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Categoria: novembro 26, 2018

Ministério Público pede desaprovação das contas de Natália Bonavides

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A PETISTA FOI ELEITA NO ÚLTIMO DIA 7 DE OUTUBRO COM CERCA DE 113 MIL VOTOS, SENDO A SEGUNDA MAIS VOTADA DO PLEITO.

A Procuradoria Regional Eleitoral do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Norte, por meio da procuradora Cibele Benevides Guedes da Fonseca, recomendou nesta segunda-feira, 26, pedindo a reprovação das contas da vereadora de Natal e deputada federal eleita, Natália Bonavides (PT).

O pedido foi motivado pelo parecer técnico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) finalizado na última quinta-feira, 22, que acusou indícios de utilização de “laranja” (pessoa na linha da miséria, beneficiária do programa Bolsa Família) para ocultar a verdadeira origem de valores investidos na campanha da petista.

Além disso, o parecer do Tribunal também apontou que Natália Bonavides recebeu doações de 11 pessoas cuja capacidade econômica não permitiam tal ato pelo fato de 10 delas estarem desempregadas e a outra ser beneficiária do Bolsa Família. Foi identificada, ainda, a presença de um doador que, segundo dados da Secretaria da Receita Federal, já está morto desde 2015.

Na recomendação, a procuradora Cibele Benevides também solicitou a instauração de um inquérito policial para apurar o caso. No último domingo, 25, a defesa da deputada eleita emitiu nota explicando todas as acusações à candidata. No caso da pessoa identificada pelo TRE como beneficiária do Bolsa Família, argumentou que o problema ocorreu por um erro de digitação no número do CPF da doadora.

Paralelamente ao pedido pela desaprovação das contas de Natália pela Procuradoria Regional Eleitoral, a defesa ingressou com diversos documentos no TRE que, segundo ela, comprovam as capacidades financeiras de todos os doadores. A petista foi eleita no último dia 7 de outubro com cerca de 113 mil votos, sendo a segunda mais votada do pleito.

Agora RN

PROS, PRP e PMN têm contas julgadas como não prestadas e registros são suspensos pela Justiça Eleitoral

Partidos PROS, PRP e PMN têm contas julgadas como não prestadas e são penalizados pela Justiça Eleitoral

OS PROCESSOS, JULGADOS À UNANIMIDADE DOS VOTOS PELA CORTE ELEITORAL, ESTIVERAM EM PAUTA NAS ÚLTIMAS SESSÕES PLENÁRIAS QUE ACONTECERAM NA SEDE DA JUSTIÇA ELEITORAL POTIGUAR.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) suspendeu o registros de três partidos políticos do RN em virtude da não prestação de suas contas, são eles: Partido Republicano da Ordem Social – PROS/RN, Partido Republicano Progressista – PRP/RN e Partido da Mobilização Nacional – PMN/RN. Os processos, julgados à unanimidade dos votos pela corte eleitoral, estiveram em pauta nas últimas sessões plenárias que aconteceram na sede da Justiça Eleitoral potiguar.

Com relação ao Partido Republicano da Ordem Social – PROS/RN, o processo sob relatoria do Juiz Wlademir Capistrano tratou da prestação de contas referente ao exercício financeiro de 2015. O órgão técnico responsável pela análise das contas identificou lacunas, especialmente sobre a irregularidade da representação judicial e a necessidade de apresentação de peças obrigatórias/esclarecimentos necessários ao exame das contas. O partido e seus dirigentes foram, por duas vezes, devidamente intimados pelo TRE-RN para se manifestar acerca dessas demandas, mas nenhuma resposta foi dada.

Dessa forma, ficou decidida a declaração de omissão no dever de prestar contas, com a consequente aplicação das sanções estabelecidas na Resolução TSE nº 23.432/14: proibição de recebimento de recursos oriundos do Fundo Partidário, enquanto perdurar a inadimplência, declaração, para todos os efeitos, de que o partido e os responsáveis – Albert Dickson de Lima (Presidente) e Paulo Henrique Barbosa Xavier (Tesoureiro) – estão inadimplentes perante a Justiça Eleitoral, e suspensão do registro ou anotação do órgão diretivo regional, até eventual regularização.

