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Categoria: setembro 25, 2018

Voto antipetista em Bolsonaro ainda pode mudar na reta final, dizem analistas

CIENTISTAS POLÍTICOS CONSIDERAM QUE CRESCIMENTO DE 18 PONTOS ENTRE CRÍTICOS DO PT MOSTRA QUE REJEIÇÃO AO CAMPO LULISTA É MAIOR DO QUE VOTO PROGRAMÁTICO NO CANDIDATO DO PSL(YOUTUBE/REPRODUÇÃO)

 

O crescimento do candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, no terço do eleitorado que se declara antipetista – como mostra a última pesquisa Ibope, na qual o deputado tem 59% da preferência nesse grupo específico – é movido mais pelo antagonismo desse eleitor ao que representa o PT e o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que por uma identificação explícita com o “bolsonarismo”. A avaliação é de cientistas políticos ouvidos pelo Estado. Para esses analistas, na reta final da eleição, esse voto antipetista pode migrar caso fique claro que Bolsonaro não conseguirá derrotar o PT. Geraldo Alckmin, do PSDB, pode ser um dos beneficiados caso esse fenômeno se concretize.

Entre os brasileiros que não votariam no PT de jeito nenhum – grupo formado por três em cada 10 eleitores –, Bolsonaro cresceu 18 pontos porcentuais desde o começo do mês. O candidato do PSL tem agora 59% das intenções de voto entre os antipetistas  –  a taxa era de 41% no dia 5 e de 53% no dia 11.

Os analistas consideram que esse crescimento de 18 pontos entre críticos do PT mostra que a rejeição ao campo lulista é maior do que o voto programático no candidato do PSL.

“Esse dado mostra que não há um bolsonarismo no Brasil, mas um antilulismo que, no momento, está identificado na figura do Bolsonaro”, diz Emerson Cervi, da Universidade Federal do Paraná. “O fato de ele estacionar no eleitorado geral e crescer nesses 30% que não votam no PT mostra que ele não consegue se representar por si mesmo, ele se representa pela negação do outro.”

Kléber Carrilho, professor de comunicação política da Universidade Metodista, concorda com a avaliação. “Neste momento, o Bolsonaro consegue reunir a imagem do antipetista ideal”, diz. “A paixão antipetista é maior que a decisão de voto no Bolsonaro. É um voto mais antipetista que um voto no Bolsonaro.”

O PSDB, que por mais de 25 anos polarizou a política nacional com o PT, foi o maior afetado pelo crescimento de Bolsonaro entre os antipetistas. Nessa faixa do eleitorado, Alckmin tem apenas 10% dos votos, o equivalente a um sexto da taxa do candidato do PSL. Agora, o tucano conta com o crescimento do petista Fernando Haddad contra Bolsonaro no segundo turno – 43% a 37%, segundo o levantamento de ontem – para tentar tirar votos do capitão reformado.

Em entrevistas e sabatinas, bem como no horário eleitoral, Alckmin tem feito um apelo pelo voto útil ao pregar que votar em Bolsonaro é passaporte para a volta do PT, afirmando que o candidato do PSL perderia para qualquer um no segundo turno. O tucano também tem atacado os dois líderes nas pesquisas em spots no rádio e na TV, onde caracteriza ambos como “um salto no escuro”.   “A pesquisa de ontem mostra que pode haver transferência de votos para outro antipetista porque ele pode não ganhar do PT no segundo turno”, afirma Carrilho.

Cervi lembra, no entanto, que os ataques de Alckmin a Bolsonaro podem criar uma espécie de “efeito bumerangue” – quando o alvo dos ataques para de crescer nas pesquisas, mas o autor não é beneficiado com os votos que foram perdidos. Em tese, poderia abrir espaço para o terceiro colocado na disputa, Ciro Gomes, do PDT, que tentou se distanciar tanto do PT quanto de Bolsonaro em declarações recentes.

