Oito pessoas foram presas e cerca de 80 aves apreendidas na manhã deste sábado (11), em Macaíba, na região metropolitana de Natal. A operação conjunta do Ibama com a Polícia Rodoviária Federal teve objetivo de combater o tráfico de animais silvestres.
A ação aconteceu na feira livre do município de Macaíba. De acordo com a PRF, até as 12h, sete pessoas foram presas em flagrante e outra teve um mandado de prisão, que estava aberto, cumprido.
Além das aves silvestres, dois carros em que os animais eram transportados foram apreendidos.
Os pesquisadores avaliam se a terapia combinada é capaz de estimular a resposta imune, funcionando também como imunoterapia. Os testes em seres humanos incluem experimentos utilizando quimioterapia com outras formas de imunoterapia (como, por exemplo, vacinas, introdução de anticorpos ou de proteínas), terapia gênica com quimioterapia ou imunoterapia, e até combinações de imunoterapias. “Os resultados são promissores, mas vai levar um tempo para entender como prever qual tratamento seria o melhor para cada paciente”, conclui o pesquisador.
Graças a um aporte de R$ 25 mil conseguidos através da Justiça, o Centro de Detenção Provisória de Apodi, na região Oeste do estado, está passando por uma reforma. O custo mais baixo que o esperado para a construção de celas de triagem, salas de aulas e até de um cômodo para vídeo-conferência, usado na realização de audiências judiciais, é explicado por uma razão: a mão de obra é dos próprios presos na unidade.
Ao todo, 10 homens trabalham na obra. Para cada três dias de serviço, eles ganham um de remissão na pena. O prédio reformado, que tem capacidade para 100 detentos, foi construído também por apenados, em 2015. Na época, a Justiça destinou R$ 180 mil para a unidade.
Há oito anos na direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi, o agente penitenciário Márcio Morais nunca registrou fugas ou rebeliões no local. Ele atribui isso aos variados projetos de ressocialização desenvolvidos na unidade.
Dos cerca de 80 presos atuais, ele conta que cerca de 50% participam de pelo menos um projeto: são aulas de alfabetização e conclusão dos ensinos fundamental e médio, leitura, fabricação de vassouras, além de pintura, construção e reforma de prédios públicos da região.
“Temos história de preso que fez o Enem aqui e agora está formado em Educação Física. Outros entraram sem saber ler e escrever e hoje sabem. Tem gente que saiu daqui e hoje fabrica vassoura para ganhar dinheiro. A gente oferece essa oportunidade, mas mantém todos os padrões de segurança. Por isso nunca aconteceu fuga ou outros problemas”, diz o diretor.
Além das melhorias na própria unidade, os presos trabalham em outras construções e reformas. De acordo com o diretor, os presos já pintaram escolas e recuperaram recentemente 50 camas e macas do Hospital Regional Hélio Morais Marinho. A maternidade Claudina Pinto também foi reformada pelo grupo. Até o centro cirúrgico foi construído por eles.
“A própria comunidade, junto com a direção, entregou o material, bancou lixa, tinta pincel, tudo”, lembra o diretor.
A participação da comunidade, aliás, é apontada como uma das fontes de sucesso do projeto. A fabricação de vassouras, já tirou do meio-ambiente cerca de 300 mil garrafas pet. Uma rede de colaboradores, formada por catadores de lixo e escolas, que realizam gincanas entre os alunos, recolhem o material e entregam ao centro de detenção.
Uma vez prontas, as vassouras são doadas para as escolas e para os catadores, que podem vendê-las como fonte extra de renda.
Os presos também podem participar de um projeto de leitura para remissão da pena. A cada mês, eles leem um livro e fazem um resumo, que é avaliado por dois professores. Conseguindo pelo menos uma nota 7, eles garantem remissão de 4 dias na pena.
Encontros religiosos também acontecem semanalmente na unidade. Os presos recebem visitas de várias igrejas da cidade. Recentemente, um grupo de detentos foi batizado.
“Aqui tem um preso que já conseguiu dois anos de remissão”, conta Márcio Morais. “Devemos dar a oportunidade. Eles veem os outros trabalhando e querem participar também. Não são todos, só quem quer. Tem que ser voluntário. Acho que é por isso que nunca tivemos nenhum problema”, conta.
