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Categoria: janeiro 5, 2019

Maia antecipa pagamento de R$ 17 mi de auxílio-mudança a deputados

AO TODO, 505 DEPUTADOS RECEBERAM O BENEFÍCIO, O QUE TOTALIZOU R$ 17 MILHÕES EM DESPESA

Em campanha pela reeleição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), antecipou o pagamento de auxílio-mudança aos deputados. O benefício, equivalente a um salário – R$ 33,7 mil – é tradicionalmente pago ao fim do mandato, que acaba em 31 de janeiro, mas foi depositado no dia 28 de dezembro na conta dos parlamentares.

Ao todo, 505 deputados receberam o benefício, o que totalizou R$ 17 milhões em despesa. Segundo a assessoria da Câmara, 4 dos 513 parlamentares abriram mão – Major Olímpio (PSL-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Bohn Gass (PT-RS) e Heitor Schuch (PSB-RS). A assessoria, porém, não soube informar o motivo de outros quatro também não terem recebido.

Além do auxílio, deputados receberam em dezembro a segunda parcela do 13.º, o que, somado ao salário, levou a remuneração do mês a R$ 84,2 mil.

Presidente da Casa desde 2016, Maia tenta se manter no cargo. Ele vai disputar a reeleição em 1.º de fevereiro, quando a Câmara iniciará a nova legislatura. Nesta semana, conseguiu o apoio do PSL, após prometer à legenda o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL elegeu 52 deputados.

O auxílio-mudança é pago no início e no fim de cada legislatura como ajuda de custo. Os parlamentares do Distrito Federal e os reeleitos também recebem o benefício.

Orçamento

Procurado por meio de assessoria, Maia não se pronunciou sobre o assunto. A Câmara informou, em nota, que a antecipação do pagamento do auxílio-mudança foi motivada pela disponibilidade financeira. Segundo o órgão, houve economia de recursos ao longo de 2018.

A Casa informou que em 2019 haverá uma pressão orçamentária maior em razão de gastos sazonais – como o pagamento de direitos trabalhistas a um número significativo de secretários parlamentares que deverão ser exonerados com a mudança da composição da Câmara -, da própria ajuda de custo relativa ao início do mandato que será paga aos novos deputados, do aumento do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal – que eleva o teto do funcionalismo público – e do reajuste de 4,5% da remuneração dos servidores legislativos.

“Diante desse cenário, a antecipação do pagamento da ajuda de custo devida aos deputados ao fim do mandato visou à boa gestão orçamentária e financeira, de modo a garantir uma margem de segurança para o cumprimento da emenda constitucional do teto de gastos”, diz a nota da Câmara.

Suplentes

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou na semana passada a Câmara ainda deverá pagar o auxílio-mudança a suplentes que podem assumir o mandato pela primeira vez na legislatura no lugar de parlamentares que renunciaram para ocupar cargos no Executivo.

No total, os suplentes poderão acumular até R$ 72 mil – o salário e mais auxílios – para ficar menos de um mês no posto. No período, o Congresso estará em recesso e não há atividades previstas, como votações.

Nesta semana, cinco suplentes assumiram pela primeira vez o mandato. O grupo de novos parlamentares poderá ficar no cargo até 31 de janeiro, quando terão de ceder lugar aos deputados eleitos em outubro.

O ex-vereador de Campo Grande Ademar Vieira Junior, chamado de Junior Coringa (PSD-MS), assumiu a cadeira deixada pelo agora ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), no dia 2. Coringa, no entanto, protocolou um pedido de renúncia do benefício e publicou o documento em suas redes sociais. “Torço para que os próximos legisladores repensem nos gastos destas cifras que podem ser revertidas à saúde, educação e tantas outras áreas que carecem de investimento”, escreveu.

Uma vez empossados, os suplentes terão direito também à cota parlamentar – o valor da cota varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil dependendo do Estado de origem do parlamentar – para gastos com passagem aérea, com funcionários e demais custos do gabinete neste mês. De acordo com a Câmara, os critérios de concessão do benefício do auxílio-mudança estão sendo reavaliados, “a fim de torná-los mais claros e restritivos”.