Estratégia de Alckmin tem dado errado, avaliam analistas

Professora de Ciência Política da PUC-SP, Vera Chaia avalia que o PSDB perdeu o voto antipetista, especialmente em São Paulo, por não fazer o discurso esperado por esses eleitores. “O candidato Geraldo Alckmin não apresentou até aqui a liderança almejada por esse eleitorado nem demonstrou capacidade de vencer o petismo. Nem nas pesquisas, nem em seus discursos. A pacificação defendida por ele não parece ser o que o eleitor quer nesse momento”, diz.

O cientista político Rodrigo Prando, do Mackenzie, concorda que o discurso de Alckmin não tem ajudado nessas eleições marcadas pelo ódio e o acirramento entre representantes da direita e da esquerda. “Ele tem o discurso antipetista, mas Bolsonaro tem o discurso antissistema, que parece ganhar mais adeptos hoje”, afirma. Além disso, segundo Prando, essa eleição tem sido marcada pela emoção, pelos extremos, e não por debates baseados nas melhores políticas públicas para o País, campo mais confortável para o tucano. “O eleitor quer discurso, não conteúdo.”

Segundo Vera, as posições adotadas pelo PSDB ao longo do governo de Michel Temer – como a famosa dúvida sobre desembarcar ou não do governo após o escândalo da JBS – também prejudicam o desempenho de Alckmin, assim como o escândalo envolvendo o senador e ex-presidente do partido Aécio Neves. “E ainda tem o fator João Doria, que além de tentar pegar a vaga de presidenciável para si, não tem feito uma campanha clara para Alckmin em São Paulo. Tudo isso atrapalha demais e acho difícil de ser revertido.”

Prando ainda destaca o desgaste natural de Alckmin depois de governar São Paulo por quase 13 anos, em quatro mandatos diferentes, e a demora em investir pesado nas redes sociais. Bolsonaro tem mais de 6,5 milhões de seguidores no Facebook, enquanto Alckmin alcançou 1 milhão apenas ao longo da campanha.

A cientista política também ressalta que a aposta de Alckmin em firmar uma ampla aliança – para obter tempo de televisão – não tem surtido efeito positivo. O tucano tem quase metade do tempo de TV e rádio e 8% na última pesquisa Ibope/Estadão, o que lhe garante apenas a quarta posição na preferência do eleitorado. “O que deve acontecer agora é uma debandada geral desses aliados. Vale lembrar que os partidos que formam o centrão não são exatamente fiéis.”

Estadão

Prefeitura de Natal nomeia professores aprovados para o quadro efetivo

FORAM NOMEADOS 11 PROFESSORES

 

A Prefeitura de Natal divulgou no Diário Oficial do Município (DOM) desta segunda-feira (24) a nomeação de 11 professores aprovados no Concurso Público de Provas e Títulos para o provimento de Cargos de Professor do quadro de pessoal efetivo do Município (Edital nº 24/2015 – SME).

Nesta chamada, constam aprovados para as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte (Teatro), Matemática e Geografia. Os novos docentes irão ocupar vagas de profissionais aposentados.

Os candidatos listados deverão, no prazo máximo de 30 dias corridos a partir da data de publicação no DOM, comparecer à Comissão Permanente de Concurso (COMPEC) da Secretaria Municipal de Educação (Rua Fabrício Pedrosa, 915 – Areia Preta – 5º piso – sala 509), de segunda a sexta-feira, das 8h às 13 horas, a fim de receberem as instruções sobre a documentação necessária para a contratação, sob pena de, não assim o fazendo, perderem o direito à convocação. A publicação completa está disponível em www.natal.rn.gov.br/dom.

Dia D da Campanha Antirrábica terá mais de 100 postos de vacinação em Natal

A VACINAÇÃO SEGUE PORTA A PORTA POR AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS, AGENDAMENTOS DE CONDOMÍNIOS E PESSOAS QUE CRIEM A PARTIR DE 5 ANIMAIS

No próximo sábado (29) mais de 100 postos de vacina serão abertos em toda Natal para o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica, que tem como objetivo a imunização de 130.838 animais (entre cães e gatos) até 5 de outubro.

