O ex-deputado Jean Wyllys marcou presença na sessão de gala de “Marighella”, no Festival de Berlim.Celebrado pela equipe técnica e o elenco com aplausos ao chegar na festa após a exibição, ele cumprimentou o diretor Wagner Moura com um “selinho”. Veja vídeo:
Foi a primeira aparição pública de Jean após ele desistir de um novo mandado por temer sua por segurança. Wyllys divulgou no fim de janeiro a decisão de se afastar do mandato, e do país, após receber repetidas ameaças de morte, inclusive destinadas a membros de sua família.
No tapete vermelho sessão de gala, na noite desta sexta-feira, Wagner Moura e a equipe do filme exibiram a placa que leva o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, como nome de rua. E após a exibição do filme, gritaram, em coro, o nome da política. Havia também cartazes com a hashtag #mariellepresente em referência à vereadora assassinada Marielle Franco.
“Marighella”, a cinebiografia do guerrilheiro brasileiro, recupera a memória do político e poeta biano, símbolo da resistência política contra a ditadura militar (1964-1985).
Livremente inspirado na biografia do jornalista Mário Magalhães lançada em 2012, “Marighella” cobre os últimos anos de vida do ativista, que aderiu à luta armada considerando ser o último recurso para lutar contra um regime autoritário.
GUSTAVO BEBIANNO, MINISTRO DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA. (FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO)
O presidente Jair Bolsonaro estava decidido nesta sexta-feira, 15, a demitir o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, a quem acusa de atuar por interesses próprios e contra o governo. Os dois se encontraram pela primeira vez no fim da tarde, após o ministro ter ficado dois dias na “geladeira”. O tom da conversa foi descrito por quem a acompanhou como ríspida e o clima que pouco antes era de fim da crise voltou a azedar.
Antes do encontro com o presidente, Bebianno se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo), quando foi avisado de que seria mantido no cargo. Bolsonaro havia cedido às pressões de civis e militares de dentro e fora do governo. Até mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu pelo ministro, hoje sua ponte com o Palácio do Planalto.
A reviravolta ocorreu, segundo revelou a TV Record, quando o presidente tomou ciência de que Bebianno teria vazado áudios de duas conversas entre eles pelo WhatsApp com orientações de trabalho. O Estado confirmou a versão com um auxiliar do ministro. Seria o troco no vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, por ele ter publicado no Twitter mensagem de voz com o presidente negando uma afirmação do ministro.
Ciente de que Bebianno está com “ódio” de Bolsonaro, nas palavras de um ministro, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, foi escalado para tentar construir no fim de semana uma saída honrosa para o colega. Como compensação, a Bebianno foi oferecido um cargo na máquina federal fora do Palácio do Planalto. A lei o proíbe de assumir uma estatal.
O núcleo militar do governo e deputados do PSL não descartam que ele deixe o governo “atirando”, razão pela qual a demissão está sendo costurada. O ministro presidiu o PSL durante a eleição e coordenou a campanha de Bolsonaro. Período em que era frequentador assíduo da casa do presidente.
Ao desabafar nesta sexta-feira com integrantes do governo, Bebianno afirmou que “não se dá um tiro na nuca do seu próprio soldado”. “É preciso ter o mínimo de consideração com quem esteve ao lado dele o tempo todo”, disse Bebianno, segundo o portal de notícias G1.
Com o clima acirrado, Bebianno já precificou a demissão. Seus assessores começaram a limpar as gavetas para bater em retirada.
O ministro, porém, mantém a posição de que não pedirá para sair. Caberá ao presidente o desgaste de exonerá-lo. E, caso Bolsonaro mude de ideia, Bebianno exige que ele faça um apelo público que para fique.
Até a reunião entre Bolsonaro e Bebianno o núcleo militar do governo participou das conversas para tentar amainar a crise, mas eles se retiraram das negociações quando Bolsonaro voltou a admitir a demissão do auxiliar. A condução da crise ficou nas mãos de Onyx. No encontro estavam alguns dos principais defensores de Bebianno nos últimos dias: o vice-presidente da República, Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Integrantes do governo e do Legislativo argumentavam que a saída de Bebianno neste momento poderia atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência. Outro motivo era o receio de que Carlos Bolsonaro ganhasse ainda mais poder e influência dentro do governo.