Estadão

Divergência sobre IOF e Previdência revela disputa entre Onyx e Paulo Guedes

DE UM LADO ESTÁ O CHEFE DA CASA CIVIL, ONYX LORENZONI, E, DE OUTRO, O MINISTRO DA ECONOMIA, PAULO GUEDES

As idas e vindas em torno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da proposta de reforma da Previdência revelaram uma disputa interna na equipe do presidente Jair Bolsonaro logo na primeira semana de governo. De um lado está o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e, de outro, o ministro da Economia, Paulo Guedes. O primeiro é o capitão do time e o segundo tem a chave do cofre.

A ideia de elevar o IOF para compensar a perda de arrecadação com a extensão de incentivos às regiões Norte e Nordeste – anunciada ontem por Bolsonaro e descartada poucas horas depois pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra – chegou mesmo a ficar de pé por algumas horas. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o núcleo político do governo venceu, porém, a queda de braço com Guedes e conseguiu derrubar a medida, considerada impopular.

No Palácio do Planalto há quem atribua o vazamento da notícia sobre o aumento do IOF ao ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que faria uma espécie de “dobradinha” com Guedes. Nos bastidores, Onyx e Bebianno disputam o protagonismo nas articulações políticas.

Não é de hoje que o chefe da Casa Civil anda se estranhando com o titular da Economia. Nos últimos dias, Onyx ficou muito contrariado ao saber que Guedes convenceu o PSL de Bolsonaro a apoiar a candidatura à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No diagnóstico do ministro da Economia, a recondução de Maia é fundamental para que o governo tenha mais tranquilidade no Congresso e consiga aprovar, por exemplo, a reforma da Previdência. Bebianno tem a mesma avaliação de Guedes e acha até mesmo que alguma mudança nas regras da aposentadoria já poderia ter passado pelo Congresso se o aval a Maia tivesse sido anunciado antes.

Resistência

Apesar de ser do DEM, Onyx resistia ao apoio a Maia. Ficou ainda mais irritado ao saber que a aproximação entre o PSL e o presidente da Câmara foi feita por Guedes. Deputados eleitos pelo PSL disseram a ele, então, que optaram por esse acordo porque, caso contrário, o partido de Bolsonaro ficaria isolado, sem assento em comissões estratégicas da Câmara, como Constituição e Justiça e Finanças e Orçamento.

Onyx só se convenceu mesmo depois que integrantes da nova assessoria parlamentar da Casa Civil – formada por deputados não reeleitos – afirmaram que, se Maia fosse “ignorado” pelo PSL, criaria muitos problemas em votações de interesse do Planalto.

O ministro da Casa Civil também tem sido protagonista de informações consideradas desencontradas sobre a proposta de reforma da Previdência. O vaivém desagrada a equipe técnica que prepara o texto porque, na avaliação desses assessores, aumenta incertezas em torno da estratégia para a proposta que será apresentada depois que o novo Congresso voltar aos trabalhos, em fevereiro.

Na primeira reunião ministerial do novo governo, anteontem, Guedes propôs uma reforma da Previdência mais dura, com idade mínima maior para a aposentadoria. Bolsonaro discordou e pediu aos ministros que sempre apresentassem a ele duas linhas de ação. O presidente defende uma idade mínima de 57 anos para mulheres e de 62 para homens.

Maia acha que Guedes tem razão. O presidente da Câmara afirmou ontem que a redução da idade mínima em relação à proposta do governo de Michel Temer “mata” a regra de transição. Temer propôs que homens se aposentassem a partir de 65 anos e mulheres, 62.

A entrevista dada por Bolsonaro ao SBT, comentando pontos ainda não definidos da proposta, também trouxe preocupação ao mercado, que viu risco de a reforma acabar sendo muito branda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

Sindsaúde-RN ganha Ação Judicial contra o Governo do Estado e Justiça determina o pagamento do 13º salário dos servidores da saúde

SINDICATO DOS SERVIDORES DA SAÚDE DO RN PROTOCOLOU NA JUSTIÇA UMA AÇÃO DE COBRANÇA COM PEDIDO LIMINAR PARA O PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO

Na manhã desta última sexta-feira (04), o Sindsaúde-RN protocolou na justiça uma ação  de cobrança com pedido liminar para o pagamento do 13º salário de todos os servidores da saúde: ativos, aposentados e pensionistas. A decisão da justiça saiu no mesmo dia à noite. O estado será intimado para fazer o pagamento de imediato. Se não pagar, tem uma multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) diário de atraso no cumprimento da decisão judicial.
Para Rosália Fernandes, do Sindsaúde-RN, a decisão é uma vitória, mas é necessário que o governo de Fátima Bezerra (PT) não recorra. “Esperamos que a governadora realmente pague o 13º salário dos servidores da saúde, e que o discurso de que os servidores é uma prioridade seja demonstrado na prática. A governadora não pode repetir os mesmos erros do governo Robinson”, disse Rosália.