Quanto ao Partido Republicano Progressista – PRP/RN, o julgamento aconteceu nesta segunda-feira (26) sob relatoria do Juiz José Dantas de Paiva e tratou da prestação de contas referente ao exercício financeiro de 1999. O órgão técnico identificou uma lacuna no partido com relação à irregularidade da representação judicial, mesmo intimados diversas vezes pela Justiça Eleitoral, não concedeu esclarecimentos. Por isso, diante da não regularização processual e em consonância com o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, a corte eleitoral julgou, à unanimidade dos votos, como não prestadas as contas da Comissão Provisória do PRP/RN, com a suspensão do repasse de novas contas do Fundo Partidário pelo tempo que permanecer a omissão.

Já o processo do Partido da Mobilização Nacional – PMN/RN também foi julgado nesta segunda sob relatoria do Juiz Luís Gustavo Smith. As lacunas identificadas se referem à ausência de prestação de contas quanto ao exercício de 2015 e irregularidade na representação judicial. Dessa forma, ficou decidida a declaração de omissão no dever de prestar contas, com a consequente aplicação das sanções estabelecidas na Resolução TSE nº 23.432/14: proibição de recebimento de recursos oriundos do Fundo Partidário, enquanto perdurar a inadimplência, declaração, para todos os efeitos, de que o partido e os responsáveis – Antônio Jácome de Lima Júnior (Presidente) e Ériko Samuel Xavier De Oliveira (Tesoureiro) – estão inadimplentes perante a Justiça Eleitoral, e suspensão do registro ou anotação do órgão diretivo regional, até eventual regularização.

Paulo Coutinho destaca melhorias à frente da OAB e compromisso com o interior em entrevista à Band TV

O PRESIDENTE DA OAB DESTACOU O TRABALHO DA PROCURADORIA NA SUA GESTÃO, COM RESULTADOS E PARTICIPAÇÃO EFETIVA DA ADVOCACIA

“Conseguimos implementar de forma profissional a procuradoria de prerrogativas da OAB, com plantão integral. Um trabalho que merece avançar ainda mais”, destacou Paulo Coutinho, presidente da OAB e candidato à reeleição pela Chapa 10 “Avança OAB”, durante entrevista ao programa Boa Tarde Cidadão, apresentado pelo cientista político Robson Carvalho, na Band Natal.

O presidente da OAB destacou o trabalho da procuradoria na sua gestão, com resultados e participação efetiva da advocacia. “Já são mais de 150 processos administrativos instaurados por desrespeito às prerrogativas. Com sede em Natal, a procuradoria atende as demandas de todo o estado. Para a próxima gestão, queremos ampliar, colocando uma procuradoria em cada subseccional do interior”, ressaltou Paulo Coutinho.

O presidente da OAB também falou da preocupação com a qualificação profissional. Paulo Coutinho destacou o trabalho que vem realizando junto a Escola Superior de Advocacia, oferecendo capacitação e ampliando a oferta de atividades acadêmicas. “Nós já temos uma preocupação com a qualificação da advocacia e a promoção de dezenas de eventos. O mercado mudou e a OAB tem que estar aberta para receber essas ideias que surgem”, falou Paulo.

Expansão dos serviços em Mossoró

O candidato da Chapa 10 falou sobre o trabalho desenvolvido pela CAARN. “Acreditamos que o trabalho assistencial desenvolvido pela Caixa de Assistência precisa estar perto dos advogados e promovendo atividades que visem a qualidade de vida deles. Na clínica da advocacia conseguimos promover mais de mil atendimentos nos últimos três anos, e agora esse trabalho está sendo estendido para os familiares”, esclareceu Paulo Coutinho. Uma das propostas de campanha é inaugurar, já no primeiro semestre do próximo ano, a Clínica do Advogado em Mossoró.

Paulo Coutinho ressaltou também a pluralidade presente na composição da Chapa 10 “Avança OAB” que conta representantes de todas as regiões do Rio Grande do Norte. “Nós temos uma chapa comprometida com a advocacia e com as necessidades de cada região. Nossas propostas são todas aplicáveis e podem ser realizadas. São compromissos que colocamos a disposição para que no dia 28, o advogado possa votar na chapa 10 e fazer com que a OAB avance ainda mais”, concluiu Paulo.

