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Categoria: outubro 17, 2018

Ibope/governo do RN: Fátima, 54%; Carlos Eduardo, 46%

NOS VOTOS TOTAIS, FÁTIMA BEZERRA, DO PT, TEM 48% E LIDERA A DISPUTA

O Ibope divulgou no início da noite desta segunda-feira (15) o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da eleição para o governo do Rio Grande do Norte. O levantamento foi realizado no sábado (13) e no domingo (14) e tem margem de erro de 3 pontos, para mais ou para menos.

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

  • Fátima Bezerra (PT): 54%
  • Carlos Eduardo (PDT): 46%

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no 2º turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Votos totais

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

  • Fátima Bezerra (PT): 48%
  • Carlos Eduardo (PDT): 42%
  • Em branco/nulo: 8%
  • Não sabe: 2%

Nos votos totais, Fátima e Carlos Eduardo estão empatados no limite da margem de erro.

Rejeição

A pesquisa também apontou o potencial de voto e rejeição para presidente. O Ibope perguntou: “Para cada um dos candidatos a governador do Rio Grande do Norte citados, gostaria que o(a) sr(a) dissesse qual destas frases melhor descreve a sua opinião sobre ele“?

Carlos Eduardo (PDT)

  • Com certeza votaria nele para governador do RN – 33%
  • Poderia votar nele para governador do RN – 18%
  • Não votaria nele de jeito nenhum para governador do RN – 31%
  • Não o conhece o suficiente para opinar – 14%
  • Não sabem ou preferem não opinar – 3%

Fátima Bezerra (PT)

  • Com certeza votaria nela para governadora do RN – 38%
  • Poderia votar nela para governadora do RN – 15%
  • Não votaria nela de jeito nenhum para governadora do RN – 33%
  • Não a conhece o suficiente para opinar – 10%
  • Não sabem ou preferem não opinar – 3%

Fonte: G1 RN

PTB, PMB, PRB e oposição de Monte Alegre com Carlos Eduardo

COM LIDERANÇA EM MONTE ALEGRE, A VEREADORA DE NATAL NINA SOUZA(PDT), FEZ PARTE DAS ARTICULAÇÕES DA ALIANÇA OPOSICIONISTA COM CARLOS EDUARDO.

Apoios e integração na reta final da campanha. Foi o balanço positivo do candidato a governador pelo PDT, ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo na quarta-feira (17/10).

O presidente do PTB, Getúlio Batista, suplente de deputado estadual, levou a Carlos Eduardo a decisão de caminhar com ele no segundo turno “pois é bom gestor e o PT seria a ruína”.

Do PMB, vieram o vereador Dinarte Torres, de Natal, com base no bairro de Mãe Luíza, e o presidente do partido, Raimundo Mendes, com os vereadores de São Gonçalo do Amarante: Pablo Rodrigo – PTC,Jesse Tavares – PR, Tiago Soares – PTC, Gerson Bezerra – PRB
Tarcisio Fernandes – PSD Pastor Edmilson – PODEMOS e Edson Valbam – PV. Do PRB, o vereador da capital Bispo Francisco de Assis e lideranças evangélicas.

REPRESENTANTES DO PMB

Outro apoio expressivo é de Monte Alegre : a ex-prefeita Graça Marques(PSD)
e o seu grupo político, que votaram noutro candidato no primeiro turno, anunciaram engajamento na campanha de Carlos Eduardo.

Graça traz vereadores, ex-vice-prefeita e muita disposição “para a vitória de Carlos Eduardo. Com liderança em Monte Alegre, a vereadora de Natal Nina Souza(PDT), que obteve cerca de 20 mi votos para a Assembleia Legislativa fez parte das articulações da aliança oposicionista com Carlos Eduardo.

O PRESIDENTE DO PTB, GETÚLIO BATISTA, SUPLENTE DE DEPUTADO ESTADUAL

DO PRB, O VEREADOR DA CAPITAL BISPO FRANCISCO DE ASSIS E LIDERANÇAS EVANGÉLICAS.

Justiça proíbe Carlos Eduardo de usar informações sobre posicionamento de Fátima Bezerra em relação a vaquejada

Justiça proíbe Carlos Eduardo de usar informações sobre posicionamento de Fátima Bezerra em relação à vaquejada

FÁTIMA BEZERRA PODERÁ GANHAR DIREITO DE RESPOSTA PELA INFORMAÇÃO INVERÍDICA, CALUNIOSA E DIFAMATÓRIA DIVULGADA NA PROPAGANDA DO ADVERSÁRIO.

