Assentamento do RN transforma dejetos de animais em biogás e biofertilizante
A concentração de animais em locais como assentamentos ocasiona acúmulo dos dejetos produzidos. Esse acúmulo pode se tornar uma grande carga poluidora ao ambiente, principalmente quando esses resíduos atingem cursos d’água. Desse modo, há a necessidade de novas alternativas para mitigar o problema e agregar valor aos resíduos produzidos. E isso é o que acontecerá no assentamento Trangola, em Currais Novos (RN).
Em breve, os resíduos orgânicos gerados pela criação de animais deixarão de ser um transtorno ambiental para serem transformados em produtos úteis para a população. Isso será possível graças ao projeto Biodigestor, da ONG Engenheiros sem Fronteiras (EsF).
O biodigestor é uma tecnologia que reaproveita os dejetos orgânicos através da decomposição e permite o uso dos produtos resultantes desse processo, que são o biogás e o biofertilizante. No assentamento Trangola, dejetos bovinos serão usados para alimentar o biodigestor. A geração e o aproveitamento do biogás a partir desses resíduos é uma alternativa interessante para a comunidade do assentamento, isto porque possibilitará reduzir o uso do gás de cozinha, reduzindo os custos provenientes da compra do GLP. O biofertilizante produzido será usado na horta da comunidade. Além disso, o biodigestor evitará o acúmulo de dejetos animais, contribuindo para o bem estar da comunidade.
Engenheiros Sem Fronteiras
O Engenheiros Sem Fronteiras – EsF é uma ONG mundialmente difundida, cujo objetivo é a melhoria da qualidade de vida das comunidades e indivíduos carentes através da engenharia. No Brasil, a organização conta com 64 núcleos espalhados por todas as regiões do país. Dentre eles, o EsF – núcleo Natal, formado por estudantes e engenheiros que objetivam o desenvolvimento de projetos junto às populações carentes do Rio Grande do Norte.
As atividades no assentamento Trangola tiveram início em agosto de 2017, quando quatro voluntários da EsF apresentaram a proposta de ação para a comunidade. Em outubro de 2018, o projeto será finalizado com a instalação do biodigestor. Os materiais necessários a construção serão adquiridos por meio de patrocínios e a obra será realizada por voluntários da EsF, professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e moradores do assentamento.
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