Câmara debate regulamentação dos Transportes por aplicativos em Natal

A AUDIÊNCIA CONTOU COM A PRESENÇA DE VEREADORES, MOTORISTAS DE TÁXIS E DE TRANSPORTES INDIVIDUAIS, ALÉM DE REPRESENTANTES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA (STTU)

Durante a manhã desta segunda-feira (26), a Câmara Municipal de Natal debateu o Projeto de Lei substitutivo ao 103/2016, do vereador Sandro Pimentel (PSOL), para a regulamentação do serviço de transportes que funcionam via aplicativos. A audiência contou com a presença de vereadores, motoristas de táxis e de transportes individuais, além de representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), convocada pela vereadora Nina Souza (PDT), relatora da matéria na Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final.
A Lei Federal 13.640 está em vigor desde março passado e deixou exclusivamente para os municípios e ao Distrito Federal a competência de regulamentar e fiscalizar o serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros. Por isso, o vereador Sandro apresentou um substitutivo ao projeto anterior que ele havia apresentado.  “Teve o encarte de um substitutivo, mas as categorias não tinham sido ouvidas. Trouxemos a discussão para que cada emenda e proposta sugerida possa garantir ao trabalhador o seu sustento. Vamos adequar à norma federal”, disse a relatora da matéria.
A proposta traz uma série de exigências como documentação probatória para o condutor, como antecedentes criminais,veículos adaptados para cadeirantes, opção para escolher o gênero do condutor sendo que as plataformas devem oferecer 20% de mulheres motoristas, além de responsabilidades da STTU. “Colocamos dispositivos de segurança, necessidade de registro do motorista para que o usuário possa recorrer à STTU e não apenas à plataforma. O projeto se preocupa com o motorista, os usuários e com o controle do Município”, explicou Sandro Pimentel.Uma das sugestões que geram discordância é a exigência que os motoristas tenham endereço e emplacamento do veículo em Natal.
Os taxistas defendem que haja uma quantidade de carros fazendo o transporte via aplicativo. “Cobramos das autoridades e vemos demora nessa regulamentação. O transporte por aplicativo ainda funciona de forma clandestina e o poder Executivo precisa criar normas para que, não só os taxistas, cumpram regras, se não vai permanecer uma concorrência desleal”, ressaltou o presidente da Cooperativas de Táxis (CoopTaxi-Natal), Genário Torres.
Atualmente há cerca de 7 mil motoristas atuando em Natal via aplicativos atendendo uma demanda de mais de 300 mil usuários, segundo o presidente da Associação de Motoristas Autônomos por Aplicativos do estado (AMAPP-RN), Evandro Henrique. “Estamos tratando de um serviço privado e por isso algumas colocações não cabem a esse segmento, vamos tratar de algumas emendas e esperamos mostrar de forma clara o interesse para os motoristas, mas também para os usuários que receberam muito bem essa nova modalidade de transportes em Natal. É necessário tributar, estabelecer critérios e obrigações das plataformas, assim como limites”. disse.
O secretário Adjunto da STTU, Clodoaldo Cabral destacou que a pasta busca conciliar o serviço das duas categorias. “A modernidade está aí e queremos chegar a uma lei que favoreça a todos. Desde o início quando o primeiro aplicativo chegou fazemos a fiscalização, discutimos nos conselhos competentes. Entendemos que é preciso regulamentar porque hoje a STTU não tem controle sobre os aplicativos, diferente dos táxis que sabemos quais são, onde estão e quantos são”, reforçou o secretário.

STJ julga amanhã (27) processo mais antigo do país

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AÇÃO QUE TRATA DA POSSE DO PALÁCIO DA GUANABARA, ATUAL SEDE DO GOVERNO DO RIO DE JANEIRO.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar amanhã (27) uma ação que trata da posse do Palácio da Guanabara, atual sede do governo do Rio de Janeiro. O processo está em tramitação a 123 anos, o mais antigo em andamento no país.