O Tribunal Regional Eleitoral do RN (TRE-RN) determinou, nesta terça-feira (16), que a Coligação 100% RN, do candidato Carlos Eduardo Alves, retirasse do ar o trecho da propaganda eleitoral em que afirma que a senadora e candidata Fátima Bezerra (PT) não apoiou a luta do sertanejo no Congresso Nacional, “quando alguns queriam acabar com esse esporte [vaquejada]”.

O Tribunal proibiu a veiculação da informação por qualquer meio, sob pena de, em caso de descumprimento, aplicação de multa diária no valor de R$ 3 mil. Além disso, Fátima Bezerra poderá ganhar direito de resposta pela informação inverídica, caluniosa e difamatória divulgada na propaganda do adversário.

“A propaganda tenta transparecer que a Representante [Fátima Bezerra] foi contrária à prática da vaquejada no Congresso Nacional, quando, na verdade, resta suficientemente demonstrado que ela declarou publicamente ser favorável à transformação da vaquejada em manifestação cultural nacional, inclusive utilizando-se do espaço da tribuna do Senado para fazer uma defesa aberta”, diz a decisão.

O texto lembra, ainda, que Fátima votou favoravelmente ao Projeto de Lei da Câmara nº 24/2016, que torna a vaquejada manifestação cultural nacional e de patrimônio cultural imaterial, fato com repercussão nacional.

“Consideramos esta mais uma vitória da verdade sobre a mentira, das propostas reais sobre a calúnia. Minha vida pública e minha atuação parlamentar são conhecidas pelo povo potiguar, portanto o meu Estado sabe da minha luta pela valorização da nossa cultura e do nosso Nordeste”, afirmou Fátima.

Fonte: Política em Foco – Anna Ruth Dantas

Haddad se reúne com representantes de igrejas evangélicas e divulga carta

HADDAD DIVULGOU UMA CARTA AOS EVANGÉLICOS, NA QUAL DIZ QUE “DESDE AS ELEIÇÕES DE 1989, O MEDO E A MENTIRA SÃO SEMEADOS ENTRE O POVO CRISTÃO CONTRA CANDIDATOS DO PT.”

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, se reuniu nesta quarta-feira (17) com representantes de igrejas evangélicas no centro de São Paulo. Participaram do evento integrantes das igrejas Batista, Metodista, Presbiteriana, Assembleia de Deus e Anglicana.

O candidato do PT ouviu músicas e orações e recebeu apoio de pastores. Haddad divulgou uma carta aos evangélicos, na qual diz que “desde as eleições de 1989, o medo e a mentira são semeados entre o povo cristão contra candidatos do PT.”

No texto, pontuado por passagens da Bíblia, ele escreveu: “A legalização do aborto, o kit gay, a taxação de templos, a proibição de culto público, a escolha de sexo pelas crianças não constam de meu programa de governo”.

No discurso, Haddad também defendeu a liberdade religiosa. “Num país tão desigual quanto o Brasil, o único projeto que eu concebo é um projeto que garanta a mais ampla liberdade para as pessoas. Mais ampla e em todos os âmbitos. Liberdade de se expressar, liberdade de se organizar, liberdade de abraçar uma religião, liberdade de dizer o que pensa, de ser convencido e convencer”, afirmou o candidato.

Para Haddad, “o Estado não pode ser propriedade de uma religião, tem que abraçar todas”.

Ele também disse que assumiu um compromisso com aqueles que mais precisam. Para combater a desigualdade, ele ressaltou que o governo precisa dar oportunidades iguais.

“O que nós queremos é que, independentemente disso, seja católico ou evangélico, seja judeu ou muçulmano, seja nordestino ou sulista, branco ou negro, homem ou mulher, todo mundo tem rigorosamente as mesmas condições de se desenvolve”, disse.

“Deus distribuiu talento democraticamente. Todo mundo tem talento […] Mas se nós criarmos condições para que todos possam se desenvolver, você vai descobrir pianistas, médicos, engenheiros, advogados, artistas, cantores, compositores em cada um de nós, porque todo mundo nasceu com talento pra desenvolver”, completou Haddad.O candidato ainda se disse preocupado com onda de calúnias nas redes sociais e defendeu uma campanha sem violência.

