SELO BLOG FM (4)

Categoria: abril 8, 2018

Governadores nordestinos articulam visita ao ex-presidente Lula

CAMILO SANTANA SERIA UM DOS ARTICULADORES DO ENCONTRO ENTRE OS GOVERNADORES E O EX-PRESIDENTE (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Pelo menos oito — dos nove — governadores da região Nordeste devem visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana na sede da Polícia Federal, em Curitiba. A comitiva estaria sendo organizada pelo governador cearense Camilo Santana (PT), que mantém contato com a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Advogados de Lula também participam da conversa para viabilizar o encontro.

Já teriam confirmado presença em Curitiba Renan Filho (MDB), de Alagoas, Rui Costa (PT), da Bahia, Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba, Wellington Dias (PT), do Piauí, Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte, e Jackson Barreto (MDB), de Sergipe. A previsão é que os chefes do Executivo se encontrem na capital paranaense na próxima terça-feira, 10, e vão juntos ao encontro do ex-presidente.

Camilo Santana ainda não teria conseguido falar com Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco. Nesta semana, o pernambucano já declarou apoio ao ex-presidente. Em nota divulgada à imprensa no dia em que o juiz Sérgio Moro expediu o mandado de prisão contra Lula, Câmara criticou a decisão e defendeu que a liberdade do petista não é uma ameaça à sociedade que justifique a prisão.

“Hoje é um dia triste para o Brasil ver um líder popular da importância de Lula enfrentar este momento. A sua história de vida mostra que Lula é um sobrevivente, um lutador. O ex-presidente da República continua com o nosso respeito e a nossa solidariedade. Não se pode pensar que a manutenção da liberdade de Lula, neste momento, seja uma ameaça à sociedade que justifique a prisão”, afirmou no texto.

O POVO

PF autoriza TV em cela especial de Lula

EX-PRESIDENTE LULA ESTÁ PRESO EM CELA ESPECIAL NA SUPERINTENDÊNCIA DA PF EM CURITIBA.

A Polícia Federal autorizou neste sábado (7) a instalação de uma televisão na cela especial em que o ex-presidente Lula ficará em Curitiba. Segundo informações apuradas pela reportagem, o juiz Sergio Moro foi consultado e deu o aval. A assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná disse não ter como confirmar.

Com isso, o petista poderá assistir à partida de seu time, o Corinthians, na final do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, neste domingo (8). O time alviverde ganhou o primeiro jogo por 1 a 0.

A disputa será televisionada pela Globo do estado, às 16h, porque a emissora não tem contrato para transmitir os jogos do Atlético Paranaense, que disputa a final contra o Coritiba, no mesmo horário.

Inicialmente, a sala especial adaptada para Lula não teria TV, mas o equipamento acabou sendo autorizado.

Nas negociações com a PF, o ex-presidente chegou a pedir para que seus aliados tentassem acertar a rendição para a noite de domingo, para que ele pudesse assistir ao jogo.

Folha

Eduarda Brasil, do time de Simone & Simária, vence The Voice Kids 2018

CANTORA PARAIBANA TEVE 40% DOS VOTOS NA FINAL

E o forró venceu! Com um vozeirão de arrepiar,  a cantora paraibana Eduarda Brasil venceu a edição 2018 do programa The Voice Kids na tarde desde domingo (08). Nascida em Cajazeiras, na Paraíba, a adolescente, hoje com 15 anos, começou a cantar aos 5, influenciada pelo pai e pela tia, que tocam forró. Aos 12, decidiu se apresentar com a família, mesma época em que venceu seu primeiro festival. No reality, teve todas as cadeiras viradas e escolheu o time das coleguinhas Simone & Simaria – que estreiaram como técnicas já com o título. Eduarda teve 40% dos votos do público.

Ela disputou a preferência do público com  Neto Junqueira (time Claudia Leite), Mariah Yohana, e Talita Cipriano (ambas do time Carlinhos Brown).

Sargento da reserva da PM e amigo são executados a tiros na Grande Natal

SARGENTE DA RESERVA E AMIGO ESTAVAM EM CIGARREIRA, EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE, ONDE FORAM EXECUTADOS (FOTO: HELOISA GUIMARÃES/INTER TV CABUGI)

Um sargento reformado da Polícia Militar foi morto a tiros na madrugada deste domingo (8) em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal. O dono da cigarreira onde ele estava também foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Nenhum suspeito foi preso. Esse é o 10º caso de policial assassinado no Rio Grande do Norte, desde o início de 2018.