“Bolsonaro é o segundo Oswaldo Aranha”, afirma embaixador de Israel

O embaixador de Israel, Yossi Shelley, concede entrevista à Agência Brasil

YOSSI SHELLEY DIZ QUE PRESIDENTE SERÁ RECEBIDO COM “HONRAS DE REI”. (FOTO: MARCELO CASAL JR.)

O embaixador do Israel no Brasil, Yossi Shelley, comparou, em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Jair Bolsonaro ao político e diplomata brasileiro Oswaldo Aranha. Em 1947, o então chefe da delegação brasileira presidiu a sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas que levou à criação do Estado de Israel. Aranha é reverenciado pelos israelenses até hoje.

“O nome de Oswaldo Aranha foi significante para a criação do Estado de Israel. Agora Jair Bolsonaro é um segundo Oswaldo Aranha porque ele faz uma coisa incrível: é mudar a história”, afirmou o embaixador.

Em março, Bolsonaro pretende ir a Israel e deve viajar acompanhado de um grupo de empresários. O objetivo é incrementar o comércio bilateral e a troca de tecnologias. “Ele vai receber as honras de um rei. Eu prometo isso. Vou estar ao lado dele e vou segurar a mão dele. Amo o Brasil. Amo o povo de Israel.”

Antes da viagem do presidente da República, o ministro da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, vai visitar Israel. Ele discutirá projetos para um futuro acordo sobre água e dessalinização. A disposição, segundo o embaixador, é para as propostas para o Nordeste e o interior do país.

A seguir, os principais trechos da entrevista do embaixador israelense:

Agência Brasil: Como o senhor observa esse novo momento das relações entre Brasil e Israel?

Yossi Shelley: O nome de Oswaldo Aranha foi significante para a criação do Estado de Israel. Agora, Jair Bolsonaro é um segundo Oswaldo Aranha porque ele faz uma coisa incrível: mudar a história. Hoje a nova diplomacia é a economia. As preocupações estão voltadas para melhorar a economia e o bem-estar do povo. O povo precisa de boa comida, educação, inovação e segurança. Isso é o que conta.

Agência Brasil: O primeiro-ministro de Israel passou cinco dias no Brasil, o que representou isso para os projetos de parceria?
Shelley: Isso foi uma coisa incrível. O primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu nunca deixa o país por tanto tempo. No máximo dois, três dias. Mas quase uma semana! Isso é graças ao presidente Bolsonaro. Quando há um carinho do outro lado, Israel vai atrás. Netanyahu e Bolsonaro conversaram sobre segurança pública, a dessalinização, como acabar a seca do Nordeste brasileiro, satélite, como vigiar a fronteira, e vocês têm uma fronteira gigante de 17 mil quilômetros.

Agência Brasil: Como estão os preparativos para a visita do presidente Jair Bolsonaro a Israel?
Shelley: Esse planejamento vai ser muito especial. Vamos dar carinho e amor. Ele vai conhecer empresas que fazem história, como Waze e Mobileye. Esperamos que ele leve 40 ou 50 empresários. Negócios se fazem entre homens de negócios. Há coisas grandes feitas com o governo, mas o mercado trabalha com empresário. Ele vai receber as honras de um rei. Eu prometo isso. Vou estar ao lado dele e vou segurar a mão dele. Amo o Brasil. Amo o povo de Israel.

Agência Brasil: Qual a expectativa dos israelenses sobre transferência da Embaixada brasileira de TelAviv para Jerusalém?
Shelley: Primeiro o governo brasileiro é soberano para dizer quando. A transferência acontecerá, mas aguardamos o momento. Estamos muito felizes com a transferência. Deixa o tempo definir. O presidente [Donald] Trump [dos Estados Unidos], quando assumiu o cargo, também citou que iria transferir a embaixada. Oito meses depois fez isso. Essas coisas não serão obstáculos para a nossa relação.