“Nós não podemos agredir quem pensa diferente da gente”, argumentou. “Matar nunca é a solução. Nunca é a solução. Torturar nunca é a solução”, concluiu.

Ministério Público

Após o encontro com os representantes das igrejas, Fernanda Haddad concedeu uma entrevista coletiva no mesmo hotel em que foi realizado o evento. Aos jornalistas, o petista disse que, se eleito, vai respeitar a lista tríplice de procuradores da República que tradicionalmente é enviada ao presidente da República para que seja escolhido o chefe do Ministério Público.

Nesta terça (16), em entrevista à TV Globo, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse que, caso vença a eleição, não se comprometerá em escolher algum dos integrantes da lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República. Ele disse que irá optar por procuradores que não sejam ligados à esquerda ou que não tenham feito carreira atuando em causas ligadas a essa corrente. Bolsonaro chegou a dizer que preferia alguém mais à direita, mas depois afirmou que priorizará alguém de “centro”.

“Ao contrário do meu adversário, vamos respeitar a lista tríplice do Ministério Público para a escolha do procurador-geral da República. Foi uma conquista importante e acho que é uma cultura que deve ser mantida: ouvir a categoria. A ideia dele de escolher alguém da sua conveniência coloca em risco uma das conquistas democráticas mais importantes do período recente que deveríamos preservar”, declarou Haddad aos repórteres nesta quarta-feira.

Em 2017, o presidente Michel Temer quebrou a tradição que havia sido inaugurada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva de escolher o primeiro colocado da lista tríplice da PGR. Na ocasião, o emedebista optou por Raquel Dodge, que havia ficado em segundo lugar na eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O primeiro colocado da lista havia sido o procurador da República Nicolau Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Questionado sobre se faria como Temer e não escolheria o mais votado, o presidenciável do PT afirmou que, “de preferência”, escolheria o mais votado, “mas sempre da lista tríplice”.

G1

Pagar salários em dia é primeiro objetivo, diz Carlos Eduardo a entidades médicas

CARLOS EDUARDO RECEBEU APOIO DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS MÉDICOS, GERALDO FERREIRA, QUE O CHAMOU DE “FUTURO GOVERNADOR “E FEZ DURAS CRÍTICAS AO PT

Em reunião com entidades médicas nesta terça-feira (16/10), o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT), garantiu que seu primeiro objetivo ao assumir o Governo do Estado será pagar em dia ao funcionalismo público, adotando medidas de equilíbrio financeiro, combatendo desperdícios e promovendo ajuste fiscal. Sem demissão de servidores.

Carlos Eduardo recebeu apoio do presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira, que o chamou de “futuro governador “e fez duras críticas ao PT. “A categoria médica está empenhada em sua eleição e vamos às ruas votar 12 (Carlos Eduardo) e 17 (Bolsonaro Presidente)”, complementou o dirigente sindical.

O presidente da Associação Médica, Marcelo Cascudo e o presidente do Conselho de Medicina, Marcos Lima, também elogiaram a capacidade administrativa do candidato.

Carlos Eduardo agradeceu aos médicos e disse que governará ouvindo todas as categorias, tendo como ponto fundamental a recuperação financeira do Estado para a retomada do desenvolvimento econômico.

Pesquisa constata só 8% de imagens verdadeiras em grupos de WhatsApp

WhatsApp

MENSAGENS COMPARTILHADAS POR MEIO DO WHATSAPP FORAM CHECADAS POR PESQUISADORES .(FOTO: MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL)

Um levantamento realizado pelos professores Pablo Ortellado (USP), Fabrício Benvenuto (UFMG) e pela agência de checagem de fatos Lupa em 357 grupos de WhatsApp encontrou entre as imagens mais compartilhadas apenas 8% podendo ser classificadas como verdadeiras. O estudo buscou analisar o fenômeno da desinformação e das mensagens falsas em grupos na plataforma, que vem sendo apontada como principal espaço de disseminação desse tipo de conteúdo.