Terapia gênica aumenta eficiência da quimioterapia e reduz dosagem de droga no tratamentoFoto: okskaz / iStok
A quimioterapia, que é o uso de fármacos para controlar tumores cancerígenos, possui muitos efeitos adversos que debilitam o paciente e prejudicam as defesas naturais do organismo. Pensando em contornar esses efeitos, pesquisadores da USP combinaram a quimioterapia com a terapia gênica, que utiliza vírus para levar até as células dos tumores um gene capaz de alterar seu funcionamento, tornado-as mais sensíveis ao efeito dos fármacos e impedindo que cresçam e se multipliquem.
Experimentos com animais mostraram que a combinação aumenta a eficácia da quimioterapia para bloquear o crescimento de tumores de próstata, permitindo a redução da dosagem das drogas usadas no tratamento e a eliminação dos efeitos negativos. As pesquisas foram realizadas no Laboratório de Vetores Virais do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Testes em pacientes com câncer vão definir como prever a utilização da terapia combinada com a imunoterapia, tratamento que estimula as defesas naturais do organismo.
A terapia gênica utiliza vírus como veículos de entrega de genes que, ao chegarem às células dos tumores, impedem seu crescimento. “Os vírus são modificados em laboratório por meio de engenharia genética”, afirma o pesquisador Bryan Eric Strauss, que coordena o estudo. “Eles perdem a capacidade de se multiplicar e recebem o gene p53, conhecido como ‘guardião do genoma’, pois atua na eliminação de células que ameaçam o organismo.”
Conduzindo genes
De acordo com o pesquisador, o câncer elimina o gene de proteção das células, que ficam vulneráveis, levando ao surgimento de tumores. “Na terapia gênica, o vírus é injetado diretamente na massa tumoral do paciente, onde penetra nas células, introduzindo o p53, o qual ativa outros genes, que irão causar a morte da célula, inibindo o crescimento do tumor”, destaca. “Pesquisas anteriores do Laboratório aprimoraram a terapia gênica, modificando o vírus para que entre com mais facilidade, em um maior número de células, e atue com mais eficiência.”
O estudo combinou a terapia gênica com o vetor do p53 à quimioterapia, realizada com o fármaco cabazitaxel. “O grande problema da quimioterapia é a toxicidade do fármaco no organismo”, aponta Strauss. “Em experimentos com camundongos, a droga controla o tumor, no entanto os animais perdem peso, glóbulos brancos do sangue (leucopenia) e células de defesa (neutrófilos e linfócitos), ficando muito debilitados.”
Em testes com animais, os cientistas descobriam que o p53 colabora com a quimioterapia, parando o crescimento do tumor sem gerar efeitos negativos no organismo. “Quando o gene é introduzido nas células dos tumores, ele coordena a morte celular e sensibiliza as células para o feito da droga”, conta o pesquisador. “Com a terapia gênica, é possível reduzir a dosagem do fármaco a um nível subterapêutico [ou seja, que isoladamente não seria suficiente para controlar o crescimento do tumor] e dessa forma evitar os efeitos adversos.”
Terapias combinadas
Strauss destaca que o próximo desafio dos pesquisadores do laboratório é juntar a imunoterapia à combinação de tratamentos, de modo a ativar as defesas naturais do organismo. “A terapia gênica e a quimioterapia são tratamentos pontuais, e algumas células dos tumores não recebem o vírus com o p53. A ideia é que o próprio sistema imunológico cuide dessas células”, afirma. “A imunoterapia faria esse sistema ‘acordar’, reconhecendo e destruindo células tumorais, e oferecendo uma proteção duradoura contra a progressão de tumores.”
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de dez dias para o presidente Jair Bolsonaro se manifestar sobre o bloqueio de 30% das despesas de custeio das universidades federais, e submeteu o processo para julgamento do plenário da Corte. A decisão, que ocorre após o PDT entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o corte anunciado, tem o intuito de dar tramitação mais rápida ao assunto.
O envio do processo ao plenário do STF significa que Celso de Mello, relator do processo, não analisará o pedido de liminar apresentado pelo partido. O partido pedia, na ação, que fossem suspensos os efeitos do decreto que determinou o congelamento de verbas até o julgamento da ação. A decisão determina que o plenário analise diretamente o mérito do bloqueio, sem passar pelo pedido de liminar.
Não há data para julgamento da ação. Celso de Mello precisará terminar seu voto para que o assunto seja apresentado para análise dos outros ministros, o que não tem prazo para ocorrer.