Para otimizar o atendimento para a população, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) distribuiu os pontos de vacinação nas quatro regiões da capital potiguar, sendo que a zona Norte concentra a maior parte, com 40, seguida pela zona Sul (26), Oeste (24) e Leste (20). As listas com todos os locais estão disponibilizadas ao final do texto.

A vacinação segue porta a porta por agentes de combate às endemias, agendamentos de condomínios e pessoas que criem a partir de 5 animais. Os agendamentos são feitos pelos Distritos Sanitários, ligando para os números, Norte I (3232 8181); Norte II (3232 3871); Sul (3232 8007); Oeste (3232 8304); e, Leste (3232 8235).

Através desses contatos, a população também pode buscar informações de postos itinerantes que estão sendo montados todas as semanas em pontos estratégicos da cidade.

MPRN entrega Agenda Propositiva a candidatos ao Governo do Estado

MPRN entrega Agenda Propositiva a candidatos ao Governo do Estado

AGENDA APRESENTA SÉRIE DE PONTOS QUE DEVEM SER MELHORADOS NA SEARA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS. SOLENIDADE DE ENTREGA SERÁ NESTA QUINTA (27), EM NATAL

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai entregar uma Agenda Propositiva aos candidatos ao Governo do Estado nas eleições deste ano. A Agenda apresenta uma série de pontos que devem ser melhorados na seara das políticas públicas. A solenidade de entrega será às 15h30 desta quinta-feira (27), na sede da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), em Natal.

“Essa Agenda se propõe a ser uma contribuição do Ministério Público do Rio Grande do Norte não só para os próximos quatro anos de gestão, mas – e principalmente – para que haja soluções estruturais e definitivas para o Estado”, disse o procurador geral de Justiça do RN, Eudo Rodrigues Leite.

A Agenda Propositiva do MPRN que será entregue aos candidatos mostra pontos que podem – e devem – ser melhorados em relação à Segurança Pública, Saúde, Patrimônio Público, Infância e Juventude, Cidadania/Inclusão e Meio Ambiente. “Sabemos das dificuldades por que passam as economias local e nacional. Desde sempre, o Ministério Público de Rio Grande do Norte tem se colocado à disposição para parcerias institucionais com os poderes do Estado do RN, independente da sigla partidária dos respectivos gestores. Embora parceiro, não fraquejamos na defesa da sociedade e da aplicação das leis”, completou Eudo Leite.

Os oito candidatos ao Governo do Estado foram convidados para o evento desta quinta-feira. A imprensa terá livre acesso para cobertura da solenidade.

Administradora do grupo “Mulheres Contra Bolsonaro” é agredida no Rio

MULHERES UNIDAS CONTRA BOLSONARO: GRUPO JÁ TEM MAIS DE 3 MILHÕES DE PARTICIPANTES (FACEBOOK/REPRODUÇÃO)

Umas das organizadoras do grupo “Mulheres Contra Bolsonaro”, Maria (sobrenome retirado por motivos de segurança), foi agredida por três homens armados em um táxi no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (24). No Rio, ela coordena a campanha do candidato a deputado estadual pelo PSOL, Sérgio Ricardo Verde, que detalhou incidente em sua página do Facebook, dizendo que, além da agressão física, os homens também levaram o celular dela.

Segundo o candidato, Maria foi atendida no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador e, em seguida, foi levada para a 37ª Delegacia de Polícia na Estrada do Galeão, onde registrou Boletim de Ocorrência (B.O.).

O PSOL, partido do qual Maria é filiada, repudiou a agressão e disse que o incidente não irá intimidar as mulheres, que “farão do dia 29 um marco histórico contra o machismo e a intolerância”, referindo-se ao ato de protesto contra o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), marcado para sábado em São Paulo.

A motivação da agressão ainda está sendo investigada pela polícia.

Exame

Alckmin diz que candidatura ‘folclórica’ de Bolsonaro não resiste ao segundo turno

Geraldo Alckmin concedeu entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan — Foto: Reprodução, Jovem Pan

GERALDO ALCKMIN CONCEDEU ENTREVISTA AO PROGRAMA PÂNICO, DA JOVEM PAN. (FOTO: REPRODUÇÃO, JOVEM PAN)

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, classificou nesta testa terça-feira (25) de “folclórica” a candidatura do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, e afirmou que o ex-capitão do Exército é um “passaporte” para o PT voltar ao Palácio do Planalto. Segundo o tucano, Bolsonaro “não dá conta” do PT e do governo.