O estudo analisou conteúdos enviados entre os dias 16 de setembro de 7 de outubro, ou seja, em boa parte do 1º turno das eleições deste ano. A amostra troux

Das 50 imagens mais compartilhadas nos grupos checadas pela agência Lupa, considerando foto e texto, apenas quatro foram consideradas verdadeiras (8%), entre elas uma de Bolsonaro em uma maca e outra do autor da facada no candidato, Adélio Bispo de Oliveira. Do total, oito (16%) eram falsas, como a montagem de Dilma com Che Guevara.

Quatro (8%) foram consideradas insustentáveis, conceito da agência para conteúdos que não se baseiam em nenhum banco de dados público confiável, como fotos de Lula e FHC afirmando que os dois se reuniram para planejar assaltos a banco. Outras nove eram fotos reais, mas com alusões a teorias da conspiração sem comprovação.

Da amostra, sete fotos eram reais, mas tiradas de contexto, como um registro de Aécio Neves e Fidel Castro acompanhado da acusação do político tucano ter virado “aluno” do dirigente cubano. Três imagens foram consideradas sátiras, seis estavam associadas a textos de opinião, o que a agência não checa, e três não foram examinadas por não ser possível aferir se a foto havia sido tirada no Brasil ou não. No total, 56% das imagens que mais circularam foram consideradas “enganosas”.

Caso BNDES

O levantamento dos professores e da Agência Lupa detalhou o caso das mensagens sobre supostos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras fora do Brasil. De oito sobre o tema acompanhadas de fotos, apenas duas eram verdadeiras. Outras três traziam dados considerados “exagerados” e duas eram falsas, como a alegação de que o banco teria financiado um gasoduto em Montevidéu e o soterramento de uma ilha em Sarmiento, na Argentina.

Propostas

Os autores divulgaram propostas em artigos e em documento ao WhatsApp solicitando a redução da possibilidade de encaminhamento de mensagens para, no máximo, cinco destinatários. Hoje, este limite é de até 20 pessoas ou grupos. Segundo o professor da USP Pablo Ortellado, o WhatsApp respondeu que tal medida seria inviável.

“Nós discordamos. Na Índia, após uma série de linchamentos causados por boatos difundidos no aplicativo, o WhatsApp conseguiu implementar mudanças em poucos dias. Nossa situação é bastante grave. Estamos conclamando também o TSE e outras instituições com poder regulatório para agir”, escreveu Ortellado, em texto em sua rede oficial sobre o relatório.

e 347 grupos monitorados pelo projeto Eleição sem Fake, da UFMG. Os resultados, portanto, não podem ser generalizados. Mas trazem indícios importantes para a compreensão deste fenômeno. Ao todo, eles reuniram mais de 18 mil usuários. No período, circularam 846 mil mensagens, entre textos, vídeos, imagens e links externos.

Agência Brasil

Artes plásticas, fotografia e escultura no 1º Salão de Outubro no Museu Café Filho

SÃO 200 OBRAS EM EXPOSIÇÃO, EXIBINDO UMA LINGUAGEM CONTEMPORÂNEA E UNIVERSAL, ATRAVÉS DA ARTE

O Museu Café Filho será palco a partir desta quarta-feira, 17, da Vernissage “1º Salão de Outubro”. A mostra coletiva foi organizada pela Fundação José Augusto com a curadoria do artista plástico Jennison José Vilaça. A abertura do evento acontece às 18 horas.  
 
Durante a exposição que ficará em cartaz até o dia 30 de novembro, o visitante poderá apreciar trabalhos que evidenciam formas, cores e estéticas diferenciadas de nomes como Rosa MC, Paixão, Assis Marinho e Gilvan Fernandes, dentre tantos nomes talentosos, que produzem a partir de diferentes influências e escolas artísticas.
 
São 200 obras em exposição, exibindo uma linguagem contemporânea e universal, através da arte. O 1º Salão de Outubro é uma iniciativa da Fundação José Augusto que visa divulgar obras de artistas potiguares para as novas gerações, como também estimular e valorizar o que vem sendo produzido por novos e antigos criadores do estado.
 
“O Governo do Estado tem um olhar sensível para a classe artística potiguar que merece esse espaço e essa valorização do seu trabalho”, afirma o jornalista Amaury Júnior, diretor geral da Fundação José Augusto, lembrando que a gestão atual investiu R$ 50 milhões em obras da cultura. “Abrimos teatros, museus e reformamos outros equipamentos que estavam relegados por parte do poder público estadual, não apenas em Natal, mas no interior, a exemplo dos Teatros Lauro Monte Filho, em Mossoró e Adjuto Dias, em Caicó”, concluiu Amaury.
 