O sargento foi identificado como Helton Cabral da Silva, de 42 anos. De acordo com a Polícia Militar, ele estava na cigarreira de Flaviano Martins da Silva, de 32 anos, de quem era amigo, quando ambos foram executados. O caso aconteceu na rua José de Alencar, conjunto Ruy Pereira.

De acordo com relatos de testemunhas, o crime aconteceu por volta das 2h, quando um veículo parou e seus ocupantes começaram a atirar nas vítimas. As armas usadas foram pistolas e escopetas, de acordo com a PM.

Segundo o relatório da PM, os criminosos foram até o local e atiraram em Flaviano. O sargento, então, teria tentado reagir, mas os homens perceberam que ele estava armado e também atiraram nele. Os criminosos fugiram logo após o crime e nenhum suspeito foi preso até o início da manhã.

Segundo o major Ivson Lima, comandante da Polícia Militar no município, ainda não é possível dizer qual foi a motivação do crime. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Após perícia no local, os corpos das vítimas foram levados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia.

G1 RN

Eleição presidencial já tem 14 pré-candidatos oficializados

A exatos seis meses da eleição presidencial deste ano, pelo menos 14 nomes já se colocaram publicamente na disputa. Mais uma pré-candidatura deve ser oficializada nas próximas semanas, a do PSB, e outros dois grandes partidos, PT e MDB, ainda não definiram seus quadros, apesar de prometerem apresentar um candidato nos próximos meses aos eleitores. A decisão final deve ser tomada até o início de agosto, quando termina o prazo para cada partido definir as candidaturas nas convenções.

Dentre os concorrentes ao pleito, há ex-presidentes, senadores, deputados, ex-ministros e até um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.

Álvaro Dias – Podemos

O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais.

“Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista concedida esta semana no Congresso Nacional.

O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História.

Ciro Gomes – PDT

Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.

“Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.

Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado, respectivamente.

Fernando Collor – PTC

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor vai concorrer pelo PTC. Ele foi presidente da República entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment e foi substituído pelo então vice-presidente Itamar Franco. Foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto após o regime militar (1964-1985).

Depois de ter os direitos políticos cassados, ele se candidatou ao Senado em 2006, tendo sido eleito, e reconduzido ao cargo em 2014. Antes de ocupar a Presidência, o jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, foi governador de Alagoas (1986) e deputado federal (1982).

Em discurso em fevereiro na tribuna do Senado, Fernando Collor de Mello disse que sua pré-candidatura é a retomada de uma missão pelo país. E afirmou que pretende alavancar novamente o país, mediante um novo acordo com a sociedade. “Isso só será possível com planejamento e com sólido programa social que seja tecnicamente recomendável, politicamente viável e socialmente aceito”, destacou.

Geraldo Alckmin – PSDB

Após a desistência de outros quadros da sigla, o PSDB oficializou, no último dia 20, a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Esta será a segunda vez que ele disputará a vaga. Em dezembro do ano passado, em uma movimentação para unir os demais quadros tucanos em torno de sua candidatura, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB.

Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura, Alckmin afirmou que irá destravar a economia e colocou como prioridades a desburocratização, uma reforma tributária, retomar a agenda da reforma da Previdência e reduzir os juros.

Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Ele começou a carreira como vereador em Pindamonhangaba, no interior do estado. Foi prefeito da cidade, deputado estadual e deputado federal na Assembleia Nacional Constituinte. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Disputou o Planalto em 2006, quando foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.

Guilherme Boulos – PSOL

Depois de uma consulta interna que contou com outros três nomes, o PSOL decidiu lançar a pré-candidatura de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), após ele se filiar à sigla no início do mês de março. Repetindo a estratégia das últimas eleições de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa.

Segundo Boulos, é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. Como bandeiras de campanha, ele elencou o combate aos privilégios do “andar de cima” da economia e a promoção de plebiscitos e referendos de consulta à população sobre temas fundamentais. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, afirmou.

Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Como liderança do MTST, ele organizou a ocupação de áreas urbanas, em especial no estado de São Paulo. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos.

Jair Bolsonaro – PSL

Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, “não tradicionais”, como casamento homossexual.

“Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final.  Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura.

Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC.

 

João Amoêdo – Novo

Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.

Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele.

Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do indivíduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. “É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos”, diz o candidato em sua página oficial na internet.

José Maria Eymael – PSDC

Já o PSDC confirmou no último dia 15 de março a pré-candidatura do seu presidente nacional, José Maria Eymael, que vai concorrer pela quinta vez.

Além de fundador do PSDC, José Maria Eymael é advogado e nasceu em Porto Alegre. Sua trajetória política começou na capital gaúcha, onde foi um dos líderes da Juventude Operária Católica. Em 1962, filiou-se ao Partido Democrata Cristão (PDC) e atuou como líder jovem do partido.

Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Como parlamentar federal, Eymael defendeu a manutenção da palavra Deus no preâmbulo da atual Constituição Federal durante a Assembleia Constituinte, considerado um marco em sua trajetória política.

Levy Fidelix – PRTB

Outro candidato recorrente ao pleito é o jornalista e publicitário Levy Fidelix, representando o partido do qual é fundador: PRTB. Abordando temas em defesa da família e dos “bons costumes”, ele buscará aproveitar o momento de insatisfação dos brasileiros com a corrupção para se dizer um candidato “ficha limpa”.

Fidelix concorreu ao cargo nas eleições de 2014, 2010 e de 1994.

Antes de criar o PRTB, Fidelix participou da fundação do Partido Liberal (PL), em 1986, quando se lançou na carreira política e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Depois, migrou para o Partido Trabalhista Renovador (PTR), quando também concorreu a um mandato de deputado federal, no início dos anos 90. Apresentador de televisão, professor universitário e publicitário, Fidelix já concorreu três vezes à prefeitura da capital paulista e duas vezes ao governo do estado.

Manuela D’Ávila – PCdoB

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país vive.

“Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D’Ávila.

Manuela D’Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda era do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do estado.

Marina Silva – Rede Sustentabilidade

A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.

Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Paulo Rabello de Castro – PSC

Até a semana passada no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para confirmar a disposição de disputar à Presidência. Segundo o PSC, embora não tenha promovido um ato de lançamento, a legenda já trabalha com a pré-candidatura como oficial. Desde fevereiro, ele participa de eventos partidários pelo país junto ao presidente da sigla cristã, Pastor Everaldo, que concorreu à Presidência no pleito de 2014.

As principais bandeiras do PSC são contra a descriminalização das drogas e a legalização do aborto. “Temos uma sociedade cujos valores morais estão completamente invertidos. Onde a arma na mão do bandido é uma arma livre, mas a arma na sua mão é proibida. E eventualmente você vai preso por portá-la. Quando o bom comportamento da família é zombado pelas novelas pornográficas e toda pornografia é enaltecida, como preservar a família nacional”, disse, durante recente ato.

Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Paulo Rabello de Castro foi fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, a SR Rating, criada em 1993. Autor de livros sobre a economia e a agricultura brasileiras, o pré-candidato foi presidente do Lide Economia, grupo de empresários que têm em comum a defesa da livre iniciativa. Ele também coordenou o movimento Brasil Eficiente. Em 2016, foi indicado para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e comandou a instituição de pesquisa por onze meses, até assumir a presidência do BNDES, em maio do ano passado.

Rodrigo Maia – DEM

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) é o pré-candidato pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência.

Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso”, afirmou.

Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.

Vera Lúcia – PSTU

O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência.

Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU.

O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro.

MDB

Com a promessa de, pela primeira vez depois de 24 anos, apresentar ao país um candidato à Presidência da República, o MDB ainda não definiu oficialmente como formará a chapa para a disputa. Nesta semana, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles se filiou à sigla.

No entanto, ao deixar o comando do Ministério da Fazenda na sexta-feira (6), Meirelles não informou a qual cargo pretende concorrer. Mas é cogitado como opção ao lado do presidente Michel Temer.

O presidente Michel Temer não descartou a possibilidade de concorrer à reeleição. Nos últimos meses, o partido tem feito movimentos de resgate à história da legenda, que tem mais de 50 anos. Foi com esse intuito que mudou a sigla de PMDB para MDB. A decisão sobre a candidatura, porém, ainda não está tomada.