Agência Brasil: O que será feito neste semestre para o fortalecimento da parceria Israel-Brasil?
Shelley: O ministro Marcos Pontes vai visitar Israel. Precisa fazer um acordo sobre água e dessalinização e levar essas plantas para o Nordeste, levar máquinas para o interior. Seis máquinas já estão lá. Serão 70. Leva as máquinas, perfura a água salobra, aplica a tecnologia e faz isso já, já, em dois ou três meses. Se demorar dois ou três anos, a cadência vai acabar.

Agência Brasil: O Brasil tem déficit na balança comercial de US$ 848 milhões. O senhor confia em mudar esse cenário?
Shelley: Há um grande projeto agora: Israel quer comprar carne congelada. Em Israel, o governo tomou a decisão de parar de importar animais vivos. Temos um decreto que até setembro de 2019 Israel vai parar de comprar carne viva. O mercado de Israel de carne congelada pode superar US$ 200 milhões ou US$ 300 milhões por ano. Quando se matam os animais, eles são exportados em geladeiras gigantes em temperatura de 1 grau.

Agência Brasil: A possibilidade de um acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos poderia ter a ajuda da comunidade de Israel que vive em território norte-americano?
Shelley: Vocês exportam 25% do alumínio e do ferro para os Estados Unidos. Há alguns meses os Estados Unidos aplicaram taxas sobre isso. Quando há relações boas, é possível fazer um acordo como o Mercosul [bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Pode-se pensar em um pequeno Mercosul sem taxas. Quer saber quanto vale isso? Bilhões. É preciso aprofundar as relações, aprofundar os negócios, fazer delegações de empresários, pensar na votação da ONU, apoiar Estados Unidos, apoiar Israel. Essas coisas que os amigos fazem.

Agência Brasil: Poderia explicar como seria a cooperação dos dois países na área de satélite?
Shelley: Vocês têm a Base de Alcântara. Pode haver uma parceria entre os dois governos. Não somente comprarmos, mas construirmos juntos satélites. Porque o satélite está muito importante para a nossa vida. O celular que se usa, wifi, você pode olhar as fronteiras, olhar as pessoas, ouvir pessoas que estão andando na rua, com a ajuda do satélite. Isso é muito bom para a segurança, para a vida, para a educação. Com satélite, você quer fazer cirurgia de longe. Se tem satélite, pode fazer isso.

Agência Brasil: Israel pode enviar técnicos e tecnologias?
Shelley: Não queremos vender. Temos 200 empresas que trabalham no Brasil. Por exemplo, temos duas empresas de segurança israelenses-brasileiras. Essas fazem um volume de negócios superior a US$ 200 milhões. Esse dinheiro não entra em Israel. Vendem para a Tailândia. Existem seis empresas israelenses na área de segurança cibernética. Algumas são parceiras com empresas brasileiras. 50% do Brasil, 50% de Israel. Quando recebem dinheiro, não vai para Israel. Por isso, isso toma um volume de recursos muito grande que fica aqui. Poderemos fazer um projeto, dois projetos, de dessalinização. O projeto vai ser US$ 3 bilhões para Israel, US$ 1 bilhão para o Brasil. Significa que você perde? Não. Não olhe esse negócio centavo a centavo.

Agência Brasil: Ampliar a segurança de fronteiras passa por aperfeiçoar o uso de tecnologias?
Shelley: Primeiro, fazer a inteligência, saber onde há pontos sensíveis porque, nesses 17 mil quilômetros, há lugares que ninguém não pode passar: rios, montanhas. Vocês têm uma fronteira gigantesca e podem usar carros sem motorista. Em outros lugares, coloca-se segurança.

Agência Brasil: O senhor foi presidente de uma companhia de gás. Isso também vai ser tratado com o Brasil?
Shelley: Temos muito gás. Encontramos no mar gigantescos poços de gás. Mas não temos tecnologia de gás. Israel está sempre focado sobre coisas que pode vender ou usar. Se não há gás, por que fazer pesquisa com gás? Por isso, falamos com o Brasil que tem muito boa tecnologia de gás para cuidar desses negócios.

Agência Brasil

Deputados suplentes assumem mandato nas férias, com verba reajustada

APESAR DE NÃO HAVER PRATICAMENTE NENHUMA ATIVIDADE NO CONGRESSO NESSE PERÍODO, TODOS TERÃO DIREITO À MAIOR PARTE DOS BENEFÍCIOS DO CARGO.