Após reuniões com ministros e auxiliares, o presidente teria concordado ontem com a avaliação da necessidade de afastar o seu filho de questões da administração federal – o que muitos duvidam. Carlos foi o pivô da crise ao usar o Twitter para acusar Bebianno de mentir sobre conversas que teria tido com Bolsonaro, na terça-feira passada. Bolsonaro retuitou.
Na ocasião, Bebianno tentava afastar os rumores de indisposição com o presidente por causa das acusações de que teria participação em um suposto esquema de candidatos laranjas do PSL, quando ele presidia a sigla.
Nesta sexta, Mourão disse que Bolsonaro vai “botar ordem nos filhos”. “Tenho certeza de que o presidente, em momento aprazado e correto, vai botar ordem na rapaziada dele”, declarou o vice-presidente.
No Rio, Carlos Bolsonaro retomou ontem os trabalhos na Câmara Municipal. Tirou foto de um requerimento de colega para homenagear Mourão e compartilhou as imagens nas redes sociais.
PAPA FRANCISCO EM PALERMO 15/09/2018 REUTERS/GUGLIELMO MANGIAPANE (FOTO: REUTERS)
O papa Francisco expulsou o ex-cardeal norte-americano Theodore McCarrick depois que um julgamento da Igreja Católica o considerou culpado de abusar sexualmente de menores.
McCarrick, que já dirigiu a Arquidiocese de Washington e foi reconhecido como um poderoso defensor das prioridades políticas da Igreja Católica, foi informado da decisão nesta sexta-feira(15), informou um comunicado do Vaticano.
Ele é a figura católica mais importante a ser demitida do sacerdócio nos últimos anos. A medida foi considerada um “marco histórico”, segundo comunicado da Santa Sé, principalmente por ser a primeira vez na história da Igreja Católica que um cardeal é expulso da vida religiosa em decorrência de abuso sexual. A decisão foi tomada após o congresso da Congregação para a Doutrina da Fé emitir um decreto final do julgamento criminal que declara o arcebispo culpado do crime de pedofilia. Jorge Bergoglio “reconheceu a natureza definitiva, de acordo com a lei”, da decisão de reduzir o prelado ao Estado laico”, acrescenta o texto divulgado pela Santa Sé.
De acordo com a nota, o decreto foi emitido no último dia 11 de janeiro de 2019. McCarrick foi considerado culpado dos seguintes crimes perpetrados por um clérigo: solicitação na confissão e violação do sexto mandamento do Decálogo com crianças e adultos, com a agravante de abuso de poder.
Em decorrência disso, foi imposta a “pena de demissão do estado clerical”. Além disso, o documento ainda relata que, em 13 de fevereiro, durante sessão extraordinária, a Congregação examinou os argumentos apresentados em recurso protocolado pelo cardeal norte-americano.
No entanto, o líder da Igreja Católica confirmou a expulsão e não permitirá mais recursos contra a decisão. McCarrick foi o arcebispo de Washington de 2001 a 2006. Desde sua renúncia, no ano passado, do Colégio dos Cardeais, ele tem vivido em reclusão em um mosteiro em Kansas. O religioso foi a primeira pessoa a renunciar como cardeal desde 1927. Ele está entre as centenas de membros do clero acusados de abusar sexualmente de crianças durante várias décadas. Sua demissão ocorre poucos dias antes do papa Francisco realizar uma cúpula sobre a prevenção do abuso infantil no Vaticano.
Acusação contra o Papa
No ano passado, uma denúncia de que o papa Francisco teria acobertado crimes de abuso sexual cometidos pelo cardeal Theodore McCarrick caiu como uma bomba no Vaticano e se transformou no ataque mais forte contra Jorge Mario Bergoglio desde que ele assumiu a Igreja Católica, em março de 2013.
A acusação veio do arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, um ex-núncio apostólico (espécie de embaixador) em Washington, através de uma carta de 11 páginas na qual alega que Francisco ignorou as denúncias de abusos cometidos por McCarrick. Na ocasião, o religioso pediu a renúncia do Pontífice.
Viganò disse que Francisco sabia, desde o início do seu Pontificado, que McCarrick era denunciado por abusos sexuais, mas permitiu que o sacerdote continuasse atuando. O prelado de 88 anos foi retirado do colégio cardinalício em julho, após ser acusado de violentar um adolescente há 45 anos, quando era padre em Nova York, e de foçar relações sexuais com seminaristas.
