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Categoria: março 16, 2018

Novo prazo para complementação de inscrição no Fies termina nesta sexta

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou novamente o prazo para os estudantes pré-selecionados na chamada única do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) complementarem sua inscrição no Fies Seleção. Os candidatos têm até esta sexta-feira (16) para fechar a contratação.

Até o momento, a pasta não divulgou balanço parcial dos candidatos que conseguiram concluir a inscrição. Essa é a terceira vez que o MEC adia o prazo, que terminaria na quinta-feira passada (8).

Segundo o MEC, a nova prorrogação do prazo busca foi necessária para garantir os interesses dos candidatos pré-selecionados em chamada única e que estiverem classificados em lista de espera.
A lista de pré-selecionados na chamada regular do Fies foi divulgada na noite de segunda-feira (5), e, desde então, candidatos relataram problemas para concluir a inscrição.

A prorrogação abrange as 80 mil vagas a juro zero, destinadas, neste primeiro semestre, aos estudantes que comprovarem renda per capital mensal familiar de até três salários mínimos. O período de divulgação dos resultados da pré-seleção da modalidade P-Fies começa no dia 16 de março.

Cursos abrangidos

O Fies abrange cursos de graduação com conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), ofertados pelas instituições de ensino superior participantes do financiamento. Também estão aptos a fazer parte do programa os cursos que, ainda não avaliados pelo Sinaes, estejam autorizados para funcionamento pelo cadastro do MEC.

Aço do Brasil não tira competitividade de indústria dos EUA, diz Itamaraty

O embaixador Amaral afirmou que 80% aço exportado pelo Brasil para os EUA é produto semiacabado, como estas bobinas de aço galvanizado prontas para serem entregues. Foto: EFE/Arquivo

O embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sergio Amaral, disse hoje (15) em Washington, em entrevista para a Voz do Brasil, que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, enviou no último dia (14) uma carta ao representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, afirmando que a exportação de aço do Brasil “não tira competitividade da indústria americana”.

A carta faz parte da negociação do governo brasileiro para tentar isentar o Brasil das tarifas sobre a importação de aço e de alumínio anunciadas no início do mês pelo governo norte-americano.

Sergio Amaral afirmou que o governo brasileiro está agindo em três frentes em Washington para conseguir a isenção: ação junto ao governo norte-americano, reuniões com congressistas e apoio às empresas brasileiras com filiais nos Estados Unidos que queiram conversar com grupos de parlamentares norte-americanos que advogam a favor do Brasil, assim como com a bancada do Congresso americano que cuida de aço.

O embaixador afirmou que o governo está fazendo um mapeamento das indústrias brasileiras nos EUA para mostrar o peso dos investimentos no país: “nós temos US$ 11 bilhões de investimentos de empresas brasileiras no setor do aço; uma delas, por exemplo, é a quarta indústria do aço americana”. Segundo ele, o objetivo é mostrar aos deputados que a imposição das tarifas não se justifica no caso brasileiro, já que “não agimos em detrimento nem da indústria nem dos empregos americanos; [pelo contrário], a indústria brasileira está contribuindo [com os mesmos]”.

Argumentos

Amaral afirmou que o comércio de outros produtos, como o etanol, não está em discussão nas negociações e que ainda não há prazo para saber se o Brasil conseguirá a isenção das tarifas. “Existe uma indicação de que, no dia 23 [de março] essas medidas entrariam em vigor. Mas, até agora, nós não tivemos as informações sobre os critérios, os procedimentos para apresentação dos recursos etc. E sem análise dos recursos nós não podemos saber os países que vão ser mantidos na lista das sanções e aqueles que serão excluídos. A nossa expectativa é que nós sejamos excluídos porque os nossos argumentos são muito fortes”, disse.

O embaixador afirmou que é possível que o presidente Michel Temer converse por telefone com o presidente Donald Trump, sobre o tema. Ou até mesmo que o Brasil entre na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os EUA, conforme Temer afirmou durante sua participação no Fórum Econômico Mundial em São Paulo. O diplomata contudo disse que não acredita que isso será necessário. “Tenho confiança de que nós poderemos resolver essa questão em conversa com o governo americano, porque nossos argumentos são muito fortes”, afirmou.

Entre eles, Sergio Amaral citou o fato de que o país não tem superávit na balança comercial com os EUA, mas um déficit de US$ 250 bilhões nos últimos dez anos. O embaixador também afirmou que 80% aço exportado para o país é produto semiacabado, insumo para a indústria americana do aço, e que não concorre com a indústria dos Estados Unidos, que depende desse insumo para continuar produzindo. “Portanto existe uma integração da cadeira produtiva americana com a brasileira”, concluiu Amaral. Além disso, o Brasil colabora com os Estados Unidos em fóruns mundiais para reduzir o excesso de aço no mercado internacional.

O embaixador também lembrou que o Brasil importa US$ 1 bilhão por ano em carvão siderúrgico norte-americano para ser utilizado na produção do aço e destacou a cooperação com os EUA na área de defesa, já que um dos argumentos do governo americano é que as tarifas deveriam ser impostas por uma questão de segurança nacional.

Histórico das negociações

No final de fevereiro, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, esteve em Washington e se reuniu com o secretário de Comércio norte-americano Wilbur Ross para tentar evitar que o governo norte-americano impusesse barreiras à importação do aço brasileiro.. Após a reunião, o ministro afirmou que caso as tarifas fossem aplicadas, o Brasil poderia entrar com um recurso na OMC. Ainda antes do anúncio das novas tarifas, Sergio Amaral se reuniu com o representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer para tratar do tema.

No dia 1o de março, Trump, anunciou sua decisão de impor tarifas de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre a de alumínio no país. No dia 8, ele oficializou a decisão, mas decretou isenção para seus vizinhos e parceiros no Nafta, o tratado de livre comércio da América do Norte, Canadá e México.