Aproveitando a ida de deputados federais para cargos nos governos federal e dos estados, um pelotão de 12 suplentes tomou posse nos últimos dias para cumprir um mandato de apenas um mês —até 31 de janeiro—, em plenas férias parlamentares.

Apesar de não haver praticamente nenhuma atividade no Congresso nesse período, todos terão direito à maior parte dos benefícios do cargo.

Entre as verbas está o salário de R$ 33,7 mil, cotão para atividades parlamentares (que varia de R$ 30,8 mil a R$ 45,6 mil) e uma verba para contratar até 25 assessores que teve o seu valor reajustado agora, em janeiro, passando de R$ 106,8 mil para R$ 111,7 mil ao mês.

O Congresso entrou oficialmente em recesso no dia 23 de dezembro e só volta às suas atividades em 1º de fevereiro. Nesta sexta-feira (4), por exemplo, apenas 1 dos 513 deputados apareceu na Câmara. Dos 12 suplentes que assumiram as vagas que se abriram nos últimos dias, sete nunca foram deputados federais na vida.

Os que foram localizados ou responderam às perguntas da Folha afirmam que pretendem, mesmo nas férias parlamentares, percorrer ministérios e apresentar ideias de projetos aos novos parlamentares que assumirão em fevereiro.

Isso porque os “deputados de verão” não podem nem apresentar projetos nas férias parlamentares. Pelas regras da Câmara, tudo vai automaticamente para o arquivo no dia 31.

“Fiquei preocupada sim com essa situação de ser período de férias, de não ter nenhuma atividade parlamentar, mas o que eu pensei? Na hora de decidir se ia aceitar ou não eu pensei na votação que tive. Fui a nona deputada mais votada, a primeira suplente da coligação. Nessa hora eu coloquei como prioridade as pessoas que confiaram em mim. Por mais que seja um período pequeno, eles confiaram me mim. Então, por eles resolvi assumir”, disse Marfiza Galvão (PSD-AC).

A deputada, que assumiu em 2 de janeiro na vaga do deputado Rocha (PSDB), eleito vice-governador do Acre, afirma que visitará ministérios, suas bases no estado e que tentará conversar com parlamentares que assumem em fevereiro sobre propostas como a de incorporar ao Mais Médicos também profissionais de educação física, sua área de formação.

Felipe Souza (PHS-AM) enviou por meio de sua assessoria projetos que apresentou e requerimentos de informação encaminhados a ministérios. O gabinete de Júnior Coringa (PSD-MS), que assumiu a vaga do novo ministro da Justiça, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que nesta sexta ele estava incomunicável porque estava voltando de carro para o estado, em um percurso de quase 1.000 quilômetros. No gabinete de Carla Stephanini (MDB-MS) —suplente da ministra da Agricultura, Tereza Cristina—, ninguém atendeu ao telefone na tarde desta sexta.

Entre os “deputados de verão” da atual legislatura está Zé Augusto Nalin (DEM-RJ), que assume a vaga do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ostenta uma espécie de recorde por já ter assumido e deixado o mandato por oito vezes nesta legislatura.

Folhapress

Banco deposita R$ 77 milhões, por engano, em conta de brasileiro

EQUÍVOCO FOI DO BANCO SAFRA, QUE, AO SER AVISADO, INFORMOU QUE SE TRATAVA DE UM “ERRO SISTÊMICO”, SEM DAR MAIORES DETALHES

Às vésperas do Réveillon, o empresário Paulo André Alves, sócio do irmão em uma pequena distribuidora de bebidas na região metropolitana de Curitiba, pensou que havia ficado milionário.

Ao consultar o saldo da conta de sua empresa no Banco Safra, encontrou mais de R$ 77,6 milhões. A informação foi antecipada pelo site O Presente.

Os valores apareciam creditados como faturamento de vendas em cartão, segundo o empresário.

“É uma conta jurídica que eu movimento pela empresa. Todas as manhãs, eu entro para fazer um balanço do que eu tenho que pagar ou receber. Mas, no primeiro horário da manhã, me deparo com esses mais de R$ 77 milhões. Eu não me lembrava de ter vendido tanto no cartão de crédito”, afirma ele, agora achando graça.

André Alves ficou eufórico, a princípio. Seria algum título de capitalização esquecido?

