os preços das passagens aéreas mais em conta para a Paraíba. A fase é preocupante para o turismo potiguar.
O presidente da Abav-RN, Abdon Gosson, é uma dos mais revoltados com a atual situação. “As passagens aéreas para Natal continuam, inexplicavelmente, de 40% a 60% mais caras do que as praticadas em capitais próximas a Natal, como João Pessoa e Recife. Ás vezes chegam a picos de 100% e até 200% mais caras. É uma maldade! Os agentes de viagens, atualmente, dão três opções de chegada e saída para quem vem ou sai do Rio Grande do Norte: via Natal, que é o óbvio; por João Pessoa, que tem sempre os melhores preços; e através do aeroporto de Recife. Em certos casos, o passageiro opta até por Fortaleza, se compensar. Estou falando de voos nacionais e internacionais. É triste a realidade do Turismo em Natal, tanto o emissivo como o receptivo”, reclama.
Gosson enfatiza que, além dos grupos de WhatsApp que compartilham viagens de Natal para o aeroporto de João Pessoa por incríveis R$ 50 (mais barato do que um táxi para o São Gonçalo do Amarante), há um verdadeiro comércio ambulante de produtos e serviços turísticos do Rio Grande do Norte no aeroporto Castro Pinto.
“É inacreditável. Há muitos motoristas oferecendo transfer para Natal. O pessoal mais idoso não topa essas aventuras. Acaba deixando de sair da capital potiguar para viajar, ou mesmo de vir para cá fazer turismo. Fica cansativo pegar carro, estrada, enfrentar tempo de espera no aeroporto e depois três horas de voo. O que assistimos no Rio Grande do Norte, por conta desse gargalo aéreo que aumentou com a saída da Avianca Brasil, é o enfraquecimento de uma cadeia produtiva responsável por 120 mil empregos diretos no setor no Estado”, avalia.
Soluções estão voando…
Apesar das visitas constantes nos últimos cinco anos às diretorias das companhias aéreas, tanto do ex-secretário de Turismo do RN, Ruy Gaspar, como da atual titular da pasta, Ana Maria Costa, ainda não houve solução para o imbróglio. Por que as passagens aéreas são bem mais caras para Natal? Por que o número de frequências não se amplia?
Em contrapartida, comenta o presidente da Abav-RN, “o load factor de Gol, Latam e Azul nas operações para São Gonçalo do Amarante certamente é superior a 95%. Os voos saem e chegam sempre superlotados”.
Soluções? Estão voando. O próprio presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, que fez palestra no Fórum de Turismo do RN, em março, em Natal, afirmou que reconhece o problema. Mas não explica nem justifica o entrave na malha aérea.
Natal, na verdade, está quase “ilhada”. É cada vez mais caro sair ou chegar à capital potiguar. E o fato se agrava com a perda de dois voos da Avianca Brasil, para São Paulo-GRU e Brasília, há dez dias. Para a capital paulista, Rio de Janeiro e Brasília, Natal conta com apenas oito operações diretas e diárias da Gol e cinco da Latam, já que a Azul só voa diariamente (sem escalas) de São Gonçalo para Recife através de quatro frequências diárias em ATR-72, que fazem a distribuição dos passageiros através do hub do aeroporto da capital pernambucana.
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