O ex-núncio apostólico ainda chegou a afirmar que alertou pessoalmente Francisco, logo após ele tomar posse, sobre a conduta de McCarrick. Este é um dos casos mais graves de abuso e pedofilia na Igreja e criou um verdadeiro terremoto entre os fiéis nos Estados Unidos.
REUNIÃO ENTRE A GOVERNADORA FÁTIMA BEZERRA E A MINISTRA DA AGRICULTURA TERESA CRISTINA CORRÊA, REALIZADA NA NOITE DESTA SEXTA-FEIRA (15), EM MOSSORÓ. (FOTO: ELISA ELSIE)
Regularização fundiária, desburocratização para acesso às linhas de crédito e simplificação de licenciamento dos barcos pesqueiros foram os principais temas da reunião entre a governadora Fátima Bezerra e a ministra da Agricultura Teresa Cristina Corrêa, realizada na noite desta sexta-feira (15), em Mossoró. Ambas estavam acompanhadas de auxiliares e a partir do diálogo chegaram à conclusão de que Governo do Estado e Ministério estão alinhados com relação ao fortalecimento da Agricultura Familiar e com a necessidade de desburocratizar o acesso ao crédito rural e aos programas governamentais.
Alexandre Marinho (atual SEARA – Secretaria de Recursos Agrários, que passará a ser SEDRAF – Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) destacou a necessidade de celeridade nos processos de regularização fundiária e citou que o Estado tem realizado mutirões para concessão dos títulos de propriedade. A ministra reconheceu que a formalização dos pequenos produtores é a base de todo o processo de fortalecimento da agricultura familiar, uma vez que permite acesso às linhas de financiamentos e programas governamentais, como o de compra direta (PNAI), e criação de redes de distribuição e comercialização, como havia sido mencionado pelo secretário.
Guilherme Saldanha, titular da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), ressaltou a necessidade de simplificação das licenças para os barcos, visto que o atum representa 11% da pauta de exportações. A ministra, que estava acompanhada do Secretário Nacional de Agricultura Familiar, Fernando Schuwanke, considerou coerentes as pautas e afirmou que “simplificar não é precarizar” e que está aberta ao diálogo.
A governadora solicitou audiência com a ministra, que se prontificou a recebê-la em Brasília, para apresentar todas as necessidades do Estado e enfatizou a importância da conclusão da transposição das águas do Rio São Francisco para o RN, destacando que sem água não tem desenvolvimento agrário. “Esta obra representa um importante passo em direção ao sonho de acabar com a falta d’água no interior do nosso Estado. Faremos uma integração da nossa rede de bacias, adutoras e barragens como Oiticica e Armando Ribeiro Gonçalves. Isso trará dignidade e progresso, desenvolvimento e qualidade de vida”, disse Fátima.
Participaram também da reunião os senadores Zenaide Maia e Jean Paul Prates, o secretário Jaime Calado (SEDEC) e representantes dos órgãos Idiarn, EMater, Emparn, Igarn e Idema.
A MEDIDA SERÁ APLICADA DE MODO PROGRESSIVO ATÉ QUE ATENDA TODOS OS FEIRANTES DA CIDADE
A Prefeitura do Natal, através da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), irá notificar os feirantes que realizam o descarte indevido de lixo. A medida será aplicada de modo progressivo até que atenda todos os feirantes da cidade. As notificações serão realizadas a partir de amanhã (16), na Feira do Alecrim, na zona Leste.
A ação, que será conduzida pelo Setor de Controle de Atividades de Feiras, objetiva alertar e conscientizar os trabalhadores que atuam nas feiras livres quanto ao manejo do lixo produzido. A iniciativa também tem como objetivo proteger a área de passagem dos consumidores, que atualmente está sendo ocupada por material descartado indevidamente, bem como não sobrecarregar as demandas dos servidores da Urbana escalados para os finais de semana.
MARCOS WILLIANS HERBAS CAMACHO, O MARCOLA, FOI TRANSFERIDO NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA (13) PARA UMA UNIDADE FEDERAL. (FOTO: ROGÉRIO CASSIMIRO/FOLHAPRESS)
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência de Marco Camacho, o Marcola, e da cúpula do PCC para uma prisão federal, disse que atuou sozinho na apresentação da requisição à Justiça porque o estado de São Paulo se omitiu.
Ainda segundo ele, houve recuo por parte do então secretário da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, que convenceu o ex-governador Márcio França (PSB) a não apresentar tal solicitação.