Alckmin deu a declaração em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Ele cumpriu compromissos de campanha nesta terça em São Paulo.

Apesar de ter o maior tempo de TV entre os candidatos à Presidência, Geraldo Alckmin está estagnado na quarta colocação das pesquisas eleitorais. O Ibope apontou nesta segunda (24) que o presidenciável do PSDB tem 8% das intenções de voto. Ele oscilou positivamente um ponto percentual em comparação com o levantamento do Ibope divulgado na última terça (18).

A pesquisa mostrou que Bolsonaro continua na liderança da corrida presidencial, com 28%. Já o candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, subiu de 19% para 22%, permanecendo na segunda posição. O terceiro colocado é o candidato do PDT, Ciro Gomes, que tem 11%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, Ciro e Alckmin estão tecnicamente empatados.

Nos quatro cenários de segundo turno da pesquisa Ibope, Jair Bolsonaro só não perde para a candidata da Rede, Marina Silva, com que empata com 39%. O presidenciável do PSL também viu sua rejeição subir de 42% para 46%.

“Bolsonaro perde para qualquer candidato [no segundo turno]. Essas candidaturas meio folclóricas não resistem ao segundo turno. Jânio Quadros, Paulo Maluf, isso não passa mais porque não consegue maioria. É só olhar a rejeição”, declarou Alckmin ao programa Pânico.

“Bolsonaro não dá conta do PT, vai perder para o PT, e não dá conta do governo. Não é um convite para um banquete. Quem assumir o governo em janeiro, é o sexto ano de déficit primário”, complementou o candidato tucano, referindo-se ao fato de que o governo federal tem registrado rombo em suas contas nos últimos anos.

Fonte: G1

Envolvido na Operação Canastra Real é exonerado da Assembleia Legislativa

DIRETOR GERAL DA PRESIDÊNCIA, LUIZ GONZAGA NETO TERIA 51 PROCURAÇÕES DE SERVIDORES E EX-SERVIDORES.(FOTO: EDUARDO MAIA)

Segundo noticiou o Blog do Carlos Santos, a Assembleia Legislativa do Rio  Grande do Norte, exonerou hoje, 25, um dos envolvidos na “Operação Canastra Real”, que investiga caso de corrupção na Casa por meio  de “servidores fantasmas”.

Luiz Gonzaga Meira Bezerra Neto foi exonerado do cargo em comissão de Diretor Geral da Presidência

Investigado pelo Ministério Público do RN (MPRN), ao ser deflagrada a operação no último dia 17, Luiz Gonzaga foi alvo de um pedido de busca e apreensão que o alcançou em endereço residencial no bairro Tirol, em Natal.

O nome de Luiz Gonzaga já tinha surgido em outro escândalo anterior, a “Operação Dama de Espadas”, também com uso de servidores fantasmas para desvio de recursos que passam de R$ 9,5 milhões em números atualizados.

Segundo o MPRN apurou em dados prospectados da Central Notária de Serviços Eletrônicos Compartilhados (CENSEC), o investigado teria pelo menos 51 procurações de servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa outorgadas em seu favor. Entre essas pessoas, até gente muito humilde – atendida por programas sociais como o “Bolsa Família” e residindo em outros municípios.

A princípio, o raciocínio é que ele recrutava e tinha responsabilidade de gerir outro núcleo de fantasmas, mas com salários menores do que o grupo comandado por Ana Augusta Simas Aranha Teixeira de Carvalho, chefe de Gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa, que está presa desde segunda-feira. O MPRN atesta, que sob o controle dela cerca de R$ 2,440 milhões teriam sido usurpados da AL.