No processo, a família real portuguesa alega ter direito à indenização do governo brasileiro pela tomada do palácio após o fim da monarquia e a proclamação da República, em 1889. Segundo a família Orleans e Bragança, o palácio fazia parte dos bens privados da família, que também pediu à Justiça a restituição do imóvel.

Em mais de cem anos de tramitação, houve diversas decisões do Judiciário. Na década de 1960, a ação foi encerrada, mas o caso foi aberto novamente. Os recorrentes no processo são herdeiros da Princesa Isabel.

SESI Big Band se apresenta nas festividades de padroeiras em Natal e Mossoró

ORQUESTRA LEVA JAZZ EM ARRANJOS INÉDITOS PARA APRESENTAÇÕES

Sons de trompetes, trombones, sax e tantos outros instrumentos musicais que compõem a SESI Big Band vão ecoar na comunidade de Mãe Luiza no próximo dia 30, durante as festividades da padroeira do bairro, no largo da capela Nossa Senhora da Conceição, as 20h30. E no dia 03 de dezembro, o grupo segue para Mossoró-RN levando seu jazz à Catedral de Santa Luzia, localizada no centro da cidade, às 20h.

A SESI Big Band vem crescendo e se consolidando a cada ano pela qualidade e diversidade nos arranjos, levando sopros musicais dançantes por todo o Rio Grande do Norte. Para essas duas apresentações, a orquestra, composta por 25 músicos, sob a regência do maestro Eugènio Graça – já conhecido por sua performance pulsante nos palcos – estará acompanhada pelo cantor Dudu Galvão, versado também pelos seus trabalhos junto ao Clowns de Shakespeare. No repertório, muito jazz e música brasileira, com a versatilidade do maestro Eugènio.

Fundada em 2013, a SESI Big Band é formada por instrutores/professores do projeto SESI Arte do RN e tem como foco o ensino da música através de instrumentos musicais. Entre os renomados artistas nacionais e locais, a SESI já convidou: Roberta Sá, Alcione, Ed Motta, Ivan Lins, Yamandú Costa, Leonardo Amuedo, Cláudio Infante, Baby Mendes, Jorge Vercillo, Lenine, Hamilton de Holanda, Guilherme Arantes, entre muitos outros.

Natal contrata BNDES para estruturação de projetos de iluminação pública

SECRETÁRIOS MUNICIPAIS, TENDO À FRENTE O TITULAR DA SECRETARIA DE GOVERNO, PAULO CÉSAR MEDEIROS, SE REUNIRAM COM TÉCNICOS DO BNDES E DO CONSÓRCIO PARA A APRESENTAÇÃO PRELIMINAR DO PROJETO

O município de Natal modernizará o parque de iluminação pública da capital. Para isso, contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturação de projeto de parceria público-privada (PPP) na área de iluminação pública. Por sua vez, o Banco contratou um consórcio, por intermédio de pregão, capitaneado pela Houer Concessões, além das empresas RSI Engenharia, Viana Guimarães e Miranda Rodriguez e Palavéri, para realizar estudos com base na realidade natalense e desenvolver os respectivos projetos de PPP. O objetivo da parceria é modernizar e expandir o parque de iluminação pública da capital.

Está prevista a assessoria do Banco nas etapas de planejamento e contratação de consultores, realização de estudos para modelagem da parceria, roadshow, audiência pública, consulta pública, atendimento a órgãos de controle até a realização dos leilões para contratação do parceiro privado. O contrato com a Prefeitura para prestação de suporte técnico à estruturação do projeto foi assinado neste mês de novembro.

Na manhã desta segunda-feira (26), secretários municipais, tendo à frente o titular da Secretaria de Governo, Paulo César Medeiros, se reuniram com técnicos do BNDES e do consórcio para a apresentação preliminar do projeto, no bairro da Candelária. Na reunião, ficou definida a criação de uma equipe técnica, com representantes de secretarias afins, e a disponibilização de informações solicitadas.

Com os resultados dos trabalhos, as prefeituras poderão decidir os modelos de exploração e, então, elaborar as licitações para escolha do concessionário que operará os serviços de iluminação pública.