PSB

Após a morte do ex-ministro e então presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em plena campanha eleitoral de 2014, o PSB passou por dificuldades de identificação e falta de lideranças nos últimos anos. Nessa sexta-feira (6), porém, a sigla recebeu a filiação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e tem nele a grande aposta de participar do pleito deste ano.

Como membro da Suprema Corte de 2003 a 2014, Joaquim Barbosa ganhou notoriedade durante o período em que foi relator do processo do mensalão, que condenou políticos de diversos partidos pela compra de apoio parlamentar nos primeiros anos de governo do PT. Antes, foi membro do Ministério Público Federal, funcionário do Ministério da Saúde e do Itamaraty.

De acordo com o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG), que tem participado das conversas com Barbosa, o nome dele fica eleitoralmente viabilizado, embora ainda seja necessário construir sua candidatura por todo o Brasil. “Ao se filiar, até pela viabilidade que já mostra, eu acho que o nome dele já fica irreversível. Acho que ele é o candidato capaz de unir o Brasil, tranquilizar, trazer a decência necessária contra essa divisão de lados [que o país vive]”, disse à Agência Brasil.

PT

Depois de ganhar as últimas quatro eleições, o PT anunciou a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas dificilmente conseguirá lançá-lo à disputa. Lula foi preso nesse sábado (7) para cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês de prisão.

Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Embora o cenário seja desfavorável, aliados defendem que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segundo grau da Justiça.

Outros nomes cotados dentro do partido são do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além de optar por apoiar a candidatura de outro partido da esquerda.

Prazos

De acordo com a legislação, os partidos políticos devem promover convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto para que oficializem as candidaturas. A data final para registro das candidaturas pelos partidos políticos na  Justiça Eleitoral é 15 de agosto.

Moreira Franco é o novo ministro de Minas e Energia

NEGOCIAÇÕES PARA A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS DEVEM SER A PRIORIDADE DE MOREIRA À FRENTE DA PASTA DE MINAS E ENERGIA (FOTO: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL)

Palácio do Planalto informou neste domingo (8) que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, assumirá o Ministério de Minas e Energia. O antigo titular de Minas e Energia era o deputado Fernando Coelho Filho, que deixou a pasta para disputar as eleições.

O nome de Moreira Franco já estava sendo cotado para assumir a pasta desde a saída de Fernando Coelho Filho, segundo informou na semana passada o Blog do João Borges.

À frente do Ministério de Minas e Energia, Moreira Franco deve ter como prioridade a privatização da Eletrobras. O projeto com as regras da privatização da estatal está em análise em uma comissão especial da Câmara dos Deputados, mas enfrenta resistência dentro da própria base aliada do governo do presidente Michel Temer.

O relator do projeto, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) chegou a afirmar que o governo deixou o projeto de privatização da Eletrobras “à própria sorte”.

O Palácio do Planalto não informou quem assumirá a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Perfil

Ex-ministro das secretarias de Aviação Civil e de Assuntos Estratégicos no governo Dilma Rousseff, Moreira Franco é um dos principais aliados de Temer e participa ativamente das articulações relacionadas ao primeiro escalão ministerial do presidente.

Formado em Sociologia, o novo ministro de Minas e Energia já foi deputado federal, prefeito de Niterói (RJ) e governador do Rio de Janeiro.

Depois do impeachment de Dilma Rousseff, Moreira foi nomeado por Temer chefe da Secretaria-Executiva do Programa de Parceria de Investimentos, função que acumulava com a de secretário-geral do Planalto.

Em setembro do ano passado, Moreira Franco foi denunciado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de organização criminosa. A denúncia, que também envolvia Temer, foi bloqueada pela Câmara dos Deputados em outubro do ano passado.

G1 Brasília

“O Brasil tem sede de justiça”, diz Raquel Dodge

RAQUEL DODGE: PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO EM 2A INSTÂNCIA FOI UM DOS LEGADOS DA

Neste sábado, no segundo e último dia de palestras da Brazil Conference, evento organizado por alunos das universidades Harvard e MIT, a procuradora-geral da República Raquel Dodge fez uma veemente defesa da prisão após condenação em segunda instância e um apelo pelo fim da impunidade no país. “O Brasil tem sede de justiça”, disse, abrindo a sua fala no painel intitulado “O legado da Lava Jato para combater a corrupção”.