Fonte: Blog do Carlos Santos

“Democracia é jogo difícil de ser jogado”, diz Toffoli

EM ENTREVISTA EXCLUSIVA, ELE DESTACA QUE NÃO HÁ RISCO DE RUPTURA. (FOTO: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)

No comando do Supremo Tribunal Federal (STF) há 12 dias e pela primeira vez no exercício da Presidência da República, Dias Toffoli disse hoje (25) que o Brasil não corre qualquer risco de ruptura democrática. Às vésperas das eleições de outubro, Toffoli afirmou, em entrevista exclusiva à jornalista Roseann Kennedy, da TV Brasil, que a democracia é “um jogo difícil de ser jogado”.

“A maioria da população opina, vota e torna seus ideais e seus desejos realidade ao ir a urna”, disse. “É a democracia plural. Ao ser plural, evidentemente que há embates, há confrontos, mas esta é a grande via que constrói uma nação de verdade. É a nação democraticamente realizada através das diferenças”, completou. Para o magistrado, mesmo sendo desafiador, este é o melhor sistema político a ser seguido e preservado. “O outro caminho não é o melhor melhor caminho; o melhor caminho é realmente a democracia, é o voto popular. E [deve-se] respeitar aquele que for o ungido pelas urnas.”

Na entrevista, que vai ao ar nesta terça-feira, às 20h55, pela TV Brasil, o ministro considerou os embates naturais e rechaçou questionamentos sobre a credibilidade do sistema eleitoral e a segurança das urnas. Toffoli assegurou que o processo brasileiro, em funcionamento desde 1996, é legítimo. “As urnas são seguras”, afirmou, ao acrescentar que a segurança dos equipamentos foi reiterada recentemente por uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Ele também negou que o ataque ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), esfaqueado em ato público há duas semanas em Juiz Fora (MG), possa comprometer a legitimidade do pleito. “É um fato absolutamente deplorável  [o ataque a Bolsonaro], mas isso não interfere na legitimidade das eleições nem no jogo democrático. A população está acompanhando, o eleitor está tendo esclarecimentos, as instituições estão agindo e há investigações ocorrendo”, completou.

Teto não vinculante

Um dos defensores do fim do “efeito cascata” da vinculação dos vencimentos do STF ao teto salarial do funcionalismo público de todas as esferas, Toffoli quer que haja diálogo com o Congresso e a Presidência da República para que se revise o assunto. Segundo ele, os ministros da Corte não recebem um reajuste, “mas sim uma recomposição da perda da inflação, assim como é feito anualmente na revisão do salário mínimo”.

“No momento em que o teto passa ser a remuneração dos ministros do STF, ao aumentar esse teto, se diz que há um efeito cascata. Na verdade, somos 11 [ministros], somente 11, e a recomposição das perdas da inflação relativamente a 11 não gera todo esse valor que se diz que gera de impacto no Orçamento ou de impacto na sociedade, no ponto de vista de custo econômico”, disse. “Por isso, é importante que esse teto deixe de ser vinculante para todo o funcionalismo público brasileiro”, concluiu.

“Estamos no piso, e outros estão ultrapassando o teto. Precisamos corrigir isso”, criticou, ao lembrar que os ministros do Supremo não têm auxílio-moradia nem abonos. Toffoli destacou que o Supremo impediu há dois anos que qualquer funcionário público continue a receber acima do teto, por qualquer razão, mesmo que tenha amparado por decisão judicial. Ele disse ainda que está “feliz” por ver numa campanha eleitoral “a sociedade debatendo o papel da Suprema Corte”, mas não quis opinar sobre propostas de mudanças à composição e aos critérios de escolha dos ministros do STF.

Nessa primeira entrevista à televisão desde que está no comando do Supremo e no exercício da Presidência da República, Toffoli comentou ainda sobre 30 anos da Constituição de 1988, que considerou um grande avanço para o país, e opinou também sobre as políticas públicas hoje em discussão no STF, como aborto e descriminalização das drogas. Ele defendeu o papel das instituições brasileiras no combate à corrupção, ao destacar que foram os políticos do Congresso Nacional quem aprovaram as leis que permitem hoje o combate à corrupção.

Agência Brasil