SERVIÇO
1º Salão de Outubro
 
Abertura: Quarta-feira (17/10) a partir das 18h 
 
Local: Museu Café Filho (Rua da Conceição, Cidade Alta, Natal)
Horário de funcionamento:
Terça a sexta-feira- 8h às 17h
Sábado e domingo:
09h às 16h 
Entrada franca
 
Artistas participantes
Arlete
Assis Marinho 
Albert 
Aristides 
Cristina Acafe
Carlos Henrique 
Cláudio 
Etelanio 
Genilson Damião 
Gilvan Fernandes 
Jennison 
Luiz Menezes 
Loury
Lourdinha Motta
Lúcia Ferreira 
Pinheiro 
Socorro Dantas 
Ubiratan Gomes 
Rosa Maria 
Paixão
 
Colecionadores 
Edrisi
Jotó
Toinho

TJ derruba decisão que mandou Ustra pagar indenização a família de jornalista morto na ditadura

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USTRA FOI CHEFE, ENTRE SETEMBRO DE 1970 E JANEIRO DE 1974, DO DOI-CODI DO II EXÉRCITO, EM SÃO PAULO, ÓRGÃO DE REPRESSÃO POLÍTICA DURANTE A DITADURA MILITAR

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em julgamento da 13ª Câmara Extraordinária Cível nesta quarta-feira (17), extinguiu o processo que condenou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra a pagar indenização de R$ 100 mil à família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto e torturado nos porões do DOI-CODI em 1971.

Ustra foi chefe, entre setembro de 1970 e janeiro de 1974, do DOI-CODI do II Exército, em São Paulo, órgão de repressão política durante a ditadura militar. Nesse período, foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados, segundo a Comissão Nacional da Verdade, que apurou casos de tortura e sumiço de presos.

Os desembargadores do TJSP entenderam nesta quarta-feira que o pedido de indenização feito pela família de Merlino está prescrito, já que foi feito em 2010, mais de 20 anos depois da Constituição de 1988, que reconheceu a anistia dos crimes praticados no regime militar. Juridicamente, prescrição é a perda do prazo previsto para que o cidadão acione a Justiça em busca do direito violado.

Em 1ª instância, em 2012, a 20ª Vara Cível havia condenado Ustra, que morreu em 2015, a pagar a indenização por danos morais por responsabilidade na morte. Com a decisão do TJ nesta quarta, apos recurso da família de Ustra, os familiares do jornalista ficarão sem direito à indenização.

“É uma Justiça que tolera a tortura e contribui para que o sistema continue”, disse a viúva Ângela Mendes de Almeida após a sentença. “É ultrajante e embaraçoso, a Justiça sendo conivente com a tortura.”

O advogado da família do jornalista, Aníbal Costa de Souza, disse que a tese dos desembargadores pode ser derrubada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Vamos esperar a publicação do acórdão desta decisão para entrar com um primeiro recurso, embargos de declaração, e depois levar ao STJ”, disse ele.

Durante a sessão, a defesa da família do jornalista sustentou que ele foi “massacrado pelo réu em um pau de arara por mais de 24 horas, sangrando e provocando uma gangrena que levaram a sua morte”.

Segundo o advogado, a indenização de R$ 100 mil foi estipulado pela própria juíza em 2012, pois a família não buscava reparação financeira, mas “o reconhecimento da responsabilidade civil do estado pelo fato”.

Votos dos desembargadores

O relator da apelação no Tribunal, desembargador Salles Rossi, foi o primeiro a votar, entendendo que o processo prescreveu. Ele defendeu ainda que não havia provas e nem testemunhas presenciais que comprovassem a participação de Ustra na tortura de Merlino.

Concordou com ele o desembargador Milton Carvalho. Já o terceiro desembargador da câmara, Mauro Conti Machado, entendeu que a família esperou “39 anos para entrar com a ação, 22 anos após a Constituição, se desfazendo a pretensão indenizatória”.

Por unanimidade, os desembargadores concordaram, porém, em entender que houve apenas prescrição, mas não a falta de provas.

G1