Raquel centrou seu argumento em favor de três pontos principais. A lei da colaboração premiada, que incentivou a quebra da lei do silêncio que costumava imperar nos crimes de mais difícil apuração, o acordo de leniência, que beneficiou empresas infratoras dispostas a cooperar com a Justiça, e as prisões após condenação em segunda instância.

Ao lado de Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal também convidado como palestrante, Raquel descreveu um país em que os criminosos pobres são encarcerados facilmente por delitos pequenos e grandes criminosos ricos, protegidos por um sistema judicial que permite inúmeros recursos, muitas vezes conseguem escapar. “[Essa situação] afeta a autoridade julgadora, porque é sempre desafiada por um novo recurso”, diz. Nas palavras da procuradora geral, o resultado é “insegurança jurídica” e “uma impunidade seletiva”.

Para Raquel, isso começa a mudar. Na opinião da procuradora geral, o Brasil vem se equipando nos últimos 30 anos. Primeiro com a Constituição de 1988, que criou uma procuradoria independente e forte e, sobretudo, com o Mensalão e os processos da Lava Jato.

O ponto alto da palestra foi o momento em que Raquel defendeu a prisão após condenação em segunda instância. “O adiamento da aplicação da sentença é o que fazia os principais infratores ficarem impunes à atuação da Justiça e o que a tornava tão seletiva”, disse, provocando uma salva de palmas dos presentes. Antes de finalizar a sua fala, Raquel previu que forças contrárias às mudanças vão tentar reverter a situação. Pedindo o apoio da opinião pública, Raquel afirmou que o seu papel é resistir.

Exame

Após confrontos, manhã é tranquila na Superintendência da PF em Curitiba

POLÍCIA MILITAR REFORÇA A SEGURANÇA DO PERÍMETRO DA SUPERINTENDÊNCIA DA POLÍCIA FEDERAL NA CAPITAL PARANAENSE, APÓS A PRISÃO DO EX-PRESIDENTE LULA (MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL)MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

O primeiro dia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba amanheceu tranquilo. No início da manhã de hoje (8), uma empresa terceirizada chegou ao local para fornecer o café da manhã dos presos. Segundo agentes da PF, a primeira refeição é café com leite e pão. Lula está em uma sala especial, transformada em sala de Estado-Maior devido à condição de ex-presidente. No local, há cadeira, mesa, cama e banheiro exclusivo. Há ainda uma janela que dá vista para a área interna do prédio.

Neste domingo, as ruas próximas ao local continuam fechadas. A Polícia Militar faz um bloqueio no local em um raio de 500 metros. Lá, cerca de 400 manifestantes favoráveis ao ex-presidente passaram a noite. O clima é de tranquilidade. Por volta das 9h, o grupo cantava e gritava palavras de ordem em defesa de Lula.

Também próximo ao bloqueio, moradores da cidade e curiosos se aproximam para tirar fotos e ver de perto o local onde o ex-presidente começa a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Confrontos

No início da madrugada, após a chegada de Lula, houve tumulto entre manifestantes. Oito pessoas ficaram feridas. Três dos oito feridos são crianças, um é policial militar e os demais são manifestantes favoráveis ao ex-presidente.

A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, conversou com a imprensa e disse que Lula estava tranquilo. Ela explicou que não viu o ex-presidente, mas que fontes da PF informaram que ele estava calmo. A parlamentar também criticou a ação policial durante a chegada do petista, quando foram lançadas bombas de gás lacrimogênio. Segundo ela, as forças policiais precisam se preparar melhor e se planejar para lidar com a situação já que a previsão do grupo é fazer uma vigília enquanto Lula estiver na Superintendência.

Após o ocorrido, a PM informou que as bombas foram lançadas pela PF. Informou também que usou balas de borracha contra o grupo a favor de Lula, porque, segundo a corporação, após a explosão das bombas manifestantes favoráveis começaram a correr em direção ao grupo com ideologia oposta. Mas os manifestantes negaram e criticaram a ação policial.

Agência Brasil