Essa mudança se deu depois das eleições do ano passado, após França perder o pleito e João Doria (PSDB), vencedor, anunciar que faria mudanças na pasta da Segurança.
Sobre eventual represália por parte do PCC às forças de segurança após a transferência, como em 2006, o promotor afirma que sempre há chances de isso acontecer, mas que, por ora, não foi detectada nenhuma ordem do crime.
Segundo integrantes da cúpula da segurança pública de São Paulo, mesmo com uma série de mensagens distribuída nas redes sociais com suposto “salve” do PCC, nenhuma ameaça concreta foi detectada.
Os policiais afirmam, porém, que, de acordo com monitoramentos, o risco ainda não foi afastado e que vigilância continua em alta. Dizem saber que há bandidos preparados para uma ação de enfrentamento, mas que não receberam nenhuma ordem superior para isso.
Essa ordem também poderá ser para que nada seja feito.
Por que o senhor decidiu fazer sozinho o pedido de transferência dos presos?
Eu senti que houve uma omissão do Estado, porque houve uma divergência ali, depois das eleições, entre os secretários da Administração Penitenciária (Lourival Gomes) e da Segurança (Mágino Barbosa Alves Filho). Um [Lourival] era favorável, e o outro [Mágino] passou a ser contra. Eu disse que se o estado não se posicionasse, o Ministério Público entraria com o pedido. E foi o que eu fiz. Aguardei ainda as tratativas com o governador, do então em exercício [Márcio França (PSB)] com o futuro governador [João Doria (PSDB)], se havia essa possibilidade.
Na verdade, o que envolveu a ação do Ministério Público foi a situação de [Presidente] Venceslau, que ficou inalterada. Ela permanecia a mesma, com um grande número de policiais em condições precárias. Isso também era um anseio da tropa. A própria população, a tropa, os agentes penitenciários, eles não entendiam por que a remoção não era feita. ‘Por que o governador perdeu a eleição nós vamos ter que aguardar até que o próximo governador resolva isso?’ Então, é bom que se diga, que em outras transferências importantes foi o Ministério Público quem pediu.
O senhor se sentiu sozinho?
Realmente, a sensação foi de ter ficado sozinho. Porque eu acho que o estado numa hora dessas não poderia recuar. O governador deu entrevista, inclusive, dizendo que era contra, que poderia haver uma invasão de Exército estrangeiro, que a população poderia ser atingida, e deveria haver um bom senso. E eles [os presos] comemoram, porque essa entrevista passou na TV [e nas celas há TVs]. Lá dentro da P2 [Penitenciária 2 de Presidente Venceslau], eu fui avisado que eles comemoram. Disseram: “Tá vendo? nem o governador quer mandar a gente”. Aí, ficam só em cima do promotor, e começam a criar aquela coisa pessoal. Não é algo pessoal, é o Ministério Público. Se não fosse eu, seria outro. Na verdade, eu fiquei sozinho nessa. E, agora, tem gente surfando na onda.
Quem deixou o senhor sozinho? Quem recuou no acordo?
Quem recuou foi o secretário de Segurança.
Por que ele fez isso?
Não posso te falar, ele é quem deve responder. Folhapress
RELÓGIOS DEVEM SER ATRASADOS EM UMA HORA. (FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)
Motivo de alegria para uns e de tristeza para outros, o horário de verão termina à zero hora deste domingo (17). Com isso, os relógios terão que ser atrasados em uma hora (voltarão para 23h) nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O horário de verão de 2018 começou no dia de 4 novembro para moradores de 10 estados e do Distrito Federal. Até 2017, o horário de verão tinha início no terceiro domingo de outubro, mas atendendo um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o então presidente Michel Temer alterou o início do horário para que não coincidisse com o primeiro e o segundo turno da eleição.
Viagens
Com o fim do horário de verão, é comum a confusão nos primeiros dias, por isso, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) emitiu um comunicado alertando passageiros para que fiquem atentos aos horários nos bilhetes aéreos. Vale o que está escrito no bilhete, pois eles são emitidos conforme a hora local vigente na data da viagem.
Segundo a entidade, a informação da partida se refere ao horário na cidade de origem e a da chegada ao horário da cidade de destino. Dessa forma, os bilhetes emitidos sempre consideram, além das diferenças de fuso, as diferenças resultantes do início ou fim do horário de verão. Em caso de dúvida, os passageiros devem buscar informações no site da companhia aérea ou por meio dos canais de atendimento telefônico.