Polêmica
O bloqueio de 30% no orçamento de universidades e institutos federais foi anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) um dia após o ministro Abraham Weintraub ter dito ao jornal O Estado de S. Paulo que instituições de ensino seriam penalizadas com corte de verbas por “balbúrdia”. A pasta esclareceu que o corte seria feito em todas as instituições federais, não só nas que tivessem casos considerados como “bagunça”.
O PDT entrou com a ação há uma semana, após o bloqueio ter sido confirmado em decreto publicado no Diário Oficial. No processo, o partido alega que o bloqueio fere artigos da Constituição que tratam do dever do Estado com a educação e da autonomia administrativa e de gestão financeira das universidades.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, já realizam testes em humanos para obter uma vacina segura e eficaz contra a chikungunya. O estudo foi apresentado ontem (10), no Rio de Janeiro, pelo infectologista mexicano Arturo Reyes-Sandoval, no Simpósio Desafios e Oportunidades na Pesquisa Clínica em Chikungunya: Produzindo Evidências para Saúde Pública.
A vacina contra o vírus da chikungunya já está em testes em 24 voluntários no Reino Unido e deve passar por uma nova rodada de testagens ao longo do ano que vem, com entre 120 e 150 pessoas no México. Arturo conta que os testes realizados atualmente buscam uma dosagem eficiente para a imunização, que já demonstrou não apresentar efeitos adversos. O estudo no México deve avaliar também a possibilidade de uma vacina que combine a imunização da chikungunya e da zika de forma segura. Caso a pesquisa caminhe no melhor dos cenários, estima, uma vacina contra a doença pode estar disponível em cinco anos.
O pesquisador afirma que, ao contrário de outros vírus, o da chikungunya tem uma capacidade limitada de mutação, o que permitiu que os pesquisadores mapeassem todas as suas formas registradas e criassem uma vacina com base em uma sequência genética que abrange todas e permitisse precaver futuras mutações.
“Estarmos um passo à frente do vírus”, comemora Arturo. Ele afirma que o principal entrave para os avanços no combate à doença eram a falta de conhecimento e de financiamento para as pesquisas. “Historicamente, a grande dificuldade foi a falta de interesse. Agora, a chikungunyua está em muitas partes do mundo e está chegando à Europa. Isso favorece o financiamento.”
A presença do vírus no Brasil e a capacidade de instituições como o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz fazem com que o país seja um importante parceiro para o futuro das pesquisas desenvolvidas em Oxford, aponta Arturo Reyes-Sandoval.
“Depois de testarmos no México, considero que o país mais importante para finalizar esse desenvolvimento é o Brasil. O Brasil tem capacidade econômica e instituições fortes para poder produzir a vacina.”
Mais do que servir de adereço a ser colocado em uma estante, o artesanato produzido nos locais mais distantes e nas cidades mais populosas do Brasil têm mantido acesas muitas das histórias, mitos, lendas e atividades que dão ao país uma identidade tão própria e diversa
Essa é a sensação que se tem ao percorrer a área dedicada ao Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), no 12° Salão do Artesanato que, com o tema Raízes Brasileiras, está aberto ao público até o dia 12 de maio, no Shopping Pátio Brasil, em Brasília.
Participam do evento cerca de 200 artesãos de 19 estados. Os trabalhos mostram ao público suas riquezas de cores, texturas, formas e, principalmente, as histórias que tanta originalidade dão a um Brasil que nem sempre é mostrado ao grande público.
Quem vê os pequenos bonecos criados pelo mestre e artesão de ofício Darlindo Oliveira, que veio do Pará, não imagina o quão complexa é conseguir matéria-prima que usa em suas produções. A balata, por exemplo, um látex extraído de uma planta chamada balateira, só existe na margem esquerda do Rio Amazonas.
“É muito difícil extrair esse látex. Primeiro, porque para se chegar ao balatal [região onde há uma incidência maior da planta], são necessários 15 dias de caminhada à beira do rio. Os extrativistas vão em janeiro para a região e só voltam em julho. Quando chegam, têm de preparar o acampamento e selecionar as árvores, sabendo que só se consegue extrair o material entre os meses de março e maio, que é o único período da seiva”, explica à Agência Brasil o artesão que há mais de 50 anos exerce o ofício.
Segundo Darlindo Oliveira, a planta tem uma peculiaridade: só nasce na linha do equador. Depois de retirar a seiva, ela é cozida e preparada em blocos de 50 quilos. Na etapa seguinte, ela é limpa em água quente, para amolecer, e molhada em água fria para, enquanto endurece, ser trabalhada.