A fortuna impulsionaria a planejada abertura da terceira unidade da Distribuidora de Bebidas Seu Antônio, inaugurada há quatro anos como continuidade do bar que o seu Antônio, seu pai, fundou há mais de duas décadas no município de Fazenda Rio Grande, no Paraná.

“Depois eu raciocinei e percebi que não era possível. Não tinha a menor lógica aquele valor estar na minha conta”, afirma.

A euforia do empresário logo se transformou em preocupação.

Ele pensou que poderia ter sido hackeado ou vítima de alguma fraude financeira. Ficou com receio de vir a ter problemas com a Receita Federal. Decidiu, então, procurar o banco para entender o absurdo.

Mas não era nada disso. Foi apenas um equívoco do Banco Safra, que, ao ser avisado, informou que se tratava de um “erro sistêmico”, sem dar maiores detalhes, segundo o empresário.

Antes de corrigir a confusão, retirando os R$ 77,6 milhões de sua conta e deixando apenas os R$ 8.000 que deveriam estar lá, André Alves afirma que tomou um outro susto.

“Depois o banco tirou todo o valor da conta, e ela ficou negativa em R$ 14 mil. Tudo bem que eu não era dono dos R$ 77 milhões, mas me deixe o que é meu. Eu precisava pagar a meus fornecedores”, afirma o dono da distribuidora.

De acordo com o empresário, o problema foi identificado por volta das 8h30 e solucionado só em torno das 13h. O Banco Safra não revela de onde partiram os recursos nem informa se houve outros casos semelhantes.

André Alves segue com os planos de abertura de uma nova loja de sua distribuidora, mas afirma que não vai querer tomar financiamento bancário.

“A priori, vai ser com recursos próprios. Vamos deixar banco de lado”, brinca André Alves.

Folhapress

Cantora afronta esposas de Michel Temer e Bolsonaro: “cuidadoras de idosos”

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CANTORA FEZ UMA PUBLICAÇÃO IRÔNICA NO TWITTER E MOVIMENTOU A REDE SOCIAL COM A POLÊMICA

A cantora MC Carol acompanhou pela TV a posse do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), ocorrida na terça-feira (01). Bem humorado, a funkeira analisou o casamento do político com Michelle Bolsonaro, e também a relação de Michel Temer com Marcela Temer.

Nas redes sociais, MC Carol publicou uma imagem em que os dois casais surgem juntos, antes de Temer passar a faixa presidencial para seu sucessor. Na foto, Michelle e Marcela – que repetiu o vestido, usado pela primeira vez em 7 de setembro de 2017 – esbanjam sorrisos.

“Todo o nosso amor e respeito a essas cuidadoras de idosos”, disparou a cantora no Twitter. Com muita ironia, ela completou: “Profissão linda demais!”. A publicação rendeu 14 mil compartilhamentos na rede social.

OAB-RN defende permanência da justiça do trabalho

Diante das últimas declarações do Presidente da República apontando para o fim da Justiça do Trabalho, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte emitiu, nesta sexta-feira (4), Nota de repúdio e disse estar vigilante e ativa na defesa da manutenção das instituições que compõem o Poder Judiciário, tal como definido na Constituição Federal.

Leia a Nota na íntegra: 

A OAB/RN vem a público externar seu repúdio diante da declaração do Presidente da República em entrevista no último dia 3 de janeiro, quando questionado sobre uma possível nova reforma trabalhista, para a qual informou que havia a possibilidade de discutir sobre o fim da Justiça do Trabalho, uma vez que em nenhum outro país do mundo havia essa Justiça especializada. É sabido que a Justiça do Trabalho faz parte do Poder Judiciário e tem sua formação desenhada na Constituição Federal, exercendo papel fundamental na ordem democrática brasileira.

O presidente considera, ainda que hipoteticamente, o fim da Justiça Laboral, com o propósito de se transferir a competência da matéria para a Justiça Comum. Tal medida se apresenta como inócua e contrária aos interesses da cidadania, pois os conflitos das relações de trabalho continuarão a merecer apreciação judicial, agora em condições mais impróprias para sua solução.

Desse modo, a OAB/RN entende que a opção cogitada não demonstra sensibilidade com a realidade da população brasileira, motivo pelo qual esta Seccional repudia tal pretensão e permanece vigilante e ativa na defesa da manutenção das instituições que compõem o Poder Judiciário, tal como definido na Constituição Federal.

Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Rio Grande do Norte