Celulares
As operadoras de telefonia alteram automaticamente os relógios dos aparelhos celulares. Mas o usuário deve ficar atento se a alteração foi de fato realizada.
Horário de verão em 2019
Este ano, a adoção do horário de verão ainda é uma incógnita, e cabe ao presidente Jair Bolsonaro decidir.
No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em termos de economia de energia, a medida não tem sido eficiente, já que os resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”. O horário de verão foi criado no país com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano.
“A aplicação da hora de verão, nos dias de hoje, não agrega benefícios para os consumidores de energia elétrica, nem tampouco em relação à demanda máxima do sistema elétrico brasileiro, muito em função da mudança evolutiva dos hábitos de consumo e também da atual configuração sistêmica do setor elétrico brasileiro”, destaca o documento enviado à Casa Civil.
Segundo a assessoria do MME, não há previsão de balanço sobre os resultados obtidos com o horário de verão de 2018. “Serão realizadas novas análises anuais técnicas dos resultados do ciclo 2018/2019 e, quando concluídas, serão encaminhadas à Presidência da República, a quem cabe a decisão de manter ou não o horário brasileiro de verão”, informou a assessoria do MME.
No Distrito Federal, região onde o consumo, per capita, de energia residencial é o maior do país, desta vez, o horário de verão registrou, segundo a Companhia Energética de Brasília (CEB), redução de 2,7% da demanda diária por energia no horário de pico, ou 30MW.
De acordo com o diretor de distribuição da CEB, Dalmo Rebello, é como se a energia de uma cidade como o Guará, localizada a 12 quilômetros do centro da capital federal, com cerca de 126 mil habitantes, fosse desligada nesse período no horário de pico. O especialista acrescenta que o horário de verão é importante para que o sistema, que nessa época, tem a demanda aumentada pelas altas temperaturas, não tenha uma sobrecarga.
BEBIANNO EM REDE SOCIAL: “O DESLEAL, COITADO, VIVERÁ SEMPRE ESPERANDO O MUNDO DESABAR NA SUA CABEÇA.” (FOTO: DANIEL MARENCO / AGÊNCIA O GLOBO)
De saída do governo de Jair Bolsonaro , o ministro Gustavo Bebianno , da Secretaria-Geral da Presidência, publicou um texto na madrugada deste sábado, em seu perfil no Instagram, em tom de desabafo: “O desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça”. A mensagem atribuída ao escritor Edgard Abbehusen acrescenta: “Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade”. Bebianno não cita o nome do presidente na publicação.
Após uma semana turbulenta em que articulou para se manter no cargo , Bebianno decidiu, após uma conversa dura com o presidente Jair Bolsonaro, deixar o governo. Ele recusou o convite para ocupar a diretoria de uma estatal ou um cargo menor na estrutura federal. Em um diálogo tenso, com ataques de ambos os lados, o ministro teria dito que a oferta era uma demonstração de “ingratidão”.
O texto publicado por Bebianno exalta a lealdade nas relações humanas.
“A lealdade constrói pontes indestrutíveis nas relações humanas. E repare: quando perdemos por ser leal, mantemos viva nossa honra”, diz o trecho da mensagem.
Sem mencionar o presidente Bolsonaro em nenhum ou fazer qualquer comentário, a postagem diz que a lealdade “conduz os passos das pessoas que jamais irão se perder do caminho”, “nas turbulências” e “circunstâncias.”
“Uma pessoa leal, sempre será leal. Já o desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça”, encerra o texto.
A aliados, Bebianno confessou estar “decepcionado” com o capitão, como sempre chamou o presidente. Classificou o episódio como um “tiro na nunca de um comandante em seu soldado.”
Eleitor de Bolsonaro, Bebianno se aproximou do então deputado federal por intermédio do engenheiro Carlos Favoretto. Na época, se ofereceu para assumir a defesa de Bolsonaro em algumas ações e ganhou a confiança da família. Outsider na política, foi Bebianno que articulou a manobra que tirou Bolsonaro do Patriota e viabilizou sua candiatura pelo PSL.
Bebianno enfrenta um processo de desgaste provocado por denúncias envolvendo justamente supostas irregularidades na sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL, partido dele e de Bolsonaro.
A crise foi amplificada pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que foi às redes sociais dizer que Bebianno mentiu ao falar ao GLOBO que havia conversado três vezes com o presidente na última terça-feira. A declaração foi dada para negar que ele não estava protagonizando a crise.
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