“Esse é apenas o ponto de partida para eu começar a arte de contar, por meio desses bonecos, as lendas e os mitos da Amazônia brasileira”, disse Darlindo, enquanto mostrava peças com botos cor-de-rosa acompanhados de mulheres grávidas; a cobra Norato, que segundo a mitologia local teria adotado uma criança; e o Muiraquitã – amuleto de sorte fabricado pelas índias Icamiabas, as famosas amazonas que deram nome ao estado da Região Norte.
“Mostro também a cultura dos ribeirinhos e as atividades que esse povo exerce para sobreviver”, acrescentou tendo às mãos peças mostrando os processos de extração e venda de açaí no Pará. “Já essas rãs, são feitas como forma de alertar as pessoas sobre as espécies venenosas encontradas em nossas matas. É de grande utilidade para instruir nossas crianças a não mexerem, quando encontrá-las”, acrescentou.
O trabalho de Darlindo rendeu a ele premiações, inclusive internacionais. Uma delas foi a de Excelência do Artesanato Brasileiro, oferecido pela Unesco. Quanto à balateira, ele explica que desde o século 19 até a década de 70, era exportado para os Estados Unidos, para a fabricação de bolas de golfe, próteses dentárias, fios cirúrgicos e até chicletes. “O problema é que levaram as sementes para a Malásia, e agora só compram de lá”.
Artesanato: um modo de vida
A poucos metros do stand paraense está o do Amazonas, onde a artesã em cestaria e tecelagem Maristela da Silva de Abreu apresenta a arte ensinada pelos avós, quando ainda em uma aldeia Baré, nas proximidades de São Gabriel da Cachoeira (AM).
Professores, estudantes, técnico-administrativos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) vão paralisar as atividades nesta quarta-feira, 15. Em assembleia nesta sexta-feira, 10, os servidores aprovaram a participação na “Greve Nacional da Educação”.
Segundo o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest/RN), a medida é denunciar os inúmeros retrocessos, como o contingenciamento de recursos para as universidades públicas, o fim dos concursos públicos, os ataques à autonomia universitária, o congelamento de salários, a privatização e a precarização da educação com o aprofundamento das políticas de mercantilização, além da destruição da Previdência Social prevista pela PEC 6/19.
“É com muita preocupação que eu vejo o momento em que a educação no Brasil se encontra. Aos poucos as universidades estão sendo sucateadas, para lá na frente o governo dizer que não tem mais como sustentar e partir pra privatização”, afirma Kaliane Morais, coordenadora geral do SINTEST/UFERSA.
Na última terça-feira o Fórum dos Servidores Públicos do Oeste Potiguar se reuniu com docentes, estudantes e sindicalistas na sede da ADUERN para planejar o ato do dia 15 de maio. A princípio, a concentração ficou marcada para as 08h em frente a UFERSA. O Fórum vai marcar outra reunião para discutir a logística do ato.
“O corte de 30% é muito mais profundo do que se imagina. Isso não vai refletir apenas na universidade, mas no comércio, no funcionamento geral da sociedade. Nós vamos defender a paralisação. Os companheiros precisam articular seus colegas de setores para somar nessa luta”, declara Francimar Honorato, coordenador de comunicação do SINTEST/UFERSA.
Ainda na assembleia, o servidor Jeferson Santos, lotado no campus de Caraúbas, sugeriu que os servidores fizessem uma campanha nas redes sociais com depoimentos através de vídeos ou fotos sobre a importância da educação na sua vida e também convocando a categoria para participar da paralisação do dia 15.
O Corpo de Bombeiros do RN realizou a já tradicional Caminha “Mãe Potiguar” neste sábado, 11, em homenagem ao dia das mães, comemorado neste domingo, dia 12. A Governadora Fátima Bezerra participou do evento e fez questão de ter participação ativa em todas as atividades propostas pelo evento. Em uma de suas postagens através da rede social Twitter, a governadora comentou sobre o sucesso da caminhada, “Dancei ciranda e tudo!”, twitou.
A largada foi dada às 7h. Além do percurso proposto, o evento contou ainda com programação mista contendo atividades físicas, culturais, lazer, massagens, espaço “Beleza” ofertado pelo SenacRN e premiações para as três maiores doadoras de leite materno. “Uma grande festa”, disse Fátima.
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