Como os contratos de prestação de serviço devem estabelecer níveis de investimento na modernização dos sistemas de iluminação, as PPPs podem aumentar os níveis de cobertura e qualidade técnica, além de reduzir o consumo de energia. No curto prazo, os projetos podem gerar emprego e renda com o aumento da rede de iluminação. De forma mais indireta, o aperfeiçoamento dos serviços deve contribuir para a melhoria na segurança pública, já que há uma correlação entre a segurança pública e o nível de iluminação das ruas.

Prevista para iniciar em 1º de dezembro, a primeira fase do projeto prevê plano de trabalho, diagnóstico e análise de cenários e definição do cenário de investimentos. A segunda fase contempla a modelagem do projeto, a elaboração do relatório final, consulta pública, edital e preparação para licitação e assinatura do contrato de concessão.

Para o secretário de Governo da Prefeitura, Paulo César Medeiros, a modernização e a ampliação do parque de iluminação pública vão gerar redução das ações de manutenção, economia de energia e a implantação de novos serviços. “Para o cidadão, haverá uma melhoria da qualidade de iluminação pública, valorização do patrimônio histórico, aumento da sensação de segurança, redução da poluição luminosa e redução do impacto ambiental”, assinalou.

De acordo com o chefe de Departamento – Área de Desestatização do BNDES, Osmar Lima, os prazos das diversas etapas deverão ser cumpridos rigorosamente: “O Banco é bastante rigoroso no tocante às datas do processo, porque não é interessante que ocorram atrasos no cronograma de implantação do parque de iluminação”.

Participaram, ainda, da reunião o secretário municipal de Serviços Urbanos, Jonny Costa; a secretária de Administração, Adamires França; o secretário de Comunicação Social, Heverton Freitas, e o Procurador Geral do Município, Carlos Castim.

Lula é denunciado por lavagem de dinheiro em negócio na Guiné

LULA FOI CONDENADO A 12 ANOS E 1 MÊS DE PRISÃO PELOS CRIMES DE CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO NO CASO DO TRIPLEX EM GUARUJÁ (SP)

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por lavagem de dinheiro. Também foi alvo da denúncia o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, acusado ainda de tráfico de influência. Segundo os procuradores da Operação Lava Jato, Lula recebeu R$ 1 milhão do empresário, através de uma doação para seu instituto, para influenciar as decisões do governante da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, em favor do grupo brasileiro.

A denúncia está baseada em trocas e-mails envolvendo o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula, Miguel Jorge, a diretora do Instituto Lula, Clara Ant, além de Giannetti Geo. As provas foram recolhidas durante a busca e apreensão realizada na sede do instituto durante a Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato, em março de 2016.

Mensagens

Em um e-mail de 5 de outubro de 2011, Miguel Jorge escreveu para Clara Ant dizendo que Lula tinha interesse em conversar com Geo sobre os empreendimentos na Guiné Equatorial e que o empresário estava disposto a fazer uma “contribuição financeira bastante importante”. O empresário seria mais tarde o portador de cartas trocadas entre Lula e Obiang, que governa o país desde 1979.

Na mensagem enviada pelo ex-presidente brasileiro em maio de 2012, a ARG é mencionada como “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”. Lula diz ainda, no mesmo texto, que acreditava que o país africano passaria a fazer parte da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). De acordo com o MPF, Obiang havia pedido a Lula para que falasse com a então presidente Dilma Rousseff para facilitar a inclusão da Guiné na CPLP.

Em junho de 2016, a AGR fez uma doação de R$ 1 milhão ao Instituto Lula. Segundo os procuradores, foi o pagamento ao ex-presidente por ter usado sua influência para obter vantagens para o grupo empresarial. Como Lula, tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu. No entanto, o registro como doação é, na denúncia do MPF, uma forma de dissimular o recebimento de recursos de origem ilegal, configurando assim lavagem de dinheiro.

Defesa

Em nota divulgada hoje (26), o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, classificou a denúncia como “continuidade a uma perseguição política”. De acordo com o defensor do ex-presidente, não existem elementos que demonstrem que Lula tenha cometido qualquer ilegalidade.

“A acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal”, diz o comunicado.

O advogado disse ainda que espera que a Justiça rejeite a denúncia.

Agência Brasil